O documento descreve o Pé Torto Congênito, definindo-o como uma deformidade dos ossos, nervos, vasos sanguíneos e tendões que pode estar associada a síndromes congênitas. Apresenta as classificações, sintomas, diagnóstico e tratamentos possíveis, incluindo conservador com gesso seriado e cirúrgico.
1. PÉ TORTO CONGÊNITO
Apresentação elaborada pelos acadêmicos
Edmar Alves
Eduardo Alves Assenza
Yasmym Letícia Santos
Matéria Fisioterapia Ortopedia
Prof.: Erick O. Martins
2. PÉ TORTO CONGÊNITO
DEFINIÇÃO
Pé Torto Congênito ou PTC, é uma
deformidade que esta associado a
malformações dos ossos, nervos, vasos
sanguíneos e tendões, pode estar associada a
alguma síndrome congênita.
A incidência é de 1 para cada 1000
nascimentos, e de 1 para 30, no segundo filho.
A incidência de bilateridade e 2:1 nos casos,
predominância do membro direito quando
unilateral.
3. PÉ TORTO CONGÊNITO
DEFINIÇÃO
Pode ser classificado em três formas:
Postural: flexível e corrige com a manipulação ou
necessita apenas de algumas trocas de gesso para
correção.
Idiopático: as deformidades são mais estruturadas
e rígidas, não corrigem com a manipulação.
Teratológico: caracteriza-se pela rigidez associado
a com outras síndromes com alto índice de
recidivas e de difícil correção.
4. PÉ TORTO CONGÊNITO
DEFINIÇÃO
O diagnostico é fácil, as deformidades são típicas
(equino,varo,cavo e aduto)deve ser feito o mais
precoce possível e avaliando outras anomalias
congênitas. O Calcâneo encontra se hipoplásico
em equino.
O pé torto congênito tem um tamanho menor o
que se verifica em casos unilaterais, o tendão
aquilino esta mais tenso, deve se examinar outros
setores pois a incidência a displasia do quadril,
torcicolo congênito e hérnia inguinal
6. PÉ TORTO CONGÊNITO
DIAGNOSTICO
Estudos não conclusivos atribuem a deformidade a
parada no desenvolvimento do feto, tem maior
incidência em meninos.
Existe uma predisposição em filhos de uniões
entre pessoas da mesma família, ou famílias que
apresentam alguma incidência.
As deformidades envolvem as articulações do
tornozelo, subtalar e mesotársica, o pé apresenta
flexão plantar, é aduzido e invertido na região
subpatelar( o pé fica para dentro e rodado para
cima).
9. PÉ TORTO CONGÊNITO
O pé da criança é
caracterizado pelo:
equinismo, retropé,
varo da subtalar,
adução do antepé.
10. PÉ TORTO CONGÊNITO
TRATAMENTOS
Tratamento Conservador:
Nos primeiros dias de vida; aproveitando a
plasticidade biológica da criança, o objetivo é tornar
o PTC plantígrado, funcional e indolor.
Gesso das coxas aos dedos , ainda no berçário ou
a partir do 15° dia do nascimento, o gesso é feito
com o joelho em flexão para evitar que saia e
facilitar a correção.
11. PÉ TORTO CONGÊNITO
TRATAMENTO CONSERVADOR
As trocas de Gesso são semanais, existem
controvérsias em relação ao período de suspensão
do tratamento conservador e a cirurgia variam de
um mês a mais de um ano, após o quarto mês a
probabilidade de complicações anestésicas
reduzem, o paciente apresenta maturidade
cardiorrespiratória.
14. PÉ TORTO CONGÊNITO
TRATAMENTO CONSERVADOR
Desde 1939 a partir dos trabalhos de Kite, foi
adotado o método de gessos seriados e cunhas,
mas diante da dificuldade da reprodução dos
resultados ficou restrito a fase inicial do tratamento.
Na década de 60 duas correntes surgiram, a
escola francesa com Dimeglio e Bensabel, que
defendem o uso de exercícios, fisioterapia e
manipulação continuas e o ressurgimento da
técnica com gessos proposta por Ponseti.
15. Figura 1. Criança com PTC bilateral tratada pelo método de
Ponseti. A
e B – aspecto clínico aos 2 meses de idade, previamente ao tratamento.
C e D – aspecto clínico aos dois anos de idade, após correção das
deformidades por meio do método de Ponseti e tenotomia percutânea
do Aquiles. Os pés são plantígrados, flexíveis, não têm deformidades ou
cicatrizes. (Material dos autores).
16. PÉ TORTO CONGÊNITO
MÉTODO PONSETI
Ponseti ortopedista espanhol radicado em
Iowa,introduziu o método com gesso seriado
semanais, em geral em casos teratológicos, com
correções semanais e progressivas.
Consiste em:
Correção do cavo por meio de supinação e
rotação externa do pé, alinhando o antepé com o
retropé.
Manutenção da correção com gesso moldado.
Gessados semanais, de 6 a 10, dependendo da
rigidez do pé.
Correção gradual e progressiva, depois de obtida
correção do cavo e do aduto, realizar a tenotomia
do calcâneo.
17. Figura 2. Criança com PTC bilateral resistente ao tratamento pelo
método
de Ponseti. A, B e C – aspecto clínico aos 12 meses de idade, após
tentativa de tratamento (Ponseti), com cavo, varo e aduto residuais. D, E
e
F – aspecto clínico aos três anos de idade, após liberação posteromedial
à direita (deformidade em calcâneo, varo e aduto residuais) e fasciotomia
plantar à esquerda. (Material dos autores).
18. PÉ TORTO CONGÊNITO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
O tratamento cirúrgico recomendado quando se
note recidiva frequente da deformidade ou os pés
não respondam ao tratamento conservador, a
técnica atua nas partes moles buscando liberar as
estruturas que apresentam contraturas.
Nos pés mais rígidos as liberações são postero-
medio-lateral e mais extensas.
A imobilização é mantida por 3 meses.
20. PÉ TORTO CONGÊNITO
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
O tratamento deve ser iniciado logo após o
nascimento por isso a importância de reconhecer a
deformidade o mais breve possível.
Os objetivos são :
Correção das deformidades;
Manter o aspecto anatômico normal e corrigido;
Promover a mobilidade funcional;
Auxiliar o paciente para que tenha inicio da
marcha na idade normal.
21. PÉ TORTO CONGÊNITO
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
O tratamento aproveita a elasticidade ligamentar
é importante a manutenção da posição do pé,
Liberação da fáscia plantas através de
manipulação dos tecidos moles, manobras de
deslizamento superficial e profunda fricções
circulares e transversais.
Alongamentos nas estruturas do pé corrigindo o
equinismo e depois na região do metatarso e na
região abaixo com ênfase na abdução e eversão.
22. PÉ TORTO CONGÊNITO
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
Os objetivos são a correção do cavo e do aduto, o
tornozelo deve ser imobilizado, e o joelho deve ser
mantido fletido.
Pode se usar bandagens adesivas mas somente
por profissionais experientes e hábil . O pé deve
ser fixado nas extremidades inferior da tíbia e
manter o joelho fletido, evitando danos as epífises
do paciente.
Deve haver cuidado no posicionamento da
bandagem da mesma forma que o gesso deve ser
trocado uma ou duas vezes por semana.
23. PÉ TORTO CONGÊNITO
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
O fisioterapeuta pode recomendar o uso de
sapatos ortopédicos e órtoses.
A mãe pode ser treinada para executar as
manobras de alongamento e de mobilização, mas
deve ser avaliada quanto ao posicionamento
correto da criança e manobras empregadas no
tratamento.
24. PÉ TORTO CONGÊNITO
ÓRTESE DE DENIS BROWNE
O uso da órtese é indicado para manter a correção
obtida com os outros recursos. Consiste em um par
de botinhas presas sobre placas de metal que
repousam sobre uma barra transversa. As pernas
são mantidas em rotação externa e os pés em
eversão e flexão dorsal, nos primeiro quatro meses
a bota é utilizada 23horas do dia a hora restantes
é para exercícios no pé após o banho.
Até os quatro ano mantém se ate 14 horas diárias
no período em que a criança dorme, esta técnica
visa reduzir a recividas que podem ocorrer devido a
estrutura alterada do colágeno.
26. BIBLIOGRAFIA/ IMAGENS
BIBILIOGRAFIA
Tratado de Ortopedia, SBOT, Moises Cohen, 2007.
ORTOPEDIA, EXAMES E DIAGNÓSTICOS,
SIZINO HEBERT... (et al.), ARTMED, 2011.
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA: PRINCÍPIOS E
PRATICA SIZINO HEBERT... (et al.) ,ED.
ARTMED,1998.
FISIOTERAPIA DE TIDY, Ann Thompson... (et
al.),ED. SANTOS,1999
27. Artigo :
PÉ TORTO CONGÊNITO. Maranho DA , Volpon JB..
Acta Ortop Bras. [online].
2011;19(3):163-9. Disponível em URL:
http://www.scielo.br/aob.
TORCICOLO CONGÊNITO: AVALIAÇÃO DE DOIS
TRATAMENTOS FISIOTERAPEUTICOS.
Luciane Zanusso Pagnossim, Augusto Frederico S.
Schmidt, Joaquim Murray Bustorff-Silva, Sérgio Tadeu
M. Marba, Lourenço Sbragia
Recebido em: 3/3/2008
Aprovado em: 12/5/2008
Fonte financiadora: Programa de Apoio à Pós-
Graduação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes)
28. Tratamiento del pie equino varo aducto mediante la
Incisión tipo Cincinnati en hospital para el Niño
Poblano. JACR Arroyo, NM Urbalejo - Acta
Ortopédica Mexicana, 2006 - medigraphic.com