O documento discute vários tópicos relacionados à ortopedia, incluindo cirurgias de mão, punho, coluna vertebral e joelho. Ele fornece detalhes sobre os cuidados de enfermagem necessários antes, durante e após essas cirurgias ortopédicas.
3. A cirurgia ortopédica tem como objetivo a solução de
problemas do aparelho locomotor, tanto das suas partes
musculares como das ósseas ou articulares. Estas cirurgias
visam reparar lesões agudas, crónicas, recorrentes ou
traumáticas.
Como a cirurgia ortopédica está em constante
transformação por causa dos avanços tecnológicos, exigem da
enfermagem perioperatória os conhecimentos de anatomia e
fisiologia, bem como, dos equipamentos e instrumentos
cirúrgicos específicos, materiais de próteses e órteses para a
compreensão dos cuidados necessários para com o paciente
ortopédico.
O período perioperatório compreende o momento pré-
operatório, o transoperatório e o pós-operatório, ou seja, desde o
momento em que o paciente sabe de seu diagnóstico e decide
pela cirurgia até a sua recuperação e reabilitação.
4. CIRURGIA DA MÃO E PUNHO
As mãos são sujeitas a muitos traumas.
As fraturas do metacarpo e da falange
correspondem a 80% das fraturas
nessa região. As razões obvias para a
incidência residem na utilização da mão
como instrumento de trabalho em
ambientes às vezes perigosos.
6. ANAMNESE
Onde e como ocorreu a lesão?
Registrar a localização da lesão e seu
mecanismo. Isso é importante por 2
razões: 1ª, é necessário conhecer a
limpeza da ferida e saber quanta
energia foi aplicada aos tecidos. 2ª, é
necessário registrar onde aconteceu
(trabalho, lar, acidente) e COMO.
7. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-
OPERATÓRIO
-Informar quanto ao procedimento e cuidados pré,
trans e pós-operatório;
-Orientar higiene pessoal, intensificando a higiene
das mãos, observando unhas e retirando esmaltes;
-Não administrar medicamentos via parenteral no
membro a ser operado;
-Questionar ansiedade e duvidas;
-Avaliar necessidade de apoio psicológico ou do
serviço social.
8. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-
OPERATÓRIO
-Cuidados com a prevenção de infecção e doença
tromboembólica;
-Manter membro elevado;
-Observar e registrar condições da extremidade do membro
operado;
-Detectar sinal de complicações (cianose, edema, alteração
de sensibilidade e dor);
-Observar e registrar presença e volume/intensidade de
sangramento pelo curativo;
-Orientar o cliente a manter membro elevado com tipoia ou
apoio, quando estiver sentado ou andando;
-Observar e registrar quantidade e características da
secreção, no caso de drenos;
-Auxiliar na alimentação, higiene oral e corporal e
mobilização sempre que necessário.
9. ALGUMAS CIRURGIAS
Osteotomia – secção cirúrgica de um osso.
Tenoplastia – operação plástica de um
tendão.
Artoplastia – operação destinada a refazer
as superfícies articulares e restabelecer seu
uso.
Artrodese – fixação de uma articulação.
10. CIRURGIA DA COLUNA E TRAUMA
RAQUEMEDULAR
A coluna vertebral forma uma sustentação forte, mas
flexível para o tronco, possuindo importante papel na
postura, na sustentação do peso do corpo, na
locomoção e na proteção da medula espinhal e das
raízes nervosas. Estende-se a partir da base do crânio
através do pescoço e do tronco. As vertebras são
estabilizadas por ligamentos que limitam os movimentos
produzidos pelos músculos do tronco.
O trauma raquemedular é o conjunto de alterações
consequentes à ação de agentes físicos sobre a coluna
vertebral e aos elementos do sistema nervoso contidos
em seu interior. As maiorias das lesões medulares
graves continuam sendo irreversíveis do ponto de vista
funcional. Sua abordagem limita-se a prevenção e
tratamento das complicações
11. ESCOLIOSE
É quando a coluna apresenta uma curva no
plano das costas. A escoliose pode apresentar uma
curva em “C” ou uma dupla curva em “S”. A escoliose
pode ter várias causas, porém a mais comum é a
escoliose dita “idiopática”, sem causa definida. Se
desenvolve ainda na infância e puberdade.
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13. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
A assistência de enfermagem ao paciente com
lesão medular ou outras patologias da coluna
vertebral deve ser individualizada e sistematizada,
visto que este paciente está se adaptando a sua
nova condição e de reintegração a sua rotina de
vida pessoal, familiar e social. Durante a
hospitalização, alguns cuidados devem ser
tomados acerca do quadro clínico, considerando
limitações da mobilidade, prevenir para
desenvolvimento de úlceras por pressão,
características da dor e risco de infecção.
14. PÓS-OPERATÓRIO
- Manter o paciente em Fowler, de acordo com a
orientação médica.
- Evitar flexão, inclinação lateral e rotação do tronco.
- Mudar decúbito em bloco, a partir do 1° dias de pós-
operatório, respeitando a tolerância
- Realizar ortostase e marcha com auxilio, a partir do
2° dia após a cirurgia, com orientação médica.
- Relatar alterações sentidas pelo paciente durante as
atividades
- Orientar o paciente quanto as restrições de
movimentos após a cirurgia
15. CIRURGIA DO JOELHO
Artroplastia total de joelho (ATJ) – É a substituição
da articulação afetada ou parte dela por um
dispositivo metálico (prótese) com a finalidade de
recuperar a função articular.
Ligamentoplastia- Podem ser feitas de quatro
maneiras: através da reparação primaria,
reconstrução extra-articular, reconstrução intra-
articular ou a combinação das duas. Na maioria
das vezes é possível utilizar um enxerto autólogo.
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17. CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRÉ-
OPERATÓRIO
- Orientar quanto a rotina pré-operatória
- Avaliar as necessidades de cada cliente para
elaboração de um plano assistencial
individualizado
- Observar e identificar complicadores que possam
gerar riscos
- Verificar no prontuário todos os exames pré-
operatórios e risco cirúrgico com registro dos
mesmos
- Orientar sobre a escala de dor e sua avaliação
- Esclarecer dúvidas do procedimento a ser
realizado
18. CUIDADOS DE ENFERMAGEM PÓS-
OPERATÓRIO
- Realizar exame físico céfalo-caudal
- Manter membro operado imobilizado com curativo
compressivo
- Monitorar os sinais vitais de acordo com as condições
clinicas do paciente
- Atentar para complicações anestésicas
- Verificar perfusão periférica, pulso pedioso, motricidade e
sensibilidade no membro afetado periodicamente
- Alertar a equipe de enfermagem a não aplicar
medicamentos via parental no membro operado
- Observar e registrar volume e característica do exsudato do
dreno
- Observar presença de sangramento ativo pelo curativo
- Verificar prescrição do pós-operatório imediato
19. REFERÊNCIAS
- Caderno de Enfermagem em Ortopedia, Rio de
Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
- Enfermagem Básica Teoria e Prática – Editora
RIDEEL.
- Manual de ortopedia, sexta edição, Rio de
Janeiro, cap.19, p 377 – 378- Di Livros editora ltda.