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Manejo Sanitário na
Piscicultura
Patricia Oliveira Maciel
Patricia Oliveira Maciel
Médica Veterinária, Mestre em Biologia Aquática
Pesquisadora em Sanidade de Espécies Aquícolas
INTRODUÇÃO
Boas Práticas de Manejo Sanitário (BPMS)
Conjunto de princípios, normas e técnicas que,
aplicadas sistematicamente em uma propriedade
piscícola, têm como resultado um aumento da
produção de ovos, pós-larvas, larvas e alevinos
produção de ovos, pós-larvas, larvas e alevinos
saudáveis e de qualidade, além de alimento mais
seguro para o consumidor.
INTRODUÇÃO
Boas Práticas de Manejo Sanitário (BPMS)
Objetivos:
» Cuidar da saúde humana (melhorar as
condições dos trabalhadores)
» Cuidar da saúde dos animais cultivados
» Proteger o meio ambiente
» Proteger o meio ambiente
INTRODUÇÃO
BPMS = visão integrada da piscicultura
Meio
Ambiente
Genética
Sanidade
Manejo
Nutrição Genética
Sanidade
Ilustração fonte: Hernández e Nunes, 2000.
INTRODUÇÃO
Doenças são entraves na produção de peixes
Principais causas:
» Excesso ou escassez de alimento,
» Baixa qualidade do alimento,
» Manejo inadequado da água e dos peixes,
Erros de manejo:
» Fotoperíodo, temperatura, eventos de friagem, excesso ou
escassez de chuvas, insolação.
Fatores externos:
» Falta de informações relacionadas ao cultivo de peixes.
INTRODUÇÃO
Recomendações ao produtor:
As atividades conduzidas numa piscicultura devem ser:
» Bem planejadas,
» Bem executadas e acompanhadas,
» Objetivando manter sempre a boa
» Objetivando manter sempre a boa
condição de saúde dos animais
cultivados.
INTRODUÇÃO
Recomendações ao produtor:
Agir de forma preventiva ao invés de esperar pelo aparecimento de
doenças:
» Detectar problemas no início.
» Identificar causas.
» Evitar o uso de drogas como agente
terapêutico.
» Grande parte das doenças, depois de
instalada, é de difícil ou sem controle.
1. Adquirindo animais para a piscicultura
Cuidados ao povoar viveiros com animais (pós-
larvas, alevinos ou adultos) selvagens
» Animais selvagens
» Carga exógena de parasitas e patógenos
» Patógenos ambiente de cultivo X natureza
» Condições do cultivo: diminuição da imunidade e pre-disposição às doenças
» Condições do cultivo: diminuição da imunidade e pre-disposição às doenças
» Prevenção da entrada de novos patógenos no cultivo
» Quarentena
1. Adquirindo animais para a piscicultura
Quarentena
» Período de observação do lote recém-chegado/adquirido.
» Avaliação periódica: sintomatologias e presença de doenças.
» Recomenda-se período não inferior a 20 dias: suficiente para
manifestação de doenças.
» Pode-se proceder tratamentos terapêuticos e/ou profiláticos.
» Pode-se proceder tratamentos terapêuticos e/ou profiláticos.
» Localização
Próxima à entrada
da piscicultura
 Área isolada dos
viveiros da
propriedade
 Abastecimento e
Exemplo:
Entrada da
piscicultura
 Abastecimento e
esgotamento de
água independentes
Imagem: Estação de Piscicultura de Balbina.
1. Adquirindo animais para a piscicultura
Procedência das sementes (ovos, larvas, pós-larvas e alevinos )
» Evitar introdução de animais parasitados, doentes ou que
receberam algum tratamento inadequado com medicação.
» Resistência bacteriana: uso profilático de antibióticos antes ou
durante o transporte.
» Qualidade das sementes: 1) características externas, sinais e
sintomas. 2) Estrutura e qualidade dos insumos utilizados pelos
sintomas. 2) Estrutura e qualidade dos insumos utilizados pelos
laboratórios.
» Comunicação freqüente entre os laboratórios de reprodução e as
fazendas de engorda para discutir problemas no cultivo.
1. Adquirindo animais para a piscicultura
Animais de Qualidade
» Genética: cultivo com organismos de
alto padrão de qualidade
» Camarões marinhos, algumas
espécies de peixes
» Animais livres de patógenos 1 cm
específicos (Specific Pathogen Free)
» Manejo X Genética
» Manter a comunicação com os
laboratórios e aplicar as boas práticas
de manejo
1 cm
2. Monitoramento dos procedimentos do transporte de peixes
Para quem recebe sementes:
» Ter viveiro
previamente
preparado para
receber os animais
» Acompanhamento
por 2 semanas:
comportamento,
resposta alimentar e
mortalidade (máxima
normal é de 5 a 10%)
» Aclimatação: não só à
temperatura, mas aos
outros parâmetros da
água que podem
comprometer a
homeostase dos peixes.
2. Monitoramento dos procedimentos do transporte de peixes
Para quem produz e transporta alevinos:
Jejum
Horário
adequado
para o
transporte
2. Monitoramento dos procedimentos do transporte de peixes
Documentação necessária:
» Guia de Trânsito Animal (GTA)
» Atestado Sanitário: Indicadores de saúde e qualidade dos peixes
» Avaliação sanitária, Histórico do cultivo,
» Características externas: sinais e sintomas.
» Guia do IBAMA (dependendo da espécie)
Propriedades e aplicações do sal
» Estimula a produção de muco corporal e branquial: recobrir lesões
ocasionadas pelo manejo, previne infecções secundárias;
» Minimiza os efeitos do estresse (desequilíbrio osmorregulatório):
diminui perda de sais e gasto de energia para manutenção da
homeostase;
» Controle e prevenção de ectoparasitas, micoses e bacterioses.
2. Monitoramento dos procedimentos do transporte de peixes
» Controle e prevenção de ectoparasitas, micoses e bacterioses.
3. Monitoramento da água
3. Monitoramento da água
Parâmetros para monitoramento constante e regular :
» Alterações nos parâmetros físico-químico ideais da água: estresse
agudo ou crônico (intensidade e período).
» Fonte de água: evitar contaminação por dejetos orgânicos e
resíduos químicos. Conhecimento das atividades vizinhas: evitar
contaminação externa.
» Viveiros com entradas e saídas de água independentes: evita a
» Viveiros com entradas e saídas de água independentes: evita a
transmissão de doenças.
» Esgotamento de água pelo fundo do viveiro: eliminação da água de
menor qualidade, dejetos dos peixes, restos de ração, fitoplâncton,
zooplâncton e outros animais mortos.
» Matéria orgânica em suspensão ou águas de turbidez elevada:
lesões nos filamentos branquiais, trocas gasosas e proliferação de
patógenos.
4. Preparação dos viveiros
» Após a última despesca e antes
que sejam reutilizados.
» Limpeza: retirada da matéria
orgânica do fundo (idade do
viveiro).
» Assepsia: cal virgem, produto
Limpeza e assepsia dos viveiros
» Assepsia: cal virgem, produto
químico.
» Pessoal treinado, uso de
Equipamentos de Proteção
Individual (EPI’s).
4. Preparação dos viveiros
Limpeza e assepsia dos viveiros
» Tanques de alvenaria: uso de produtos químicos recomendados por
técnicos habilitados. Posterior enxágue para retirada dos resíduos.
1) Secagem por
até 10 dias ao sol
2) Cal virgem (CaO) nas poças
temporárias: 200 a 400g CaO/m2
3) Cal virgem no fundo do
viveiro: 200 a 400g CaO/m2
4) Calcarear (calcáreo agrícola) e
adubar (adubo orgânico ou químico)
seguindo recomendações
4. Preparação dos viveiros
Instalação de telas :
» Nas entradas de água dos viveiros: evitar entrada de
animais indesejáveis (peixes, sapos, caramujos).
» Na saída de água dos viveiros para evitar saída peixes
da criação = Aqüicultura Sustentável.
5. Alimentação e nutrição
Estratégias adequadas:
» Exigências nutricionais da espécie e sistema de cultivo empregado.
» Desperdícios de ração: gastos desnecessários e aumento de aporte
de matéria orgânica para a unidade de cultivo.
» Aeração para aumentar a eficiência de aproveitamento da ração.
» Armazenamento adequado das rações.
Ração
normal
Ração
embolorada
50 cm
Imagem: Giovani Vitti Moro.
Galpão de ração
Registro de entrada e saída das rações /
Registro de entrada e saída das rações /
Armazenamento correto
Registro de entrada e saída das rações /
Armazenamento correto
Fora da criação:
» Implementar medidas rígidas de prevenção com o objetivo de
evitar a introdução e a disseminação de doenças na criação
» Cuidados na aquisição de peixes, quarentena
» Contato com laboratórios de fornecimento de sementes
6. Monitoramento sanitário
Dentro da criação:
Monitorar de forma contínua e sistemática
o estado de saúde dos peixes/viveiros
6. Monitoramento sanitário
» Anotações do histórico do cultivo:
» data da estocagem
» biometrias
» transferências
» introdução de peixes
» quantidade de ração
» mortalidades
6. Monitoramento sanitário
» Observação rotineira da resposta alimentar
Dentro da criação:
Monitorar de forma contínua e sistemática o estado
de saúde dos peixes/viveiros
6. Monitoramento sanitário
» Observar alterações comportamentais, mudanças de hábitos,
sinais e sintomas de doenças
Elenice Brasil Giovani Bergamim
6. Monitoramento sanitário
» Não aplicar densidades de estocagem elevadas
» Realizar visitas mais freqüentes aos viveiros
» Retirar animais mortos
» Diagnóstico precoce de doenças: envio de amostras para
Dentro da criação:
Monitorar de forma contínua e sistemática o estado
de saúde dos peixes/viveiros
» Diagnóstico precoce de doenças: envio de amostras para
laboratórios periodicamente ou quando se observa qualquer
alteração suspeita nos peixes
6. Monitoramento sanitário
» Aves e morcegos: potenciais transmissores de
doenças, provocam lesões, agentes estressores.
Medida preventiva: telas anti-pássaros ou fios de
Dentro da criação:
Controlar animais estranhos:
potenciais transmissores (assintomáticos)
de doenças → hospedeiros intermediários
Medida preventiva: telas anti-pássaros ou fios de
náilon.
» Moluscos/caracóis: Medida preventiva (controle
biológico): assepsia dos viveiros com cal virgem.
» Ovos e girinos de sapos: Medidas preventiva:
retirar frequentemente.
1) Telas anti-pássaro ou fios de náilon
2) Cal virgem
Caramujos mortos em viveiro após assepsia
1 cm
Lesões provocadas por aves em alevinos de matrinxã
1,5 cm
Caramujos mortos em viveiro após assepsia
com cal virgem / Girinos retirados de viveiro
6. Monitoramento sanitário
Dentro da criação:
» Recomenda-se dividir a fazenda em módulos
(ex.: Reprodutores, Alevinagem, Engorda).
» Evitar transmissão de
doenças entre
animais de diferentes
Alevinagem
Engorda
Reprodutores
animais de diferentes
idades e condições de
cultivo.
Imagem: Estação de Piscicultura de Balbina.
6. Monitoramento sanitário
Cuidados no manuseio dos peixes
» Planejar atividades: separar equipamentos necessários e equipe
especializada
» Ferimentos e perda de muco → porta de entrada para infecções
secundárias (bacterianas e fúngicas).
» Evitar o estresse dos peixes → diminui resistência dos peixes a
doenças → agentes estressores
» Procedimentos de manipulação dos peixes: manejo para despesca,
transferência (mudanças de qualidade da água).
» Jejum: antes de práticas de manejo como
despesca e transferência de peixes.
» Melhor horário do dia para práticas de manejo como
(despesca, biometria, transferência).
» Aclimatação dos peixes.
Reprodutores
Matrizes
Transmissão de doenças na piscicultura
TRANSMISSÃO VERTICAL
6. Monitoramento sanitário
Alevinos Ovos
TRANSMISSÃO HORIZONTAL
6. Monitoramento sanitário
Contato direto
Animais sadios
Peixes, utensílios ou
rações contaminados
6. Monitoramento sanitário
Suscetibilidade
a doenças
Variação da suscetibilidade
INTRÍNSECA Espécie
Idade
Individual
1) Maior em peixes jovens (larvas e
alevinos).
EXTRÍNSECA Nutrição 1) Maior em peixes mal nutridos.
EXTRÍNSECA Nutrição
Alimentação
Qualidade da água
1) Maior em peixes mal nutridos.
2) Aumenta em condições inadequadas
da água.
3) Aumenta em épocas frias do ano
(queda de temperatura, inversão
térmica).
7. Gestão de resíduos e carcaças de peixes
» Rotineiramente monitorar os
viveiros → retirar mesmo sendo
apenas um peixe!
Retirada de animais mortos
Substrato → fonte de
transmissão de doenças
7. Gestão de resíduos e carcaças de peixes
» Destruição correta: uma das ações que
contribuem para a melhoria das
condições ambientais e sanitárias na
produção.
» Compostagem de carcaças de peixes
» Silagem
Destino de animais mortos
» Silagem
» Fossa séptica
» Incineração
» Vantagens e desvantagens na adoção e
impactos: medidas antes da aplicação.
Imagem: Leandro Kanamaru
Compostagem » Reciclagem da matéria orgânica →
composto fertilizante para adubação
de plantas.
» Em carcaças bovinas permite a
destruição de bactérias patogênicas,
vírus e parasitas.
Imagem: Instituto de Pesca SP
Silagem » Obtida pela adição mínima de ácidos
ou microorganismos ao resíduo ou
carcaça.
» Aplicação depende do volume de
resíduo/carcaça gerados, da
aquisição de substâncias especificas
e de aplicação.
Fossa séptica
» Edificadas.
» Construídas em local seco, longe
de lençóis freáticos, providas de um
telhado e tampa de encaixe.
» Para aviários a distância mínima é
de 200 metros.
Imagem: internet
» Depende de equipamentos adequados e escolha do local adequado.
» Na avicultura método é indicado quando ocorrem problemas sanitários
graves.
» Emissão de gases é uma desvantagem desse método.
Incineração
8. Uso de medicamentos
» Danos ao ambiente.
» Intoxicação, estresse e morte de organismos não alvo (peixes, fito
A FAO estima que, paralelo ao crescimento da atividade
aquícola, o uso de produtos químicos para o controle ou
manejo de doenças tende a aumentar.
Problemas do uso indiscriminado de medicamentos:
» Intoxicação, estresse e morte de organismos não alvo (peixes, fito
e zooplâncton, etc): prejuízos para o produtor.
» Resistência bacteriana e parasitária.
» Saúde pública e segurança alimentar: resíduos de medicamentos.
FAO-Food and Agriculture Organization of the United Nations, 2007.
8. Uso de medicamentos
» Doença: diagnóstico correto.
» Propriedades farmacológicas, mecanismos de ação,
eficácia, forma e vias de aplicação, tempo de carência.
» Animal: espécie, idade, estado fisiológico.
» Condições ambientais: tipo de cultivo e a qualidade da água
determinam o tipo e a forma de tratamento, presença de
A escolha e o uso de medicamentos está associado à:
determinam o tipo e a forma de tratamento, presença de
matéria orgânica.
» Segurança humana: implicações no comércio do peixe.
» Impacto ambiental.
» Regulamento e aprovação.
» Custos.
8. Uso de medicamentos
» Banhos de imersão e de curta duração: pode variar de poucos
segundos, 5 minutos, até 1 hora ou mais.
» Banho prolongado: são banhos aplicados em tanques e
viveiros, duração indeterminada, perda da eficiência do
medicamento na presença de matéria orgânica.
» Via oral (administração com a ração): falta de garantia de
uma administração homogênea devido a falta de apetite do
Vias de administração:
uma administração homogênea devido a falta de apetite do
peixe enfermo.
» Injeções: aplicado no caso de um número reduzido de peixes e
que sejam de alto valor comercial e, se não houver terapia
alternativa.
8. Uso de medicamentos
» Cloreto de sódio (NaCl) ou sal comum
» Formalina (formaldeído 37-40%)
» Permanganato de potássio (KmnO4)
» Sulfato de cobre (CuSO4)
» Triclorfon (Organofosforados)
Substâncias, fármacos e produtos químicos:
» Triclorfon (Organofosforados)
» Diflubenzuron (inseticida, regulador de crescimento)
» Anti-helmínticos (mebendazol, albendazol, levamizol, praziquantel)
» Antibióticos
» Azul de metileno e Verde malaquita: PROIBIDOS para peixes de consumo.
9. Limpeza e desinfecção de equipamentos e utensílios
Objetivos
Meio econômico de reduzir os microorganismos patogênicos e
fazer controle da transmissão e prevenção de doenças
infecciosas e parasitárias tanto nos laboratórios de reprodução
quanto nas fazendas de engorda.
Componentes essenciais na implantação de BPMS.
» Equipamentos, utensílios, fômites
(baldes, peneiras, bacias, redes, etc)
de uso comum na piscicultura.
» Instalações aquícolas (laboratórios).
» Higienização dos trabalhadores.
9. Limpeza e desinfecção de equipamentos e utensílios
Conceitos
» Limpeza: ato de remover, de forma física, mecânica ou química
(uso de detergentes), a sujidade de determinada superfície.
» Desinfecção: aplicação de substâncias para controlar, prevenir ou
destruir microorganismos prejudiciais (como bactérias e fungos, ou
estágios de desenvolvimento de parasitas) e inativar vírus em
objetos inanimados e superfícies. Agentes físicos (raio X, luz
ultravioleta), mas os mais comuns são agentes químicos.
ultravioleta), mas os mais comuns são agentes químicos.
» Esterilização: substância que destrói e elimina todas as formas de
vida em objetos inanimados e superfícies. Não é o nosso objetivo!
» Higienização: limpeza e desinfecção em trabalhadores.
9. Limpeza e desinfecção de equipamentos e utensílios
Regras
» (1) A desinfecção sem limpeza anterior não é
economicamente eficaz.
» (2) O treinamento dos funcionários é importante para a
execução adequada dos procedimentos.
» (3) É recomendado expor as etapas do processo em
locais bem visíveis para servir de lembrete.
locais bem visíveis para servir de lembrete.
» (4) Manter a organização de almoxarifados e galpões.
9. Limpeza e desinfecção
Compostos
de
cloro
● Para utensílios, fômites e ambiente –
bastante enxágüe em água corrente após
o uso.
● Contato prolongado pode corroer metais
e destruir redes.
● Forma de pó de hipoclorito de cálcio:
0,32g de hipoclorito de cálcio 65%/L água.
● Forma líquida como cloro comercial
2,5%: 10 mL/L água.
Compostos
de
cloro
2,5%: 10 mL/L água.
● Áreas ventiladas.
● Afetados por matéria orgânica (consome
o cloro disponível), temperatura e pH (a
eficácia desinfetante do cloro diminui com
o aumento do pH e vice-versa).
9. Limpeza e desinfecção
Aldeídos
● Formaldeído (solução aquosa
34 a 40%).
● Ação bactericida, esporicida e
viricida.
● Desinfetantes muito potentes,
mas podem ser tóxicos para
humanos e animais.
● Uso sob a supervisão treinada,
em local bem ventilado.
em local bem ventilado.
● Doses: Formalina comercial a
5% (27 a 220mL/L água).
9. Limpeza e desinfecção
Compostos
de
iodo
● Geralmente combinados com
detergentes.
● Desinfetantes e anti-sépticos.
● Ação: penetra a parede celular
microorganismos, causa danos à
parede levando a uma perda de
material intracelular.
● Controle do pH 6 - 8
(6 ↑ toxicidade e 8 ↓ eficiência)
Compostos
de
iodo
(6 ↑ toxicidade e 8 ↓ eficiência)
● Desinfecção das mãos:
200 mg de iodo /L água.
Imagens: Rodrigo Xavier.
Higienização de trabalhadores
Pedilúvio
9. Limpeza e desinfecção
Pedilúvio
Associação de compostos fenólicos e aldeídos.
Ilustração fonte: Hernández e Nunes, 2000.
10. Uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)
Propriedades / objetivos:
» Botas, luvas, máscaras, óculos, vestuário
adequado, roupas impermeáveis para uso
na água.
» Ferramentas de trabalho que visam
proteger a saúde do trabalhador.
» Empregador: obrigado a fornecer os EPIs
» Empregador: obrigado a fornecer os EPIs
adequados ao trabalho, instruir e treinar o
funcionário quanto ao uso dos EPIs,
fiscalizar e exigir o uso dos EPIs e repor os
EPIs danificados.
» Trabalhador: obrigação de usar e conservar
o EPIs.
» Planificar índices de mortalidade esperado por fase e pós
movimentação;
» Utilizar medidas profiláticas (ex.: desinfecção de equipamentos,
11. Coleta e Interpretação de Dados
Permite controlar o sistema de cultivo de forma contínua
Interpretação dos dados coletados.
Agiliza a identificação de problemas.
Agiliza implementação de medidas pertinentes.
» Utilizar medidas profiláticas (ex.: desinfecção de equipamentos,
cuidado ao manusear os peixes e respeitar os períodos críticos de
manejo);
» Realizar coleta para avaliação sanitária;
» Contato direto com técnico responsável em propor medidas de
controle.
Planejar Fazer
Agir Checar
Ciclo PDCA
» Planejar: estudo prévio das doenças que se busca
controlar → formas de transmissão.
» Fazer: implementar BPMS, treinar pessoal,
construir estruturas sanitárias.
» Checar: amostragem e análises de parâmetros
que permitam mensurar a eficácia dos
11. Coleta e Interpretação de Dados
Agir Checar
que permitam mensurar a eficácia dos
procedimentos adotados para o controle de
enfermidades: ganho de peso, conversão
alimentar, saúde dos animais, qualidade da água.
» Agir: etapa de correção → adequação dos
parâmetros aos limites estabelecidos. Se não
houve sucesso, um novo ciclo deve ser iniciado.
Produtos (peixes adultos, ovos, larvas,
pós-larvas e alevinos) sadios e de qualidade
Produtos (peixes adultos, ovos, larvas, pós-
larvas e alevinos) contaminados, sem qualidade
Trabalhadores saudáveis VVVV Trabalhadores doentes e cansados (afetando na
execução do trabalho)
Sustentabilidade e acesso a novos mercados Perda de mercado e restrição para vendas
Animais bem cuidados e saudáveis Animais estressados e improdutivos
Propriedades com BPMS Propriedades sem BPMS
VANTAGENS E BENEFÍCIOS DAS BPMS PARA OS PRODUTORES
Propriedade limpa Infraestrutura deteriorada e propriedade com
risco de contaminação
Controle da produção e conhecimento das
contas
Confusão, perda de informações e documentos
Melhores preços graças ao valor agregado
Preços baixos por um produto de proveniência
duvidosa
Maior produtividade Perda da produção
Menor impacto na natureza Água degradada, desperdício e solo desgastado
Controle e redução dos riscos Risco eminente na produção
risco de contaminação
Menores custos graças ao uso racional dos
insumos
Custos altos pelo excesso ou uso inadequado
de insumos e medicamentos
12. Considerações finais
Aplicação das BPMS no dia-a-dia
exige comprometimento e
organização do produtor.
Importante a presença de um profissional
capacitado para orientar o produtor e diagnosticar
corretamente a(s) enfermidade(s).
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Suinocultura Piscicultura

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Manejo Sanitário na Piscicultura

  • 1. Manejo Sanitário na Piscicultura Patricia Oliveira Maciel Patricia Oliveira Maciel Médica Veterinária, Mestre em Biologia Aquática Pesquisadora em Sanidade de Espécies Aquícolas
  • 2. INTRODUÇÃO Boas Práticas de Manejo Sanitário (BPMS) Conjunto de princípios, normas e técnicas que, aplicadas sistematicamente em uma propriedade piscícola, têm como resultado um aumento da produção de ovos, pós-larvas, larvas e alevinos produção de ovos, pós-larvas, larvas e alevinos saudáveis e de qualidade, além de alimento mais seguro para o consumidor.
  • 3. INTRODUÇÃO Boas Práticas de Manejo Sanitário (BPMS) Objetivos: » Cuidar da saúde humana (melhorar as condições dos trabalhadores) » Cuidar da saúde dos animais cultivados » Proteger o meio ambiente » Proteger o meio ambiente
  • 4. INTRODUÇÃO BPMS = visão integrada da piscicultura Meio Ambiente Genética Sanidade Manejo Nutrição Genética Sanidade Ilustração fonte: Hernández e Nunes, 2000.
  • 5. INTRODUÇÃO Doenças são entraves na produção de peixes Principais causas: » Excesso ou escassez de alimento, » Baixa qualidade do alimento, » Manejo inadequado da água e dos peixes, Erros de manejo: » Fotoperíodo, temperatura, eventos de friagem, excesso ou escassez de chuvas, insolação. Fatores externos: » Falta de informações relacionadas ao cultivo de peixes.
  • 6. INTRODUÇÃO Recomendações ao produtor: As atividades conduzidas numa piscicultura devem ser: » Bem planejadas, » Bem executadas e acompanhadas, » Objetivando manter sempre a boa » Objetivando manter sempre a boa condição de saúde dos animais cultivados.
  • 7. INTRODUÇÃO Recomendações ao produtor: Agir de forma preventiva ao invés de esperar pelo aparecimento de doenças: » Detectar problemas no início. » Identificar causas. » Evitar o uso de drogas como agente terapêutico. » Grande parte das doenças, depois de instalada, é de difícil ou sem controle.
  • 8.
  • 9. 1. Adquirindo animais para a piscicultura Cuidados ao povoar viveiros com animais (pós- larvas, alevinos ou adultos) selvagens » Animais selvagens » Carga exógena de parasitas e patógenos » Patógenos ambiente de cultivo X natureza » Condições do cultivo: diminuição da imunidade e pre-disposição às doenças » Condições do cultivo: diminuição da imunidade e pre-disposição às doenças » Prevenção da entrada de novos patógenos no cultivo » Quarentena
  • 10. 1. Adquirindo animais para a piscicultura Quarentena » Período de observação do lote recém-chegado/adquirido. » Avaliação periódica: sintomatologias e presença de doenças. » Recomenda-se período não inferior a 20 dias: suficiente para manifestação de doenças. » Pode-se proceder tratamentos terapêuticos e/ou profiláticos. » Pode-se proceder tratamentos terapêuticos e/ou profiláticos. » Localização
  • 11. Próxima à entrada da piscicultura Área isolada dos viveiros da propriedade Abastecimento e Exemplo: Entrada da piscicultura Abastecimento e esgotamento de água independentes Imagem: Estação de Piscicultura de Balbina.
  • 12. 1. Adquirindo animais para a piscicultura Procedência das sementes (ovos, larvas, pós-larvas e alevinos ) » Evitar introdução de animais parasitados, doentes ou que receberam algum tratamento inadequado com medicação. » Resistência bacteriana: uso profilático de antibióticos antes ou durante o transporte. » Qualidade das sementes: 1) características externas, sinais e sintomas. 2) Estrutura e qualidade dos insumos utilizados pelos sintomas. 2) Estrutura e qualidade dos insumos utilizados pelos laboratórios. » Comunicação freqüente entre os laboratórios de reprodução e as fazendas de engorda para discutir problemas no cultivo.
  • 13. 1. Adquirindo animais para a piscicultura Animais de Qualidade » Genética: cultivo com organismos de alto padrão de qualidade » Camarões marinhos, algumas espécies de peixes » Animais livres de patógenos 1 cm específicos (Specific Pathogen Free) » Manejo X Genética » Manter a comunicação com os laboratórios e aplicar as boas práticas de manejo 1 cm
  • 14. 2. Monitoramento dos procedimentos do transporte de peixes Para quem recebe sementes: » Ter viveiro previamente preparado para receber os animais » Acompanhamento por 2 semanas: comportamento, resposta alimentar e mortalidade (máxima normal é de 5 a 10%) » Aclimatação: não só à temperatura, mas aos outros parâmetros da água que podem comprometer a homeostase dos peixes.
  • 15. 2. Monitoramento dos procedimentos do transporte de peixes Para quem produz e transporta alevinos: Jejum Horário adequado para o transporte
  • 16. 2. Monitoramento dos procedimentos do transporte de peixes Documentação necessária: » Guia de Trânsito Animal (GTA) » Atestado Sanitário: Indicadores de saúde e qualidade dos peixes » Avaliação sanitária, Histórico do cultivo, » Características externas: sinais e sintomas. » Guia do IBAMA (dependendo da espécie)
  • 17.
  • 18. Propriedades e aplicações do sal » Estimula a produção de muco corporal e branquial: recobrir lesões ocasionadas pelo manejo, previne infecções secundárias; » Minimiza os efeitos do estresse (desequilíbrio osmorregulatório): diminui perda de sais e gasto de energia para manutenção da homeostase; » Controle e prevenção de ectoparasitas, micoses e bacterioses. 2. Monitoramento dos procedimentos do transporte de peixes » Controle e prevenção de ectoparasitas, micoses e bacterioses.
  • 20.
  • 21. 3. Monitoramento da água Parâmetros para monitoramento constante e regular : » Alterações nos parâmetros físico-químico ideais da água: estresse agudo ou crônico (intensidade e período). » Fonte de água: evitar contaminação por dejetos orgânicos e resíduos químicos. Conhecimento das atividades vizinhas: evitar contaminação externa. » Viveiros com entradas e saídas de água independentes: evita a » Viveiros com entradas e saídas de água independentes: evita a transmissão de doenças. » Esgotamento de água pelo fundo do viveiro: eliminação da água de menor qualidade, dejetos dos peixes, restos de ração, fitoplâncton, zooplâncton e outros animais mortos.
  • 22. » Matéria orgânica em suspensão ou águas de turbidez elevada: lesões nos filamentos branquiais, trocas gasosas e proliferação de patógenos.
  • 23. 4. Preparação dos viveiros » Após a última despesca e antes que sejam reutilizados. » Limpeza: retirada da matéria orgânica do fundo (idade do viveiro). » Assepsia: cal virgem, produto Limpeza e assepsia dos viveiros » Assepsia: cal virgem, produto químico. » Pessoal treinado, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).
  • 24. 4. Preparação dos viveiros Limpeza e assepsia dos viveiros » Tanques de alvenaria: uso de produtos químicos recomendados por técnicos habilitados. Posterior enxágue para retirada dos resíduos.
  • 25. 1) Secagem por até 10 dias ao sol 2) Cal virgem (CaO) nas poças temporárias: 200 a 400g CaO/m2 3) Cal virgem no fundo do viveiro: 200 a 400g CaO/m2 4) Calcarear (calcáreo agrícola) e adubar (adubo orgânico ou químico) seguindo recomendações
  • 26. 4. Preparação dos viveiros Instalação de telas : » Nas entradas de água dos viveiros: evitar entrada de animais indesejáveis (peixes, sapos, caramujos). » Na saída de água dos viveiros para evitar saída peixes da criação = Aqüicultura Sustentável.
  • 27. 5. Alimentação e nutrição Estratégias adequadas: » Exigências nutricionais da espécie e sistema de cultivo empregado. » Desperdícios de ração: gastos desnecessários e aumento de aporte de matéria orgânica para a unidade de cultivo. » Aeração para aumentar a eficiência de aproveitamento da ração. » Armazenamento adequado das rações. Ração normal Ração embolorada
  • 28.
  • 29.
  • 30. 50 cm Imagem: Giovani Vitti Moro.
  • 31. Galpão de ração Registro de entrada e saída das rações / Registro de entrada e saída das rações / Armazenamento correto Registro de entrada e saída das rações / Armazenamento correto
  • 32. Fora da criação: » Implementar medidas rígidas de prevenção com o objetivo de evitar a introdução e a disseminação de doenças na criação » Cuidados na aquisição de peixes, quarentena » Contato com laboratórios de fornecimento de sementes 6. Monitoramento sanitário
  • 33. Dentro da criação: Monitorar de forma contínua e sistemática o estado de saúde dos peixes/viveiros 6. Monitoramento sanitário » Anotações do histórico do cultivo: » data da estocagem » biometrias » transferências » introdução de peixes » quantidade de ração » mortalidades
  • 34. 6. Monitoramento sanitário » Observação rotineira da resposta alimentar Dentro da criação: Monitorar de forma contínua e sistemática o estado de saúde dos peixes/viveiros
  • 35. 6. Monitoramento sanitário » Observar alterações comportamentais, mudanças de hábitos, sinais e sintomas de doenças Elenice Brasil Giovani Bergamim
  • 36. 6. Monitoramento sanitário » Não aplicar densidades de estocagem elevadas » Realizar visitas mais freqüentes aos viveiros » Retirar animais mortos » Diagnóstico precoce de doenças: envio de amostras para Dentro da criação: Monitorar de forma contínua e sistemática o estado de saúde dos peixes/viveiros » Diagnóstico precoce de doenças: envio de amostras para laboratórios periodicamente ou quando se observa qualquer alteração suspeita nos peixes
  • 37. 6. Monitoramento sanitário » Aves e morcegos: potenciais transmissores de doenças, provocam lesões, agentes estressores. Medida preventiva: telas anti-pássaros ou fios de Dentro da criação: Controlar animais estranhos: potenciais transmissores (assintomáticos) de doenças → hospedeiros intermediários Medida preventiva: telas anti-pássaros ou fios de náilon. » Moluscos/caracóis: Medida preventiva (controle biológico): assepsia dos viveiros com cal virgem. » Ovos e girinos de sapos: Medidas preventiva: retirar frequentemente.
  • 38. 1) Telas anti-pássaro ou fios de náilon 2) Cal virgem
  • 39. Caramujos mortos em viveiro após assepsia 1 cm Lesões provocadas por aves em alevinos de matrinxã 1,5 cm Caramujos mortos em viveiro após assepsia com cal virgem / Girinos retirados de viveiro
  • 40. 6. Monitoramento sanitário Dentro da criação: » Recomenda-se dividir a fazenda em módulos (ex.: Reprodutores, Alevinagem, Engorda). » Evitar transmissão de doenças entre animais de diferentes Alevinagem Engorda Reprodutores animais de diferentes idades e condições de cultivo. Imagem: Estação de Piscicultura de Balbina.
  • 41. 6. Monitoramento sanitário Cuidados no manuseio dos peixes » Planejar atividades: separar equipamentos necessários e equipe especializada » Ferimentos e perda de muco → porta de entrada para infecções secundárias (bacterianas e fúngicas). » Evitar o estresse dos peixes → diminui resistência dos peixes a doenças → agentes estressores » Procedimentos de manipulação dos peixes: manejo para despesca, transferência (mudanças de qualidade da água). » Jejum: antes de práticas de manejo como despesca e transferência de peixes. » Melhor horário do dia para práticas de manejo como (despesca, biometria, transferência). » Aclimatação dos peixes.
  • 42. Reprodutores Matrizes Transmissão de doenças na piscicultura TRANSMISSÃO VERTICAL 6. Monitoramento sanitário Alevinos Ovos
  • 43. TRANSMISSÃO HORIZONTAL 6. Monitoramento sanitário Contato direto Animais sadios Peixes, utensílios ou rações contaminados
  • 44. 6. Monitoramento sanitário Suscetibilidade a doenças Variação da suscetibilidade INTRÍNSECA Espécie Idade Individual 1) Maior em peixes jovens (larvas e alevinos). EXTRÍNSECA Nutrição 1) Maior em peixes mal nutridos. EXTRÍNSECA Nutrição Alimentação Qualidade da água 1) Maior em peixes mal nutridos. 2) Aumenta em condições inadequadas da água. 3) Aumenta em épocas frias do ano (queda de temperatura, inversão térmica).
  • 45. 7. Gestão de resíduos e carcaças de peixes » Rotineiramente monitorar os viveiros → retirar mesmo sendo apenas um peixe! Retirada de animais mortos Substrato → fonte de transmissão de doenças
  • 46. 7. Gestão de resíduos e carcaças de peixes » Destruição correta: uma das ações que contribuem para a melhoria das condições ambientais e sanitárias na produção. » Compostagem de carcaças de peixes » Silagem Destino de animais mortos » Silagem » Fossa séptica » Incineração » Vantagens e desvantagens na adoção e impactos: medidas antes da aplicação.
  • 47. Imagem: Leandro Kanamaru Compostagem » Reciclagem da matéria orgânica → composto fertilizante para adubação de plantas. » Em carcaças bovinas permite a destruição de bactérias patogênicas, vírus e parasitas. Imagem: Instituto de Pesca SP Silagem » Obtida pela adição mínima de ácidos ou microorganismos ao resíduo ou carcaça. » Aplicação depende do volume de resíduo/carcaça gerados, da aquisição de substâncias especificas e de aplicação.
  • 48. Fossa séptica » Edificadas. » Construídas em local seco, longe de lençóis freáticos, providas de um telhado e tampa de encaixe. » Para aviários a distância mínima é de 200 metros. Imagem: internet » Depende de equipamentos adequados e escolha do local adequado. » Na avicultura método é indicado quando ocorrem problemas sanitários graves. » Emissão de gases é uma desvantagem desse método. Incineração
  • 49. 8. Uso de medicamentos » Danos ao ambiente. » Intoxicação, estresse e morte de organismos não alvo (peixes, fito A FAO estima que, paralelo ao crescimento da atividade aquícola, o uso de produtos químicos para o controle ou manejo de doenças tende a aumentar. Problemas do uso indiscriminado de medicamentos: » Intoxicação, estresse e morte de organismos não alvo (peixes, fito e zooplâncton, etc): prejuízos para o produtor. » Resistência bacteriana e parasitária. » Saúde pública e segurança alimentar: resíduos de medicamentos. FAO-Food and Agriculture Organization of the United Nations, 2007.
  • 50. 8. Uso de medicamentos » Doença: diagnóstico correto. » Propriedades farmacológicas, mecanismos de ação, eficácia, forma e vias de aplicação, tempo de carência. » Animal: espécie, idade, estado fisiológico. » Condições ambientais: tipo de cultivo e a qualidade da água determinam o tipo e a forma de tratamento, presença de A escolha e o uso de medicamentos está associado à: determinam o tipo e a forma de tratamento, presença de matéria orgânica. » Segurança humana: implicações no comércio do peixe. » Impacto ambiental. » Regulamento e aprovação. » Custos.
  • 51. 8. Uso de medicamentos » Banhos de imersão e de curta duração: pode variar de poucos segundos, 5 minutos, até 1 hora ou mais. » Banho prolongado: são banhos aplicados em tanques e viveiros, duração indeterminada, perda da eficiência do medicamento na presença de matéria orgânica. » Via oral (administração com a ração): falta de garantia de uma administração homogênea devido a falta de apetite do Vias de administração: uma administração homogênea devido a falta de apetite do peixe enfermo. » Injeções: aplicado no caso de um número reduzido de peixes e que sejam de alto valor comercial e, se não houver terapia alternativa.
  • 52. 8. Uso de medicamentos » Cloreto de sódio (NaCl) ou sal comum » Formalina (formaldeído 37-40%) » Permanganato de potássio (KmnO4) » Sulfato de cobre (CuSO4) » Triclorfon (Organofosforados) Substâncias, fármacos e produtos químicos: » Triclorfon (Organofosforados) » Diflubenzuron (inseticida, regulador de crescimento) » Anti-helmínticos (mebendazol, albendazol, levamizol, praziquantel) » Antibióticos » Azul de metileno e Verde malaquita: PROIBIDOS para peixes de consumo.
  • 53. 9. Limpeza e desinfecção de equipamentos e utensílios Objetivos Meio econômico de reduzir os microorganismos patogênicos e fazer controle da transmissão e prevenção de doenças infecciosas e parasitárias tanto nos laboratórios de reprodução quanto nas fazendas de engorda. Componentes essenciais na implantação de BPMS. » Equipamentos, utensílios, fômites (baldes, peneiras, bacias, redes, etc) de uso comum na piscicultura. » Instalações aquícolas (laboratórios). » Higienização dos trabalhadores.
  • 54. 9. Limpeza e desinfecção de equipamentos e utensílios Conceitos » Limpeza: ato de remover, de forma física, mecânica ou química (uso de detergentes), a sujidade de determinada superfície. » Desinfecção: aplicação de substâncias para controlar, prevenir ou destruir microorganismos prejudiciais (como bactérias e fungos, ou estágios de desenvolvimento de parasitas) e inativar vírus em objetos inanimados e superfícies. Agentes físicos (raio X, luz ultravioleta), mas os mais comuns são agentes químicos. ultravioleta), mas os mais comuns são agentes químicos. » Esterilização: substância que destrói e elimina todas as formas de vida em objetos inanimados e superfícies. Não é o nosso objetivo! » Higienização: limpeza e desinfecção em trabalhadores.
  • 55. 9. Limpeza e desinfecção de equipamentos e utensílios Regras » (1) A desinfecção sem limpeza anterior não é economicamente eficaz. » (2) O treinamento dos funcionários é importante para a execução adequada dos procedimentos. » (3) É recomendado expor as etapas do processo em locais bem visíveis para servir de lembrete. locais bem visíveis para servir de lembrete. » (4) Manter a organização de almoxarifados e galpões.
  • 56. 9. Limpeza e desinfecção Compostos de cloro ● Para utensílios, fômites e ambiente – bastante enxágüe em água corrente após o uso. ● Contato prolongado pode corroer metais e destruir redes. ● Forma de pó de hipoclorito de cálcio: 0,32g de hipoclorito de cálcio 65%/L água. ● Forma líquida como cloro comercial 2,5%: 10 mL/L água. Compostos de cloro 2,5%: 10 mL/L água. ● Áreas ventiladas. ● Afetados por matéria orgânica (consome o cloro disponível), temperatura e pH (a eficácia desinfetante do cloro diminui com o aumento do pH e vice-versa).
  • 57. 9. Limpeza e desinfecção Aldeídos ● Formaldeído (solução aquosa 34 a 40%). ● Ação bactericida, esporicida e viricida. ● Desinfetantes muito potentes, mas podem ser tóxicos para humanos e animais. ● Uso sob a supervisão treinada, em local bem ventilado. em local bem ventilado. ● Doses: Formalina comercial a 5% (27 a 220mL/L água).
  • 58. 9. Limpeza e desinfecção Compostos de iodo ● Geralmente combinados com detergentes. ● Desinfetantes e anti-sépticos. ● Ação: penetra a parede celular microorganismos, causa danos à parede levando a uma perda de material intracelular. ● Controle do pH 6 - 8 (6 ↑ toxicidade e 8 ↓ eficiência) Compostos de iodo (6 ↑ toxicidade e 8 ↓ eficiência) ● Desinfecção das mãos: 200 mg de iodo /L água.
  • 59. Imagens: Rodrigo Xavier. Higienização de trabalhadores Pedilúvio
  • 60. 9. Limpeza e desinfecção Pedilúvio Associação de compostos fenólicos e aldeídos. Ilustração fonte: Hernández e Nunes, 2000.
  • 61. 10. Uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) Propriedades / objetivos: » Botas, luvas, máscaras, óculos, vestuário adequado, roupas impermeáveis para uso na água. » Ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador. » Empregador: obrigado a fornecer os EPIs » Empregador: obrigado a fornecer os EPIs adequados ao trabalho, instruir e treinar o funcionário quanto ao uso dos EPIs, fiscalizar e exigir o uso dos EPIs e repor os EPIs danificados. » Trabalhador: obrigação de usar e conservar o EPIs.
  • 62. » Planificar índices de mortalidade esperado por fase e pós movimentação; » Utilizar medidas profiláticas (ex.: desinfecção de equipamentos, 11. Coleta e Interpretação de Dados Permite controlar o sistema de cultivo de forma contínua Interpretação dos dados coletados. Agiliza a identificação de problemas. Agiliza implementação de medidas pertinentes. » Utilizar medidas profiláticas (ex.: desinfecção de equipamentos, cuidado ao manusear os peixes e respeitar os períodos críticos de manejo); » Realizar coleta para avaliação sanitária; » Contato direto com técnico responsável em propor medidas de controle.
  • 63. Planejar Fazer Agir Checar Ciclo PDCA » Planejar: estudo prévio das doenças que se busca controlar → formas de transmissão. » Fazer: implementar BPMS, treinar pessoal, construir estruturas sanitárias. » Checar: amostragem e análises de parâmetros que permitam mensurar a eficácia dos 11. Coleta e Interpretação de Dados Agir Checar que permitam mensurar a eficácia dos procedimentos adotados para o controle de enfermidades: ganho de peso, conversão alimentar, saúde dos animais, qualidade da água. » Agir: etapa de correção → adequação dos parâmetros aos limites estabelecidos. Se não houve sucesso, um novo ciclo deve ser iniciado.
  • 64. Produtos (peixes adultos, ovos, larvas, pós-larvas e alevinos) sadios e de qualidade Produtos (peixes adultos, ovos, larvas, pós- larvas e alevinos) contaminados, sem qualidade Trabalhadores saudáveis VVVV Trabalhadores doentes e cansados (afetando na execução do trabalho) Sustentabilidade e acesso a novos mercados Perda de mercado e restrição para vendas Animais bem cuidados e saudáveis Animais estressados e improdutivos Propriedades com BPMS Propriedades sem BPMS VANTAGENS E BENEFÍCIOS DAS BPMS PARA OS PRODUTORES Propriedade limpa Infraestrutura deteriorada e propriedade com risco de contaminação Controle da produção e conhecimento das contas Confusão, perda de informações e documentos Melhores preços graças ao valor agregado Preços baixos por um produto de proveniência duvidosa Maior produtividade Perda da produção Menor impacto na natureza Água degradada, desperdício e solo desgastado Controle e redução dos riscos Risco eminente na produção risco de contaminação Menores custos graças ao uso racional dos insumos Custos altos pelo excesso ou uso inadequado de insumos e medicamentos
  • 65. 12. Considerações finais Aplicação das BPMS no dia-a-dia exige comprometimento e organização do produtor. Importante a presença de um profissional capacitado para orientar o produtor e diagnosticar corretamente a(s) enfermidade(s).