O documento discute os perigos associados a contaminantes físicos, químicos e biológicos em alimentos. Ele explica como bactérias, vírus, parasitas e fungos podem causar doenças se as condições forem adequadas para seu crescimento, e quais medidas podem ser tomadas para prevenir a contaminação. Também aborda perigos químicos como agrotóxicos, metais pesados e alérgenos, e perigos físicos como vidro e metais.
2. PERIGOS DOS ALIMENTOS
A primeira etapa do Sistema APPCC é a análise de perigos.
Trata da análise e a identificação da respectiva medida
preventiva (de controle) são as bases do plano APPCC
Os perigos referem-se às condições e/ou contaminantes que
podem causar injúria ou dano ao consumidor.
Efeito: ocorre por meio de uma lesão ou enfermidade, de forma
imediata ou tardia, por uma única ingestão ou por ingestão
reiterada.
Devem ser analisados a partir da observação de todas as
atividades que permitam caracterizar um processo, ou fase de
obtenção de um produto alimentício, seja de matéria-prima ou
de produto pronto para o consumo.
3. FONTE
Veículos de transmissão dos perigos (agentes) a exemplo do
homem, vetores, superfícies e alimentos contaminados e/ou
com presença de organismos deteriorantes.
Onde comumente são encontrados os agentes!
4. RISCOS
Comida:
“fora do padrão”
“sem graça”
Má prestação de serviços.
Mudanças nos patógenos.
Aumento no consumo de alimentos de conveniência.
Ignorância e negligência
7. PERIGO BIOLÓGICO
BACTÉRIAS, VÍRUS, PARASITOS E PRÍONS
CONDIÇÕES IDEAIS PARA A MULTIPLICAÇÃO
Alimentos ricos em proteínas ou carboidratos
AA - Atividade aquosa superior a 0,82 AW
PH - Superior a 4. 0. (4.6 a 7.5=ideal)
Tempo de exposição em temperatura ambiente superior
a 1 h.
Temperatura de permanência acima de 4.5°C e abaixo
de 60°C.
10. BACTÉRIAS: ESPOROS
Características - Resistem a ação de:
Fortes desinfetantes.
Temperatura extremas de congelamento e de calor intenso.
Altos níveis de acidez.
Ex: Bacillus cereus; Clostridium desulfotomaculum
Medidas Preventivas
Destruição dos esporos por processamento térmico .
Controle de temperatura para prevenir germinação e a multiplicação das
células vegetativas em alimentos cozidos, prontos para consumo.
11. DOENÇAS MAIS COMUNS CAUSADAS POR
BACTÉRIAS
Salmonelose
Shigellose
Listeriose
Intoxicação Estafilocóccica
Enterite por Clostridium
perfringens
Gastroenterite por Bacillus
cereus
Botulismo por Clostridium
botulinum
Campilobacteriose
Enterite por E. coli
Gastroenterite ou Septicemia
por Vibrião
Yersiniose
17. VIBRIO CHOLERAE
MEDIDAS PREVENTIVAS
Estão associadas a: saneamento básico, boas práticas de
higiene pessoal, produção primária de verduras e preceitos
de higiene alimentar.
O controle também pode ser feito através do uso
adequado do calor, promovendo a cocção adequada de
pescados e prevenindo a contaminação cruzada.
Congelamento é ineficaz para matar essa bactéria.
Não consumir alimentos marinhos crus, principalmente
durante a epidemia.
18. PARASITOS PATOGÊNICOS EM ALIMENTOS
MEDIDAS PREVENTIVAS
Destruição dos esporos pelo processamento térmico prevenção da
sua germinação e da multiplicação das células vegetativas em
alimentos cozidos, prontos para consumo.
As medidas incluem:
Evitar preparar alimentos com muita antecedência,
Evitar manter alimentos cozidos à temperatura ambiente, utilizar
métodos de resfriamento rápido a temperaturas abaixo de 0°C;
Manter alimentos quentes, acima de 60°C, até o momento de servir, e
reaquecer os alimentos rapidamente a 74°C ou acima.
A temperatura de cocção utilizada para o preparo da maioria de
alimentos não elimina completamente os esporos de Bacillus cereus.
19. VÍRUS EM ALIMENTOS
HEPATITE A, POLIOMELITE, ROTAVÍRUS E NORWALK
Vírus entéricos podem ser de origem alimentar, aquática ou transmitidos aos
alimentos por contato humano ou animal.
Não se multiplicam fora das células vivas (hospedeiras), ou seja, nos
alimentos.
Vírus patogênicos causadores de gastrenterites podem ser veiculados por
água e alimentos.
Medidas preventivas (de controle) de vírus em alimentos
Evitar o contato de produtos que serão consumidos crus (verduras, frutas do
tipo morango, ostras) com material contaminado por fezes humanas.
Promover a cocção que assegure a inativação do vírus.
Manipuladores portadores ou doentes não podem ter contato com os
alimentos.
A higiene pessoal e ambiental devem ser garantidas.
20. BOLORES
Emboloramento em frutas e pães.
Micotoxinas.
Largamente usado na industrialização de alimentos.
Se multiplicam lentamente a cada 3 horas.
A maioria necessita do oxigênio para sobreviver
Atingem uma multiplicação acelerada entre 20 a 30°Celsius.
Alguns tipos se multiplicam em temperatura de refrigeração.
Medidas preventivas
Após manipular alimentos crus, lavar as mãos cuidadosamente.
Higiene de superfícies rigorosa.
Evitar alimentos em temperatura ambiente.
21. PERIGOS QUÍMICOS
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs)
INTOXICAÇÃO QUÍMICA:
Quadro clínico decorrente da ingestão de substâncias
químicas nos alimentos, como agrotóxicos, pesticidas,
raticidas, metais pesados, micotoxinas (toxinas de fungos),
toxinas de algas, aminas biogênicas, aminas vasopressôras
alergênicas (produzidas por microrganismos psicrotróficos),
etc.
22. PERIGOS QUÍMICOS
Substâncias químicas introduzidas durante a obtenção de matéria-prima e/ou
produção de alimentos.
Produtos de limpeza: Medidas preventivas (de controle).
utilizar, quando for possível, produtos de limpeza não tóxicos;
adequado treinamento dos funcionários;
realizar inspeções dos equipamentos após a limpeza;
utilizar materiais apropriados (por exemplo, aço inoxidável)
identificar os produtos e estocar adequadamente.
Pesticidas: Medidas preventivas (de controle).
Produção primária, utilização adequada de defensivos agrícolas em vegetais;
Evitar a captura de pescados em regiões onde haja possibilidade de
contaminantes químicos ou pesticidas na água e receber certificado do
fornecedor com o laudo de que a água.
Realizar análises para determinar contaminantes químicos ou pesticidas na
recepção do produto.
23. PERIGOS QUÍMICOS
Substâncias químicas introduzidas durante a obtenção de
matéria-prima e/ou produção de alimentos.
Alégenos Medidas preventivas (de controle).
Podem produzir alergias ou reações de intolerância em indivíduos sensíveis.
Medidas disponíveis para o produtor de alimentos:
rótulo eficaz, que mostre com precisão a composição do produto. Exemplo: camarão congelado,
que contenha sulfito, este deve estar explicitamente declarado no rótulo, já que determinadas
pessoas podem ser alérgicas
higiene eficaz do equipamento;
cuidado na manipulação para evitar incluir um componente alergênico num produto equivocado
que, portanto, não o incluirá no rótulo.
Metais tóxicos
Compostos mercuriais, que alcançam rios e mares via descarga de indústrias.
Evitar matérias-primas originárias de locais com histórico de possuírem metais pesados.
26. PERIGOS FÍSICO
VIDRO
Medidas de controle
Evitar a introdução de objetos de uso pessoal de vidros,
na área de produção
Proteger as lâmpadas
Controlar rigorosamente produtos embalados em
recipiente de vidro
27. PERIGOS FÍSICO
METAL
Medidas de controle
Realizar manutenção dos equipamentos
Manipular de forma adequada, matérias primas
envasadas em embalagens metálicas
Inspecionar os produtos com detector de metais
Calibrar os detectores de metail