SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
Marina Sousa da Silva
                                                                                   Rebeca Alevato Donadon
                                      RESUMO – CASO CLÍNICO ITU


Identificação:       M.C.N.S,   42    anos,    sexo    Dia do exame:
feminino,      branca,    casada,    técnica     em    •    Dieta para HAS
enfermagem, natural de Oeiras – PI, residente e        •    Tazocyn® 4,5g IV - 6/6h
procedente do Cruzeiro, DF, está no DF há 18           •    Omeprazol 40mg IV - 1/dia
anos. Data da internação: 14/9/2011. Data do           •    Captopril 25mg 2cp VO - 12/12h
exame: 30/9/2011. Plano de Saúde: HFA.                 •    SOS: Dipirona® 1g IV - 6/6h
                                                       •    SOS: Dramin® 1 amp IV - 8/8
Queixa Principal: Vômitos há 5 dias.

HDA: Paciente refere há 2 semanas tosse seca,
                                                       Análise da Conduta Terapêutica
febre alta, aferida (40ºC), de início súbito,
                                                       •    HAS – Captopril 25mg 2cp VO 12/12h
contínua e aliviada com uso de antitérmicos
                                                                A conduta para o tratamento da HAS foi
convencionais. Relata cefaléia frontal pulsante e
                                                       julgada como adequada, uma vez que a paciente
retrorbitária, fotofobia, com piora na posição
                                                       apresentava uma hipertensão estágio 1 somada a
ortostática e ipsilateralização da dor em decúbito
                                                       hiperglicemia. Nestes casos, a escolha deve ser
lateral, associada à vertigem, aliviada com
                                                       monoterápica e na classe dos iECA, pois esta
paracetamol. Há 5 dias evoluiu com vômitos pós-
                                                       classe confere nefroproteção. A melhor opção
prandiais, associados a náuseas, frequência maior
                                                       dentre os iECA seria o enalapril, por apresentar
do que 10 episódios por dia, com consequente
                                                       maior       nefroproteção       e    melhor    conforto
perda ponderal de 4 kg. Há 3 dias apresentou dor
                                                       posológico.
na   região    lombar    esquerda.   Relata    urina
                                                       •    Omeprazol
concentrada, polaciúria e sensação de micção
                                                                A escolha pelo omeprazol pode ser
incompleta. Nega disúria e hematúria. Em busca
                                                       corretamente justificada para o tratamento de
de orientação e alívio dos sintomas procurou a
                                                       esofagite       de   refluxo,       agravo    detectado
emergência do HFA.
                                                       clinicamente de acordo com a história clínica da
                                                       paciente.
Prescrição:
                                                       •    Pielonefrite:
Dia da internação:
                                                                  Ciprofloxacino - 400mg IV – 12/12 h -
•    Dieta oral livre
                                                                   7 dias
•    Soro fisiológico 0,9% - 1.500mL IV
                                                                  Tazocyn® (Piperacilina e Tazobactam) -
•    Ciprofloxacino 400mg IV – 12/12 h
                                                                   4,5g IV - 6/6h - 10 dias
•    Slow K® 1 cp VO – 8/8h
                                                                O tratamento da pielonefrite inicialmente
•    SOS (se PA > 160x100): Captopril 25mg
                                                       é empírico, e o fármaco escolhido – ciprofloxacina
•    SOS: Buscopan composto® 1 amp IV – 8/8h
                                                       – faz parte da lista de classes de antimicrobianos
•    SOS: Dipirona® 2ml diluído IV – 6/6h
                                                       indicados nas Diretrizes Nacionais de 2004,
•    SOS: Dramin® 1 amp IV – 8/8h
                                                       fluoroquinolonas. Caso não ocorra melhora

Práticas em Farmacologia Clínica
Caso Clínico – Infecção do Trato Urinário
20 de outubro de 2011
Marina Sousa da Silva
                                                                              Rebeca Alevato Donadon
clínica, como no caso relatado, é preconizado          Gastroesofágico: Diagnóstico e Tratamento.
realizar urocultura e ultrassonografia renal.          Projeto Diretrizes, 21 Out 2003.
Ambos os exames foram realizados na paciente,          5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE
sendo que não foi possível acesso ao resultado da      INFECTOLOGIA, SOCIEDADE
urocultura e a ultrassonografia não evidenciou         BRASILEIRA DE UROLOGIA. Infecções do
alterações. Portanto, apesar de não se saber se a      Trato Urinário não Complicadas: Tratamento.
escolha pela Piperacilina-tazobactam foi guiada        Projeto Diretrizes, 4 jun 2004.
pelo resultado da urocultura, a escolha terapêutica    6. ALBERT EINSTEIN HOSPITAL
segue o Protocolo de Tratamento do Albert              ISRAELITA. Diretrizes Assintenciais: Protocolo
Einstein Hospital Israelita, no qual a Piperacilina-   de Diagnóstico e Tratamento de ITU no CTIA.
tazobactam é o fármaco de escolha após o uso de        Versão eletrônica atualizada em Novembro –
Ciprofloxacina 400 mg EV ou Ceftriaxone.               2008

•   Hiperglicemia
        A    partir   dos   exames    laboratoriais,
constatou-se glicemia de jejum de 204 mg/dL.
Poderia ter sido administrada à paciente uma dose
de insulina regular de 2 UI.


Referências Bibliográficas

1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE
INFECTOLOGIA, SOCIEDADE
BRASILEIRA DE UROLOGIA. Infecções do
Trato Urinário: Diagnóstico. Projeto Diretrizes, 4
jun 2004.
2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA. VI Diretrizes Brasileiras de
Hipertensão. Revista Brasileira de Hipertensão. v.
17. n. 01. Jan-Mar,2010
3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA,
SOCIEDADE BRASILEIRA DE
NEFROLOGIA. Diabetes Mellitus: Tratamento
da Hipertensão Arterial. Projeto Diretrizes, 10
ago 2004.
4. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE
GASTROENTEROLOGIA. Refluxo


Práticas em Farmacologia Clínica
Caso Clínico – Infecção do Trato Urinário
20 de outubro de 2011

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Monitorização a beira do leito
Monitorização a beira do leitoMonitorização a beira do leito
Monitorização a beira do leitoresenfe2013
 
Diagnóstico de enfermagem
Diagnóstico de enfermagemDiagnóstico de enfermagem
Diagnóstico de enfermagemdanilo oliveira
 
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgicoAula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgicoProqualis
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) blogped1
 
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemEstudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemYasmin Casini
 
Doenças prevalentes
Doenças prevalentesDoenças prevalentes
Doenças prevalentesRodrigo Abreu
 
Prevenção de lesões por pressão
Prevenção de lesões por pressãoPrevenção de lesões por pressão
Prevenção de lesões por pressãoProqualis
 
Avaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de EnfermagemAvaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de Enfermagemresenfe2013
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)Sanny Pereira
 
Puericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de ConsultaPuericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de Consultablogped1
 
higiene e conforto do paciente
higiene e conforto do pacientehigiene e conforto do paciente
higiene e conforto do pacienteViviane da Silva
 
Aula de reanimação pediatrica
Aula de reanimação pediatricaAula de reanimação pediatrica
Aula de reanimação pediatricamariacristinasn
 
Medicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especialMedicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especialArquivo-FClinico
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoErivaldo Rosendo
 
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da SaúdeEstratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da SaúdeRobson Peixoto
 
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherPrograma nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherFernanda Marinho
 

Mais procurados (20)

Monitorização a beira do leito
Monitorização a beira do leitoMonitorização a beira do leito
Monitorização a beira do leito
 
Diagnóstico de enfermagem
Diagnóstico de enfermagemDiagnóstico de enfermagem
Diagnóstico de enfermagem
 
Complicações na gestação
Complicações na gestaçãoComplicações na gestação
Complicações na gestação
 
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgicoAula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
 
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemEstudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
 
Doenças prevalentes
Doenças prevalentesDoenças prevalentes
Doenças prevalentes
 
Trabalho estudo de caso ensino clinico pediatria (reparado)
Trabalho estudo de caso ensino clinico pediatria (reparado)Trabalho estudo de caso ensino clinico pediatria (reparado)
Trabalho estudo de caso ensino clinico pediatria (reparado)
 
Prevenção de lesões por pressão
Prevenção de lesões por pressãoPrevenção de lesões por pressão
Prevenção de lesões por pressão
 
Avaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de EnfermagemAvaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de Enfermagem
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
 
Puericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de ConsultaPuericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de Consulta
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
 
higiene e conforto do paciente
higiene e conforto do pacientehigiene e conforto do paciente
higiene e conforto do paciente
 
Aula de reanimação pediatrica
Aula de reanimação pediatricaAula de reanimação pediatrica
Aula de reanimação pediatrica
 
Medicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especialMedicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especial
 
Parto humanizado
Parto humanizadoParto humanizado
Parto humanizado
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de Imunizacao
 
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da SaúdeEstratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
Estratégias para a Segurança do Paciente - Manual para Profissionais da Saúde
 
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherPrograma nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
 

Destaque (20)

Caso Clínico infecção
Caso Clínico  infecçãoCaso Clínico  infecção
Caso Clínico infecção
 
Infecções do trato urinário
Infecções do trato urinárioInfecções do trato urinário
Infecções do trato urinário
 
Apresentação - Estudo de Caso Clínico
Apresentação - Estudo de Caso ClínicoApresentação - Estudo de Caso Clínico
Apresentação - Estudo de Caso Clínico
 
Itu de re..
Itu de re..Itu de re..
Itu de re..
 
Apresentação caso clínico
Apresentação caso clínicoApresentação caso clínico
Apresentação caso clínico
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
 
Caso clinico
Caso clinicoCaso clinico
Caso clinico
 
Estudo de caso 01
Estudo de caso 01Estudo de caso 01
Estudo de caso 01
 
O Estudo De Caso
O Estudo De CasoO Estudo De Caso
O Estudo De Caso
 
infeccion de vias urinarias
infeccion de vias urinariasinfeccion de vias urinarias
infeccion de vias urinarias
 
URGENCIA URINARIA. SEMIOLOGÍA
URGENCIA URINARIA. SEMIOLOGÍAURGENCIA URINARIA. SEMIOLOGÍA
URGENCIA URINARIA. SEMIOLOGÍA
 
Historia clinica
Historia clinica Historia clinica
Historia clinica
 
Historia clinica cistitis aguda
Historia clinica cistitis aguda Historia clinica cistitis aguda
Historia clinica cistitis aguda
 
Itu
ItuItu
Itu
 
Infecção Urinária - Pediatria
Infecção Urinária - PediatriaInfecção Urinária - Pediatria
Infecção Urinária - Pediatria
 
Artigo de revisao em Bronquiectasias
Artigo de revisao em BronquiectasiasArtigo de revisao em Bronquiectasias
Artigo de revisao em Bronquiectasias
 
Infecção do Trato Urinário (Davyson Sampaio Braga)
Infecção do Trato Urinário (Davyson Sampaio Braga)Infecção do Trato Urinário (Davyson Sampaio Braga)
Infecção do Trato Urinário (Davyson Sampaio Braga)
 
6 infeccao trato urinario
6   infeccao trato urinario6   infeccao trato urinario
6 infeccao trato urinario
 
Aula I Rp A E Vm
Aula I Rp A E VmAula I Rp A E Vm
Aula I Rp A E Vm
 
Infecção do Trato Urinário na Gravidez
Infecção do Trato Urinário na GravidezInfecção do Trato Urinário na Gravidez
Infecção do Trato Urinário na Gravidez
 

Semelhante a Resumo: Caso Clínico - ITU

Estudo Nefrologia Fabiana - UNIFESP - SP
Estudo Nefrologia Fabiana - UNIFESP - SPEstudo Nefrologia Fabiana - UNIFESP - SP
Estudo Nefrologia Fabiana - UNIFESP - SPGusttavo Maldovick
 
Aim vap1 apresent caso
Aim vap1   apresent casoAim vap1   apresent caso
Aim vap1 apresent casoRenato sg
 
Manejo do paciente com diarreia.pdf
Manejo do paciente com diarreia.pdfManejo do paciente com diarreia.pdf
Manejo do paciente com diarreia.pdfCelsoSoares25
 
Manejo paciente diarreia
Manejo paciente diarreiaManejo paciente diarreia
Manejo paciente diarreiaGenilson Silva
 
CASO CLINICO ABDOME AGUDO HEMORRAGICO (1).pptx
CASO CLINICO ABDOME AGUDO HEMORRAGICO (1).pptxCASO CLINICO ABDOME AGUDO HEMORRAGICO (1).pptx
CASO CLINICO ABDOME AGUDO HEMORRAGICO (1).pptxRodrigoShayd1
 
GECA e desidratação - slide apresentação
GECA e desidratação - slide apresentaçãoGECA e desidratação - slide apresentação
GECA e desidratação - slide apresentaçãoAnaB253108
 
Abordagem inicial na dheg e hellp síndrome
Abordagem inicial na dheg e hellp síndromeAbordagem inicial na dheg e hellp síndrome
Abordagem inicial na dheg e hellp síndromeVicente Santos
 
Suseme emergência 2014
Suseme   emergência 2014Suseme   emergência 2014
Suseme emergência 2014Julianna Lutz
 
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes RodriguesAnátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodriguesguest864f0
 
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptxTreinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptxFernandoSakataBeliza
 
SLIDE - FRATURA TÍBIA.pptx.pptx
SLIDE - FRATURA TÍBIA.pptx.pptxSLIDE - FRATURA TÍBIA.pptx.pptx
SLIDE - FRATURA TÍBIA.pptx.pptxFbioMaklouf
 
Sindrome de propofol
Sindrome de propofolSindrome de propofol
Sindrome de propofolalmace
 

Semelhante a Resumo: Caso Clínico - ITU (20)

Estudo Nefrologia Fabiana - UNIFESP - SP
Estudo Nefrologia Fabiana - UNIFESP - SPEstudo Nefrologia Fabiana - UNIFESP - SP
Estudo Nefrologia Fabiana - UNIFESP - SP
 
Aim vap1 apresent caso
Aim vap1   apresent casoAim vap1   apresent caso
Aim vap1 apresent caso
 
Apendicite
ApendiciteApendicite
Apendicite
 
Cartaz manejo das dst
Cartaz manejo das dstCartaz manejo das dst
Cartaz manejo das dst
 
Dtp 16 sp
Dtp 16 spDtp 16 sp
Dtp 16 sp
 
Manejo do paciente com diarreia.pdf
Manejo do paciente com diarreia.pdfManejo do paciente com diarreia.pdf
Manejo do paciente com diarreia.pdf
 
Manejo paciente diarreia
Manejo paciente diarreiaManejo paciente diarreia
Manejo paciente diarreia
 
CASO CLINICO ABDOME AGUDO HEMORRAGICO (1).pptx
CASO CLINICO ABDOME AGUDO HEMORRAGICO (1).pptxCASO CLINICO ABDOME AGUDO HEMORRAGICO (1).pptx
CASO CLINICO ABDOME AGUDO HEMORRAGICO (1).pptx
 
GECA e desidratação - slide apresentação
GECA e desidratação - slide apresentaçãoGECA e desidratação - slide apresentação
GECA e desidratação - slide apresentação
 
Abordagem inicial na dheg e hellp síndrome
Abordagem inicial na dheg e hellp síndromeAbordagem inicial na dheg e hellp síndrome
Abordagem inicial na dheg e hellp síndrome
 
Caso Clínico
Caso ClínicoCaso Clínico
Caso Clínico
 
Apendicite
Apendicite Apendicite
Apendicite
 
Caso_Clinico_Asma-.ppt
Caso_Clinico_Asma-.pptCaso_Clinico_Asma-.ppt
Caso_Clinico_Asma-.ppt
 
Suseme emergência 2014
Suseme   emergência 2014Suseme   emergência 2014
Suseme emergência 2014
 
Diabetesinsipido
DiabetesinsipidoDiabetesinsipido
Diabetesinsipido
 
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes RodriguesAnátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
 
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptxTreinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
Treinamentos de novos protocolos residente (1).pptx
 
SLIDE - FRATURA TÍBIA.pptx.pptx
SLIDE - FRATURA TÍBIA.pptx.pptxSLIDE - FRATURA TÍBIA.pptx.pptx
SLIDE - FRATURA TÍBIA.pptx.pptx
 
Sindrome de propofol
Sindrome de propofolSindrome de propofol
Sindrome de propofol
 
PNEUMONIAS.pptx
PNEUMONIAS.pptxPNEUMONIAS.pptx
PNEUMONIAS.pptx
 

Mais de Marina Sousa

Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)Marina Sousa
 
Saúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A QuedaSaúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A QuedaMarina Sousa
 
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IVDiabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IVMarina Sousa
 
Ordem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraOrdem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraMarina Sousa
 
Melatonin in Humans
Melatonin in HumansMelatonin in Humans
Melatonin in HumansMarina Sousa
 
Olhos, medicina e arte
Olhos, medicina e arteOlhos, medicina e arte
Olhos, medicina e arteMarina Sousa
 
Caso clínico - Episiotomia Mediana
Caso clínico - Episiotomia MedianaCaso clínico - Episiotomia Mediana
Caso clínico - Episiotomia MedianaMarina Sousa
 
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...Marina Sousa
 
Microbiologia trabalho final
Microbiologia   trabalho finalMicrobiologia   trabalho final
Microbiologia trabalho finalMarina Sousa
 
Controle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
Controle Alostérico da Fosforilação do GlicogênioControle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
Controle Alostérico da Fosforilação do GlicogênioMarina Sousa
 

Mais de Marina Sousa (18)

Aterosclerose
AteroscleroseAterosclerose
Aterosclerose
 
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
 
Saúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A QuedaSaúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A Queda
 
Burnout
BurnoutBurnout
Burnout
 
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IVDiabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
 
Ordem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraOrdem Siphonaptera
Ordem Siphonaptera
 
Trabalho final
Trabalho finalTrabalho final
Trabalho final
 
Melatonin in Humans
Melatonin in HumansMelatonin in Humans
Melatonin in Humans
 
Olhos, medicina e arte
Olhos, medicina e arteOlhos, medicina e arte
Olhos, medicina e arte
 
Caso clínico - Episiotomia Mediana
Caso clínico - Episiotomia MedianaCaso clínico - Episiotomia Mediana
Caso clínico - Episiotomia Mediana
 
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
 
Microbiologia trabalho final
Microbiologia   trabalho finalMicrobiologia   trabalho final
Microbiologia trabalho final
 
Polidactilia
PolidactiliaPolidactilia
Polidactilia
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 
Gemelaridade
GemelaridadeGemelaridade
Gemelaridade
 
Gemelaridade
GemelaridadeGemelaridade
Gemelaridade
 
Controle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
Controle Alostérico da Fosforilação do GlicogênioControle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
Controle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
 
Vacinas de DNA
Vacinas de DNAVacinas de DNA
Vacinas de DNA
 

Resumo: Caso Clínico - ITU

  • 1. Marina Sousa da Silva Rebeca Alevato Donadon RESUMO – CASO CLÍNICO ITU Identificação: M.C.N.S, 42 anos, sexo Dia do exame: feminino, branca, casada, técnica em • Dieta para HAS enfermagem, natural de Oeiras – PI, residente e • Tazocyn® 4,5g IV - 6/6h procedente do Cruzeiro, DF, está no DF há 18 • Omeprazol 40mg IV - 1/dia anos. Data da internação: 14/9/2011. Data do • Captopril 25mg 2cp VO - 12/12h exame: 30/9/2011. Plano de Saúde: HFA. • SOS: Dipirona® 1g IV - 6/6h • SOS: Dramin® 1 amp IV - 8/8 Queixa Principal: Vômitos há 5 dias. HDA: Paciente refere há 2 semanas tosse seca, Análise da Conduta Terapêutica febre alta, aferida (40ºC), de início súbito, • HAS – Captopril 25mg 2cp VO 12/12h contínua e aliviada com uso de antitérmicos A conduta para o tratamento da HAS foi convencionais. Relata cefaléia frontal pulsante e julgada como adequada, uma vez que a paciente retrorbitária, fotofobia, com piora na posição apresentava uma hipertensão estágio 1 somada a ortostática e ipsilateralização da dor em decúbito hiperglicemia. Nestes casos, a escolha deve ser lateral, associada à vertigem, aliviada com monoterápica e na classe dos iECA, pois esta paracetamol. Há 5 dias evoluiu com vômitos pós- classe confere nefroproteção. A melhor opção prandiais, associados a náuseas, frequência maior dentre os iECA seria o enalapril, por apresentar do que 10 episódios por dia, com consequente maior nefroproteção e melhor conforto perda ponderal de 4 kg. Há 3 dias apresentou dor posológico. na região lombar esquerda. Relata urina • Omeprazol concentrada, polaciúria e sensação de micção A escolha pelo omeprazol pode ser incompleta. Nega disúria e hematúria. Em busca corretamente justificada para o tratamento de de orientação e alívio dos sintomas procurou a esofagite de refluxo, agravo detectado emergência do HFA. clinicamente de acordo com a história clínica da paciente. Prescrição: • Pielonefrite: Dia da internação:  Ciprofloxacino - 400mg IV – 12/12 h - • Dieta oral livre 7 dias • Soro fisiológico 0,9% - 1.500mL IV  Tazocyn® (Piperacilina e Tazobactam) - • Ciprofloxacino 400mg IV – 12/12 h 4,5g IV - 6/6h - 10 dias • Slow K® 1 cp VO – 8/8h O tratamento da pielonefrite inicialmente • SOS (se PA > 160x100): Captopril 25mg é empírico, e o fármaco escolhido – ciprofloxacina • SOS: Buscopan composto® 1 amp IV – 8/8h – faz parte da lista de classes de antimicrobianos • SOS: Dipirona® 2ml diluído IV – 6/6h indicados nas Diretrizes Nacionais de 2004, • SOS: Dramin® 1 amp IV – 8/8h fluoroquinolonas. Caso não ocorra melhora Práticas em Farmacologia Clínica Caso Clínico – Infecção do Trato Urinário 20 de outubro de 2011
  • 2. Marina Sousa da Silva Rebeca Alevato Donadon clínica, como no caso relatado, é preconizado Gastroesofágico: Diagnóstico e Tratamento. realizar urocultura e ultrassonografia renal. Projeto Diretrizes, 21 Out 2003. Ambos os exames foram realizados na paciente, 5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE sendo que não foi possível acesso ao resultado da INFECTOLOGIA, SOCIEDADE urocultura e a ultrassonografia não evidenciou BRASILEIRA DE UROLOGIA. Infecções do alterações. Portanto, apesar de não se saber se a Trato Urinário não Complicadas: Tratamento. escolha pela Piperacilina-tazobactam foi guiada Projeto Diretrizes, 4 jun 2004. pelo resultado da urocultura, a escolha terapêutica 6. ALBERT EINSTEIN HOSPITAL segue o Protocolo de Tratamento do Albert ISRAELITA. Diretrizes Assintenciais: Protocolo Einstein Hospital Israelita, no qual a Piperacilina- de Diagnóstico e Tratamento de ITU no CTIA. tazobactam é o fármaco de escolha após o uso de Versão eletrônica atualizada em Novembro – Ciprofloxacina 400 mg EV ou Ceftriaxone. 2008 • Hiperglicemia A partir dos exames laboratoriais, constatou-se glicemia de jejum de 204 mg/dL. Poderia ter sido administrada à paciente uma dose de insulina regular de 2 UI. Referências Bibliográficas 1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA. Infecções do Trato Urinário: Diagnóstico. Projeto Diretrizes, 4 jun 2004. 2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Revista Brasileira de Hipertensão. v. 17. n. 01. Jan-Mar,2010 3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Diabetes Mellitus: Tratamento da Hipertensão Arterial. Projeto Diretrizes, 10 ago 2004. 4. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA. Refluxo Práticas em Farmacologia Clínica Caso Clínico – Infecção do Trato Urinário 20 de outubro de 2011