A paciente deu entrada no hospital com dores abdominais e abdômen inchado, sendo diagnosticada com pancreatite aguda após exames. Ela apresentava sinais vitais alterados e necrose pancreática no TC abdominal. A equipe de enfermagem controlou sua dor, náuseas e nutrição durante a internação.
2. INTEGRANTES:
A C A D Ê M I C A S D O C U R S O D E E N F E R M A G E M U N E S A - M A C A É R J
Ana Paula Santana da Silva
Aline Loubach
Laryssa Machado da Silva
Professora: Kyra Viana Alóchio
3. DADOS DO CLIENTE:
V.C.S, 37 anos, sexo feminino, casada, 2 filhos, brasileira, residente
em Macaé– RJ, Fisioterapeuta, acompanhada de sua cunhada. Deu
entrada em uma Unidade de Saúde se queixando de dores abdominais.
4. HISTÓRIA CLÍNICA:
A paciente chegou no Hospital se queixando de muitas dores
abdominais e abdômen globoso, nega o uso de bebidas alcóolicas e
era fumante. No dia 16/11/16 recusou-se a tomar os seguintes
medicamentos: Zofran, Buscopan, Novalgina (prescrito pelo médico)
pois segundo a mesma estava com naúseas, devido aos medicamentos
anteriores. Durante os dias internada a paciente ficou hipotensa, com
hipertermia, pulso arrítmico 100bpm e respiração 26 irpm.
7. MEDICAÇÕES:
Faz o uso de:
Tramal: Analgésico opioide; possui mecanismo de ação mais
complexo que os opioides clássicos, modulando as vias
monoaminérgicas.
Zofran: Antiemético; agente antisserotonérgico que age ligando-se
aos receptores 5-HT3, presentes na zona do gatilho.
9. PATOLOGIA:
É uma inflamação brusca do pâncreas causada pela ativação das enzimas pancreáticos
ainda dentro do próprio órgão com consequente início de digestão.
De acordo com o Clube Português do Pâncreas (CPP): Uma das causas mais
frequentes são a existência de cálculos (“pedras”) na vesícula e/ou vias biliares. Os
cálculos ao saírem espontaneamente da vesícula podem ficar encravados nas vias biliares
produzindo alterações de pressão nos canais pancreáticos o quem leva a lesão do tecido
pancreático. Há outras causas para a pancreatite aguda, embora mais raras, tais como
infecções, alterações metabólicas ( ex: hipertrigliceridémia e hipercalcémia),
medicamentos, traumatismos, alterações anatómicas dos canais pancreáticos, em cerca de
10% dos casos não se identifica a etiologia da situação (pancreatite aguda idiopática).
10. PATOLOGIA:
O principal e mais frequente sintoma é a dor abdominal, intensa,
localizada na metade superior do abdómen (dor em cinturão)
acompanhada de mal estar, náuseas e vómitos. A ingestão de
alimentos agrava geralmente a intensidade da dor. O doente pode
também ter outros sintomas acompanhantes como febre, sudação
intensa, taquicardia.
11. PATOLOGIA:
Perante a suspeita clínica, a confirmação do diagnóstico passa pela realização de
exames laboratoriais para doseamento dos níveis séricos das enzimas pancreáticas.
Esta abordagem analítica pode ser complementada pela avaliação morfológica do
pâncreas. O exame escolhido para a abordagem inicial é a ecografia abdominal pois
é acessível, económico e permite geralmente uma observação global do órgão bem
como o despiste de eventual litíase da vesícula. Para uma observação mais detalhada,
com real avaliação do sofrimento pancreático e envolvimento regional tomografia
axial computorizada (TAC) é mandatória.
12. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:
Controle e reposição hídrica;
Avaliação e controle da dor;
Controle das náuseas e vômitos;
Manter a dieta prescrita pelo médico;
Cabeceira elevada > 30º;
Coleta de exames laboratoriais.
13. NANDA:
Risco para oferta nutricional inadequada relacionado a intolerância
alimentar.
Risco de choque relacionado a infecção.
Regulação do humor prejudicada relacionada a dor caracterizada
pela mudança no comportamento verbal.
14. NIC
Solicitar à avaliação multidisciplinar para uma nutrição adequada;
Administrar medicamentos de acordo com prescrição médica, para
controle da infecção e analgesia;
Solicitar avaliação psicológica;
Monitorar níveis de leucócitos e exames laboratoriais diariamente
15. NOC
Melhorar a nutrição e absorção de nutrientes;
Diminuir/Combater à infecção e favorecer alívio da dor;
Avaliar e dar suporte emocional para diminuir à ansiedade e
melhorar adesão ao tratamento;
Prevenir um possível choque séptico e manter níveis normais