O documento discute como promover o pensamento histórico dos alunos utilizando a Web 2.0. Apresenta as competências essenciais em História e como o ensino da disciplina mudou ao longo do tempo, passando de um modelo behaviorista para um construtivista que enfatiza a aprendizagem ativa. Também descreve várias atividades e ferramentas da Web 2.0, como blogs, podcasts e websites, que podem ser usadas para integrar as TIC de forma a estimular a construção do conhecimento histórico pelos alun
1. Universidade Portucalense |
Partilha de Dinâmicas
10.novembro.2012
Promover o pensamento histórico
com a Web 2.0
Uma proposta para a integração curricular das TIC na aula de História
Sónia Cruz | soniacruz@braga.ucp.pt
Universidade Católica Portuguesa | Faculdade de Ciências Sociais - Centro Regional de Braga
2. In Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências Essenciais. História.
O porquê da História no currículo
• A presença da História no currículo do ensino básico encontra a sua
é através dela que o
justificação maior e no sentido de que
aluno constrói uma visão global e organizada
de uma sociedade complexa, plural e em
permanente mudança.
• O professor de História, enquanto agente que participa
na construção do conhecimento histórico, deve
estimular o aluno na construção do saber histórico.
– Esta construção do pensamento histórico é progressiva e
gradualmente contextualizada, em função das
experiências vividas.
Sónia Cruz | soniacruz@braga.ucp.pt
3. In Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências Essenciais. História.
O porquê da História no currículo
A ter sempre presente:
O saber constrói-se a partir das vivências dentro e fora da escola: o
meio familiar e os media fornecem aos alunos ideias mais ou menos
adequadas, mais ou menos fragmentadas, sobre a História. Compete à
escola explorar estas ideias tácitas e ajudar o aluno a desenvolvê-las
numa perspetiva de conhecimento histórico;
Não existe uma progressão linear e invariante da aprendizagem:
embora o pensamento histórico tenda a evoluir com a idade, há crianças
de 7 anos que, em contextos específicos, manifestam um grau de
elaboração mental semelhante às de 14 anos, e vice-versa;
O pensamento histórico envolve não só a compreensão de "conceitos
substantivos" (por exemplo: democracia ateniense ou revolução
industrial), como também a compreensão implícita de conceitos
referentes à natureza do saber histórico (por exemplo: fonte,
interpretação, explicação, narrativa) .
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4. In Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências Essenciais. História.
As competências em História
• Tratamento de Informação/Utilização de Fontes
• Compreensão Histórica
temporalidade,
espacialidade e
contextualização,
• Comunicação em História
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5. O ensino e a aprendizagem
Cascão,
ensinei o
!? Floquinho a Assobia
assobiar! Floquinho!
Eu disse que havia
ensinado. NÃO
QUE ELE HAVIA
APRENDIDO!
Os projetos de ensino não são iguais aos projetos de aprendizagem
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12. Evolução…
Revolução Neolítica Invenção da
Imprensa,
Gutemberg
Invenção da escrita (Suméria)
Revolução Agrícola e Industrial
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13. Hoje…
SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO
Uma nova civilização
Vida virtual, uma continuação do
processo de hominização (Lévy, 1995).
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18. Hoje …
A Web 2.0 não é uma simples
revolução tecnológica é uma
revolução social!
A Web 2.0 é mais que uma
tecnologia: é uma atitude!
A Web 2.0 encoraja a participação
através de aplicações e serviços
abertos (gratuitos)!
Stephen Downes
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19. Hoje, na Web 2.0 …
• … impera a interação e a
comunicação entre sistemas
• … o conteúdo é rei e o poder vem
das pessoas.
http://www.samsung.com
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22. 1. Definição dos objetivos finais da aprendizagem. Piaget : construção do conhecimento através das
2. Estruturação das tarefas, de modo a determin experiências individuais e das interações com o
ar os objetivos do percurso. ambiente.
3. Estruturação do ensino em unidades muito pe Vygotsky : construção social do conhecimento em um
quenas, permitindo o condicionamento do aluno . contexto social, histórico e cultural.
4. Apresentar estímulos capazes de suscitar reaçõ
es adequadas. Consideração do conhecimento tácito
Aprendizagem ativa (assimilação/acomodação)
5. Evitar as ocasiões de erro, ignorálo o mais Responsabilização pelo processo de aprendizagem
possível ou puni-lo, de modo a evitar a instalaç Criação de comunidades de interesse
ão de hábitos errados. Relevância da comunidade
Behaviorista Construtivista
23. “Sage on the stage” “Guide on the side
(“O sábio no palco”)
(“O guia lado a lado”)
24. Tecnologia vs Metodologia: um alerta!
http://www.youtube.com/watch?v=IJY-NIhdw_4
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26. E nós ensinamos assim…
MODELO ITIC
Integração das Tecnologias de
Informação e Comunicação
Alicerces do Modelo ITIC:
Construtivismo Componentes do Modelo ITIC:
Informação, Comunicação e Produção
Teoria do Envolvimento
Modelo ARCS
Integrando as
ferramentas/recursos
da Web 2.0 (conetivismo)
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32. Temos autonomia…
Estatuto do aluno, 2012
Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro
Secção II – Deveres do alunos, Artigo 10º, alínea r)
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41. Caça ao Tesouro
Propostas de atividades construídas por alunos
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42. História Interativas
Como clarificar o aluno que o nosso passado um dia foi
presente e que o nosso presente um dia será passado?
Criando Histórias Interativas os alunos assumem papéis de personagens
de uma determinada época, eles começam a “encarnar” naquelas
personagens. Vivem situações como se estivessem a acontecer no
momento, conhecer apenas o que eles conheciam e entender as suas
limitações.
É a possibilidade de entender os “porque sim”s da história, ela também
faz entender os “e se não”.
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46. Projeto
• 1ª fase - os alunos tomam contato com esta ferramenta e são
confrontados com um desafio que tinham de solucionar,
apercebendo-se da facilidade de edição on-line.
• 2ª fase - confrontados com desafios que os remetiam para a
análise de sites a partir dos quais se tornava possível solucionar
os desafios.
• 3ª fase - os alunos lançam desafios no blogue da disciplina
com vista à reflexão pela turma.
• 4ª fase - os alunos serão convidados a construir o seu próprio
blogue para o integrar no blogue da disciplina a fim de lançar
desafios aos quais os colegas e a professora têm de responder.
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54. Fase 1
• O primeiro “post” no podcast da disciplina convidava
os alunos, em pares, a ouvirem uma gravação sobre
o tema estudado e a registarem no caderno diário as
palavras “intrusas”.
• Essas palavras, que prejudicavam o sentido lógico
da mensagem, ajudariam o aluno a construir um
novo texto que transmitiria uma mensagem coerente
sobre o tema em estudo.
• Esse texto seria publicado no podcast da disciplina
como comentários, de modo a levar os alunos a
conhecer a ferramenta.
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55. Fase 1
Desafio lançado no
Podcast da disciplina
Solução ao desafio, publicada no Podcast
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56. Fase 2
• Conteúdo abordado: I Guerra Mundial.
• Os alunos deviam criar 7 episódios:
• 1. A Europa antes da Guerra
• 2. A I Guerra Mundial
• 3. A Mundialização do conflito
• 4. A participação de Portugal na I Guerra Mundial
• 5. A vitória dos Aliados
• 6. A Paz
• 7. As consequências da Guerra
• Os alunos, em pares, procuraram livremente informação na
Web e escreveram um texto para, posteriormente, gravarem.
• Ferramenta online escolhida: podomatic.
• Os alunos, nos diferentes episódios, publicaram imagens
alusivas à temática abordada.
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57. Fase 2
• Em pares, os alunos dirigiam-se a
uma sala ao lado para proceder à
gravação, dentro da conta criada
para o efeito, a fim de minimizar o
ruído de fundo característico na sala
onde outros grupos continuavam a
produzir as atividades.
• A duração média dos podcast http://www.wars.podomatic.com
criados pelos alunos ronda os três
minutos por episódio.
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61. Fases
1. Os alunos, individualmente, procuraram
livremente informação relativa ao tópico que lhes
foi atribuído (32 alunos=32episódios).
- Desde a Peste Negra ao reinado Manuelino.
2. Depois de realizarem o texto, a professora
corrigiu e eles reescreveram o texto a fim de que
este fosse gravado (em horário a combinar).
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62. Fases
3. Foi-lhes pedido que criassem um desenho
alusivo ao tema que trabalharam.
4. Foi também pedido que criassem uma a duas
questões sobre o seu tema para que os colegas
respondessem.
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64. Mp3/4 players
Rodrigues, A. (2006). Os podcasts na construção do conhecimento da História Local : um estudo de caso sobre evidência
histórica com alunos do 5º ano de escolaridade. In Carvalho, Ana Amélia A. (Org.) (2009). Actas do Encontro sobre
Podcasts. Braga: CIEd (180/182).
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77. Videoconferência
• OBJETIVOS
– aferir de que modo o sistema de
videoconferência pode potenciar o
desenvolvimento de competências,
nomeadamente, da competência de
comunicação;
integrar novas ferramentas online que
motivem para a aprendizagem,
nomeadamente a aprendizagem
colaborativa;
privilegiar o contacto com especialistas.
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78. Temática em Estudo
• Movimentos de independência
liderados pelo FNLA, UPA, UNITA,
PAIGC e FRELIMO
EXPERIÊNCIA
– Entrada em contacto com um ex-
combatente da guerra colonial (1961-
1974), Manuel Bastos.
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79. Fase 1
• Visualização de uma apresentação
sobre as razões do conflito e a recusa
por parte do regime salazarista na
aceitação da independência das
colónias.
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80. • Registo das
conclusões pelos
alunos, seguidas de
um debate sobre o
assunto.
• Planeamento, em
grupo, de questões
que gostariam de ver
esclarecidas pelo ex-
combatente e registá-
las no blogue da
turma.
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81. NO Dia (fase 2)
• Breve contextualização
do período a que se
reportavam os factos,
• Exposição do modo
como:
– conviveu com a ideia de
que fora chamado para a
guerra,
– viveu no terreno esta
guerra,
– era o ambiente entre os
camaradas da
Companhia,
– outros aspectos.
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84. Interculturalidade
• Os alunos de cada país estudavam os
regimes ditatoriais do seus país e deviam
realizar uma apresentação que seria
disponibilizada aos colegas do outro país.
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85. Chat (dois países)
• Em sessões combinadas,
os alunos – via
messenger –
questionavam e
respondiam sobre
assuntos relativos à
temática.
• No final da aula, os
alunos de ambos os
países deviam realizar um
sumário dos tópicos que
abordaram (em pares).
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90. Fórum
• Temática: “As Transformações das Sociedades
Ocidentais no século XX” - trabalho colaborativo,
• Breve contextualização da temática,
• Pesquisa livre na Web sobre um dos subtemas
propostos,
• Preparação de uma apresentação e formulação de
questões relativas ao seu subtema
– vídeo criado no Movie Maker e publicado no
YouTube
• Publicação no fórum dos trabalhos e das questões
formuladas,
• Partilha de saberes (turma responde ao desafio
lançado por cada díade).
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91. Fórum
• “Em que continente teve início
o racismo legalizado a que
damos o nome de Apartheid?
• Porque achas que foi esse o
continente a impor actos tão
repreensíveis? Justifica”.
“O racismo legalizado teve origem na África do Sul em 1948 e este consistia na
separação entre brancos e negros. Os negros eram postos à parte na sociedade e
eram literalmente menosprezados. Não podiam ser proprietários de terras, não
tinham direitos de participação na política, eram obrigados a viver em zonas
miseráveis separados dos brancos, o casamento e relações sexuais entre as raças
eram ilegais...(…) Nelson Mandela e o Bispo Desmond Tutu, desempenharam um
papel fundamental para a luta do respeito mútuo entre raças distintas (…).” (002)
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102. Proposta:
CONHECER O LUGAR ONDE
VIVO
Disciplinas [Ex.]: História | Geografia | Português
• Visita de estudo
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103. 2. Criação de conteúdo
Processo de criação:
Google Sites
P C
3. Criação QR Code (Kaywa)
4. Afixar os QR Codes
5. Telemóvel para:
ler QR Codes
1. Itinerário – Google Earth registar fotografias
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105. La Vouivre
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106. Jogos digitais
Jogo de aventura baseado em
acontecimentos históricos reais.
Os jogadores assumem o papel de um
personagem que é enviado de volta no
tempo e se envolve diretamente na
evolução histórica.
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110. Em síntese
Estes ambientes emergentes exigem:
– aos professores, criatividade na produção de
diferentes recursos educativos.
– aos alunos, a capacidade de trabalhar em colaboração
e de se responsabilizar pela condução do seu processo
de aprendizagem.
experiências interativas/dinâmicas que se
revestem de significado para professores e
alunos.
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111. AVISO
Experimente isto nas aulas.
Realize os seus projetos sem reservas.
Procure na Web mais perto de si.
Os alunos agradecem!
112.
113. Obrigada!
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Faculdade de Ciências Sociais | Centro Regional de Braga
114. Promover o pensamento histórico
com a Web 2.0
Uma proposta para a integração curricular das TIC
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Universidade Católica Portuguesa | Faculdade de Ciências Sociais - Centro Regional de Braga