O documento discute o desafio de integrar dispositivos móveis no ensino para aproximar professores e alunos. Propõe uma atividade onde os alunos usam seus dispositivos para aprender sobre a história local, visitando pontos de interesse e acessando informações por QR codes. A atividade visa desenvolver competências históricas e de trabalho colaborativo.
1. POTENCIAR BOAS PRÁTICAS EM
M-LEARNING: UM DESAFIO AOS
PROFESSORES E ALUNOS
Sónia Cruz
Universidade Católica Portuguesa | Faculdade de Ciências Sociais
- Braga
9.outubro.2012
soniacruz@braga.ucp.pt
2. Ponto de partida
• A constante evolução da sociedade e a ubiquidade da
aprendizagem exigem que todos os educadores se
comprometam com esta realidade e que a assumam para a
sua prática educativa (Alexander, 2006).
• Os alunos com que trabalhamos fazem parte da ‘net
generation’ e são autênticos nativos digitais (Prensky, 2001).
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3. Evolução das tecnologias
A frequentar o ensino
superior…
A frequentar a
escolaridade
obrigatória…
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6. Desafios: One Year Or Less
• Trazer a tecnologia [dispositivos móveis]
para a sala de aula e imprimir no seu uso
princípios pedagógicos bem definidos é o
desafio e o caminho para aproximar os
professores dos alunos (e não se trata, vejamos, de
aproximar a tecnologia aos alunos ou tampouco as aulas às
tecnologias!).
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7. Mobile Learning?
“Mobile learning should be restricted to learning on devices
which a lady can carry in her handbag or a gentleman can carry
in his pocket.
I therefore define mobile learning as the provision of
education and training on PDAs/handhelds, smartphones and
mobile phones”.
Keegan (2005, p. 3)
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11. Na Escola
O Digital e o Currículo
O currículo deve ser “o conjunto de aprendizagens que, por
se considerarem socialmente necessárias num dado
tempo e contexto, cabe à escola garantir e organizar”
(Roldão, 1999: 24).
“Over the last twenty years, technology has reorganized how we
live, how we communicate, and how we learn. Learning needs and
theories that describe learning principles and processes, should be
reflective of underlying social environments”
(Siemens, 2005, s.p.).
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12. O Digital e o Currículo Hoje
“A dificuldade reside apenas na criatividade para
conceber materiais educativos, porque a sua
implementação nas ferramentas da Web 2.0 faz-se de
uma forma muito intuitiva” (Carvalho, 2009: 3) dentro
e fora do espaço da sala de aula.
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13. Ubiquidade na aprendizagem,
que atividades
propor
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14. Dispositivos móveis para
aprender na escola portuguesa?
Estatuto do aluno, 2012
Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro
Secção II – Deveres do alunos, Artigo 10º, alínea r)
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15. Proposta:
CONHECER O LUGAR ONDE VIVO
Disciplinas [Ex.]: História | Geografia | Português
• Visita de estudo
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16. Material necessário:
Criando materiais
interativos…
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17. Trabalho do professor:
• Fazer o levantamento dos recursos móveis dos seus
alunos (é bom saber com o que podemos contar!);
• Pensar num itinerário exequível do ponto de vista
prático e assinalar a Partida/Chegada (GoogleEarth);
• Assinalar os pontos de interesse (P.I.) pertinentes;
• Para cada P.I. definido criar informação que possa
ser lida por dispositivos móveis – criação de páginas
com recurso ao sites.google + QR codes;
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18. Trabalho do professor:
• Fornecer um conjunto de instruções aos alunos
para que em cada P.I. realizem um desafio (ex.
registo fotográfico, ilustração, ficha de trabalho, etc…).
– Pensar/Dinamizar tarefas colaborativas para os P.I.
estabelecidos.
• Afixar (antes da visita) nos P.I. escolhidos os códigos
QR para aceder à informação relevante de carácter
histórico sobre o património que estão a observar
no terreno.
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19. Processo de criação:
2. Criação de conteúdo
Google Sites
P C
3. Criação QR Code (Kaywa)
4. Afixar os QR Codes
5. Telemóvel para:
ler QR Codes
1. Itinerário – Google Earth registar fotografias
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20. Trabalho do aluno:
Divertir-se!
Aprender!
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21. Trabalho do aluno:
• Após a realização da visita de estudo e produção, in
loco, de diferentes materiais organiza-se em sala de
aula o material do grupo, acertam-se pormenores e
estuda-se um meio de partilha e divulgação do
conhecimento produzido.
– Ex. Criação de um e-book partilhado nos espaços online
de órgãos de poder local como a Junta de Freguesia,
Câmara Municipal, etc…
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22. Competências [História]:
- Sensibilizar para o conhecimento e valorização da
sua história local;
- Valorizar o património natural e edificado da sua
localidade;
- Manifestar valores e atitudes positivas para com a
sociedade em que vive;
- Apreciar a sua cultura, incluindo as tradições e
padrões de comportamento locais;
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23. Competências [História]:
- Utilizar dispositivos tecnológicos como meio para a
produção e partilha de saber;
- Trabalhar de forma colaborativa dentro e fora da
sala de aula.
- Realizar atividades de forma autónoma, responsável
e criativa apropriando-se da tecnologia com fins
específicos: aprender.
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24. Metas curriculares
de 5 de Julho
n.º 139/2012
Decreto-Lei
Atingidas [História]:
• Meta Final 3) O aluno reconhece a complexidade das ideias de
mudança e continuidade em História, integrando noções sobre
diferentes ritmos de evolução (longa, média e curta duração; evolução e rutura) e
múltiplas perspetivas sobre sentidos de mudança (progresso, declínio, ciclo) e
permanência (estabilidade, inevitabilidade).
• Meta Final 5) O aluno integra na sua ideia de história uma visão
diacrónica e multiperspetivada da ocupação humana dos espaços
(no sentido em que as visões e formas de representação dos espaços
mudam ao longo dos tempos e segundo pontos de vista diversos).
• Meta Final 13) O aluno utiliza as TIC para comunicar e partilhar as
suas ideias em História.
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25. Em síntese
• Estes ambientes emergentes exigem:
– aos professores, criatividade na produção de diferentes
recursos educativos.
– aos alunos,
experiências interativas/dinâmicas que se
revestem de significado para professores e
alunos.
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26. Conclusão
• Atende-se, assim, às novas formas de aprender
que a Web 2.0 possibilita, em especial a Web 2.0
móvel, que vinga com o aparecimento dos
smartphones e dos tablets.
“A tecnologia faz parte do dia-a-dia das gerações
mais novas que estão familiarizadas com diferentes
tipos de ecrãs que é preciso levar em conta e
potenciar também na escola” (Moura, 2009: 12).
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27. Novas formas de aprender…
… e novas formas de brincar!
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29. Bibliografia
• Carvalho, A.A.A.(2009). Aprender e Ensinar na Era Digital: o Papel da Biblioteca Escolar.
http://celesteferreira.wikispaces.com/file/view/aprender+ensinar+na+era+20digital.pdf
• Cruz, S. (2009). Proposta de um Modelo de Integração das Tecnologias de Informação e Comunicação
nas Práticas Lectivas: o aluno de consumidor a produtor de informação online. Tese de Doutoramento.
Braga, Universidade do Minho.
• Gomes, M. (2005). e-Learning: Reflexões em torno do conceito. In Paulo Dias & Cândido Varela de
Gomes (org.), Challenges'05: Atas do Congresso Internacional sobre Tecnologias da Informação e
Comunicação na Educação, 4 (pp. 229-236). Braga: Centro de Competência da Universidade do Minho.
• Johnson, L., Smith, R., Willis, H., Levine, A., and Haywood, K., (2011). The 2011 Horizon Report. Austin,
Texas: The New Media Consortium. http://net.educause.edu/ir/library/pdf/HR2011.pdf.
• Jonassen, D. (2007). Computadores, Ferramentas Cognitivas. Porto: Porto Editora.
• McGreal, R. (2009). Mobile devices and the future of free education.
http://www.ou.nl/Docs/Campagnes/ICDE2009/Papers/Final_paper_252mcgreal.pdf
• Moura, A. (2009). Geração Móvel: um ambiente de aprendizagem suportado por tecnologias móveis
para a “Geração Polegar”. In P. Dias & A. J. Osório (Org.), Actas da VI Conferência Internacional de TIC na
Educação, Challenges 2009 (pp. 50-78). Braga: Universidade do Minho.
• Moura, A. & Carvalho A. (2010a). Enquadramento teórico para a integração de tecnologias móveis em
contexto educativo. In Fernando A. Costa et al (org.), TIC Educa 2010: Atas do Encontro Internacional TIC
e Educação (pp. 1001-1006). Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
• Naismith, L., Lonsdale, P., Vavoula, G., & Sharples, M. (2004). Literature Review in Mobile Technologies
and Learning. FutureLab Report 11.
http://www.futurelab.org.uk/resources/documents/lit_reviews/Mobile_Review.pdf
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30. Bibliografia
• O’Reilly, T. (2005). Web 2.0: Compact Definition? In O’Reilly Radar. Disponível em
http://radar.oreilly.com/archives/2005/10/web-20-compact-definition.html.
• Pedró, F. (1998). Reordenar o currículo escolar tendo em vista a sociedade da informação. In R.
Marques; M. Skilbeck,; J. Alves; H. Steedman; M. Rangel & F. Pedró (eds), Na sociedade da informação. O
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• Prensky, M. (2001). Digital natives, digital immigrants. On the Horizon, 9(5),1-6.
http://www.marcprensky.com/writing/prensky%20-
%20digital%20natives,%20digital%20immigrants%20-%20part1.pdf.
• Ramos, J. (2005). Experiências educativas enriquecedoras no âmbito das tecnologias da informação e da
comunicação em Portugal. Contributos para uma reflexão. In R. Silva & A. Silva (Orgs.), Educação,
Aprendizagem e Tecnologia – um paradigma para professores do Século XXI. Lisboa: Edições Sílabo, 175-
218.
• Roldão, M. (1999). Gestão curricular – fundamentos e prática. Lisboa: Ministério da Educação.
• Siemens, G. (2005). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. Disponível em:
http://www.itdl.org/Journal/Jan_05/article01.htm.
• Smith, B. & MacGregor, J. (1992). What Is Collaborative Learning?. In A. Goodsell, M. Maher, V. Tinto, B.
Leigh Smith & J. MacGregor (eds), Collaborative Learning: A Sourcebook for Higher Education. National
Center on Postsecondary Teaching, Learning, and Assessment. Pennsylvania State University. Disponível
em: http://learningcommons.evergreen.edu/pdf/collab.pdf.
• Tavares, A. (2006). As Novas Tecnologias no Ensino da História. Disponível em:
http://www.microsoft.com/portugal/educacao/parceirosnaeducacao/professoresinovadores/newsletter
/junho/artigoat.mspx.
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