As feitorias eram entrepostos comerciais europeus localizados fora da Europa, inicialmente durante a Idade Média, que serviam como mercados, armazéns, alfândegas e pontos de apoio para navegação. As feitorias portuguesas permitiram a expansão do seu comércio no Atlântico e Índico. No Brasil, as primeiras feitorias datam de 1504 e serviam principalmente para armazenar pau-brasil.
2. As feitorias foram os entrepostos
comerciais criados na Europa, os quais
seriam especialmente utilizados fora do
continente europeu. A prática de se
construir feitorias teve início ainda durante
a Idade Média, logo essas organizações
típicas do povo europeu foram conquistando
territórios. As grandes navegações que
tiveram início ainda no fim da Idade Média
influenciaram muito na utilização de feitorias
pelo oceano Atlântico e o oceano Índico.
O Feitor tinha as funções de reger o
comércio e arbitrar a comunidade de
mercadores, assim como exercer a função
de capataz dos escravos de sua feitoria.
3. As feitorias eram espalhadas por terras litorâneas por onde passavam os
navegadores. Por terem se lançado pioneiramente ao mar, os portugueses
são quem recebem as principais identificações com as feitorias. Estas
funcionavam como mercado, armazém, alfândega e defesa e ponto de apoio
à navegação e exploração nos entrepostos estabelecidos. Em muitas
ocasiões, essas mesmas feitorias, serviam ainda como sede do governo das
comunidades do local.
Graças às feitorias foi possível que Portugal estabelecesse seu domínio
comercial no Atlântico e no Índico, tal recurso permitia que o Império se
expandisse mesmo utilizando-se de poucos recursos humanos e territoriais.
As feitorias foram impulsionadas por variados fatores, como: ouro, na costa
da Guiné; especiarias, no Índico; escravos, na América; açúcar, malagueta,
Cairo, madeira e cavalos, em Goa; cereais e penas de aves exóticas, na
Indonésia; pedras preciosas, sedas e porcelana, no Oriente.
4. A primeira feitoria no Brasil data de
1504 e tem localização na cidade
fluminense litorânea de Cabo Frio. Foi
fundada por Américo Vespúcio e
marcou um dos primeiros sinais da
colonização portuguesa nas novas
terras. Em seguida vieram as
feitorias de Santa Cruz, do Rio de
Janeiro, de Igaraçu e da ilha de
Itamaracá.
5. As feitorias se desenvolveram ao longo de todo o período colonial
ampliando sua abrangência de atuação na comunidade e na colônia.
As feitorias, que inicialmente serviam para marcar pontos de
colonização e aproveitar para explorar a região em benefício dos
portugueses, cresceram em aplicação e tornaram-se fazendas dos
grandes proprietários de terras. As feitorias representavam sede do
poder local, por onde passava o comércio, e tinha grande influência.
O Feitor era o indivíduo encarregado de administrar as feitorias sob
todas as suas formas. Inicialmente eles controlavam o comércio do
local, arbitrando a comunidade de mercadores. Além de reger as
trocas comerciais, a função do feitor foi sendo ampliada e mais
temida, pois o feitor fazia negócio em nome rei e era também o
incumbido de recolher os impostos, chamado quinto.
6. Os feitores sempre foram grandes
inimigos dos escravos, pois agiam como
os capatazes da escravaria, eram eles
que aplicavam as cruéis punições às
condutas inadequadas dos escravos. Os
feitores vigiavam as fazendas
constantemente para impedir a
tentativa de fuga dos escravos. Quando
conseguiam, eram formadas expedições
organizadas pelos capitães-do-mato
para recapturar os fugitivos. De volta à
fazenda, os feitores aplicavam os mais
brutos castigos aos escravos, recebiam
várias chibatadas e eram marcados com
metal na pele como fujões. Várias são as
representações dos feitores em
pinturas torturando os escravos, atitude
a qual marcou em especial a atuação
dos feitores.
7. As feitorias eram basicamente locais de armazenamento de
produtos. Esses produtos eram retirados das colônias e eram
levados para a metrópole imperial. Portugal por ter iniciado o
processo de expansão marítima foi quem teve mais participação
nas feitorias, feitorias essas localizadas principalmente na costa
litorânea das colônias. No Brasil, elas tiveram principalmente a
funcionalidade de armazenar o pau-brasil retirado daqui.
O Feitor era quem administrava-as, tendo ele também a função
de capataz, ou seja, ele aplicava as punições aos escravos, todas
elas muito severas, diga-se de passagem.