O Ministério da Agricultura repassou R$ 1,162 bilhão aos bancos que operam com o Funcafé para crédito ao setor cafeeiro. A produção brasileira de café deve ser a menor da história em 2016 devido à seca, com estoques projetados em apenas 6 milhões de sacas. O Funcafé repassou R$ 2 milhões à Embrapa para bolsas de estudos sobre café.
CNC prevê menor estoque de café do Brasil em 2016 e queda na safra de 2015
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 31/08/2015
Acesse: www.cncafe.com.br
Mapa já repassou este ano R$ 1,162 bi a bancos que operam com o Funcafé
Assessoria de comunicação social – Mapa
31/08/2015
Inez De Podestà
O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) já repassou, este ano,
R$ 1,162 bilhão às instituições financeiras que
operam com Fundo de Defesa da Economia
Cafeeira (Funcafé). O último aporte, na
semana passada, foi de R$ 173,1 milhões
para seis bancos. Antes, o Mapa havia transferido R$ 989,3 milhões para 12 bancos para
crédito destinado à estocagem, à aquisição de café, a linhas de capital de giro de cooperativas
de produção e de indústria de torrefação e moagem.
Os recursos foram destinados para o Crediminas, Agrocredi, Credivar, Banco de Tokyo, Banco
ABC Brasil, Banco de Crédito e Varejo.
Acesse a tabela de repasse do Funcafé no link:
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/image/tabela%20funcafe%20imagem%2030%2008.jpg.
Fundo — O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira foi criado, em 1986, para apoiar as
políticas públicas voltadas à cafeicultura, uma das principais atividades da agricultura brasileira.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de café, com uma safra estimada em 44,28
milhões de sacas de 60 quilos de grãos beneficiados no ciclo 2015.
O país também é o maior exportador mundial do produto, com embarques de 20,5 milhões de
sacas de café verde e industrializado que renderam US$ 3,6 bilhões no período de janeiro a
julho de 2015.
O setor tem 290 mil cafeicultores, em cerca 1.900 municípios de 15 estados brasileiros, e gera
8,4 milhões de empregos diretos e indiretos em toda a cadeia.
Estoque de café do Brasil em 2016 será o menor da história, prevê CNC
Thomson Reuters
31/08/2015
Roberto Samora
Reuters - Os estoques de passagem de café do
Brasil deverão registrar o menor volume da história
em março de 2016, previu nesta sexta-feira o
Conselho Nacional do Café (CNC), após o país
atingir em 2015 a sua terceira queda consecutiva na safra, segundo números oficiais.
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Em nota nesta sexta-feira, o órgão que representa o setor produtivo afirmou que o Brasil, maior
produtor e exportador global de café, terá condições de honrar seus compromissos com os
mercados externo e interno, apesar da produção afetada pela seca nos últimos anos.
Contudo, o CNC alertou que "o estoque de passagem de 2016 será, certamente, o mais baixo
de toda a história cafeeira do país".
A projeção foi feita após a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ter divulgado na
quarta-feira uma queda de 5,6 por cento nos estoques privados em março de 2015 ante 2014,
para 14,4 milhões de sacas de 60 kg.
O CNC estimou à Reuters que os estoques em 31 de março de 2016 poderiam somar algo em
torno de 6 milhões de sacas, levando em conta o saldo entre o consumo interno e exportações
e a produção e os estoques anteriores.
A previsão do CNC, no entanto, é de uma colheita este ano de cerca de 40 milhões de sacas,
abaixo das projeções do mercado, que variam de aproximadamente 45 milhões a 52 milhões
de sacas.
De acordo com levantamento da Conab, os menores estoques privados de café da história
foram registrados em 2012, de 8,4 milhões de sacas.
O levantamento da Conab é realizado junto a integrantes do setor, por meio do envio de
questionários. Para a realização da última pesquisa, 94 por cento dos 816 armazenadores
responderam a sondagem.
O Brasil tem um consumo interno de cerca de 20 milhões de sacas por ano. As exportações de
café verde em 2015 estão projetadas em cerca de 32 milhões de sacas.
Ainda que as projeções dos produtores sejam historicamente menores que as do mercado,
nesta semana uma importante trading global, a Volcafe, reduziu sua projeção de safra do país
em 2015 em mais de 3 milhões de sacas, para 48,3 milhões de sacas, citando um tamanho
menor dos grãos colhidos.
O contrato dezembro da café arábica, negociado em Nova York, operava perto de 1,24 dólar
por libra-peso nesta sexta-feira, após mínima desde janeiro de 2014, de cerca de 1,20 dólar no
início da semana, num momento em que o mercado tem sido afetado principalmente por um
dólar mais forte frente o real que incentiva vendas de produtores brasileiros no mercado global.
Café: Expocaccer dobra capacidade de armazenamento para 1 milhão de sacas
Agência Estado
31/08/2015
Daniela Frabasile
A Cooperativa dos
Cafeicultores do Cerrado
(Expocaccer) vai
inaugurar, no dia 5 de
setembro, uma unidade de armazenamento de grãos, com capacidade para 500 mil sacas, no
município mineiro de Patrocínio. "A nova planta é totalmente independente da atual e vai
atender não só a produção de Patrocínio, mas também de outros municípios da região",
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afirmou o superintendente da cooperativa, Sérgio Geraldo Dornelas. A nova unidade conta,
ainda, com uma linha de recepção de grãos. "O projeto foi concebido para ser completamente
automatizado e eficiente", diz.
Esta é a primeira etapa de um investimento de R$ 25 milhões, em dois anos. A segunda etapa
deve ser finalizada em março de 2016, com a abertura de uma linha de processamento e
beneficiamento de grãos de café, com capacidade de 600 sacas por hora. "Com isso, estamos
dobrando a capacidade própria de armazenamento e triplicando a capacidade produtiva de
beneficiamento", enfatizou Dornelas.
Com o investimento, realizado com recursos do BNDES, a Expocaccer pretende reduzir os
custos de aluguel de armazéns e da contratação de serviços de processamento de grãos. "Se
tivermos como base a safra atual, não há necessidade de contratar terceiros, mas a
expectativa é de um aumento na produção nas próximas temporadas", contou ele.
Ainda conforme Dornelas, o aumento da capacidade de armazenagem e beneficiamento foi
necessário por causa do aumento da produção dos cooperados e do número de produtores
cooperados.
Produção A Expocaccer projeta recebimento de café em 2015 em cerca de 1 milhão de sacas,
o que corresponde a uma quebra de 30% na comparação com o ano passados. "Além da
bianualidade - e estamos em um ano produção baixa -, a quebra foi acima da prevista, por
causa do clima e do maior volume de grãos menores", explicou o superintendente.
A região do cerrado enfrentou um veranico intenso nos meses de dezembro de 2014 e janeiro
de 2015, com falta de chuvas, maior insolação e temperaturas acima do normal. O resultado
dessas condições climáticas foi a maior quantidade de grãos miúdos. Os grãos de peneira
17/18, mais graúdos e valorizados, representam cerca de 15% da produção deste ano,
segundo Dornelas, enquanto a média para a região é de 30%. "Em Patrocínio, cerca de 30%
dos cooperados possuem áreas irrigadas, e mesmo nessas propriedades tivemos problemas,
ainda que em menor proporção", afirmou o superintendente.
Exportações globais de café caem 3,6 por cento em julho, diz OIC
Thomson Reuters
31/08/2015
Nigel Hunt
Reuters - As exportações globais de café caíram 3,6
por cento em julho ante o ano anterior para um total
de 9,59 milhões de sacas de 60 kilos, informou a
Organização Internacional do Café (OIC) nesta
sexta-feira.
Nos primeiros 10 meses da temporada de 2014/15, que começou em 1º de outubro do ano
passado, as exportações de café ficaram 2,8 por cento abaixo, em 92,85 milhões de sacas.
As exportações de café robusta caíram 8,4 por cento em julho ante o ano anterior, para 3,78
milhões de sacas.
As exportações cumulativas do robusta para a temporada até o momento caíram 3,4 por cento,
para 35,30 milhões de sacas.
As exportações de café arábica em julho foram 0,3 por cento menores que as do mesmo mês
ano passado, a 5,81 milhões de sacas.
As exportações acumuladas na temporada até o momento registram queda de 2,4 por cento,
para 57,55 milhões de sacas.
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Seca prejudica qualidade do café arábica e produção deve ser menor
Globo Rural
31/08/2015
Paulo Barbosa e Marcelo de Castro
Na fazenda Maringá, em Carmo do Paranaíba, região do cerrado mineiro, dos 130 hectares de
café em produção, pouco mais de 60% foram colhidos e o cafeicultor Diego Henrique Silva
conta que ainda vai demorar mais de um mês pra terminar o serviço. “O ano passado eu já
tinha praticamente encerrado a minha colheita, e esse eu ainda vou levar 30 dias para fazer o
término”, diz.
Até agora, na região do cerrado mineiro cerca de 70% do café cultivado na área de 200 mil
hectares em produção foi colhido. Tradicionalmente, na região do cerrado mineiro, a colheita
termina no início de agosto, mas nesta safra, por causa do clima a finalização da colheita vai
entrar setembro a fora.
Segundo o agrônomo Vicente Nunes Junior esse atraso é porque faltou chuva entre janeiro e
fevereiro. “Com essa irregularidade, o fruto não enche completamente, ele fica miúdo, não dá a
qualidade que a gente sempre quer no nosso cafeeiro”, explica Vicente Nunes Júnior,
agrônomo.
É o que já é constatado na propriedade de Marcelo Cardoso, também em Patrocínio. “Essa
quebra de produtividade está bem clara. Eu devia colher de 10 a 10.500 sacas de café, e eu
estimo que pode chegar a sete mil sacas ou até abaixo”, diz o produtor rural.
O superintendente da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocaccer), Sérgio
Dornelas, diz que a queda na produção está além do esperado. “Colhemos no ano passado por
volta de cinco milhões e meio de sacas de café na região do cerrado mineiro e nesta safra deve
ficar em torno de quatro milhões de sacas”, avalia.
No sul do estado, a colheita do café arábica também está tendo problemas. O produtor Flávio
Botrel tem 85 hectares com café em Varginha. Esse ano esperava colher duas mil sacas, mas
já sabe que vai ter uma quebra na produção. "Aqui na fazenda eu acredito que vai ser na casa
de uns 25 a 30%. O grão tá melhor que no ano passado, tá um grão mais uniforme, mas só que
ele é miúdo", explica.
Na lavoura do produtor Antônio Vander o amadurecimento dos grãos é o que preocupa. "O
café até hoje não amadureceu, ainda está maduro e verde e a colheita vai se estender até
outubro desse ano pra terminar. O que poderá comprometer a outra colheita, porque a lavoura
já está espinhando, ou seja, está querendo florir”, comenta.
Se por um lado a quebra da produção e a qualidade do café preocupam, por outro, a alta do
dólar pode compensar as perdas dos cafeicultores. "Quanto mais o dólar estiver alto com
relação ao real, melhor são para os produtos de exportação, isso na conversão dá mais reais
para o produtor", diz Archimedes Colli Neto, presidente da Centro Comércio de Café.
Funcafé repassa à Embrapa R$ 2 mi para concessão de bolsas de estudos
Assessoria de comunicação social – Mapa
31/08/2015
Inez De Podestà
O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) repassou à Embrapa Café R$ 2 milhões
para concessão de cerca de 200 bolsas de estudos para técnicos de instituições de ensino e
pesquisa e universidades por intermédio do Consórcio Pesquisa Café. Eles vão trabalhar em
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92 projetos de pesquisa e de transferência de tecnologia previstos no Programa Nacional de
Pesquisa e Desenvolvimento do Café (PNP&D/Café).
Os bolsistas atuarão em projetos de pesquisa em cinco áreas: sustentabilidade da cafeicultura
de montanha; mão de obra escassa e de alto custo; estresses bióticos (insetos-pragas, fungos,
bactérias, vírus e nematoides) e abióticos (déficit hídrico); qualidade e marketing para
rentabilidade; e deficiência dos processos de transferência de tecnologia. No início deste mês,
o Funcafé repassou R$ 5,5 milhões para execução desses projetos.
O Programa de Bolsas do Consórcio Pesquisa Café reúne profissionais qualificados para atuar
em benefício do desenvolvimento sustentável do setor cafeeiro; apoiar o treinamento de
estudantes de graduação e pós-graduação nas universidades e instituições consorciadas; e
ampliar a capacidade dos produtores, técnicos e pesquisadores no desenvolvimento e adoção
das novas tecnologias e conhecimentos gerados.
Anualmente, o programa conta com 186 bolsistas. De 1998 até o primeiro semestre deste ano,
já foram concedidas 3.888 bolsas. Os bolsistas acompanham as atividades de
aproximadamente 800 técnicos do Consórcio Pesquisa Café.
O repasse dos recursos do Funcafé para a Embrapa Café está no Diário Oficial da União de
quinta-feira (27).
Café ultrapassa os limites da xícara e conquista novos mercados
Estado de Minas – Online
31/08/2015
Fernanda Borges
O famoso cafezinho do dia a dia está tomando novas formas e conquistando outros mercados.
Muito além do costume e da tradição, o grão ultrapassou os limites da xícara e agora previne
até celulite. O negócio tem atraído a atenção da indústria e de grandes empresas, amparado
por um setor com expectativas positivas – em 2015, a produção de café no estado deve atingir
perto de 23,3 milhões de sacas, ante 22,6 milhões de sacas em 2014, segundo levantamento
da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
É do Sul de Minas Gerais, maior produtor de café do mundo, que sai o grão usado na
fabricação de muitos produtos. A região responde por 43% da produção mineira do café,
segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). E é na
indústria de cosméticos que o café se faz cada vez mais presente. “Tudo gira em torno da
importância que esse fruto tem para a nossa economia. O café é o principal produto do
agronegócio mineiro”, afirma Vanessa Vilela, criadora da Kapeh (palavra que significa café no
dialeto maia), marca de produtos para o corpo e cabelo, que tem como matéria-prima grãos de
café certificados. “O café é rico e benéfico para a pele, tem muitas propriedades oxidantes,
ação antienvelhecimento e esfoliante, além de proteção solar natural”, diz a farmacêutica e
executiva da marca.
Os grãos utilizados pela empresa são provenientes de fazendas certificadas pela Utz Certified,
que possibilita a checagem da safra, data de colheita, produtos utilizados no cultivo,
colaboradores envolvidos, entre outros dados. “O café que usamos em nossa produção é
produzido com sustentabilidade e tem toda uma rastreabilidade”, reforça. Há oito anos no
mercado, a marca oferece mais de 120 itens vendidos em 18 estados e exporta para Portugal,
Holanda e Coreia do Sul. “As pessoas que já apreciam a bebida ficam felizes com a
valorização do produto”, diz Vanessa Vilela.
A Cooxupé, maior produtora do grão do país, também entrou no setor de cosméticos. Na
semana passada, a empresa oficializou uma joint venture com a química Aqia, que fornece
insumos para gigantes como Natura, Boticário e Unilever. A empresa venderá óleo e biomassa
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do café verde à química para serem usados nas indústrias cosmética e farmacêutica. Além da
arrecadação com a venda de matéria-prima, a Cooxupé receberá uma participação nas vendas
dos produtos à base de café fabricados pela Aqia.
A parceria deve alcançar um crescimento de 20% a 30% para os negócios da química, com
faturamento de R$ 25 milhões até 2020, segundo a empresa. Para a cooperativa, no entanto, a
perspectiva de acréscimo virá de médio a longo prazo. Segundo o presidente da Cooxupé,
Carlos Alberto Paulino da Costa, por enquanto, serão entregues 100 sacas de café por mês
para o processamento de 480 quilos de óleo verde e 5 mil quilos de biomassa, o que deve
movimentar R$ 50 mil. “A receita é baixa, mas pensamos na boa aceitação no futuro”, disse.
Em 2014, a Cooxupé registrou faturamento de R$ 2,5 bilhões e exportou 3,2 milhões de sacas
de café arábica.
FORTALECIMENTO
A força do café no Sul do estado também serviu de
base para o cervejeiro Antônio Augusto Netto
introduzir o grão em uma de suas receitas. No início
do ano, o empresário abandonou a profissão de
engenheiro elétrico e criou uma marca de cervejas
artesanais (foto: Antônio Graça/Divulgação) em
Guaxupé. Deu certo. Segundo Netto, em uma de
suas degustações, a cerveja de café foi eleita a
melhor. “O sabor é marcante de cerveja no início e
possui um retrogosto intenso de café. Parece que
você acabou de beber uma xícara de café”, conta o
proprietário da marca Zug Bier (zug é uma palavra
alemã que significa “trem” – gíria comum aos
mineiros). Apesar da boa aceitação, a marca aguarda o registro no Ministério da Agricultura
para comercializar o rótulo em bares, restaurantes e mercados. “A procura tem aumentado e
vejo curiosidade do público em geral. Acredito que tenha muito a crescer e no futuro a ideia é
exportar”, afirma.
A artesã Vanessa Massafera também se valeu do café para investir no próprio negócio.
Moradora de Varginha, no Sul do estado, o artesanato faz parte do dia a dia da jovem há mais
de 10 anos. Começou com a família numa discreta produção em casa e hoje as peças são
vendidas para todo o Brasil e exportadas. “Minha mãe ganhou um moedor de uma senhora
amiga dela e enfeitou com grãos de café de porcelana fria italiana. Esse foi o pontapé inicial”,
conta Vanessa, que iniciou os trabalhos quando ainda tinha 15 anos.
De lá pra cá, a artesã, já produziu milhares de peças e por conta da originalidade, agradou
empresas e fazendeiros da região. Os preços variam de R$ 35 a R$ 1 mil. “Fazemos relógios,
mandalas, bandejas, quadros, latões de leite, moedores com o café. As pessoas foram se
interessando e não paramos mais de produzir”, destaca. Segundo Vanessa, são utilizadas,
cascas, plantas e filtros de papel para a produção dos artesanatos.
Produto com sucesso reconhecido
Marcas já conhecidas no mercado têm como carro-chefe produtos à base do café. Na doceira
mineira Frau Bondan, o chocolate que leva o produto que vem das lavouras foi uma das
primeiras apostas da proprietária Paula Bondan. “Nada mais justo que o próprio café tomar um
banho de chocolate. É um produto de sucesso, que ultrapassa as barreiras da língua
portuguesa e do paladar. O café é paixão pelo mundo inteiro”, destaca.
Na fabricação de balas, o grão também faz a vez de protagonista. A Florestal Alimentos,
fabricante da balinha Brazilian Coffee conta com um volume médio de 52 milhões de unidades
vendidas por mês. “Podemos dizer que é um dos produtos de maior sucesso da marca. É a
bala de café mais vendida e conhecida do Brasil”, afirma o gerente de marketing da empresa,
Adriano Orso. Segundo ele, atualmente, o produto é vendido para 20 destinos, tendo como
principais os EUA, Hungria, Chile, Argentina e Uruguai.
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Há ainda quem aposte no café para combater as temíveis celulites. Além de cosméticos à base
do grão, uma empresa paulista desenvolveu uma bermuda que libera cafeína para diminuir as
imperfeições na pele. Isabel Luiza Piatti, tecnóloga em estética e diretora de pesquisa e
desenvolvimento de produtos da Buona Vita Cosméticos, conta que as células presentes no
tecido liberam a substância, que entra na corrente sanguínea e age contra as marcas.
“Cosméticos à base do café são os mais vendidos na linha de tratamento corporal. Isso não é
novidade. O interessante é que esses produtos caíram no gosto do consumidor e vieram para
ficar. Haja café!”, brinca.
Exportadores da Colômbia pedem eliminação de restrições de envios
CaféPoint
31/08/2015
Reportagem: Reuters / Tradução: Juliana Santin
O presidente da Associação Nacional de Exportadores de Café da Colômbia
(Asoexport), Carlos Ignacio Rojas, disse que a Colômbia deveria liberar suas
exportações de café para se converter em abastecedor de diferentes qualidades
e abrir novos mercados. Com esta decisão, as receitas dos produtores e do país
melhorariam.
O país também produz cafés de qualidades mais baixas, como semi-lavados,
cujas exportações estão restritas. “Somos um dos países que mais têm restrições para
exportações de café”.
“Com a liberação, poderíamos colocar no mercado o melhor preço de cafés que hoje
simplesmente não estamos podendo exportar, abrir novos mercados que hoje não estão
abertos e podemos oferecer a nossos compradores um portfólio de produtos para que somente
negociem com a Colômbia”.
Há décadas, o Comitê Nacional de Cafeicultores, a máxima autoridade do setor, somente
permite exportações de café arábica com o argumento de que a restrição permite manter um
selo distintivo de qualidade ao café colombiano nos mercados internacionais, pelos quais os
compradores pagam um preço premium.
Fontes da Federação Nacional de Cafeicultores disseram que é pouco provável que se elimine
essa restrição como pedem os exportadores privados, que respondem por mais de 60% das
vendas externas de café. Porém, Rojas disse que eliminar essa restrição não se traduziria em
baixar a qualidade do café nem em um não cumprimento das medidas fitossanitárias.
A Colômbia registrou em 2014 uma produção de 12,1 milhões de sacas de 60 quilos,
recuperando seus níveis históricos depois de quatro anos não cumprindo sua meta por causa
das fortes chuvas e de um programa de renovação dos cafezais.
O país sul-americano, terceiro produtor mundial depois do Brasil e do Vietnã, tem atualmente
960.000 hectares cultivados com café. Rojas garantiu que a Colômbia pode aumentar sua
produção sem provocar uma queda dos preços.
A Colômbia espera para 2015 uma colheita de 12,5 milhões a 13 milhões de sacas de 60
quilos. Das 10,9 milhões de sacas exportadas pelo país no ano passado, 35% foram
diferenciados ou especiais, pelo que Rojas admitiu que há espaço para crescer nesse setor.
“Sim, há espaço para crescer, mas não se pode chegar a 100%. Até onde chegaremos?
Depende do gosto do consumidor”.
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Uganda: produção de cafés especiais aumenta após reforma do Governo
Agência Estado
31/08/2015
A produção de grãos especiais em Uganda está aumentando, em grande parte impulsionada
por uma reforma realizada pelo governo, afirmou o diretor da Autoridade para o
Desenvolvimento do Café do país, Henry Ngabirano.
A safra de grãos especiais representa cerca de 10% da produção total de café de Uganda. Há
cinco anos, esse porcentual era de 5%. Comprovando a melhora na qualidade, a Starbucks
começou, na semana passada, a vender um tipo de café feito apenas com grãos produzidos no
país. Fonte: Dow Jones Newswires.
Previsão de safra de café da Indonésia é reduzida por El Niño, diz associação
Thomson Reuters
31/08/2015
Bernadette Christina
Reuters - A Associação de Exportadores e Indústrias de Café da Indonésia reduziu nesta
segunda-feira sua estimativa de safra do país pela segunda vez este ano devido a efeitos de
um clima seco provocado pelo fenômeno El Niño.
A produção do país no Sudeste Asiático, terceiro maior produtor global de café robusta, foi
estimada em 500 mil toneladas este ano, disse à Reuters o presidente da associação, Irfan
Anwar
"A produção foi prejudicada pelas mudanças climáticas e pelo El Niño", disse Anwar, cuja nova
projeção está abaixo da previsão anterior da associação, de 600 mil a 650 mil toneladas de
café.
A Indonésia deverá enfrentar um El Niño de condições moderadas até novembro, afetando
províncias de Sumatra até o leste do país, embora existam indicativos de que o padrão
climático poderá ficar mais intenso entre setembro e dezembro.