O documento discute três tópicos principais:
1) A exportação mundial de café aumentou 5,7% em junho de 2017 em comparação com o mesmo mês de 2016, com aumentos nas exportações de café arábica.
2) A safra de café 2017/2018 no sul de Minas Gerais está dentro da expectativa de acordo com a Cocatrel, que investiu em melhorias para receber os cafés.
3) A colheita do café conilon no norte do Espírito Santo atingiu 95% até o final de julho, dentro do normal
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CLIPPING – 31/07/2017
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OIC: exportação mundial de café aumenta 5,7% ante junho de 2106
Agência Estado
31/07/2017
A exportação mundial de café registrou aumento de 5,7%
em junho passado, em comparação com o mesmo mês
de 2016. Foram embarcadas 10,437 milhões de sacas de
60 kg em comparação com 9,877 milhões de sacas em
junho do ano passado. A informação é da Organização Internacional do Café (OIC), divulgada
hoje.
Do total embarcado em junho, 6,547 milhões de sacas foram de café arábica (mais 11,7% ante
2016, quando foram exportadas 5,863 milhões de sacas). A exportação de robusta no mês
passado foi de 3,890 milhões de sacas (queda de 3,1%), pois em junho de 2016 foram
embarcadas 4,014 milhões de sacas.
A exportação mundial nos nove primeiros meses do ano agrícola 2016/17 (outubro a junho)
registrou crescimento de 5,6% em comparação com o mesmo período anterior, de 87,366
milhões para 92,293 milhões de sacas. Desse total, 58,215 milhões de sacas foram de arábica
(mais 7,3%) e 34,079 milhões de sacas de robusta (mais 2,9%).
Safra 2017/18 de café está dentro da expectativa no sul de MG, diz Cocatrel
Agência SAFRAS
31/07/2017
Lessandro Carvalho
O período de colheita de café da
safra já está quase no final no sul de
Minas Gerais e o recebimento dos
cafés na Cocatrel (Cooperativa dos
Cafeicultores da Zona de Três
Pontas) segue dentro da
expectativa. Segundo a assessoria
de comunicação da cooperativa, a
Cocatrel está recebendo dentro do
que foi previsto, “haja vista que
estamos em ano de safra menor,
devido à bienalidade da cultura”.
Para dar mais agilidade à entrada e à saída de cafés nos armazéns da cooperativa, muitas
melhorias foram feitas, o que tem surpreendido positivamente a todos. Para esta safra, a
Cocatrel investiu bastante para, principalmente, eliminar as enormes filas de caminhões que
eram formadas em seus armazéns. “A não formação de filas pode gerar, equivocadamente, a
impressão de falta de movimento. Porém, o horário de recebimento foi estendido, houve
contratação e treinamento de mão de obra especializada, aquisição de novas empilhadeiras,
além de novos armazéns, o que desafoga o recebimento em Três Pontas”.
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Também pensando em agilizar os processos, o recebimento de café nas manhãs de sábado é
outra novidade nos armazéns de Três Pontas. No armazém Paraíso, os cooperados podem
entregar seus cafés em sacarias. Nos outros armazéns, o recebimento continua sendo em
bags e à granel. O horário de atendimento é de 7 às 11 da manhã. Nas filiais, o horário
continua o mesmo, de segunda à sexta-feira. Vale ressaltar que a Cocatrel conta com
armazéns e/ou centrais de recebimento em Coqueiral, Carmo da Cachoeira, Nepomuceno,
Ilicínia, Córrego do Ouro e Varginha. As informações partem da assessoria de comunicação da
Cocatrel.
Colheita do café conilon alcança 95% no norte do Espírito Santo
Agência SAFRAS
31/07/2017
Lessandro Carvalho
A colheita de café conilon no norte do Espírito Santo desta safra de 2017 estava em torno de
95% do total até a última quinta-feira, 26. A avaliação é do presidente da Cooperativa Agrária
dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha (Cooabriel), Antônio Joaquim de Souza Neto, que
falou à Agência SAFRAS.
Ele indicou que a colheita está praticamente finalizada e dentro do normal para o período.
Entretanto, com recentes chuvas, há "muito café ainda na roça, faltando secar, pilar e
beneficiar". Estes grãos representam 20% do total que ainda precisam passar por esses
processos.
Após a quebra acentuada da produção em 2016, em função da falta de chuvas, persiste a
previsão de que a safra 2017 seja 20% maior que a do ano passado, aponta Antônio Joaquim
de Souza Neto.
Recebimento
Em 2016, a Cooabriel recebeu 595 mil sacas de 60 quilos e a expectativa é de que o
recebimento suba para cerca de 800 mil sacas, com a safra maior e mais clientes captados
pela cooperativa. Até agora, em 2017, a cooperativa já recebeu 615 mil sacas. Em igual
período do ano passado, o recebimento estava em 515 mil sacas.
Produtores enfrentam quebra da safra do café arábica em MG e no ES
Globo Rural
31/07/2017
Vico Iasi
A produção de café arábica caiu nesta safra na região leste de Minas Gerais e nas serras do
Espírito Santo. O Globo Rural conversou com os agricultores sobre a situação.
Montanhas bonitas com pedras enormes, clima fresco e altitude entre 600 e 1000 metros. A
região na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo é importante para a produção de café
arábica. Em municípios como Lajinha, Mutum, Viçosa, Ibatiba e Brejetuba vivem e trabalham
mais 30 mil cafeicultores.
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O produtor Roger Fonseca tem 62 hectares de cafezais em Lajinha. Filho e neto de produtores,
ele se diz um apaixonado pela atividade. “Eu esperava colher 1,8 mil sacas, mas colhi mil
sacas. Vamos ter redução de 40%”, diz.
Esse tipo de problema se repete em milhares de fazendas da região. Segundo a Coocafé,
cooperativa que reúne mais de seis mil cafeicultores, 70% da safra desse ano já foi colhido e a
quebra na produção deve ficar entre 15% a 20% em relação ao ano passado.
A produção fraca é consequência do clima. O agrônomo Pedro Araújo, especialista em café,
explica que a região enfrentou uma série de problemas.
“Nos últimos anos as chuvas foram abaixo da média. Não ocorreu no momento que a planta
precisava. E aumento da temperatura. As rosetas eram pra estar cheias, todas completas. Elas
estão vazias. E isso produz pouco café”, explica.
O produtor Maurino da Silva tem 67 hectares de cafezais em Ibatiba, no Espírito Santo, perto
da divisa com Minas. Além de sofrer com a queda da safra, ele enfrenta outro problema comum
na região: a redução da qualidade do produto. Com o cafeeiro mais fraco, os grãos crescem
menos, amadurecem de forma irregular e ficam mais sujeitos a pragas e doenças.
O presidente da Coocafé Fernando Cerqueira está preocupado com redução da renda dos
agricultores. “O preço precisa melhorar. A melhoria de preço garante que o produtor vai cuidar
melhor da lavoura e vai adubar e pulverizar melhor, o que garantiria uma safra de melhor
qualidade no ano que vem”, explica.
Jovem, conectado e com maior presença feminina
Portal Agrolink
31/07/2017
Por: FAEG
Esqueça a imagem do produtor que vive isolado e só consegue se informar a respeito do que
acontece no mundo quando vai à cidade fazer compras. O campo está cada vez mais
conectado e a tecnologia auxilia tanto no manejo quanto na obtenção de informações no dia a
dia. Além disso, o segmento está mais feminino e jovem. Essas são algumas das constatações
da pesquisa Hábitos do Produtor Rural, conduzida pela Associação Brasileira de Marketing
Rural e Agronegócio (ABMRA) e divulgada recentemente.
Para o estudo, foram entrevistados, in loco, 2.835 agricultores - 2.110 agricultores e 725
pecuaristas. Eles se dedicam a 11 culturas - algodão, arroz, batata, café, cana-de-açúcar,
feijão, laranja, milho, soja, tomate e trigo - e quatro atividades animais - pecuária de corte,
pecuária de leite, avicultura e suinocultura -, em 15 estados. A presença da mulher em funções
de decisão nos empreendimentos rurais triplicou em relação a 2013, ano em que a última
edição do levantamento foi realizada, e passou de 10% para 31%.
Já a idade média dos produtores rurais caiu 3,1%: hoje, é de 46,5 anos. Segundo a pesquisa,
21% dos entrevistados têm curso superior, especialmente agronomia (42%), veterinária (9%) e
administração de empresas (7%). O trabalho também investigou os hábitos de compra, o
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envolvimento dos produtores com as novas tecnologias e as mídias que consultam para sua
informação pessoal e profissional.
Nesse quesito, ficou claro que a inovação também está presente fora da porteira. Televisão e
rádio, veículos de comunicação considerados tradicionais, abriram espaço para as redes
sociais e para aplicativos de comunicação instantânea, como o WhatsApp. Entre as mídias
digitais, o “zap” lidera a preferência dos produtores rurais com 96%, seguido pelo Facebook,
com 67%. Depois, chegam YouTube, com 24%; o Messenger, com 20%; o Instagram, com 8%,
e Skype, com 5%.
A televisão aberta perdeu espaço – mesmo que pequeno - na preferência dos produtores
rurais. Ainda assim, permanece na liderança como o meio de comunicação mais usado. Pelo
menos 92% dos respondentes da pesquisa têm na TV o principal meio de atualização e
informação. Na pesquisa de 2013, o percentual dessa mídia era de 95%. Já o rádio cresceu
7% em relação ao levantamento de 2013. Hoje, é usado por 75% dos produtores. A internet
também apresentou aumento de 7,7% e abocanhou 42% das referências. Os jornais têm 30%;
a TV paga 28%; e as revistas, com 27%.
Otimismo, a marca do campo
A tecnologia crescente e a confiança na atividade refletiram no número de produtores que
deixaram a cidade e se instalaram definitivamente no campo, segundo levantamento da
Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA). Em 2013, 47% dos
entrevistados moravam na propriedade. Neste ano, o número subiu para 56%. Em relação à
percepção da própria imagem, 68% se declararam otimistas em relação ao futuro da atividade
agropecuária no Brasil e 91% disseram ter orgulho de ser produtor rural.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner,
lembra que a agropecuária foi o único setor que conseguiu se manter, mesmo na crise. “Apesar
do cenário nebuloso, o agro contribuiu para o desenvolvimento do interior e dos grandes
centros brasileiros, dando sustentação na geração de renda e empregos, além de seu papel
básico de provimento de alimentos a custos acessíveis a população”, frisa.
Apesar disso, os desafios do segmento são inúmeros. Entre os principais, a melhoria nas
condições de logística - com modalidade mais acessíveis e menos onerosas de transporte,
aumento e distribuição da capacidade armazenadora -, ampliação das fontes de crédito,
desenvolvimento do seguro rural, melhores condições de segurança nas propriedades,
ampliação da rede de assistência técnica e maior fomento à pesquisa.
Tecnologia e atualização são aliadas
Leilões e cursos têm sido uma constante na agenda do produtor Neto Baylão, 35 anos, desde
que assumiu os negócios da família, em 2001. Filho de um médico, ele viu a única irmã
também enveredar pelo caminho da Medicina. Coube ao rapaz a missão de tocar uma granja
de suínos, em Mineiros, e de levar adiante a Fazenda Montes Claros/Lajeado, em Rio Verde,
onde trabalha com gado de corte. O WhatsApp é aliado na hora de prospectar a compra de
animais, com troca de fotos e vídeos.
Para superar os desafios que a pecuária enfrenta hoje – ele defende uma maior valorização do
preço do animal – faz cursos e mantém contato com outros pecuaristas, nos leilões. “É um
trabalho gratificante, me divido entre as atividades administrativas e as idas à fazenda”, conta.
Hoje, o gado é criado em sistema de semi-confinamento a pasto. Os animais são comprados
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com entre oito e 11 meses e pesando cerca de oito arrobas. Um ano depois, são abatidos
terminados: prontos para irem ao frigorífico.
Na pesquisa sobre Hábitos do Produtor Rural, conduzida pela Associação Brasileira de
Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), esse tipo de evento é o preferido de 19% dos
entrevistados que criam animais. Na liderança, os dias de campo – 36%. Feiras pecuárias
atraem 18% dos entrevistados e as palestras técnicas, 17%. Entre os agricultores, os dias de
campo (54%), as feiras agropecuárias (22%) e as palestras técnicas (16%) são os eventos
preferidos.
No caso das tecnologias, entre os agricultores, há um destaque maior para aquelas voltadas à
produtividade, como adubação (95%), pulverização (82%) e controle de pragas (80%). Já os
pecuaristas investem preferencialmente em adubação das pastagens (57%), rotação de pastos
(52%), controle de enfermidades (36%) e uso de cerca elétrica (35%). As maiores
preocupações dos criadores são a saúde (41%), a nutrição animal (18%), a gestão das
propriedades (13%) e a mão de obra (9%).
Desafios e conhecimento
Para a produtora Carol Palhares, 36 anos, o WhatsApp também é fundamental para conciliar
as atividades diárias e a vida no campo. Junto com a mãe, a produtora Nelcy Palhares, 61, ela
toca a Fazenda Brasília, em Inaciolândia, no Sul de Goiás, onde o foco é cultura canavieira e a
pecuária, com o melhoramento genético do gado Nelore. “Os funcionários mandam fotos e
vídeos do que está acontecendo. Em agosto, período em que começa a parição, trocamos
muitas informações sobre os animais”, conta.
Mãe de um casal – Enrico, 9, e Helena, 5 -, ela se divide entre a rotina da propriedade e a
cidade de Itumbiara, que fica a 40 minutos das terras da família. Além disso, o WhatsApp é
aliado na hora de manter contato com outras mulheres que se dedicam à lida no campo. Em
um grupo que reúne pecuaristas goianas, elas dividem dúvidas sobre o trabalho e os desafios
enfrentados pelo segmento, atualmente. Os debates pautam o tema de uma reunião mensal,
realizada em Goiânia, com a participação de um especialista.
Carol cresceu com uma forte ligação com o campo, por causa dos avós e do pai, pecuaristas.
Ele morreu quando ela tinha apenas 16 anos. Na época, a família vivia em Uberlândia e a vida
na cidade seguiu seu curso. Aos 22, graduada em Administração, precisou decidir: “Foi uma
fase crucial. Fiquei entre continuar em Minas Gerais e arrumar um emprego ou voltar para a
fazenda e cuidar do que era nosso”, recorda.
Inspirada principalmente na mãe, que já tinha uma vasta experiência, ela escolheu o caminho
do campo. “Abracei a causa”, define. “Não foi difícil, porque sempre fui criada nesse meio e
gosto. Infelizmente, a gente ainda vive em uma sociedade machista, mesmo com a mulher
tomando frente em muitas atividades. A intuição feminina é um diferencial. A mulher não tem
vergonha de perguntar”, analisa.
O economista Marcus Antônio Teodoro Batista, especialista em agribusiness, pondera que as
novas gerações estão percebendo que o agronegócio pode ser um negócio mais seguro e
rentável, embora esteja sujeito a riscos. “Se bem administrado, o agro pode dar resultados
melhores do que carreiras tradicionais, pois tem muitas possibilidades de atuação, quer seja
em commodities, em hortifrúti ou pecuária”, exemplifica.
6. Conselho Nacional do Café – CNC
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O rejuvenescimento do campo, na visão dele, dá um novo impulso ao segmento, uma vez que
há uma busca por resultados mais rápidos. Mas alerta: a inovação precisar estar associada à
experiência de quem conhece o funcionamento do agronegócio. “A tecnologia é importante,
mas não substitui o feeling humano, a capacidade de fazer uma boa negociação com o
fornecedor. Ela é um meio”, defende.
O cenário político-econômico desafiador exige cada vez mais profissionalização do produtor,
enfatiza o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário
Schreiner. “O planejamento e a estratégia são peças chaves no sucesso do produtor. Também
é preciso cada vez mais participar ativamente da construção das políticas públicas e setoriais,
para que junto às entidades representativas possamos suplantar os problemas políticos que
tanto prejudicam nosso setor e nossa sociedade”, declara.