Este documento discute gêneros textuais e seu papel no ensino de língua portuguesa. Apresenta gêneros como tipos relativamente estáveis de enunciados com formas de composição e planos composicionais próprios. Também aborda sequências didáticas para ensinar gêneros textuais de forma sistemática, com o objetivo de ajudar os alunos a dominar melhor esses gêneros.
2. GênerosTextuais
São tipos relativamente estáveis de enunciados presentes em
cada esfera de troca; os gêneros possuem uma forma de
composição e um plano composicional;
Distinguem-se também pelo conteúdo temático e pelo estilo;
3. Tipos textuais
Sequência teoricamente definida pela natureza linguística de
sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais
, relações lógicas, etc.);
Abragem: narração, argumentação, exposição, descrição,
injunção, etc.
Não são textos empíricos, pois se encontram dentro dos
gêneros textuais.
4. Fala e Escrita: duas modalidades e um
continuum
Leis
Conferência
Conversa
espontânea
Noticiário
5. Os gêneros existem em grande quantidade em parte porque
os gêneros, como práticas sociocomunicativas, são
dinâmicos e sofrem variações na sua constituição, que em
muitas ocasiões, resultam em outros gêneros, novos gêneros
(KOCH & ELIAS, 2009).
7. Composição
Organização;
Distribuição das informações;
Elementos não-verbais: a cor, diagramação, ilustrações, etc.
“Os gêneros não se definem por sua forma, mas por sua função”
10. GênerosTextuais e Ensino
“O estudo dos gêneros cconstitui-se, sem dúvida, numa
contribuição das mais importantes para o ensino de leitura e
redação. Para reforçar esse posicionamento, afirmamos que,
somente quando dominarem os gêneros mais correntes na
vida cotidiana, nossos alunos serão capazes de perceber o
jogo que frequentemente se faz por meio de manobras
discursivas que pressupõem esse domínio. (KOCH & ELIAS,
2009)
11. Trabalhando com Sequências Didáticas
“Uma sequência didática é um conjunto de atividades
escolares organizadas de maneira sistemática, em torno de
um gênero textual oral ou escrito.” (SCHEWNLY & DOLZ,
XXXX).
Finalidade: ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de
texto
12. Estrutura da Sequência Didática
Apresentação
da Situação
Produção
Inicial
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO N
Produção Final
Reguladora
Problemas
13. Qual gênero?
A quem se dirige?
Que forma assumirá a produção?
Quem participará da produção?
14. Agrupamento
Domínios Aspectos tipológicos Exemplos (gêneros orais e
escritos
Cultura literária ficcional NARRAR Conto; fábula; lenda;
narrativa de aventura,
novela, etc.
Documentação e
memorização de ações
humanas
RELATAR Relato de experiência;
testemunho, notícia, crônica
esportiva, ensaio biográfico,
etc.
Discussão de problemas
sociais
ARGUMENTAR Texto de opinião; carta ao
leitor; debate regrado; carta
de reclamação, etc.
Transmissão e construção de
saberes
EXPOR Seminário; conferência;
entrevista; resumo de
textos, etc
Instruções e prescrições DESCREVERAÇÕES Receita; instrução de
montagem; instruções de
uso; regulamento, etc.
15. Objetivos (DOLZ et al, 2004)
“Preparar os alunos para dominarem sua língua nas situações
mais diversas da vida cotidiana, oferecendo-lhes
instrumentos precisos, imediatamente eficazes, para
melhorarem suas capacidades de escrever e de falar.”
“Desenvolver no aluno uma relação consciente e voluntária
com seu comportamento de linguagem, favorecendo
procedimentos de avaliação formativa e de auto-regulação.”
“Construir nos alunos uma representação da atividade de
escrita e de fala em situações complexas, como produto de
um trabalho, de uma lenta elaboração.”
17. Referências
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência. São Paulo: Ática,
2002.
KOCH, IngedoreVillaça; ELIAS,Vanda Maria. Ler e escrever:
estratégias de produção textual. São Paulo; Contexto, 2009.
_______. Ler e compreender. São Paulo: Contexto, 2009.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, N. e SCHNEUWLY, B. Sequências
didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um
procedimento. In: SCHNEUWLY, B. E DOLZ, J. et al. Gêneros
orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.