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Maria Cristina Amarante – RA 125479
Curso: Redefor – Língua Portuguesa
Disciplina: LP003 – Linguística Textual: Tipologias, Agrupamentos e Textualidade
Atividade Dissertativa Individual 2


        O agrupamento de gêneros argumentativos em diferentes proposta


       O Estudo do presente tópico nos mostra que os gêneros são produzidos em
diferentes contextos sociais ou domínios sociais de comunicação e que esse
pertencimento a diferentes domínios causa impactos em sua forma composicional. Por
exemplo, vimos que cada gênero analisado (posts, reportagens jornalísticas, relatos de
experiência pessoal, contos etc.) apresenta diferenças de textualização em função de os
textos serem caracterizados por um determinado aspecto tipológico, que é o
predominante. Aprendemos também que os aspectos tipológicos dos gêneros estão
relacionados a ações gerais predominantes de textualização (narrar, relatar, argumentar,
expor, descrever e regular ações alheias (injunção)). São essas ações que organizam os
textos, exemplares do gênero.


       Os textos que lemos apesar de pertencerem ao gênero "reportagem", eles
apresentam diferentes textualidades e isto ocorre em função de eles se inserirem em
diferentes domínios sociais de comunicação, apresentando           diferentes aspectos
tipológicos predominantes. Vimos também que os critérios estabelecidos por Dolz e
Schneuwly (2004[1996]) são realmente muito úteis para o trabalho com os gêneros e
com os seus exemplares (os textos singulares) em sala de aula. Os textos em geral são
compostos de uma combinação de sequências; sendo assim, um texto sempre traz em
sua composição várias sequências.


       Os gêneros textuais estão cada vez mais presente na educação atual. Essa
tendência foi oficializada com a publicação da Proposta Curricular do Estado de São
Paulo (PCESP), em 2008, baseada na proposta dos genebrinos Dolz e Schneuwly
(1996). A proposta didática organizada pelo agrupamento por gêneros, visando uma
progressão no ensino, na qual diferentes capacidades leitoras e escritoras fossem
paulatinamente construídas. Para os autores, Dolz e Schneuwly, deve-se trabalhar todos
os agrupamentos e não simplesmente privilegiar uns em detrimento de outros. Sempre
abordando crescentes níveis de complexidade, em todos os anos escolares.


       Segundo Dolz e Schneuwly, os critérios utilizados para organizar os
agrupamentos de gêneros são o contexto, ou domínio social de comunicação, onde os
gêneros são produzidos e circulam, considerando que um mesmo gênero pode ser
produzido e circular em domínios sociais de comunicação diversos, além dos processos
de textualização, como o vocabulário e as sequências textuais.


       Já a proposta genebrina separa o agrupamento em oral e escrita, ciclos 1 e 2 e se
resume às práticas orais. Nas atividades propostas o aluno deverá opinar e debater
desenvolvendo assim a habilidade de argumentar. As atividades vão evoluindo e
aumentando gradativamente o grau de complicação. Na escrita, exigi-se que o aluno
domine os diferentes gêneros textuais. Faz uso ainda dos recursos de leitura e produção
de textos argumentativos, como o artigo de opinião, a partir do qual também propõe
leitura e produção de textos deste gênero.


       Portanto, ao focarmos no agrupamento argumentar e compararmos as propostas
genebrina e PCESP podemos perceber que ambas fazem uso de uma progressão no
nível de dificuldade e exigência em relação ao conteúdo abordado. Confrontando as
propostas, em relação à progressão didática e a diversidade de gêneros a serem
trabalhados em cada ano/série, a proposta genebrina parece apresentar vantagens,
porque dá prioridade a um aprendizado progressivo, além de fazer uso de maior
variedade de gêneros textuais relativos a cada agrupamento.
Referências Bibliográficas:


DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita -
Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In: ROJO, R. H.
R.; CORDEIRO, G. S. (Orgs./Trads.) Gêneros orais e escritos na escola. Campinas:
Mercado de Letras, 2004[1996]


ROJO, R. H. R. Gêneros do discurso/texto como objeto de ensino de línguas: Um
retorno aotrivium? In: SIGNORINI, I. (Org.) (Re) Discutir texto, gênero e discurso. São
Paulo: Parábola Editorial, 2008


WESTON, A. A construção do argumento. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

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O agrupamento de gêneros argumentativos em diferentes proposta

  • 1. Maria Cristina Amarante – RA 125479 Curso: Redefor – Língua Portuguesa Disciplina: LP003 – Linguística Textual: Tipologias, Agrupamentos e Textualidade Atividade Dissertativa Individual 2 O agrupamento de gêneros argumentativos em diferentes proposta O Estudo do presente tópico nos mostra que os gêneros são produzidos em diferentes contextos sociais ou domínios sociais de comunicação e que esse pertencimento a diferentes domínios causa impactos em sua forma composicional. Por exemplo, vimos que cada gênero analisado (posts, reportagens jornalísticas, relatos de experiência pessoal, contos etc.) apresenta diferenças de textualização em função de os textos serem caracterizados por um determinado aspecto tipológico, que é o predominante. Aprendemos também que os aspectos tipológicos dos gêneros estão relacionados a ações gerais predominantes de textualização (narrar, relatar, argumentar, expor, descrever e regular ações alheias (injunção)). São essas ações que organizam os textos, exemplares do gênero. Os textos que lemos apesar de pertencerem ao gênero "reportagem", eles apresentam diferentes textualidades e isto ocorre em função de eles se inserirem em diferentes domínios sociais de comunicação, apresentando diferentes aspectos tipológicos predominantes. Vimos também que os critérios estabelecidos por Dolz e Schneuwly (2004[1996]) são realmente muito úteis para o trabalho com os gêneros e com os seus exemplares (os textos singulares) em sala de aula. Os textos em geral são compostos de uma combinação de sequências; sendo assim, um texto sempre traz em sua composição várias sequências. Os gêneros textuais estão cada vez mais presente na educação atual. Essa tendência foi oficializada com a publicação da Proposta Curricular do Estado de São Paulo (PCESP), em 2008, baseada na proposta dos genebrinos Dolz e Schneuwly (1996). A proposta didática organizada pelo agrupamento por gêneros, visando uma progressão no ensino, na qual diferentes capacidades leitoras e escritoras fossem paulatinamente construídas. Para os autores, Dolz e Schneuwly, deve-se trabalhar todos
  • 2. os agrupamentos e não simplesmente privilegiar uns em detrimento de outros. Sempre abordando crescentes níveis de complexidade, em todos os anos escolares. Segundo Dolz e Schneuwly, os critérios utilizados para organizar os agrupamentos de gêneros são o contexto, ou domínio social de comunicação, onde os gêneros são produzidos e circulam, considerando que um mesmo gênero pode ser produzido e circular em domínios sociais de comunicação diversos, além dos processos de textualização, como o vocabulário e as sequências textuais. Já a proposta genebrina separa o agrupamento em oral e escrita, ciclos 1 e 2 e se resume às práticas orais. Nas atividades propostas o aluno deverá opinar e debater desenvolvendo assim a habilidade de argumentar. As atividades vão evoluindo e aumentando gradativamente o grau de complicação. Na escrita, exigi-se que o aluno domine os diferentes gêneros textuais. Faz uso ainda dos recursos de leitura e produção de textos argumentativos, como o artigo de opinião, a partir do qual também propõe leitura e produção de textos deste gênero. Portanto, ao focarmos no agrupamento argumentar e compararmos as propostas genebrina e PCESP podemos perceber que ambas fazem uso de uma progressão no nível de dificuldade e exigência em relação ao conteúdo abordado. Confrontando as propostas, em relação à progressão didática e a diversidade de gêneros a serem trabalhados em cada ano/série, a proposta genebrina parece apresentar vantagens, porque dá prioridade a um aprendizado progressivo, além de fazer uso de maior variedade de gêneros textuais relativos a cada agrupamento.
  • 3. Referências Bibliográficas: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita - Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In: ROJO, R. H. R.; CORDEIRO, G. S. (Orgs./Trads.) Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004[1996] ROJO, R. H. R. Gêneros do discurso/texto como objeto de ensino de línguas: Um retorno aotrivium? In: SIGNORINI, I. (Org.) (Re) Discutir texto, gênero e discurso. São Paulo: Parábola Editorial, 2008 WESTON, A. A construção do argumento. São Paulo: Martins Fontes, 2009.