Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Financiamentos de Curto Prazo: Tipos e Riscos de Uso Inadequado
1. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos
Introdução e Agregado Do Crédito de Curto Prazo
CJA Business Consulting FEV14
http://www.linkedin.com/pub/carlos-jeronimo-augusto/66/279/758
www.facebook.com/pages/CJA-Business-Consulting/308092695989242
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INTRODUÇÃO E AGREGADO DO CRÉDITO DE CURTO PRAZO
Introdução
Uma das principais preocupações que deve ser tida ao negociar um financiamento com
a Banca, passa pelo mesmo ter o tipo e o prazo adequado à necessidade em causa.
Com excepção de alguns períodos em que o acesso ao crédito foi extremamente
limitado, o custo do crédito é maioritariamente apontado como o principal problema
na relação das Empresas com a Banca.
Sem prejuízo de concordarmos que a dificuldade de acesso ao crédito e o custo do
crédito são problemas para as empresas, temos que ao longo dos últimos trinta anos
os períodos de extrema dificuldade no acesso ao crédito foram poucos e curtos e que
entre a adesão ao Euro e a crise de 2007 o crédito não esteve particularmente caro,
para a generalidade dos riscos.
E estas circunstâncias não impediram que inúmeras empresas tivessem graves
problemas derivados da gestão do seu passivo bancário. Muitos desses problemas
derivavam da desadequação de tipo e de prazo dos financiamentos contraídos às
necessidades existentes e esses problemas foram exponencialmente empolados com a
crise que se iniciou em 2007.
É da escola que o reembolso do financiamento deve ser adequado à capacidade
esperada de geração de fundos da aplicação que vai ser feita dos fundos.
Mas muitas vezes são mais valorizados outros factores, que sendo aparentemente
agradáveis para as partes envolvidas, podem vir a ter custos elevadíssimos.
Não foram 10, nem 100, nem 1000, nem 10.000 os investimentos de longo prazo que
durante anos foram financiados pelas chamadas contas correntes caucionadas. Para o
empresário a CCC tinha resposta mais rápida e taxas mais agradáveis e para o bancário
era muito mais fácil fazer aprovar uma CCC, que é um crédito de curto prazo renovável
ou denunciável num curto prazo (como muito duramente se aperceberam inúmeros
empresários) do que propor e fazer aprovar compromissos a três, cinco ou dez anos.
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E assim se viveu, muitas vezes correndo tudo bem, durante anos. O pior é quando as
coisas correm menos bem, ou quando chegam as crises ou quando os mercados ficam
mal dispostos.
Quando isto sucede além das dificuldades inerentes ao negócio ou ao mercado, os
empresários confrontam-se com mais um problema, e grave. A tesouraria das
empresas e a sua actividade ficam reféns da posição dos bancos relativamente ao seu
envolvimento e muitas vezes as necessidades ou leituras dos bancos são exactamente
em contraciclo com as necessidades das empresas.
É possível evitar estas situações?
Não é de todo possível eliminar estes riscos, mas é possível minorá-lo de forma
significativa.
É o que abordaremos nas próximas publicações.
Apoios de Tesouraria I
As Contas Correntes Caucionadas
O apoio de tesouraria é por definição um apoio de curto prazo. Sem dúvida que a
forma mais simples e muitas das vezes a mais económica é a conta corrente
caucionada, daqui em diante CCC.
A CCC deve ser usada de forma activa. Utilizada quando existem necessidades de
tesouraria e regularizada quando se fazem os recebimentos.
Este ciclo pode ser ais curto ou mais longo, mas uma CCC é isto. O que não for isto não
é uma CCC, mas sim outra coisa.
Uma das circunstâncias em que as CCC são indevidamente utilizadas, sucede se a
empresa estiver em crescimento. As suas necessidades de fundo de maneio aumentam
naturalmente e então o que é necessário não é uma CCC, é isso sim o correcto
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financiamento a médio/ longo prazo das novas necessidades permanentes de fundo
de maneio, tema que trataremos à frente. Se a CCC deixou de financiar a tesouraria e
passou a financiar outro tipo de necessidade, então há que financiar devidamente essa
necessidade para continuar a ter apoio de tesouraria.
Outra circunstancia que leva à utilização incorrecta das CCC é a degradação das
margens e dos resultados da empresa. À medida que a margem enfraquece e os
resultados regridem, a empresa diminui os meios libertos para fazer face às suas
responsabilidades. Existindo disponibilidade na CCC, ela será utilizada com esse fim e
não para o fim devido. A empresa fica sem este apoio de tesouraria.
Em qualquer dos casos este tipo de utilização envolve graves riscos, para a empresa e
para os bancos.
Uma empresa em expansão pode hipotecar parte do seu potencial se os bancos não
continuarem a financiar desta forma incorrecta as suas novas necessidades de fundo
de maneio, o mesmo se diminuírem o seu apoio. E muitas vezes quando se tentar
inverter caminho e ir buscar a solução correcta já se deu alguma degradação da
relação ou do nível de contrapartidas dadas pela empresa (sobre utilização da CCC,
deterioração dos saldos médios), tornando muito mais difícil a sua negociação.
Uma empresa com problemas ao nível dos resultados ver esses problemas reflectidos
ao nível da sua liquidez. Mas existindo CCC disponíveis não os sente, pelo menos até
elas se esgotarem ou serem retiradas. Não sentindo problemas de liquidez a
propensão a abordar devidamente o problema de fundo, o problema no negócio, é
menor, adiando a busca de soluções e levando a um deteriorar da situação. A solução
para este problema não passa certamente pela utilização indevida das CCC…
Os dois exemplos acima mostram os riscos envolvidos na utilização das CCC, devendo
existir por partes das empresa e dos bancos o maior respeito pelo tipo de crédito em
causa no sentido de não pôr em causa a capacidade de financiamento da empresa e o
risco assumido pelas instituições de crédito.
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Apoios de Tesouraria II
O Crédito Comercial
Por crédito comercial entende-se o crédito que tem subjacente uma transacção
comercial especifica e a intervenção do cliente. Estamos a falar por exemplo de letras,
cheques pré datados, remessas de documentos exportação ou factoring.
Trata-se do tipo de crédito de tesouraria por excelência. Mas durante anos caiu em
desuso.
Caiu em desuso dado que com o crédito abundante, as empresas financiavam a sua
tesouraria da forma mais simples e mais barata, as CCC.
Outro factor fundamental para essa menor utilização foi o seu custo. Na busca de
comissões os bancos sobrecarregaram de forma desapropriada este tipo de crédito. O
facto de serem operações de curto prazo, fazia muitas vezes com que as comissões flat
aplicadas, levassem a que os custos com as mesmas fossem maiores que os juros
cobrados, levando a taxas efectivas inibidoras da sua utilização.
Por ultimo, as empresas fugiam ao “trabalho administrativo” inerente as este tipo de
crédito. O trabalho administrativo que é no fundo controlar prazos de pagamento de
uma forma muito mais fiável, rigorosa e efectiva que em conta corrente…
Mas o crédito comercial deve ser o crédito de tesouraria por excelência. Razões não
faltam, ficam algumas:
- A sua ligação às transacções que dão origem à necessidade
- O estreito acompanhamento a que obriga das contas de clientes
- A ajuda que pode advir da análise pelos bancos da qualidade de crédito dos cientes
envolvidos
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- O maior comprometimento do cliente com a data de pagamento, comparativamente
com a simples conta correte
- E muito importante, o facto de a empresa se estar a financiar “gastando” muito
pouco da sua capacidade de endividamento, dado que existindo outros intervenientes
e sendo por norma operações de curto prazo, os bancos não as consideram, ou
consideram com um rácio baixo, na sua exposição.
- Para os bancos são operações rentáveis e de mais baixo risco, dada a já referida
intervenção de terceiros.
Tendo tantas vantagens as razões para a sua menor utilização são as já abordadas.
Os bancos já começaram a olhar mais para este tipo de crédito.
Compete agora às empresas voltar a considerar como fonte de financiamento a
antecipação de recebimentos de clientes. É disso que se trata, diminuição financeira
do Prazo Médio de Recebimento, que é na esmagadora maioria das empresas, o
grande responsável pelo aumento das necessidades de fundo de maneio.
Como?
- Negociando com os seus clientes condições de pagamento que incluam a titulação do
crédito por meios que permitam a sua antecipação (cheques pré datados, letras ou
aceitação do pagamento de facturas em factoring, entre outros)
- Negociando com os bancos linhas para este tipo de produtos. Os bancos estão muito
receptivos a estes negócios
- Estabelecendo sistemas de controle integrados entre a gestão das contas de clientes
e a componente financeira dessas contas, de molde a optimizar trabalho
administrativo.
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Conseguir-se-ão
- Melhores vendas, dado que se consegue transformar o seu produto em liquidez
- Melhor risco de crédito da carteira de clientes, face ao maior acompanhamento
- Melhor capacidade de endividamento, dado que a exposição em crédito financeiro
directo que os bancos estão dispostos a ter na empresa não está a ser consumida pelo
financiamento da tesouraria
Só vantagens?
Praticamente, mas um risco importante que não deve nunca ser descurado. Se bem
que o dinheiro já tenha sido recebido o cliente ainda não pagou. O risco de crédito
nesse cliente mantém-se e deve ser considerado os plafons estipulados pela empresa
para cada cliente.
Apoios de Tesouraria III
O Crédito por Assinatura
O Crédito por Assinatura compreende em traços gerais as garantias bancárias e os
créditos documentários.
Se bem que utilizados por bastantes empresas, poucas vezes o são na óptica do apoio
de tesouraria.
Estamos perante um tipo de crédito que neste momento os bancos estão também
bastantes interessados, dado que não consome liquidez.
E como utilizar o crédito por assinatura como apoio de tesouraria?
Uma utilização bastante eficaz é a utilização de garantias bancárias de bom pagamento
a favor de um fornecedor. Em termos práticos, solicita-se a um fornecedor um
alargamento do prazo de pagamento, oferecendo como contrapartida o facto de o
acréscimo de saldo em conta corrente passar a ficar garantido por uma instituição
bancária.
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Esta utilização é particularmente atraente quando em negociação com um novo
fornecedor. A empresa apresentar-se a um fornecedor com uma garantia bancária
para cobrir parte ou a totalidade do seu saldo de conta corrente, inspira um nível de
confiança que dá à empresa compradora uma posição negocial da qual pode tirar
importantes vantagens, quer ao nível de condições de pagamento, como de preço.
E estamos perante um apoio de tesouraria. Ao permitir o alongamento do prazo de
pagamento, contribui para a diminuição das necessidades de fundo de maneio.
Outro instrumento que permite de forma muito eficaz suprir necessidades de
tesouraria pontuais ou mesmo com um caracter mais regular são os créditos
documentários.
Uma negociação correcta de uma encomenda com as condições de pagamento a
estabelecerem-se por crédito documentário, permite não só baixar de forma
muitíssimo significativa baixar o risco de crédito do negócio ( principal razão da sua
utilização mais comum ), mas também financiar as necessidades financeiras que
possam derivar dessa encomenda ou mesmo financiar a tesouraria.
Assim um crédito documentário desde que devidamente negociado com o cliente
pode por exemplo ser endossável a um fornecedor, obviando portanto a uma eventual
necessidade de tesouraria que possa advir do ciclo de produção ou das transacções
comerciais inerentes a essa encomenda.
Pode também ser descontado pelo banco, antecipando o pagamento a ser feito pelo
banco do cliente. E aqui, ao contrário das letras ou do factoring com recurso, este
adiantamento normalmente não tem inerente a manutenção do risco de crédito, dado
que em determinadas circunstancias o banco do cliente já terá garantido o pagamento
na data prevista.
Trata-se portanto de um instrumento que permite negociar condições de pagamento
que podem ser a chave para a concretização de um negócio, ao mesmo tempo que
dota a empresa de um instrumento que lhe pode permitir a obtenção de liquidez para
esse, ou mesmo outros negócios, sem sobrecarregar a tesouraria normal da empresa.
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Em sentido contrário, ou seja como compradora, a empresa também pode fazer uma
utilização deste instrumento, com efeitos sobre a tesouraria similares ao conseguido
coma garantia bancária de bom pagamento.
Outra utilização como cliente deriva da globalização. Cada vez fazem-se mais negócios
com fornecedores mais distantes e com menos conhecimento pessoal. Zonas há do
globo onde as empresas fornecedoras conseguem preços extremamente baixos, mas
face ao desconhecimento das nossas empresas pedem muitas vezes pagamentos
antecipados. Além do risco de crédito inerente a um pagamento antecipado, temos
ainda o esforço que é pedido à tesouraria, muitas vezes por períodos longos (ciclos de
produção e transportes de regiões longínquas).
A correcta utilização de créditos documentários de importação pode permitir a uma
empresa alargar o seu leque de opções em termos de fornecimento, conseguindo
eventualmente vantagens concorrenciais importantes, sem “hipotecar” a sua
tesouraria corrente.
Na utilização deste produto há que ter particular atenção, na negociação com a banca
ou com o fornecedor ou cliente, às despesas associadas. Existe uma comissão base,
mas depois em trade finance existem uma série de despesas inerentes sobretudo à
comunicação entre bancos que podem ultrapassar o valor da comissão base, donde a
importância da atenção à negociação das mesmas.
Ficaram alguns exemplos da possibilidade de utilização do crédito por assinatura. As
possibilidades de utilização são quase infinitas, podendo um correcto domínio destes
instrumentos ser essencial à concretização de muitos negócios.
Apoios de Tesouraria IV
A livrança
Há 40 anos se uma empresa necessitasse de um apoio de tesouraria, pedia uma
livrança.
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Com o desenvolvimento da economia e da actividade bancária surgiram múltiplas
formas de as empresas se financiarem no curto prazo, passando a livrança a ter um
peso residual.
Contudo nos últimos anos com a falta de liquidez e com uma maior sensibilidade ao
risco por parte dos bancos, a livrança voltou a ser um instrumento em uso.
É bom para as empresas?
Pode ser.
Se for a única forma pela qual o banco esteja disponível para emprestar, então a
livrança é boa…
Mas também pela positiva pode ter vantagens para a empresa.
Um cliente que pede o adiamento por dois meses do pagamento de uma factura
relevante, pode e deve ser financiado por uma livrança que cubra esse gap na
tesouraria, com vencimento para o novo “vencimento” da factura.
Uma compra importante de matéria prima de molde por exemplo a garantir um bom
desconto de pronto pagamento, pode e deve ser financiado por livranças, com
vencimentos para as datas posteriores em que essa matéria prima será utilizada. Evita
um esforço suplementar à tesouraria e tem o seu reembolso adequado a libertação de
fundos existente.
Para qualquer destes exemplos um prazo demasiado curto ou demasiado longo será
pernicioso. Um prazo demasiado curto levará à tesouraria o peso que se lhe queria
retirar. Um prazo demasiado longo dará à tesouraria uma sensação de liquidez que
não é real.
A utilização de livranças tem um custo fiscal de algum relevo mas uma série de
vantagens.
Por um lado permite a correcta afectação de fundos a determinada necessidade, em
contraponto à utilização por exemplo de CCC. Esta afectação directa obriga a empresa
a uma disciplina financeira de que os bancos gostam, mas que é também fundamental
para as empresas.
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Também permite ultrapassar necessidades pontuais, sem recurso à tesouraria normal,
facilitando o funcionamento da mesma, sem deterioração de prazos de pagamento ou
das posições bancárias normais, situações que ocorrerem poderão penalizar a empresa
em futuras necessidades ou negociações.
Uma vantagem importante das livranças correctamente utilizadas é, principalmente
para as empresas de menor dimensão, a criação de um histórico bancário de
cumprimento, um dos principais critérios em que os bancos assentam a sua decisão de
concessão ou manutenção de apoio os seus clientes.
Temos portanto que a utilização de livranças deve ser feita sem constrangimentos,
existindo mesmo situações em que ela se mostra o instrumento mais adequado, quer
para a gestão da tesouraria da empresa, quer para facilitar a análise do banco
relativamente a uma necessidade específica, facilitando a aprovação das operações no
tempo e condições mais favoráveis.
Conclusão Apoios de Tesouraria
Permitimo-nos a algumas notas a título de resumo:
- existem diversos produtos bancários através dos quais se pode financiar a tesouraria
- para cada situação relevante deve ser utilizado o tipo de financiamento adequado
- as empresas devem ter cuidado para que a sua capacidade de financiamento da
tesouraria não seja utilizada para outros fins
- neste tipo de financiamento há que ter extrema atenção às comissões flat
- os instrumentos de apoio à tesouraria podem além do seu papel primordial, servir de
potenciador de negócios específicos
- uma gestão adequada da tesouraria permite maior liberdade à empresa e ao
empresário, diminui os custos financeiros, baixa o risco empresa e permite aos seus
parceiros uma percepção de melhor risco da empresa