Este documento discute os tipos e prazos de financiamentos bancários. Afirma que é importante que o reembolso do financiamento seja adequado à capacidade de geração de fundos do projeto financiado. Contudo, frequentemente outros fatores são valorizados, como taxas e aprovações mais rápidas, que podem ter custos elevados a longo prazo. Muitos investimentos de longo prazo foram financiados por contas correntes caucionadas, um crédito de curto prazo, o que expôs as empresas a riscos quando ocorr
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O tipo e o horizonte temporal dos financiamentos I
1. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos
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O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos PARTE I
Parte I Introdução
Introdução
Uma das principais preocupações que deve ser tida ao negociar um financiamento com
a Banca, passa pelo mesmo ter o tipo e o prazo adequado à necessidade em causa.
Com excepção de alguns períodos em que o acesso ao crédito foi extremamente
limitado, o custo do crédito é maioritariamente apontado como o principal problema
na relação das Empresas com a Banca.
Sem prejuízo de concordarmos que a dificuldade de acesso ao crédito e o custo do
crédito são problemas para as empresas, temos que ao longo dos últimos trinta anos
os períodos de extrema dificuldade no acesso ao crédito foram poucos e curtos e que
entre a adesão ao Euro e a crise de 2007 o crédito não esteve particularmente caro,
para a generalidade dos riscos.
E estas circunstâncias não impediram que inúmeras empresas tivessem graves
problemas derivados da gestão do seu passivo bancário. Muitos desses problemas
derivavam da desadequação de tipo e de prazo dos financiamentos contraídos às
necessidades existentes e esses problemas foram exponencialmente empolados com a
crise que se iniciou em 2007.
É da escola que o reembolso do financiamento deve ser adequado à capacidade
esperada de geração de fundos da aplicação que vai ser feita dos fundos.
Mas muitas vezes são mais valorizados outros factores, que sendo aparentemente
agradáveis para as partes envolvidas, podem vir a ter custos elevadíssimos.
Não foram 10, nem 100, nem 1000, nem 10.000 os investimentos de longo prazo que
durante anos foram financiados pelas chamadas contas correntes caucionadas.
2. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos
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Para o empresário a CCC tinha resposta mais rápida e taxas mais agradáveis e para o
bancário era muito mais fácil fazer aprovar uma CCC, que é um crédito de curto prazo
renovável ou denunciável num curto prazo (como muito duramente se aperceberam
inúmeros empresários) do que propor e fazer aprovar compromissos a três, cinco ou
dez anos.
E assim se viveu, muitas vezes correndo tudo bem, durante anos. O pior é quando as
coisas correm menos bem, ou quando chegam as crises ou quando os mercados ficam
mal dispostos.
Quando isto sucede além das dificuldades inerentes ao negócio ou ao mercado, os
empresários confrontam-se com mais um problema, e grave. A tesouraria das
empresas e a sua actividade ficam reféns da posição dos bancos relativamente ao seu
envolvimento e muitas vezes as necessidades ou leituras dos bancos são exactamente
em contraciclo com as necessidades das empresas.
É possível evitar estas situações?
Não é de todo possível eliminar estes riscos, mas é possível minorá-lo de forma
significativa.
É o que abordaremos nas próximas publicações.