O documento discute a importância das brincadeiras musicais no desenvolvimento cognitivo de crianças, explicando como elas ajudam no entendimento dos processos de som e música através da expressão corporal e do jogo. Teorias de Piaget e Vygotsky sobre o papel do brincar no aprendizado também são apresentadas.
1. BRINCADEIRAS MUSICAIS E SUA IMPORTÂNCIA
ELIETE SANTOS FONSECA
JANDIRA PICCININI DALPRAI
PÁBOLA DALPRAI
SANDRA APARERCIDA LORENZON
RESUMO
A música surge como uma das principais e mais importantes formas de expressão humana,
podendo assim justificar a importância da inclusão no contexto educacional, principalmente nas
séries iniciais. A proposta para esse trabalho é o desenvolvimento cognitivo, através de jogos e
brincadeiras musicais que auxilia as crianças num maior entendimento sobre o processo de som e
música, através do envolvimento com a expressão corporal e do lúdico.
Palavras-chave: Música, Som, Brincadeiras.
ADSTRAC
The music emerges as one of the main and most important forms of human expression, thus being
able to justify the importance of including in the educational context, especially in the early grades.
The proposal for this work is the cognitive development through games and musical games that
help children to a greater understanding of sound and music process through engagement with body
language and playful.
Keywords: Music, Sound, Play.
INTRODUÇÃO
As brincadeiras de imaginação, são utilizadas pela criança como recurso importantíssimo para
assimilar questões da realidade que ela ainda não compreende, porém, ela vive essas situações no
seu imaginário e decodifica simbolicamente criando assim um significado, como um dicionário para
a sua vida.
O desenvolvimento cognitivo é o ato ou processo da aquisição do conhecimento que se dá através
da percepção, da atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e
linguagem. Tendo como objetivo principal proporcionar o envolvimento com as atividades rítmicas,
introduzir atividades com música e movimento de forma lúdica e estimular a imaginação e a
criatividade.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
A brincadeira no universo infantil sempre foi muito mais do que passatempo, ela permeia a
compreensão da criança sobre a realidade que a envolve além de contribuir para o seu
desenvolvimento intelectual (Piaget, 1976).
Segundo Gioca (2001) o lúdico é defendido como facilitador da aprendizagem infantil uma vez que
representaria a forma natural de se aprender sobre a vida cotidiana.
De acordo com Brougére, 1998:
Brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma
significação social precisa que, como outras, necessitam de aprendizagem.
Ainda de acordo com Brougére (1998) chama de cultura lúdica: “conjunto de regras e significações
próprias do jogo que o jogador adquire e domina no contexto de seu jogo”.
Para Piaget e Vygotsky, os jogos são atividades lúdicas que a criança desenvolve, sendo que, em
cada fase do amadurecimento da criança, o jogo tem suas características próprias e sua importância.
De acordo com os estudos de Piaget (1970), em especial sobre a gênese do conhecimento, o jogo é
tido como um processo de assimilação: “se o ato de inteligência culmina num equilíbrio entre a
assimilação e a acomodação [...] pode-se dizer que o jogo é essencialmente assimilação, ou
assimilação predominando sobre a acomodação”.
Para Vygotsky (1998):
Os jogos e as brincadeiras são de extrema importância, pois “o objeto que [a criança] usa
nas suas brincadeiras serve como uma representação da realidade ausente e ajuda a criança
a separar objeto e significado. Constitui um passo importante no percurso que a levará a ser
capaz de, como no pensamento adulto, desvincular-se totalmente das situações concretas”.
Ainda de acordo com Vygotsky (1998) os jogos e as brincadeiras têm um importante papel, criando
uma zona de desenvolvimento proximal na criança e proporcionando influência no seu
desenvolvimento. A criança usa objetos concretos atribuindo-lhe outro papel. A situação é, então,
definida pelo significado da brincadeira e não pelos elementos reais que aparecem. A criança se
relaciona com o significado em questão e não com os objetos concretos que tem nas mãos. Assim,
3. “no brinquedo, a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real e
também aprende a separar objeto de significado”.
De acordo com Lara (et al 2005), brincadeiras cantadas são formas de descobrir o corpo e a sua
relação com a musicalidade além de trabalhar de forma lúdica e livre a expressão vocal em frases
ritmadas.
Podemos então perceber que no tange o contexto da educação musical, a criança participa
ativamente da construção do conhecimento através do entendimento da linguagem musical, da
ludicidade, e do discurso que a música como atividade expressiva humana tem.
Assim selecionamos algumas brincadeiras musicais que vão ser realizadas em sala de aula, para
uma maior integração e participação dos alunos.
CONCLUSÃO
Pode-se dizer então, que a musicalidade apresenta-se de forma importantíssima para as crianças. E é
por meio destas que estes indivíduos passam ao entendimento mais concreto da ludicidade em si. As
brincadeiras musicais têm contribuído para que os pequeninos tenham condições e situações ricas
em significados, para que eles assimilem e apropriem-se do conhecimento. Também é por meio da
musicalidade que as crianças podem se expressar e ao mesmo tempo incluir o real e o imaginário.
5. REFERÊNCIAS:
BROUGÈRE, Gilles. “A criança e a cultura lúdica” in KISHIMOTO, T. M. (org.) “O brincar e
suas teorias”. São Paulo: Editora Pioneira, 1998.
GIOCA, Mara Inez. O lúdico na educação infantil. UNAMA Universidade da Amazônia.
Disponível em <http://www.nead.unama.br/bibliotecavirtual/monografias/O jogo e a
aprendizagem>. Acesso em: 20 de mai. 2015.
LARA, Larissa Michelle; PIMENTEL, Giuliano Gomes de Assis; DELFINI, Deiva RIBEIRO,
Mara. Brincadeiras cantadas: educação e ludicidade na cultura do corpo. Disponível em
http://www.efdeportes.com/efd81/brincad.htm >. Acesso em: 20 de mai. 2015.
4. PIAGET, Jean. Psicologia e pedagogia. Trad. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa Maria Ribeiro da
Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
_____________. A construção do real na criança. Trad.: Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar,
1970. p. 115
OLIVEIRA, Martha Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio
histórico. São Paulo: Scipione, 1998.
Figura: < www.maezissima.com.br/especial/7l> Acesso em: 20 mai.2015