SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
O Brincar na Educação Infantil: Jogos,
Brinquedos e Brincadeiras - Um Olhar
Psicopedagogico
Fabiane Das Neves Fantacholi*
Resumo
O presente artigo visa analisar a importância do brincar no desenvolvimento e
aprendizagem na educação infantil, sob a visão psicopedagógica. Tem como
objetivo conhecer o significado do brincar, conceituar os principais termos utilizados
para designar o ato de brincar, tornando também fundamental compreender o
universo lúdico, onde a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita
a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos,
desenvolvendo-se integralmente, e ainda, os benefícios que o brincar proporc iona
no ensino-aprendizagem infantil. Ainda este estudo traz algumas considerações
sobre os jogos, brincadeiras e brinquedos e como influenciam na socialização das
crianças. Portanto, para realizar este trabalho, utilizamos a pesquisa bibliográfica,
fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites, bem como
pesquisa de grandes autores referente a este tema. Desta forma, este estudo
proporcionará uma leitura mais consciente acerca da importância do brincar na vida
do ser humano, e, em especial na vida da criança.
Palavras-chave
Brincar. Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil. Educação. Psicopedagogia.
Abstract
The present article has the objective to analyze the importance of playing during
the development and learning in the pre-school, by the psycho pedagogy view. It
has the purpose to know the meaning of playing, conceptualize the main terms to
nominate the act of playing, being important to understand the playful universe,
where the children talk to themselves and with the world, accept the existence of
the others, establish social relationships, construe knowledge, in a fully
development, and, the benefits that the playing gives to the teaching-learning for
children. This study still brings some considerations about the games, plays and
toys and how they influence the children society. So, to do this work, we used the
bibliographical research, based in the books reading reflection, articles, magazines
and sites, as researches of great authors relative to this theme. So, this study will
give a reading more conscious about the importance of playing in the human life,
and, special in the child life.
Key-Words
Play. Child learning and development. Education. Psycho pedagogy.
1 Introdução
Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a
criança pode reproduzir o seu cotidiano, num mundo de fantasia e imaginação. O
ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a
construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta
forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem.
Para definir a brincadeira infantil, ressaltamos a importância do brincar para o
desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural,
afetivo, emocional e cognitivo. Para tanto, se faz necessário conscientizar os pais,
educadores e sociedade em geral sobre à ludicidade que deve estar sendo
vivenciada na infância, ou seja, de que o brincar faz parte de uma aprendizagem
prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprendizagem, e ainda a
importância desta ludicidade nas intervenções e prevenções de problemas de
aprendizagem na visão da psicopedagogia. Neste contexto, o brincar na educação
infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo,
contribuindo na integração do indivíduo na sociedade. Deste modo, à criança estará
resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo,
desenvolvendo a capacidade de compreender pontos de vista diferentes, de fazer-
se entender e de demonstrar sua opinião em relação aos outros, e ainda e nesse
ato que podemos diagnosticar e prevenir futuros problemas de aprendizagem
infantil. É importante perceber e incentivar a capacidade criadora das crianças, pois
esta se constitui numa das formas de relacionamento e recriação do mundo, na
perspectiva da lógica infantil.
Neste sentido, o objetivo central deste estudo é analisar a importância do brincar
na Educação Infantil, numa visão psicopedagógica, pois segundo os autores
pesquisados, este é um período fundamental para a criança no que diz respeito ao
seu desenvolvimento e aprendizagem de forma significativa.
2 DEFINIÇÕES SOBRE O ATO DE BRINCAR
Ao longo da história da humanidade, foram inúmeros os autores que se
interessaram, direta ou indiretamente, pela questão do brincar, do jogo, do
brinquedo e da brincadeira.
Brincar, segundo o dicionário Ferreira (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-
se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja,
brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser.
Do ponto de vista de Oliveira (2000) o brincar não significa apenas recrear, mas
sim desenvolver-se integralmente. Caracterizando-se como uma das formas mais
complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou
seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem
durante toda sua vida. Todavia, através do brincar a criança pode desenvolver
capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação,
ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como
afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
O jogo pelo ponto de vista educacional, segundo Antunes (2003) significa
divertimento, brincadeira, passatempo, pois em nossa cultura o termo jogo é
confundido com competição. Ainda o autor relata que os jogos infantis pode até
incluir uma ou outra competição, mas visando sempre a estimular o crescimento e
aprendizagem com relação interpessoal, entre duas ou mais pessoas realizada
através de determinadas regras, ainda que jogo seja uma brincadeira que envolve
regras.
Para Kishimoto (2002) o brinquedo é diferente do jogo. Brinquedo é uma ligação
intima com a criança, na ausência de um sistema de regras que organizam sua
utilização. Ainda segundo o dicionário Ferreira (2003) brinquedo é “objeto
destinado a divertir uma criança, suporte da brincadeira”, sendo assim ele estimula
a representação e a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade.
Vygotsky (1998) relata sobre o papel do brinquedo, sendo um suporte da
brincadeira e ainda o brinquedo tendo uma grande influência no desenvolvimento
da criança, pois o brinquedo promove uma situação de transição entre a ação da
criança com objeto concreto e suas ações com significados, assim veremos ao
longo do artigo.
Ainda segundo Kishimoto (2002, p. 21) relata que “O vocábulo brinquedo não pode
ser reduzido a pluralidade de sentidos do jogo, pois conota criança e tem dimensão
material, cultural e técnica.” O objeto brinquedo é um suporte da brincadeira, é a
ação que a criança desempenha ao brincar. Assim podemos concluir que brinquedo
e brincadeira esta relacionada diretamente com a criança/sujeito e não se
confundem com o jogo em si.
2.1 O PAPEL DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO
INFANTIL
Vygotsky (1998) acentua o papel ao ato de brincar na constituição do pensamento
infantil, pois é brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo,
visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação
cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Ainda podemos
dizer que o ato de brincar acontece em determinados momentos do cotidiano
infantil, neste contexto, Oliveira (2000) aponta o ato de brincar, como sendo um
processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de
forma efetiva, criando vínculos mais duradouros. Assim, as crianças desenvolvem
sua capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, de como chegar a um
consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em
si.
O brincar se torna importante no desenvolvimento da criança de maneira que as
brincadeiras e jogos que vão surgindo gradativamente na vida da criança desde os
mais funcionais até os de regras. Estes são elementos elaborados que
proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua
identidade. Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes
inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso
que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E o jogo é um
excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992 p.
28) afirma que: “[...] o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um
aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da
criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador
em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo”.
As ações com o jogo devem ser criadas e recriadas, para que sejam sempre uma
nova descoberta e sempre se transformem em um novo jogo, em uma nova forma
de jogar. Quando a criança brinca, sem saber fornece várias informações ao seu
respeito, no entanto, o brincar pode ser útil para estimular seu desenvolvimento
integral, tanto no ambiente familiar, quanto no ambiente escolar.
É brincando que a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu
relacionamento social e a respeitar a si mesmo e ao outro. Por meio do universo
lúdico que a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e
discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando
sua alegria de brincar. Em contrapartida, em um ambiente sério e sem motivações,
os educandos acabam evitando expressar seus pensamentos e sentimentos e
realizar qualquer outra atitude com medo de serem constrangidos. Zanluchi (2005,
p. 91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica
de seu dia-a-dia”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão
mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do
contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua
vida.
Vygotsky (1998) toma como ponto de partida a existência de uma relação entre um
determinado nível de desenvolvimento e a capacidade potencial de aprendizagem.
Defende a ideia de que, para verificar o nível de desenvolvimento da criança, temos
que determinar pelo menos, dois níveis de desenvolvimento. O primeiro deles seria
o nível de desenvolvimento efetivo, que se faz através dos testes que estabelecem
a idade mental, isto é, aqueles que a criança é capaz de realizar por si mesma, já o
segundo deles se constituiria na área de desenvolvimento potencial, que se refere a
tudo aquilo que a criança é capaz de fazer com a ajuda dos demais, seja por
imitação, demonstração, entre outros. Assim, significa que a criança pode fazer
hoje com a ajuda dos adultos ou dos iguais certamente fará amanhã sozinha.
Para Vygotsky, citado por Baquero (1998), a brincadeira, o jogo são atividades
específicas da infância, na quais a criança recria a realidade usando sistemas
simbólicos, sendo uma atividade com contexto cultural e social. O autor relata
sobre a zona de desenvolvimento proximal que é a distância entre o nível atual de
desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver, independentemente,
um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da
resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro
mais capaz.
Na visão de Vygotsky (1998) o jogo simbólico é como uma atividade típica da
infância e essencial ao desenvolvimento infantil, ocorrendo a partir da aquisição da
representação simbólica, impulsionada pela imitação. Desta maneira, o jogo pode
ser considerado uma atividade muito importante, pois através dele a criança cria
uma zona de desenvolvimento proximal, com funções que ainda não
amadureceram, mas que se encontra em processo de maturação, ou seja, o que a
criança irá alcançar em um futuro próximo. Aprendizado e desenvolvimento estão
inter-relacionados desde o primeiro dia de vida, é fácil concluir que o aprendizado
da criança começa muito antes de ela freqüentar a escola. Todas as situações de
aprendizado que são interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história
prévia, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode tirar
experiências.
Vygotsky (1998), ao discutir o papel do brinquedo, refere-se especificamente à
brincadeira de faz-de-conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar
com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos
de brinquedo, mas a brincadeira faz-de-conta é privilegiada em sua discussão sobre
o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a criança sempre se
comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém todas as tendências
do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de
desenvolvimento.
A criança se torna menos dependente da sua percepção e da situação que a afeta
de imediato, passando a dirigir seu comportamento também por meio do
significado dessa situação, Vygotsky (1998, p. 127) relata que “No brinquedo, no
entanto, os objetos perdem sua força determinadora. A criança vê um objeto, mas
age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma
condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê.” No
brincar, a criança consegue separar pensamento, ou seja, significado de uma
palavra de objetos, e a ação surge das idéias, não das coisas.
Segundo Craidy e Kaercher (2001), Vygotsky relata novamente que quando uma
criança coloca várias cadeiras uma através da outra e diz que é um trem, percebe-
se que ela já é capaz de simbolizar, esta capacidade representa um passo
importante para o desenvolvimento do pensamento da criança. Brincando, a criança
exercita suas potencialidades e se desenvolve, pois há todo um desafio, contido nas
situações lúdicas, que provoca o pensamento e leva as crianças a alcançarem níveis
de desenvolvimento que só às ações por motivações essenciais conseguem. Elas
passam a agir e esforça-se sem sentir cansaço, não ficam estressadas porque estão
livres de cobranças, avançam, ousam, descobrem, realizam com alegria, sentindo-
se mais capazes e, portanto, mais c onfiantes em si mesmas e dispostas a aprender.
Assim, seguindo este estudo os processos de desenvolvimento infantil apontam que
o brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e
aprendizagem. De acordo com Vygotsky (1998), um dos principais representantes
dessa visão, o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação,
fantasia e realidade interagem na produção de novas formas de construir relações
sociais com outros sujeitos, crianças e/ou adultos. Tal concepção se afast a da visão
predominante da brincadeira como atividade restrita à assimilação de códigos e
papéis sociais e culturais, cuja função principal seria facilitar o processo de
socialização da criança e a sua integração à sociedade.
Vygotsky deixa claro que o tema brincar na educação infantil tem sua origem
naquilo que à criança vive no seu dia a dia, nas relações com seus pares e
principalmente, nas relações com adultos. É uma situação imaginária, um faz de
conta criada pela criança, mas que só pode ser criada por ela graças ao material
abstraído nas interações.
2.2 EDUCAÇÃO E LUDICIDADE
Na educação de modo geral, e principalmente na Educação Infantil o brincar é um
potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite, através do lúdico,
vivenciar a aprendizagem como processo social. A proposta do lúdico é promover
uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento
através das características do conhecimento do mundo. O lúdico promove o
rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido.
Entretanto, compreender a relevância do brincar possibilita aos professores intervir
de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o lúdico
proporciona. Portanto, o brincar utilizado como recurso pedagógico não deve ser
dissociado da atividade lúdica que o compõe, sob o risco de descaracterizar-se,
afinal, a vida escolar regida por normas e tempos determinados, por si só já
favorece este mesmo processo, fazendo do brincar na escola um brinc ar diferente
das outras ocasiões. A incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática
pedagógica podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para
inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos
tanto para crianças como para os jovens.
Para Vygotsky (1998), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras,
histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e
resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo
adulto. O lúdico pode ser utilizado como uma estratégia de ensino e aprendizagem,
assim o ato de brincar na escola sob a perspectiva de Santos (2002) está
relacionada ao professor que deve apropriar-se de subsídios teóricos que consigam
convencê-lo e sensibilizá-lo sobre a importância dessa atividade para aprendizagem
e para o desenvolvimento da criança.
Com isso, é possível entender que o brincar auxilia a criança no processo de
aprendizagem. Ele vai proporcionar situações imaginárias em que ocorrerá no
desenvolvimento cognitivo, facilitando a interação com pessoas as quais
contribuirão para um acréscimo de conhecimento.
A essas ideias associamos nossas convicções sobre o brincar como prática
pedagógica, sendo um recurso que pode contribuir não só para o desenvolvimento
infantil, como também para o cultural. Brincar não é apenas ter um momento
reservado para deixar a criança à vontade em um espaço com ou sem brinquedos e
sim um momento que podemos ensinar e aprender muito com elas. A atividade
lúdica permite que a criança se prepare para a vida, entre o mundo físico e social.
Observamos, deste modo que a vida da criança gira em torno do brincar, é por essa
razão que pedagogos têm utilizado a brincadeira na educação, por ser uma peça
importante na formação da personalidade, tornando-se uma forma de construção
de conhecimento.
Importante para o desenvolvimento, físico, intelectual e social, o jogo vem
ampliando sua importância deixando de ser um simples divertimento e tornando-se
ponte entre a infância e a vida adulta. Vygotsky (1998) afirma que o jogo infantil
transforma a criança, graças à imaginação, os objetivos produzidos socialmente.
Assim, seu uso é favorecido pelo contexto lúdico, oferecendo à criança a
oportunidade de utilizar a criatividade, o domínio de si, à firmação da
personalidade, e o imprevisível.
De acordo com Kishimoto (2002) o jogo é considerado uma atividade lúdica que
tem valor educacional, a utilização do mesmo no ambiente escolar traz muitas
vantagens para o processo de ensino aprendizagem, o jogo é um impulso natural
da criança funcionando, como um grande motivador, é através do jogo obtém
prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para atingir o objetivo, o jogo
mobiliza esquemas mentais, e estimula o pensamento, a ordenação de tempo e
espaço, integra várias dimensões da personalidade, afetiva, social, motora e
cognitiva.
O desenvolvimento da criança e seu consequente aprendizado ocorrem quando
participa ativamente, seja discutindo as regras do jogo, seja propondo soluções
para resolvê-los. É de extrema importância que o professor também participe e que
proponha desafios em busca de uma solução e de participação coletiva, o papel do
educador neste caso será de incentivador da atividade. A intervenção do professor
é necessária e conveniente no processo de ensino-aprendizagem, além da interação
social, ser indispensável para o desenvolvimento do conhecimento.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL,
1998, p. 23):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas
de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de
relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e
confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e
cultural.
Por isso o educador é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um
elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou mostrar
apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da
sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher
caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com
as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Nessa perspectiva, segundo
o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30):
O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e
propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades
afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos
conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.
Educar é acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a
construção do conhecimento. Segundo este processo educativo, a afetividade
ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a
compreender e modificar o raciocínio do aluno. E muitos educadores têm a
concepção que se aprende através da repetição, não tendo criatividade e nem
vontade de tornar a aula mais alegre e interessante, fazendo com que os alunos
mantenham distantes, perdendo com isso a afetividade e o carinho que são
necessários para a educação.
Santos (2002) acrescenta que educar não se limita a repassar informações ou até
mesmo mostrar um caminho que o educador considera o mais certo, mas sim em
ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade.
Ainda, é oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos
caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com
as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar.
A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a
aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a
ludicidade em parceria com professor-aluno, ajuda a enriquecer o processo de
ensino-aprendizagem. E quando o educador dá ênfase às metodologias que
alicerçam as atividades lúdicas, percebe-se um maior encantamento do aluno, pois
se aprende brincando.
Santos (2002) refere-se ao significado da palavra ludicidade que vem do latim
ludus e significa brincar. Onde neste brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e
brincadeiras, tendo como função educativa do jogo o aperfeiçoamento da
aprendizagem do indivíduo.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998) a
partir da importância da ludicidade que o professor deverá contemplar jogos,
brinquedos e brincadeiras, como princípio norteador das atividades didático-
pedagógicas, possibilitando à criança uma aprendizagem prazerosa. Assim, a
ludicidade tem conquistado um espaço na educação infantil.
O brinquedo é a essência da infância e permite um trabalho pedagógico que
possibilita a produção de conhecimento da criança. Ela estabelece com o brinquedo
uma relação natural e consegue extravasar suas angústias e entusiasmos, suas
alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades.
Ao assumir a função lúdica e educativa, a brincadeira propicia diversão, prazer,
potencializa a exploração, a criação, a imaginação e a construção do conhecimento.
Brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade, principalmente para as
crianças da Educação Infantil. Dessa forma, a brincadeira já não deve ser mais
atividade utilizada pelo professor apenas para recrear as crianças, mas como
atividade em si mesma, que faça parte do plano de aula da escola. Portanto, cabe
ao educador criar um ambiente que reúna os elementos de motivação para as
crianças. Criar atividades que proporcionam conceitos que preparam para a leitura,
para os números, conceitos de lógica que envolve classificação, ordenação, dentre
outros. Motivar os alunos a trabalhar em equipe na resoluç ão de problemas,
aprendendo assim expressar seus próprios pontos de vista em relação ao outro.
O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então,
tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, num
dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido,
e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente
adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo
de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas
possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento potencial.
Enfim, estar ao lado do aluno, acompanhando seu desenvolvimento, para levantar
problemas que o leve a formular hipóteses. Brinquedos adequados para idade, com
objetivo de proporcionar o desenvolvimento infantil e a aquisição de conhecimentos
em todos os aspectos.
A partir da leitura desses autores podemos verificar que a ludicidade, as
brincadeiras, os brinquedos e os jogos são meios que a criança utiliza para se
relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade
e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, nos aspectos físico, social,
cultural, afetivo, emocional e cognitivo, e assim, temos os fundamentos teóricos
para deduzirmos a importância que deve ser dada à experiência da educação
infantil.
3 A PSICOPEDAGOGIA E O ATO DE BRINCAR
A Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo
de aprendizagem. Conforme Bossa (2007) este termo refere-se à aplicação da
psicologia à pedagogia, interligando-se a vários outros interdisciplinares que
compõem seu referencial teórico para prevenção e correção do seu objeto de
estudo a aprendizagem humana em seus estados normais e patológicos, bem como
a influência do meio como: família, escola, sociedade no seu desenvolvimento.
A Psicopedagogia tem se constituído no espaço privilegiado para pensar sobre as
questões de ensino-aprendizagem. Sendo assim, está intimamente ligada ao ato de
brincar, como fonte de conhecimento. Por meio de técnicas e métodos próprios o
psicopedagogo possibilita uma intervenção psicopedagógica visando à solução de
problemas de aprendizagem. O processo de aprendizagem da criança é
compreendido como um processo mais abrangente, implicando componentes de
vários eixos de estruturação como afetividade, cognitivo, social, cultural, entre
outros.
O processo de aprendizagem, bem como suas dificuldades, deixa de focalizar
somente o aluno e o professor isoladamente e passa a ser visto como um processo
de interações entre ambas as partes com inúmeras variações que precisam ser
apreendidas com bastante cuidado pelo professor e psicopedagogo. Sendo assim, é
possível constatar que uma das formas de trabalho psicopedagógico é fazendo uso
do lúdico, quer seja no diagnóstico, ou no tratamento. Pois bem, segundo Bossa
(2007, p. 31) “nesse trabalho de ensinar a aprender, o psicopedagogo recorre a
critérios diagnósticos no sentido de compreender a falha na aprendizagem [...]”
este sendo um trabalho clínico com o seu objetivo de prevenção dos problemas de
aprendizagem, assim no diagnóstico, a atividade lúdica é um rico instrumento de
investigação clínica, pois permite ao sujeito expressar-se livremente, através da
ação do ato de brincar, a criança constrói um espaço entre a realidade e a
imaginação. Sendo assim é nas atividades lúdicas, que aprende a lidar com o
mundo real, desenvolvendo suas potencialidades, incorporando valores, conceitos e
conteúdos.
A utilização de brinquedos e jogos educativos como materiais pedagógicos, do
ponto de vista da psicopedagogia, necessita da percepção do contexto em que se
encontram inseridos, ou seja, estes instrumentos não são objetos comuns e sim
objetos que trazem um saber em potencial que pode ser ou não ativado pelo aluno.
Assim, são através do ato de brincar que observamos prazeres, frustrações,
desejos, enfim, podemos trabalhar na construção do conhecimento. E ainda, o
material pedagógico não deve ser visto como um objeto estático sempre igual para
todas as crianças, pois, trata-se de um instrumento dinâmico que se altera de
acordo com a imaginação do individuo, pois pode ocorrer uma reinterpretação do
mundo, abrindo lugar para invenção e a produção de novos significados, saberes e
práticas.
A psicopedagogia, no âmbito institucional tem sua atuação preventiva, na relação
de problemas de aprendizagem, preocupando-se especialmente com a instituição
educacional. Porto (2007) relata que a psicopedagogia institucional dedica-se a
áreas relacionadas ao planejamento educacional e assessoramento pedagógico,
tendo sua colaboração com os planos educacionais e sanitários no âmbito das
organizações, e ainda auxilia no resgate da identidade da instituição com o saber
mediando e resgatando o processo do ensino-aprendizagem. Portanto, inserida a
esta realidade, cabe ao educador definir quais objetivos pretende alcançar,
utilizando uma metodologia adequada, onde estará selecionando jogos,
brincadeiras e brinquedos coerentes, buscando explorar ao máximo os
conhecimentos da criança.
A psicopedagogia surgiu para responder os problemas decorrentes do processo de
aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de
construção do conhecimento. A aprendizagem humana, portanto é determinada
pela interação entre o indivíduo e o meio, da qual participam os aspectos
biológicos, psicológicos e sociais.
No movimento de procurar entender estes aspectos é que o psicopedagogo constrói
o seu trabalho, visando à diminuição dos problemas de aprendizagem e do fracasso
escolar é nesse contexto de múltiplas interações que as atividades lúdicas são
utilizadas no diagnóstico psicopedagógico, pois fazem com que as crianças revelem
aspectos que não aparecem em situações mais formais do diagnóstico. Assim, a
psicopedagogia visa buscar a melhoria das relações com a aprendizagem, bem
como a melhoria da qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e
educadores. Fica, portanto, evidenciado a essencialidade do lúdico no trabalho
psicopedagógico, tanto no aspecto clínico quanto no institucional. No próprio
diagnóstico, este pode ser encarado como uma possibilidade de compreender o
funcionamento dos processos cognitivos e afetivo-sociais.
4 CONCLUSÃO
No transcorrer deste artigo nos remeter a reflexões sobre a importância do brincar
na educação infantil, tendo sido possível desvelar que a ludicidade é de extrema
relevância para o desenvolvimento integral da criança e são elementos
indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas. Assim, a criança estabelece
com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas
tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por
meio da brincadeira que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro, na
visão psicopedagógica isso auxilia na prevenção e diagnóstico de problemas de
aprendizagem, pois a psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando
sempre em conta as realidades interna e externa da aprendizagem.
Além da interação, a brincadeira, o brinquedo e o jogo proporc ionam mecanismo
para desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e
habilidade para melhor desenvolver a aprendizagem. Nessa perspectiva, as
brincadeiras, os brinquedos e os jogos vêm contribuir significamente para o
importante desenvolvimento das estruturas psicológicas e cognitivas da criança.
Vemos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas
principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como
diversão, mas com objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que
o conhecimento é construído pelas relações inter-pessoais e trocas recíprocas que
se estabelecem durante toda a formação integral da criança. Portanto, a introdução
de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido a
influencia que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão
envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de
ensino-aprendizagem.
O lúdico enquanto recurso pedagógico na aprendizagem deve ser encarado de
forma séria, competente e responsável, tanto para educadores em trabalhos
escolares, quanto para psicopedagogos nas intervenções de problemas de
aprendizagem. Usado de maneira correta, poderá oportunizar ao educador e ao
educando, importantes momentos de aprendizagens em múltiplos aspectos. Na
visão da psicopedagogia a importância na aprendizagem, o lúdico vem favorecendo
de forma eficaz o pleno desenvolvimento das potencias criativas das crianças,
cabendo ao profissional intervir de forma adequada, sem atrapalhar a criatividade
da criança. Respeitando o desenvolvimento do processo lúdico, o psicopedagogo
poderá desenvolver novas habilidades no repertório da aprendizagem e na
prevenção e intervenção de futuros problemas de aprendizagem infantil.
Sendo assim, o brincar se destaca novamente para nos revelar que os esquemas
que a criança utiliza para organizar as brincadeiras, os jogos, os brinquedos são os
mesmos que ela utiliza para lidar como o conhecimento. Nessa perspectiva
podemos concluir que é fundamental esse entendimento a fim de que o
psicopedagogo possa identificar e intervir positivamente nas dificuldades da
criança.
REFERÊNCIAS
 ANTUNES, Celso. O jogo infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir.
Petropolis, RJ: Vozes 2003 fascículo 15.
 BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Trad. Ernani F. da
Fonseca Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
 BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.
3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação
infantil.Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação
Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
 CARVALHO, A. M. C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil
que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.
 CRAIDY, Carmem Maria, KAERCHER, Gladis E. (Org.). Educação infantil: pra
que te quero?. Porto Alegre: Artmed, 2001.
 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio Escolar Século XXI: o
minidicionário da língua portuguesa. 4 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova
Fronteira, 2003.
 KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São
Paulo: Cortez, 2002.
 OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um
processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1997.
 OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis
anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
 PORTO, Olívia. Psicopedagogia institucional: teoria, prática e assessoramento
psicopedagógico. 2. ed., Rio de Janeiro: Wak ed., 2007.
 SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
 VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 6. ed. São Paulo: Martins
Fontes Editora LTDA, 1998.
 VYGOTSKY, L. S; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento
e aprendizagem. São Paulo: Ícone: Editora da Universidade de São Paulo,
1998.
 ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade
lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005.
* Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário de Maringá - CESUMAR. Pós-
graduanda em Psicopedagogia Institucional pelo Instituto Paranaense de Ensino e
Faculdades Maringá.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Power point importância do brincar
Power point   importância do brincarPower point   importância do brincar
Power point importância do brincarinesaalexandra
 
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTILA IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTILcefaprodematupa
 
Pôster - A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Pôster - A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇAPôster - A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Pôster - A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇAFernando S. S. Barbosa
 
Histórias de crianças e infâncias
Histórias de crianças e infânciasHistórias de crianças e infâncias
Histórias de crianças e infânciasTaís Ferreira
 
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar Joelson Honoratto
 
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
O lúdico  jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...O lúdico  jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...SimoneHelenDrumond
 
Planejamento na educação infantil
Planejamento na educação infantilPlanejamento na educação infantil
Planejamento na educação infantilPaula Spadoni
 
Slide ludicidade
Slide ludicidadeSlide ludicidade
Slide ludicidadeGislaine
 
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTILTCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTILJJOAOPAULO7
 
Concepção de infancia
Concepção de infanciaConcepção de infancia
Concepção de infanciaFatinha Bretas
 
Ludicidade
LudicidadeLudicidade
LudicidadeGislaine
 
A importancia do brincar
A importancia do brincarA importancia do brincar
A importancia do brincarRenata Costa
 
O brincar na educação infantil texto final
O brincar na educação infantil texto finalO brincar na educação infantil texto final
O brincar na educação infantil texto finalElaine Caçador
 
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogiaDisciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogiaGiovanazava
 
Metodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMetodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMarília Bogéa
 

Mais procurados (20)

Power point importância do brincar
Power point   importância do brincarPower point   importância do brincar
Power point importância do brincar
 
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTILA IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Pôster - A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Pôster - A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇAPôster - A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Pôster - A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
 
Histórias de crianças e infâncias
Histórias de crianças e infânciasHistórias de crianças e infâncias
Histórias de crianças e infâncias
 
Projeto ludico simone drumond
Projeto ludico simone drumondProjeto ludico simone drumond
Projeto ludico simone drumond
 
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
 
O uso do lúdico na educação infantil
O uso do lúdico na educação infantilO uso do lúdico na educação infantil
O uso do lúdico na educação infantil
 
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
O lúdico  jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...O lúdico  jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
O lúdico jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprend...
 
Lúdico
LúdicoLúdico
Lúdico
 
Planejamento na educação infantil
Planejamento na educação infantilPlanejamento na educação infantil
Planejamento na educação infantil
 
Slide ludicidade
Slide ludicidadeSlide ludicidade
Slide ludicidade
 
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTILTCC -  O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TCC - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Brinquedos brincadeiras creches
Brinquedos brincadeiras crechesBrinquedos brincadeiras creches
Brinquedos brincadeiras creches
 
Concepção de infancia
Concepção de infanciaConcepção de infancia
Concepção de infancia
 
Ludicidade
LudicidadeLudicidade
Ludicidade
 
Lúdico na sla de aula
Lúdico na sla de aulaLúdico na sla de aula
Lúdico na sla de aula
 
A importancia do brincar
A importancia do brincarA importancia do brincar
A importancia do brincar
 
O brincar na educação infantil texto final
O brincar na educação infantil texto finalO brincar na educação infantil texto final
O brincar na educação infantil texto final
 
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogiaDisciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
 
Metodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMetodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantil
 

Destaque

Apresentação slide
Apresentação slideApresentação slide
Apresentação slidevitima
 
Defesa de Monografia
Defesa de MonografiaDefesa de Monografia
Defesa de MonografiaDiego Gomes
 
Apresentação de monografia em 30min
Apresentação de monografia em 30minApresentação de monografia em 30min
Apresentação de monografia em 30minCarlos Alberto Santos
 
Ludico como processo de aprendizagem da criança
Ludico como processo de aprendizagem da criança   Ludico como processo de aprendizagem da criança
Ludico como processo de aprendizagem da criança Nilsa_kolling
 

Destaque (7)

Apresentação slide
Apresentação slideApresentação slide
Apresentação slide
 
Defesa de Monografia
Defesa de MonografiaDefesa de Monografia
Defesa de Monografia
 
Apresentação de monografia em 30min
Apresentação de monografia em 30minApresentação de monografia em 30min
Apresentação de monografia em 30min
 
Tcc
TccTcc
Tcc
 
Ludico como processo de aprendizagem da criança
Ludico como processo de aprendizagem da criança   Ludico como processo de aprendizagem da criança
Ludico como processo de aprendizagem da criança
 
Slide Tcc
Slide TccSlide Tcc
Slide Tcc
 
TCC - Pedagogia
TCC - PedagogiaTCC - Pedagogia
TCC - Pedagogia
 

Semelhante a Importância do brincar na Educação Infantil

Brincadeira e ludico na ed infantil
Brincadeira e ludico na ed infantilBrincadeira e ludico na ed infantil
Brincadeira e ludico na ed infantilLuciana Silva
 
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no desenvolvimento e for...
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no desenvolvimento e for...O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no desenvolvimento e for...
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no desenvolvimento e for...SimoneHelenDrumond
 
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no besenvolvimento e bor...
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no besenvolvimento e bor...O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no besenvolvimento e bor...
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no besenvolvimento e bor...SimoneHelenDrumond
 
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantilA importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantilElaine Costa
 
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330SimoneHelenDrumond
 
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330SimoneHelenDrumond
 
Trabalho de graduação 2017-1
Trabalho de graduação  2017-1Trabalho de graduação  2017-1
Trabalho de graduação 2017-1Rose Zanonato
 
4791-32024-1-PB.pdf
4791-32024-1-PB.pdf4791-32024-1-PB.pdf
4791-32024-1-PB.pdfValria13
 
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA FORMA DE EDUCAR
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA FORMA DE EDUCARO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA FORMA DE EDUCAR
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA FORMA DE EDUCARBrinquedoteca Joana D'Arc
 
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_criancaA importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_criancamargarida_branco
 
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_criancaA importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_criancaAna Teresa
 
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_criancaA importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_criancaCatiaDuarte_1
 
O brincar na educação infantil texto final
O brincar na educação infantil texto finalO brincar na educação infantil texto final
O brincar na educação infantil texto finalAgustineRita
 

Semelhante a Importância do brincar na Educação Infantil (20)

Jucilene priscila
Jucilene priscilaJucilene priscila
Jucilene priscila
 
Brincadeira e ludico na ed infantil
Brincadeira e ludico na ed infantilBrincadeira e ludico na ed infantil
Brincadeira e ludico na ed infantil
 
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no desenvolvimento e for...
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no desenvolvimento e for...O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no desenvolvimento e for...
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no desenvolvimento e for...
 
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no besenvolvimento e bor...
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no besenvolvimento e bor...O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no besenvolvimento e bor...
O significado do jogo, da brincadeira e do brinquedo no besenvolvimento e bor...
 
Artigo7
Artigo7Artigo7
Artigo7
 
Bruna sdmara
Bruna sdmaraBruna sdmara
Bruna sdmara
 
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantilA importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
 
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
 
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
Trabalho ev056 md1_sa17_id12465_19082016201330
 
Trabalho de graduação 2017-1
Trabalho de graduação  2017-1Trabalho de graduação  2017-1
Trabalho de graduação 2017-1
 
2633
26332633
2633
 
Prontp
ProntpProntp
Prontp
 
4791-32024-1-PB.pdf
4791-32024-1-PB.pdf4791-32024-1-PB.pdf
4791-32024-1-PB.pdf
 
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA FORMA DE EDUCAR
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA FORMA DE EDUCARO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA FORMA DE EDUCAR
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA FORMA DE EDUCAR
 
trabalho feito
trabalho feitotrabalho feito
trabalho feito
 
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_criancaA importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
 
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_criancaA importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
 
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_criancaA importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
A importancia do_brincar_no_desenvolvimento_da_crianca
 
O brincar na educação infantil texto final
O brincar na educação infantil texto finalO brincar na educação infantil texto final
O brincar na educação infantil texto final
 
Monografia Aurelina pedagogia 2010
Monografia  Aurelina pedagogia 2010Monografia  Aurelina pedagogia 2010
Monografia Aurelina pedagogia 2010
 

Último

Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 

Último (20)

Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 

Importância do brincar na Educação Infantil

  • 1. O Brincar na Educação Infantil: Jogos, Brinquedos e Brincadeiras - Um Olhar Psicopedagogico Fabiane Das Neves Fantacholi* Resumo O presente artigo visa analisar a importância do brincar no desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil, sob a visão psicopedagógica. Tem como objetivo conhecer o significado do brincar, conceituar os principais termos utilizados para designar o ato de brincar, tornando também fundamental compreender o universo lúdico, onde a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente, e ainda, os benefícios que o brincar proporc iona no ensino-aprendizagem infantil. Ainda este estudo traz algumas considerações sobre os jogos, brincadeiras e brinquedos e como influenciam na socialização das crianças. Portanto, para realizar este trabalho, utilizamos a pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites, bem como pesquisa de grandes autores referente a este tema. Desta forma, este estudo proporcionará uma leitura mais consciente acerca da importância do brincar na vida do ser humano, e, em especial na vida da criança. Palavras-chave Brincar. Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil. Educação. Psicopedagogia. Abstract The present article has the objective to analyze the importance of playing during the development and learning in the pre-school, by the psycho pedagogy view. It has the purpose to know the meaning of playing, conceptualize the main terms to nominate the act of playing, being important to understand the playful universe, where the children talk to themselves and with the world, accept the existence of the others, establish social relationships, construe knowledge, in a fully development, and, the benefits that the playing gives to the teaching-learning for children. This study still brings some considerations about the games, plays and toys and how they influence the children society. So, to do this work, we used the bibliographical research, based in the books reading reflection, articles, magazines and sites, as researches of great authors relative to this theme. So, this study will give a reading more conscious about the importance of playing in the human life, and, special in the child life. Key-Words Play. Child learning and development. Education. Psycho pedagogy. 1 Introdução Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano, num mundo de fantasia e imaginação. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem. Para definir a brincadeira infantil, ressaltamos a importância do brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Para tanto, se faz necessário conscientizar os pais, educadores e sociedade em geral sobre à ludicidade que deve estar sendo vivenciada na infância, ou seja, de que o brincar faz parte de uma aprendizagem
  • 2. prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprendizagem, e ainda a importância desta ludicidade nas intervenções e prevenções de problemas de aprendizagem na visão da psicopedagogia. Neste contexto, o brincar na educação infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade. Deste modo, à criança estará resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a capacidade de compreender pontos de vista diferentes, de fazer- se entender e de demonstrar sua opinião em relação aos outros, e ainda e nesse ato que podemos diagnosticar e prevenir futuros problemas de aprendizagem infantil. É importante perceber e incentivar a capacidade criadora das crianças, pois esta se constitui numa das formas de relacionamento e recriação do mundo, na perspectiva da lógica infantil. Neste sentido, o objetivo central deste estudo é analisar a importância do brincar na Educação Infantil, numa visão psicopedagógica, pois segundo os autores pesquisados, este é um período fundamental para a criança no que diz respeito ao seu desenvolvimento e aprendizagem de forma significativa. 2 DEFINIÇÕES SOBRE O ATO DE BRINCAR Ao longo da história da humanidade, foram inúmeros os autores que se interessaram, direta ou indiretamente, pela questão do brincar, do jogo, do brinquedo e da brincadeira. Brincar, segundo o dicionário Ferreira (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter- se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser. Do ponto de vista de Oliveira (2000) o brincar não significa apenas recrear, mas sim desenvolver-se integralmente. Caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida. Todavia, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade. O jogo pelo ponto de vista educacional, segundo Antunes (2003) significa divertimento, brincadeira, passatempo, pois em nossa cultura o termo jogo é confundido com competição. Ainda o autor relata que os jogos infantis pode até incluir uma ou outra competição, mas visando sempre a estimular o crescimento e aprendizagem com relação interpessoal, entre duas ou mais pessoas realizada através de determinadas regras, ainda que jogo seja uma brincadeira que envolve regras. Para Kishimoto (2002) o brinquedo é diferente do jogo. Brinquedo é uma ligação intima com a criança, na ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. Ainda segundo o dicionário Ferreira (2003) brinquedo é “objeto destinado a divertir uma criança, suporte da brincadeira”, sendo assim ele estimula a representação e a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade. Vygotsky (1998) relata sobre o papel do brinquedo, sendo um suporte da brincadeira e ainda o brinquedo tendo uma grande influência no desenvolvimento da criança, pois o brinquedo promove uma situação de transição entre a ação da criança com objeto concreto e suas ações com significados, assim veremos ao longo do artigo. Ainda segundo Kishimoto (2002, p. 21) relata que “O vocábulo brinquedo não pode ser reduzido a pluralidade de sentidos do jogo, pois conota criança e tem dimensão
  • 3. material, cultural e técnica.” O objeto brinquedo é um suporte da brincadeira, é a ação que a criança desempenha ao brincar. Assim podemos concluir que brinquedo e brincadeira esta relacionada diretamente com a criança/sujeito e não se confundem com o jogo em si. 2.1 O PAPEL DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL Vygotsky (1998) acentua o papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil, pois é brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Ainda podemos dizer que o ato de brincar acontece em determinados momentos do cotidiano infantil, neste contexto, Oliveira (2000) aponta o ato de brincar, como sendo um processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de forma efetiva, criando vínculos mais duradouros. Assim, as crianças desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si. O brincar se torna importante no desenvolvimento da criança de maneira que as brincadeiras e jogos que vão surgindo gradativamente na vida da criança desde os mais funcionais até os de regras. Estes são elementos elaborados que proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua identidade. Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E o jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992 p. 28) afirma que: “[...] o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo”. As ações com o jogo devem ser criadas e recriadas, para que sejam sempre uma nova descoberta e sempre se transformem em um novo jogo, em uma nova forma de jogar. Quando a criança brinca, sem saber fornece várias informações ao seu respeito, no entanto, o brincar pode ser útil para estimular seu desenvolvimento integral, tanto no ambiente familiar, quanto no ambiente escolar. É brincando que a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu relacionamento social e a respeitar a si mesmo e ao outro. Por meio do universo lúdico que a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Em contrapartida, em um ambiente sério e sem motivações, os educandos acabam evitando expressar seus pensamentos e sentimentos e realizar qualquer outra atitude com medo de serem constrangidos. Zanluchi (2005, p. 91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida. Vygotsky (1998) toma como ponto de partida a existência de uma relação entre um determinado nível de desenvolvimento e a capacidade potencial de aprendizagem. Defende a ideia de que, para verificar o nível de desenvolvimento da criança, temos que determinar pelo menos, dois níveis de desenvolvimento. O primeiro deles seria o nível de desenvolvimento efetivo, que se faz através dos testes que estabelecem a idade mental, isto é, aqueles que a criança é capaz de realizar por si mesma, já o
  • 4. segundo deles se constituiria na área de desenvolvimento potencial, que se refere a tudo aquilo que a criança é capaz de fazer com a ajuda dos demais, seja por imitação, demonstração, entre outros. Assim, significa que a criança pode fazer hoje com a ajuda dos adultos ou dos iguais certamente fará amanhã sozinha. Para Vygotsky, citado por Baquero (1998), a brincadeira, o jogo são atividades específicas da infância, na quais a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos, sendo uma atividade com contexto cultural e social. O autor relata sobre a zona de desenvolvimento proximal que é a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver, independentemente, um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz. Na visão de Vygotsky (1998) o jogo simbólico é como uma atividade típica da infância e essencial ao desenvolvimento infantil, ocorrendo a partir da aquisição da representação simbólica, impulsionada pela imitação. Desta maneira, o jogo pode ser considerado uma atividade muito importante, pois através dele a criança cria uma zona de desenvolvimento proximal, com funções que ainda não amadureceram, mas que se encontra em processo de maturação, ou seja, o que a criança irá alcançar em um futuro próximo. Aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida, é fácil concluir que o aprendizado da criança começa muito antes de ela freqüentar a escola. Todas as situações de aprendizado que são interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode tirar experiências. Vygotsky (1998), ao discutir o papel do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de faz-de-conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz-de-conta é privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento. A criança se torna menos dependente da sua percepção e da situação que a afeta de imediato, passando a dirigir seu comportamento também por meio do significado dessa situação, Vygotsky (1998, p. 127) relata que “No brinquedo, no entanto, os objetos perdem sua força determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê.” No brincar, a criança consegue separar pensamento, ou seja, significado de uma palavra de objetos, e a ação surge das idéias, não das coisas. Segundo Craidy e Kaercher (2001), Vygotsky relata novamente que quando uma criança coloca várias cadeiras uma através da outra e diz que é um trem, percebe- se que ela já é capaz de simbolizar, esta capacidade representa um passo importante para o desenvolvimento do pensamento da criança. Brincando, a criança exercita suas potencialidades e se desenvolve, pois há todo um desafio, contido nas situações lúdicas, que provoca o pensamento e leva as crianças a alcançarem níveis de desenvolvimento que só às ações por motivações essenciais conseguem. Elas passam a agir e esforça-se sem sentir cansaço, não ficam estressadas porque estão livres de cobranças, avançam, ousam, descobrem, realizam com alegria, sentindo- se mais capazes e, portanto, mais c onfiantes em si mesmas e dispostas a aprender. Assim, seguindo este estudo os processos de desenvolvimento infantil apontam que o brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem. De acordo com Vygotsky (1998), um dos principais representantes
  • 5. dessa visão, o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e/ou adultos. Tal concepção se afast a da visão predominante da brincadeira como atividade restrita à assimilação de códigos e papéis sociais e culturais, cuja função principal seria facilitar o processo de socialização da criança e a sua integração à sociedade. Vygotsky deixa claro que o tema brincar na educação infantil tem sua origem naquilo que à criança vive no seu dia a dia, nas relações com seus pares e principalmente, nas relações com adultos. É uma situação imaginária, um faz de conta criada pela criança, mas que só pode ser criada por ela graças ao material abstraído nas interações. 2.2 EDUCAÇÃO E LUDICIDADE Na educação de modo geral, e principalmente na Educação Infantil o brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo. O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido. Entretanto, compreender a relevância do brincar possibilita aos professores intervir de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o lúdico proporciona. Portanto, o brincar utilizado como recurso pedagógico não deve ser dissociado da atividade lúdica que o compõe, sob o risco de descaracterizar-se, afinal, a vida escolar regida por normas e tempos determinados, por si só já favorece este mesmo processo, fazendo do brincar na escola um brinc ar diferente das outras ocasiões. A incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática pedagógica podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos tanto para crianças como para os jovens. Para Vygotsky (1998), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras, histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto. O lúdico pode ser utilizado como uma estratégia de ensino e aprendizagem, assim o ato de brincar na escola sob a perspectiva de Santos (2002) está relacionada ao professor que deve apropriar-se de subsídios teóricos que consigam convencê-lo e sensibilizá-lo sobre a importância dessa atividade para aprendizagem e para o desenvolvimento da criança. Com isso, é possível entender que o brincar auxilia a criança no processo de aprendizagem. Ele vai proporcionar situações imaginárias em que ocorrerá no desenvolvimento cognitivo, facilitando a interação com pessoas as quais contribuirão para um acréscimo de conhecimento. A essas ideias associamos nossas convicções sobre o brincar como prática pedagógica, sendo um recurso que pode contribuir não só para o desenvolvimento infantil, como também para o cultural. Brincar não é apenas ter um momento reservado para deixar a criança à vontade em um espaço com ou sem brinquedos e sim um momento que podemos ensinar e aprender muito com elas. A atividade lúdica permite que a criança se prepare para a vida, entre o mundo físico e social. Observamos, deste modo que a vida da criança gira em torno do brincar, é por essa razão que pedagogos têm utilizado a brincadeira na educação, por ser uma peça importante na formação da personalidade, tornando-se uma forma de construção de conhecimento. Importante para o desenvolvimento, físico, intelectual e social, o jogo vem ampliando sua importância deixando de ser um simples divertimento e tornando-se
  • 6. ponte entre a infância e a vida adulta. Vygotsky (1998) afirma que o jogo infantil transforma a criança, graças à imaginação, os objetivos produzidos socialmente. Assim, seu uso é favorecido pelo contexto lúdico, oferecendo à criança a oportunidade de utilizar a criatividade, o domínio de si, à firmação da personalidade, e o imprevisível. De acordo com Kishimoto (2002) o jogo é considerado uma atividade lúdica que tem valor educacional, a utilização do mesmo no ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino aprendizagem, o jogo é um impulso natural da criança funcionando, como um grande motivador, é através do jogo obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para atingir o objetivo, o jogo mobiliza esquemas mentais, e estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço, integra várias dimensões da personalidade, afetiva, social, motora e cognitiva. O desenvolvimento da criança e seu consequente aprendizado ocorrem quando participa ativamente, seja discutindo as regras do jogo, seja propondo soluções para resolvê-los. É de extrema importância que o professor também participe e que proponha desafios em busca de uma solução e de participação coletiva, o papel do educador neste caso será de incentivador da atividade. A intervenção do professor é necessária e conveniente no processo de ensino-aprendizagem, além da interação social, ser indispensável para o desenvolvimento do conhecimento. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23): Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Por isso o educador é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Nessa perspectiva, segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30): O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Educar é acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento. Segundo este processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o raciocínio do aluno. E muitos educadores têm a concepção que se aprende através da repetição, não tendo criatividade e nem vontade de tornar a aula mais alegre e interessante, fazendo com que os alunos mantenham distantes, perdendo com isso a afetividade e o carinho que são necessários para a educação. Santos (2002) acrescenta que educar não se limita a repassar informações ou até mesmo mostrar um caminho que o educador considera o mais certo, mas sim em ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. Ainda, é oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar.
  • 7. A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a ludicidade em parceria com professor-aluno, ajuda a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. E quando o educador dá ênfase às metodologias que alicerçam as atividades lúdicas, percebe-se um maior encantamento do aluno, pois se aprende brincando. Santos (2002) refere-se ao significado da palavra ludicidade que vem do latim ludus e significa brincar. Onde neste brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e brincadeiras, tendo como função educativa do jogo o aperfeiçoamento da aprendizagem do indivíduo. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998) a partir da importância da ludicidade que o professor deverá contemplar jogos, brinquedos e brincadeiras, como princípio norteador das atividades didático- pedagógicas, possibilitando à criança uma aprendizagem prazerosa. Assim, a ludicidade tem conquistado um espaço na educação infantil. O brinquedo é a essência da infância e permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento da criança. Ela estabelece com o brinquedo uma relação natural e consegue extravasar suas angústias e entusiasmos, suas alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades. Ao assumir a função lúdica e educativa, a brincadeira propicia diversão, prazer, potencializa a exploração, a criação, a imaginação e a construção do conhecimento. Brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade, principalmente para as crianças da Educação Infantil. Dessa forma, a brincadeira já não deve ser mais atividade utilizada pelo professor apenas para recrear as crianças, mas como atividade em si mesma, que faça parte do plano de aula da escola. Portanto, cabe ao educador criar um ambiente que reúna os elementos de motivação para as crianças. Criar atividades que proporcionam conceitos que preparam para a leitura, para os números, conceitos de lógica que envolve classificação, ordenação, dentre outros. Motivar os alunos a trabalhar em equipe na resoluç ão de problemas, aprendendo assim expressar seus próprios pontos de vista em relação ao outro. O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, num dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento potencial. Enfim, estar ao lado do aluno, acompanhando seu desenvolvimento, para levantar problemas que o leve a formular hipóteses. Brinquedos adequados para idade, com objetivo de proporcionar o desenvolvimento infantil e a aquisição de conhecimentos em todos os aspectos. A partir da leitura desses autores podemos verificar que a ludicidade, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos são meios que a criança utiliza para se relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo, e assim, temos os fundamentos teóricos para deduzirmos a importância que deve ser dada à experiência da educação infantil. 3 A PSICOPEDAGOGIA E O ATO DE BRINCAR
  • 8. A Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem. Conforme Bossa (2007) este termo refere-se à aplicação da psicologia à pedagogia, interligando-se a vários outros interdisciplinares que compõem seu referencial teórico para prevenção e correção do seu objeto de estudo a aprendizagem humana em seus estados normais e patológicos, bem como a influência do meio como: família, escola, sociedade no seu desenvolvimento. A Psicopedagogia tem se constituído no espaço privilegiado para pensar sobre as questões de ensino-aprendizagem. Sendo assim, está intimamente ligada ao ato de brincar, como fonte de conhecimento. Por meio de técnicas e métodos próprios o psicopedagogo possibilita uma intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem. O processo de aprendizagem da criança é compreendido como um processo mais abrangente, implicando componentes de vários eixos de estruturação como afetividade, cognitivo, social, cultural, entre outros. O processo de aprendizagem, bem como suas dificuldades, deixa de focalizar somente o aluno e o professor isoladamente e passa a ser visto como um processo de interações entre ambas as partes com inúmeras variações que precisam ser apreendidas com bastante cuidado pelo professor e psicopedagogo. Sendo assim, é possível constatar que uma das formas de trabalho psicopedagógico é fazendo uso do lúdico, quer seja no diagnóstico, ou no tratamento. Pois bem, segundo Bossa (2007, p. 31) “nesse trabalho de ensinar a aprender, o psicopedagogo recorre a critérios diagnósticos no sentido de compreender a falha na aprendizagem [...]” este sendo um trabalho clínico com o seu objetivo de prevenção dos problemas de aprendizagem, assim no diagnóstico, a atividade lúdica é um rico instrumento de investigação clínica, pois permite ao sujeito expressar-se livremente, através da ação do ato de brincar, a criança constrói um espaço entre a realidade e a imaginação. Sendo assim é nas atividades lúdicas, que aprende a lidar com o mundo real, desenvolvendo suas potencialidades, incorporando valores, conceitos e conteúdos. A utilização de brinquedos e jogos educativos como materiais pedagógicos, do ponto de vista da psicopedagogia, necessita da percepção do contexto em que se encontram inseridos, ou seja, estes instrumentos não são objetos comuns e sim objetos que trazem um saber em potencial que pode ser ou não ativado pelo aluno. Assim, são através do ato de brincar que observamos prazeres, frustrações, desejos, enfim, podemos trabalhar na construção do conhecimento. E ainda, o material pedagógico não deve ser visto como um objeto estático sempre igual para todas as crianças, pois, trata-se de um instrumento dinâmico que se altera de acordo com a imaginação do individuo, pois pode ocorrer uma reinterpretação do mundo, abrindo lugar para invenção e a produção de novos significados, saberes e práticas. A psicopedagogia, no âmbito institucional tem sua atuação preventiva, na relação de problemas de aprendizagem, preocupando-se especialmente com a instituição educacional. Porto (2007) relata que a psicopedagogia institucional dedica-se a áreas relacionadas ao planejamento educacional e assessoramento pedagógico, tendo sua colaboração com os planos educacionais e sanitários no âmbito das organizações, e ainda auxilia no resgate da identidade da instituição com o saber mediando e resgatando o processo do ensino-aprendizagem. Portanto, inserida a esta realidade, cabe ao educador definir quais objetivos pretende alcançar, utilizando uma metodologia adequada, onde estará selecionando jogos, brincadeiras e brinquedos coerentes, buscando explorar ao máximo os conhecimentos da criança. A psicopedagogia surgiu para responder os problemas decorrentes do processo de aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de construção do conhecimento. A aprendizagem humana, portanto é determinada
  • 9. pela interação entre o indivíduo e o meio, da qual participam os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. No movimento de procurar entender estes aspectos é que o psicopedagogo constrói o seu trabalho, visando à diminuição dos problemas de aprendizagem e do fracasso escolar é nesse contexto de múltiplas interações que as atividades lúdicas são utilizadas no diagnóstico psicopedagógico, pois fazem com que as crianças revelem aspectos que não aparecem em situações mais formais do diagnóstico. Assim, a psicopedagogia visa buscar a melhoria das relações com a aprendizagem, bem como a melhoria da qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e educadores. Fica, portanto, evidenciado a essencialidade do lúdico no trabalho psicopedagógico, tanto no aspecto clínico quanto no institucional. No próprio diagnóstico, este pode ser encarado como uma possibilidade de compreender o funcionamento dos processos cognitivos e afetivo-sociais. 4 CONCLUSÃO No transcorrer deste artigo nos remeter a reflexões sobre a importância do brincar na educação infantil, tendo sido possível desvelar que a ludicidade é de extrema relevância para o desenvolvimento integral da criança e são elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas. Assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro, na visão psicopedagógica isso auxilia na prevenção e diagnóstico de problemas de aprendizagem, pois a psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa da aprendizagem. Além da interação, a brincadeira, o brinquedo e o jogo proporc ionam mecanismo para desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para melhor desenvolver a aprendizagem. Nessa perspectiva, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos vêm contribuir significamente para o importante desenvolvimento das estruturas psicológicas e cognitivas da criança. Vemos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão, mas com objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é construído pelas relações inter-pessoais e trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a formação integral da criança. Portanto, a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido a influencia que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino-aprendizagem. O lúdico enquanto recurso pedagógico na aprendizagem deve ser encarado de forma séria, competente e responsável, tanto para educadores em trabalhos escolares, quanto para psicopedagogos nas intervenções de problemas de aprendizagem. Usado de maneira correta, poderá oportunizar ao educador e ao educando, importantes momentos de aprendizagens em múltiplos aspectos. Na visão da psicopedagogia a importância na aprendizagem, o lúdico vem favorecendo de forma eficaz o pleno desenvolvimento das potencias criativas das crianças, cabendo ao profissional intervir de forma adequada, sem atrapalhar a criatividade da criança. Respeitando o desenvolvimento do processo lúdico, o psicopedagogo poderá desenvolver novas habilidades no repertório da aprendizagem e na prevenção e intervenção de futuros problemas de aprendizagem infantil. Sendo assim, o brincar se destaca novamente para nos revelar que os esquemas que a criança utiliza para organizar as brincadeiras, os jogos, os brinquedos são os mesmos que ela utiliza para lidar como o conhecimento. Nessa perspectiva
  • 10. podemos concluir que é fundamental esse entendimento a fim de que o psicopedagogo possa identificar e intervir positivamente nas dificuldades da criança. REFERÊNCIAS  ANTUNES, Celso. O jogo infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir. Petropolis, RJ: Vozes 2003 fascículo 15.  BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Trad. Ernani F. da Fonseca Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.  BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.  BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil.Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.  CARVALHO, A. M. C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.  CRAIDY, Carmem Maria, KAERCHER, Gladis E. (Org.). Educação infantil: pra que te quero?. Porto Alegre: Artmed, 2001.  FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio Escolar Século XXI: o minidicionário da língua portuguesa. 4 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2003.  KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2002.  OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1997.  OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.  PORTO, Olívia. Psicopedagogia institucional: teoria, prática e assessoramento psicopedagógico. 2. ed., Rio de Janeiro: Wak ed., 2007.  SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.  VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes Editora LTDA, 1998.  VYGOTSKY, L. S; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone: Editora da Universidade de São Paulo, 1998.  ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005. * Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário de Maringá - CESUMAR. Pós- graduanda em Psicopedagogia Institucional pelo Instituto Paranaense de Ensino e Faculdades Maringá.