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¹ Artigo apresentado como TCC do curso de Pós-Graduação em Educação Inclusiva da Diversidade
Especial e Social. Para o Instituto Teológico de Educação – ITDE, Ano: 2012.
² Licenciada em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. Aluna do curso
de Educação para a diversidade social e especial, da telessala do município de Palotina, sobre
matrícula de número 174757. danusaiung@hotmail.com
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS LÚDICAS: A IMPORTÂNCIA DO
BRINQUEDO PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL¹
Danusa Iung da Silva²
RESUMO
Sendo a brincadeira a principal atividade da infância e de acordo com o psicólogo
Vygotsky ressalta e cria zonas de desenvolvimento proximal e que estas propiciam
saltos qualitativos no desenvolvimento e na aprendizagem infantil. Quando a criança
brinca ela descobre as relações existentes entre os homens e também permite á
criança a se apropriar de códigos culturais e de papeis sociais. Brincar é sinônimo
de aprender. O brinquedo faz parte da maior parte da vida das crianças, ou seja, na
infância, assume um papel importante nesta fase, já que a criança esta em
constante desenvolvimento. Os brinquedos fazem parte desta infância, destas
brincadeiras infantis, Este artigo tem como objetivo ressaltar a importância dos
brinquedos neste desenvolvimento.
Palavras-chave: Brinquedos. Infância. Desenvolvimento.
1 INTRODUÇÃO
A brincadeira é a principal atividade da infância, e isso não se dá apenas
pelo fato de a criança frequentemente brinca, mas também pela influencia que ela
tem em seu desenvolvimento infantil. O psicólogo Vygotsky (1991) ressalta que a
brincadeira cria zonas de desenvolvimento proximal e que estas propiciam saltos
qualitativos no desenvolvimento e na aprendizagem infantil. Elkonin (1998) e
Leontiev (1994) ampliam a teoria de Vygotsky, afirma que durante a brincadeira que
ocorre as mais importantes mudanças no desenvolvimento psíquico infantil. Para
estes três autores a brincadeira é o caminho de transição para níveis mais elevados.
As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao
desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança e também é uma forma de
auto expressão. Talvez poucos pais saibam o quanto é importante o brincar para o
2
desenvolvimento físico e psíquico do seu filho. A ideia difundida popularmente limita
o ato de brincar a um simples passatempo, sem funções mais importantes que
entreter a criança em atividades divertidas.
O brinquedo faz parte da maior parte da vida das crianças, ou seja, na
infância, assume um papel importante nesta fase, já que a criança esta em
constante desenvolvimento. Muitos pais não sabe a importância do brincar, da
brincadeira, do jogo, são neles que há a atividade de faz de conta da criança, elas
reflete nas brincadeiras o como elas veem no mundo adulto, copiando seus pais,
seus irmãos, amigos, etc. Independente do brinquedo que possui em suas mãos,
elas criam, contam, inventam histórias e situações, que veem na vida real. Por que o
brinquedo assume posição tão importante para a criança? Qual a importância do
brinquedo no desenvolvimento infantil?
Quando a criança brinca ela descobre as relações existentes entre os
homens, consegue também, através da brincadeira, avaliar suas habilidades e
compara-las com as das outras crianças afirma Leontiev (1994).
A importância que se dá a este trabalho é o fato de sempre ouvirmos de pais
de algumas crianças as seguintes frases: “Esse menino só pensa em brincar;
estudar que é bom nada!”. “Mas no maternal ela não aprende nada, só brinca!”
frases como estas todos os professores já devem ter ouvido de pais ou até mesmo
de algum de nossos conhecidos, parentes ou amigos. Essas afirmações que
ouvimos mostra o quanto os pais desvalorizam o brinquedo no processo de
aprendizagem da criança. Este trabalho tem como meta principal, ressaltar a
importância do brinquedo, dos jogos, no desenvolvimento infantil, na aprendizagem
da criança.
O foco da pesquisa deste artigo são as crianças em sua infância, pois, é
nesta fase que se dá a maior importância ao desenvolvimento infantil e as suas
relações com os brinquedos do seu dia-a-dia. Percebendo-se que os jogos e as
brincadeiras da cultura infantil são frequentemente ignorados pelas instituições
escolares em geral, pretende-se pontuar a importância do aspecto lúdico para o
desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, esperando assim que escolas,
professores passam a dar a eles maior importância.
3
2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO
O artigo científico tem como base, livros de psicólogos na área de
desenvolvimento infantil, como, Froebel, Freud, Jean Piaget, Vygotsky, Leontiev,
Friedmann, Erikson, entre outros, que serão citados no decorrer do desenvolvimento
do artigo. Assim como artigos científicos nesta área do desenvolvimento,
relacionado com o lúdico. Faremos a leitura, a explicação e compreensão destes
textos, relacionando-os sempre com o tema, ou seja, a importância que o brinquedo
tem no desenvolvimento da criança, tendo o projeto embasamento teórico.
Assim, são apresentadas as ideias fundamentais dos diferentes papéis que
a brincadeira exerce no fazer pedagógico e no desenvolvimento humano com a
finalidade de propiciar ao profissional docente a reflexão sobre a aplicação do lúdico
na aprendizagem, promovendo a autonomia intelectual da criança.
Sendo a brincadeira uma necessidade no desenvolvimento humano, ela não
deve ser vista como mera diversão, pois, colabora para o desenvolvimento pessoal,
social e cultural, facilitando a expressão e a construção do conhecimento. As
brincadeiras levam a criança a expressar seus impulsos, suas emoções, servindo de
elemento encorajador para competências cognitivas.
É muito comum educadores acreditarem que as técnicas lúdicas favoreçam
o trabalho em coletivo da criança, eles não estão enganados, pois, o trabalho em
grupo, além de ter sua riqueza na natureza das relações em grupo, caracteriza-se
por ser um contexto favorável para a utilização destas atividades.
A ação educativa do lúdico não tem como objetivo apenas ensinar o jogo, o
brincar, a brincadeira, mas usá-lo como mediador de uma intervenção que mobilize
funções necessárias para a aprendizagem e desenvolvimento. Assim, alunos que
possuem dificuldades podem fazer uso da brincadeira para assimilar conteúdos
pedagógicos.
Para o educador é importante que atividades não sejam apenas sentidas
como obrigatoriedade, mas também como possibilidade de sentir que o seu papel
está sendo desempenhado de forma prazerosa.
Segundo Campos citado por Amaral (2003, p. 230):
O uso do jogo é formativo em dupla mão de direção: junto ao aluno e o
professor. Para o professor, o jogo tem potencial de promover novas e
melhoras formas de ensinar em geral, para qualquer disciplina, diferentes
4
maneiras de interagir com a turma e de se posicionar dentro da sala de
aula, como coordenador das atividades e facilitador do aprender do aluno
em vez de centro irradiador das decisões e do saber.
Desta maneira, seria muito importante, que a escola possuísse um espaço
para o desenvolvimento das brincadeiras, dos jogos e outras atividades lúdicas, o
aluno não deveria ficar apenas na sala de aula “imóvel”, nem mesmo o professor,
assim ambos teriam um espaço para novas ideias, novos descobrimentos.
Através dos brinquedos, das brincadeiras a criança satisfaz suas
curiosidades, traduz o mundo adulto para dentro das suas possibilidades, descobre
o como as coisas funcionam.
A brincadeira também permite á criança a se apropriar de códigos culturais e
de papeis sociais (BROUGERE e WAJSKOP, 1997). Independente do tipo ou das
características do brinquedo, - mudanças ocorrem a cada ano nos brinquedos, por
exemplo, a boneca de 40 a 50 anos atrás é diferente das de hoje, 2013 - pelo brincar
o desenvolvimento infantil esta sendo estimulado, mas, a cada idade das crianças as
brincadeiras mudam, ou seja, as brincadeiras mudam conforme muda a idade das
crianças, afirma Leontiev (1994). Para Isidro e Almeida (2003) afirmam que as
regras de uma brincadeira ou jogo, estão intimamente ligadas ao conhecimento que
as crianças têm da realidade social na qual estão inseridas.
De acordo com Paulo Roberto Pereira1 e Ana Cecília Silveira Lins Sucupira2,
brincar é sinônimo de aprender. Assim, uma das principais preocupações dos livros
de orientação para os pais têm sido convencê-los da necessidade de se oferecer à
criança os brinquedos certos para as idades certas. É preciso que os pais entendam
que as crianças têm brinquedos certos para suas idades, é preciso explicar para
eles este fato, o porquê determinado brinquedo é melhor em determinada idade,
evitando assim o desperdício de dinheiro quando atendem ao pedido da criança,
quando esta vê um brinquedo na televisão, que depois é deixado de lado pela
criança. Não apenas o pai, mas, a criança também muitas vezes se decepciona com
o brinquedo que tanto desejou, pensando muitas vezes ser rápido, bonito, quando
na televisão não corresponde com a realidade, pois alguns truques de propaganda
dão aos brinquedos, como por exemplo, um boneco estático se movendo, fazem
voar aviões que na verdade se movem sobe rodas. É por esses motivos que os pais
Instituto da Criança do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
1
Residente de segundo ano (1980).
2
Assistente da Seção de Ambulatório Assistencial. Aceito para publicação em 20 de novembro de 1980.
5
veem procurando orientação junto ao médico no sentido de dar aos seus filhos os
brinquedos que mais lhes trarão benefícios. Com isso um brinquedo desejado não
se torna algo indesejado, mas apenas trocado por outro que interessa à criança e
ajude em seu desenvolvimento.
Independente do tipo ou das características do brinquedo, pelo brincar o
desenvolvimento infantil está sendo estimulado (VYGOTSKY, 1991; FRIEDMANN,
1996; DOHME, 2002). Aquelas primeiras brincadeiras do bebê, que são
caracterizadas pela observação e posterior a manipulação de objetos, oferecem à
criança o conhecimento e a exploração do seu meio através dos órgãos dos
sentidos. Leontiev (1994) afirma que as brincadeiras mudam conforme muda a idade
das crianças. Logo que a criança começa a falar os jogos de exercício começam a
diminuir e dão espaço aos jogos simbólicos. Para Vygotsky (1991) as crianças
querem satisfazer certos desejos que muitas vezes não podem ser satisfeitos
imediatamente. Desta forma, pelo faz de conta da brincadeira, a criança testa,
experimenta os diferentes papéis na sociedade – papai, mamãe, filinho, professora,
trabalhador, etc.
Próximo aos 6 anos de idade até o princípio da adolescência, os jogos
simbólicos começam a declinar porque passam a aproximar-se cada vez mais do
real. O símbolo perde seu caráter de deformação lúdica e passa a ser uma
representação imitativa da realidade, inicia-se então a estrutura dos jogos de regras.
Para Vygotsky (1991) todas as modalidades de brincadeiras estão inseridas de
regras e de faz de conta. Para o autor não importa a idade da criança da criança e o
tipo de brincadeira, estes dois aspectos sempre estarão presentes. Isidro e Almeida
(2003) afirmam que as regras de uma brincadeira, ou jogo, estão intimamente
ligadas ao conhecimento que as crianças têm da realidade social na qual estão
inseridas.
A brincadeira, sendo ela de regras ou simbólica, não tem caráter apenas de
diversão, mas pela brincadeira a criança, sem intenção, estimula diversos aspectos
que contribuem para o seu desenvolvimento individual quanto o social. A brincadeira
desenvolve primeiramente os aspectos sensoriais e físicos. Segundo Smith (1992),
“Os jogos sensoriais, de exercício e as atividades físicas que são promovidas pelas
brincadeiras auxiliam a criança a desenvolver aspectos referentes à percepção,
habilidades motoras, força e resistência e até as questões referentes à
termorregulação e controle de peso”.
6
Podemos observar que na brincadeira também há o desenvolvimento
emocional e da personalidade da criança. Para Friedmann (1996) e Dohme (2002)
as crianças têm diversas razões para brincar, e uma delas é satisfazer de prazeres
que podem usufruir enquanto brincam, podem exprimir a agressividade, dominar a
angústia, aumentar as experiências e estabelecer contatos sociais.
Piaget (1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades
intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de desafogo ou
entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e
enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma:
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-
motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria,
fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função
das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação
das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material
conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades
intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência
infantil. (PIAGET, 1976, p.160).
Mello (1999), em sua tese de doutorado, ao estudar crianças vítimas de
violência física doméstica constatou que, pela brincadeira, as crianças elaboravam
as experiências traumáticas vividas, pois aquilo que mostravam enquanto
brincavam, estava relacionado com sua história. Ainda Mello e Valle (2005),
acrescentam que o brinquedo proporciona a exteriorização de medos e angústias e
atua como uma válvula de escape para as emoções.
O jogo é uma maneira das crianças interagirem entre si e com o meio social,
vivenciam situações, manifestações de indagações, formulam estratégias, e quando
verificam seus erros e acertos, podem reformular sem punição seu planejamento e
suas novas ações. O jogo ao ocorrer em situações sem pressão, em atmosfera de
familiaridade, segurança emocional e ausência de tensão ou perigo, proporciona
condições para a aprendizagem das normas sociais em situações de menor risco,
no entanto o jogo proporciona à criança oportunidades de experimentar
comportamentos, que em muitas vezes, em uma situação normal, jamais tentariam,
por temerem o erro ou a punição.
7
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste artigo, foram oferecidos alguns resultados de pesquisas e estudos que
comprovam que a brincadeira, o jogo é como uma ferramenta de suporte para
estimular o desenvolvimento infantil e a aprendizagem, oferecendo assim uma
proposta para que possamos rever nosso método de trabalho, de ensino seja na
escola, seja em casa, deixando-os mais atrativos e eficazes no trabalho com
crianças. Deste modo, poderemos fazer um trabalho promovendo o bem estar
infantil e favorecendo a elas todos os aspectos do desenvolvimento infantil.
A influência que o brincar tem com o desenvolvimento infantil, pode ser
utilizado como ferramenta onde posso estimular déficits e dificuldades encontradas
em alguns aspectos do desenvolvimento da criança. Entretanto, profissionais, pais,
pessoas que lidam com crianças não devem se deter a meios isolados do
desenvolvimento global infantil, mas devem ficar atentos a este, já que todos os
aspectos ao desenvolvimento global infantil estão interligados uns com os outros,
exercem influência uns sobre os outros.
No que podemos dizer, com referência à aprendizagem, utilizar a brincadeira
como um recurso é aproveitar a motivação interna que as crianças têm para tal
comportamento e tornar a aprendizagem de conteúdos escolares mais atraentes.
Seguindo orientação de que a criança deve escolher a melhor forma de
canalizar seus sentimentos, não devemos desta forma proibir que ela brinque, crie
com seus brinquedos, imagine, interaja com o meio social na brincadeira. Que a
mãe seja orientada a respeitar o amigo de mentira de seu filho, mas não deve trazê-
lo para o mundo real, pois isto pode confundir a criança.
A atividade lúdica tem a função de ajudar as crianças a expressarem seus
conflitos internos, o que torna sua relação com os outros mais fácil. Assim, o jogo é
um dos mecanismos dentro e fora da escola capazes de auxiliar a criança a
apreender as riquezas produzidas pela humanidade, gerando revoluções no
desenvolvimento infantil.
8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. É brincando que se aprende. Ver. Páginas Abertas. v. 27, n. 10, p. 20-
21, 2001.
BROUGÈRE, G. La signification d&#';un environnement ludique: L&#';école
maternelle à travers son matériel ludique. In: PREMIER CONGRES
D&#';ACTUALITE DE LA RECHERCHE EN EDUCATION ET FORMATION, 1993,
Paris.Actes du Premier congrès d&#';actualité de la recherche en éducation et
formation. Paris: CNAM, 1993.
BROUGÈRE, G.; WAJSKOP, G. Brinquedo e cultura. 2ª ed. São Paulo: Cortez,
1997.
BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes médicas. 1998.
DOHME, V. A. Atividades lúdicas na educação: O caminho de tijolos amarelos
do aprendizado. 2002. Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-Graduação em
Educação, Arte e História da Cultura, Universidade Presbiteriana Mackenzie. São
Paulo.
ELKONIN, D. B. Psicologia do jogo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
FRIEDMANN, A. O direito de brincar: a brinquedoteca. 4ª ed. São Paulo: Abrinq,
1996.
ISIDRO, A.; ALMEIDA, A. T. M. Projecto Educar para a convivência social: O jogo no
currículo escolar. Cadernos encontro: O museu a escola e a comunidade. Centro
de Estudos da Criança, Universidade do Minho, Braga, 2003.
LEONTIEV, A.N. Os principios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: Vygotsky,
L. S.; Luria, A. R.; Leontiev, A. N. (Orgs.), Linguagem, desenvolvimento e
aprendizagem. São Paulo: Moraes, 1994.
MELLO, A. C. M. P. C. O brincar de crianças vítimas de violência física
doméstica. 1999, Tese de doutorado. Psicologia escolar e do desenvolvimento
humano. Universidade de São Paulo. São Paulo.
MELLO, L. L.; VALLE, E. R. M. O brinquedo e o brincar no desenvolvimento
infantil. Psicologia argumento. Vol. 23, n. 40, p. 43 – 48, 2005.
PIAGET, Jean. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
SMITH, P. K. Does play matter: Functional and evolutionary aspects of animal and
human play. Behavioral and Brain Sciences. v. 5, n. 1, p. 139 – 184, 1982.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
9
WAJSKOP, G. Concepções de brincar entre profissionais de educação infantil:
implicações para a prática institucional. 1996. Tese de Doutorado, Faculdade de
Educação, Universidade de São Paulo. São Paulo.

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Brinquedos e brincadeiras lúdicas

  • 1. ¹ Artigo apresentado como TCC do curso de Pós-Graduação em Educação Inclusiva da Diversidade Especial e Social. Para o Instituto Teológico de Educação – ITDE, Ano: 2012. ² Licenciada em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. Aluna do curso de Educação para a diversidade social e especial, da telessala do município de Palotina, sobre matrícula de número 174757. danusaiung@hotmail.com BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS LÚDICAS: A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL¹ Danusa Iung da Silva² RESUMO Sendo a brincadeira a principal atividade da infância e de acordo com o psicólogo Vygotsky ressalta e cria zonas de desenvolvimento proximal e que estas propiciam saltos qualitativos no desenvolvimento e na aprendizagem infantil. Quando a criança brinca ela descobre as relações existentes entre os homens e também permite á criança a se apropriar de códigos culturais e de papeis sociais. Brincar é sinônimo de aprender. O brinquedo faz parte da maior parte da vida das crianças, ou seja, na infância, assume um papel importante nesta fase, já que a criança esta em constante desenvolvimento. Os brinquedos fazem parte desta infância, destas brincadeiras infantis, Este artigo tem como objetivo ressaltar a importância dos brinquedos neste desenvolvimento. Palavras-chave: Brinquedos. Infância. Desenvolvimento. 1 INTRODUÇÃO A brincadeira é a principal atividade da infância, e isso não se dá apenas pelo fato de a criança frequentemente brinca, mas também pela influencia que ela tem em seu desenvolvimento infantil. O psicólogo Vygotsky (1991) ressalta que a brincadeira cria zonas de desenvolvimento proximal e que estas propiciam saltos qualitativos no desenvolvimento e na aprendizagem infantil. Elkonin (1998) e Leontiev (1994) ampliam a teoria de Vygotsky, afirma que durante a brincadeira que ocorre as mais importantes mudanças no desenvolvimento psíquico infantil. Para estes três autores a brincadeira é o caminho de transição para níveis mais elevados. As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança e também é uma forma de auto expressão. Talvez poucos pais saibam o quanto é importante o brincar para o
  • 2. 2 desenvolvimento físico e psíquico do seu filho. A ideia difundida popularmente limita o ato de brincar a um simples passatempo, sem funções mais importantes que entreter a criança em atividades divertidas. O brinquedo faz parte da maior parte da vida das crianças, ou seja, na infância, assume um papel importante nesta fase, já que a criança esta em constante desenvolvimento. Muitos pais não sabe a importância do brincar, da brincadeira, do jogo, são neles que há a atividade de faz de conta da criança, elas reflete nas brincadeiras o como elas veem no mundo adulto, copiando seus pais, seus irmãos, amigos, etc. Independente do brinquedo que possui em suas mãos, elas criam, contam, inventam histórias e situações, que veem na vida real. Por que o brinquedo assume posição tão importante para a criança? Qual a importância do brinquedo no desenvolvimento infantil? Quando a criança brinca ela descobre as relações existentes entre os homens, consegue também, através da brincadeira, avaliar suas habilidades e compara-las com as das outras crianças afirma Leontiev (1994). A importância que se dá a este trabalho é o fato de sempre ouvirmos de pais de algumas crianças as seguintes frases: “Esse menino só pensa em brincar; estudar que é bom nada!”. “Mas no maternal ela não aprende nada, só brinca!” frases como estas todos os professores já devem ter ouvido de pais ou até mesmo de algum de nossos conhecidos, parentes ou amigos. Essas afirmações que ouvimos mostra o quanto os pais desvalorizam o brinquedo no processo de aprendizagem da criança. Este trabalho tem como meta principal, ressaltar a importância do brinquedo, dos jogos, no desenvolvimento infantil, na aprendizagem da criança. O foco da pesquisa deste artigo são as crianças em sua infância, pois, é nesta fase que se dá a maior importância ao desenvolvimento infantil e as suas relações com os brinquedos do seu dia-a-dia. Percebendo-se que os jogos e as brincadeiras da cultura infantil são frequentemente ignorados pelas instituições escolares em geral, pretende-se pontuar a importância do aspecto lúdico para o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, esperando assim que escolas, professores passam a dar a eles maior importância.
  • 3. 3 2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO O artigo científico tem como base, livros de psicólogos na área de desenvolvimento infantil, como, Froebel, Freud, Jean Piaget, Vygotsky, Leontiev, Friedmann, Erikson, entre outros, que serão citados no decorrer do desenvolvimento do artigo. Assim como artigos científicos nesta área do desenvolvimento, relacionado com o lúdico. Faremos a leitura, a explicação e compreensão destes textos, relacionando-os sempre com o tema, ou seja, a importância que o brinquedo tem no desenvolvimento da criança, tendo o projeto embasamento teórico. Assim, são apresentadas as ideias fundamentais dos diferentes papéis que a brincadeira exerce no fazer pedagógico e no desenvolvimento humano com a finalidade de propiciar ao profissional docente a reflexão sobre a aplicação do lúdico na aprendizagem, promovendo a autonomia intelectual da criança. Sendo a brincadeira uma necessidade no desenvolvimento humano, ela não deve ser vista como mera diversão, pois, colabora para o desenvolvimento pessoal, social e cultural, facilitando a expressão e a construção do conhecimento. As brincadeiras levam a criança a expressar seus impulsos, suas emoções, servindo de elemento encorajador para competências cognitivas. É muito comum educadores acreditarem que as técnicas lúdicas favoreçam o trabalho em coletivo da criança, eles não estão enganados, pois, o trabalho em grupo, além de ter sua riqueza na natureza das relações em grupo, caracteriza-se por ser um contexto favorável para a utilização destas atividades. A ação educativa do lúdico não tem como objetivo apenas ensinar o jogo, o brincar, a brincadeira, mas usá-lo como mediador de uma intervenção que mobilize funções necessárias para a aprendizagem e desenvolvimento. Assim, alunos que possuem dificuldades podem fazer uso da brincadeira para assimilar conteúdos pedagógicos. Para o educador é importante que atividades não sejam apenas sentidas como obrigatoriedade, mas também como possibilidade de sentir que o seu papel está sendo desempenhado de forma prazerosa. Segundo Campos citado por Amaral (2003, p. 230): O uso do jogo é formativo em dupla mão de direção: junto ao aluno e o professor. Para o professor, o jogo tem potencial de promover novas e melhoras formas de ensinar em geral, para qualquer disciplina, diferentes
  • 4. 4 maneiras de interagir com a turma e de se posicionar dentro da sala de aula, como coordenador das atividades e facilitador do aprender do aluno em vez de centro irradiador das decisões e do saber. Desta maneira, seria muito importante, que a escola possuísse um espaço para o desenvolvimento das brincadeiras, dos jogos e outras atividades lúdicas, o aluno não deveria ficar apenas na sala de aula “imóvel”, nem mesmo o professor, assim ambos teriam um espaço para novas ideias, novos descobrimentos. Através dos brinquedos, das brincadeiras a criança satisfaz suas curiosidades, traduz o mundo adulto para dentro das suas possibilidades, descobre o como as coisas funcionam. A brincadeira também permite á criança a se apropriar de códigos culturais e de papeis sociais (BROUGERE e WAJSKOP, 1997). Independente do tipo ou das características do brinquedo, - mudanças ocorrem a cada ano nos brinquedos, por exemplo, a boneca de 40 a 50 anos atrás é diferente das de hoje, 2013 - pelo brincar o desenvolvimento infantil esta sendo estimulado, mas, a cada idade das crianças as brincadeiras mudam, ou seja, as brincadeiras mudam conforme muda a idade das crianças, afirma Leontiev (1994). Para Isidro e Almeida (2003) afirmam que as regras de uma brincadeira ou jogo, estão intimamente ligadas ao conhecimento que as crianças têm da realidade social na qual estão inseridas. De acordo com Paulo Roberto Pereira1 e Ana Cecília Silveira Lins Sucupira2, brincar é sinônimo de aprender. Assim, uma das principais preocupações dos livros de orientação para os pais têm sido convencê-los da necessidade de se oferecer à criança os brinquedos certos para as idades certas. É preciso que os pais entendam que as crianças têm brinquedos certos para suas idades, é preciso explicar para eles este fato, o porquê determinado brinquedo é melhor em determinada idade, evitando assim o desperdício de dinheiro quando atendem ao pedido da criança, quando esta vê um brinquedo na televisão, que depois é deixado de lado pela criança. Não apenas o pai, mas, a criança também muitas vezes se decepciona com o brinquedo que tanto desejou, pensando muitas vezes ser rápido, bonito, quando na televisão não corresponde com a realidade, pois alguns truques de propaganda dão aos brinquedos, como por exemplo, um boneco estático se movendo, fazem voar aviões que na verdade se movem sobe rodas. É por esses motivos que os pais Instituto da Criança do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 1 Residente de segundo ano (1980). 2 Assistente da Seção de Ambulatório Assistencial. Aceito para publicação em 20 de novembro de 1980.
  • 5. 5 veem procurando orientação junto ao médico no sentido de dar aos seus filhos os brinquedos que mais lhes trarão benefícios. Com isso um brinquedo desejado não se torna algo indesejado, mas apenas trocado por outro que interessa à criança e ajude em seu desenvolvimento. Independente do tipo ou das características do brinquedo, pelo brincar o desenvolvimento infantil está sendo estimulado (VYGOTSKY, 1991; FRIEDMANN, 1996; DOHME, 2002). Aquelas primeiras brincadeiras do bebê, que são caracterizadas pela observação e posterior a manipulação de objetos, oferecem à criança o conhecimento e a exploração do seu meio através dos órgãos dos sentidos. Leontiev (1994) afirma que as brincadeiras mudam conforme muda a idade das crianças. Logo que a criança começa a falar os jogos de exercício começam a diminuir e dão espaço aos jogos simbólicos. Para Vygotsky (1991) as crianças querem satisfazer certos desejos que muitas vezes não podem ser satisfeitos imediatamente. Desta forma, pelo faz de conta da brincadeira, a criança testa, experimenta os diferentes papéis na sociedade – papai, mamãe, filinho, professora, trabalhador, etc. Próximo aos 6 anos de idade até o princípio da adolescência, os jogos simbólicos começam a declinar porque passam a aproximar-se cada vez mais do real. O símbolo perde seu caráter de deformação lúdica e passa a ser uma representação imitativa da realidade, inicia-se então a estrutura dos jogos de regras. Para Vygotsky (1991) todas as modalidades de brincadeiras estão inseridas de regras e de faz de conta. Para o autor não importa a idade da criança da criança e o tipo de brincadeira, estes dois aspectos sempre estarão presentes. Isidro e Almeida (2003) afirmam que as regras de uma brincadeira, ou jogo, estão intimamente ligadas ao conhecimento que as crianças têm da realidade social na qual estão inseridas. A brincadeira, sendo ela de regras ou simbólica, não tem caráter apenas de diversão, mas pela brincadeira a criança, sem intenção, estimula diversos aspectos que contribuem para o seu desenvolvimento individual quanto o social. A brincadeira desenvolve primeiramente os aspectos sensoriais e físicos. Segundo Smith (1992), “Os jogos sensoriais, de exercício e as atividades físicas que são promovidas pelas brincadeiras auxiliam a criança a desenvolver aspectos referentes à percepção, habilidades motoras, força e resistência e até as questões referentes à termorregulação e controle de peso”.
  • 6. 6 Podemos observar que na brincadeira também há o desenvolvimento emocional e da personalidade da criança. Para Friedmann (1996) e Dohme (2002) as crianças têm diversas razões para brincar, e uma delas é satisfazer de prazeres que podem usufruir enquanto brincam, podem exprimir a agressividade, dominar a angústia, aumentar as experiências e estabelecer contatos sociais. Piaget (1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma: O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório- motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. (PIAGET, 1976, p.160). Mello (1999), em sua tese de doutorado, ao estudar crianças vítimas de violência física doméstica constatou que, pela brincadeira, as crianças elaboravam as experiências traumáticas vividas, pois aquilo que mostravam enquanto brincavam, estava relacionado com sua história. Ainda Mello e Valle (2005), acrescentam que o brinquedo proporciona a exteriorização de medos e angústias e atua como uma válvula de escape para as emoções. O jogo é uma maneira das crianças interagirem entre si e com o meio social, vivenciam situações, manifestações de indagações, formulam estratégias, e quando verificam seus erros e acertos, podem reformular sem punição seu planejamento e suas novas ações. O jogo ao ocorrer em situações sem pressão, em atmosfera de familiaridade, segurança emocional e ausência de tensão ou perigo, proporciona condições para a aprendizagem das normas sociais em situações de menor risco, no entanto o jogo proporciona à criança oportunidades de experimentar comportamentos, que em muitas vezes, em uma situação normal, jamais tentariam, por temerem o erro ou a punição.
  • 7. 7 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste artigo, foram oferecidos alguns resultados de pesquisas e estudos que comprovam que a brincadeira, o jogo é como uma ferramenta de suporte para estimular o desenvolvimento infantil e a aprendizagem, oferecendo assim uma proposta para que possamos rever nosso método de trabalho, de ensino seja na escola, seja em casa, deixando-os mais atrativos e eficazes no trabalho com crianças. Deste modo, poderemos fazer um trabalho promovendo o bem estar infantil e favorecendo a elas todos os aspectos do desenvolvimento infantil. A influência que o brincar tem com o desenvolvimento infantil, pode ser utilizado como ferramenta onde posso estimular déficits e dificuldades encontradas em alguns aspectos do desenvolvimento da criança. Entretanto, profissionais, pais, pessoas que lidam com crianças não devem se deter a meios isolados do desenvolvimento global infantil, mas devem ficar atentos a este, já que todos os aspectos ao desenvolvimento global infantil estão interligados uns com os outros, exercem influência uns sobre os outros. No que podemos dizer, com referência à aprendizagem, utilizar a brincadeira como um recurso é aproveitar a motivação interna que as crianças têm para tal comportamento e tornar a aprendizagem de conteúdos escolares mais atraentes. Seguindo orientação de que a criança deve escolher a melhor forma de canalizar seus sentimentos, não devemos desta forma proibir que ela brinque, crie com seus brinquedos, imagine, interaja com o meio social na brincadeira. Que a mãe seja orientada a respeitar o amigo de mentira de seu filho, mas não deve trazê- lo para o mundo real, pois isto pode confundir a criança. A atividade lúdica tem a função de ajudar as crianças a expressarem seus conflitos internos, o que torna sua relação com os outros mais fácil. Assim, o jogo é um dos mecanismos dentro e fora da escola capazes de auxiliar a criança a apreender as riquezas produzidas pela humanidade, gerando revoluções no desenvolvimento infantil.
  • 8. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, R. É brincando que se aprende. Ver. Páginas Abertas. v. 27, n. 10, p. 20- 21, 2001. BROUGÈRE, G. La signification d&#';un environnement ludique: L&#';école maternelle à travers son matériel ludique. In: PREMIER CONGRES D&#';ACTUALITE DE LA RECHERCHE EN EDUCATION ET FORMATION, 1993, Paris.Actes du Premier congrès d&#';actualité de la recherche en éducation et formation. Paris: CNAM, 1993. BROUGÈRE, G.; WAJSKOP, G. Brinquedo e cultura. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1997. BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes médicas. 1998. DOHME, V. A. Atividades lúdicas na educação: O caminho de tijolos amarelos do aprendizado. 2002. Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura, Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo. ELKONIN, D. B. Psicologia do jogo. São Paulo: Martins Fontes, 1998. FRIEDMANN, A. O direito de brincar: a brinquedoteca. 4ª ed. São Paulo: Abrinq, 1996. ISIDRO, A.; ALMEIDA, A. T. M. Projecto Educar para a convivência social: O jogo no currículo escolar. Cadernos encontro: O museu a escola e a comunidade. Centro de Estudos da Criança, Universidade do Minho, Braga, 2003. LEONTIEV, A.N. Os principios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: Vygotsky, L. S.; Luria, A. R.; Leontiev, A. N. (Orgs.), Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Moraes, 1994. MELLO, A. C. M. P. C. O brincar de crianças vítimas de violência física doméstica. 1999, Tese de doutorado. Psicologia escolar e do desenvolvimento humano. Universidade de São Paulo. São Paulo. MELLO, L. L.; VALLE, E. R. M. O brinquedo e o brincar no desenvolvimento infantil. Psicologia argumento. Vol. 23, n. 40, p. 43 – 48, 2005. PIAGET, Jean. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. SMITH, P. K. Does play matter: Functional and evolutionary aspects of animal and human play. Behavioral and Brain Sciences. v. 5, n. 1, p. 139 – 184, 1982. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
  • 9. 9 WAJSKOP, G. Concepções de brincar entre profissionais de educação infantil: implicações para a prática institucional. 1996. Tese de Doutorado, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. São Paulo.