Este boletim da Fraternitas discute o celibato dos padres, apresentando perspectivas a favor e contra a obrigatoriedade do celibato. Relata o testemunho de uma filha de um padre casado e noticias de nascimentos. Anuncia também o próximo encontro de formação sobre os ministérios.
1. Nº 59 - Julho / Setembro de 2016
b o l e t i m d a F R A T E R N I T A S M O V I M E N T O
EncontrodeFormação 2
Cartas/Tesouraria 3
Celibatodos padres:simounão,eisaquestão 4
Testemunho/Breves 5
EcosdoEncontrodeViseu 6-7
"Tudo como dantes, Quartel-general em Abrantes" 8
CartaaoPapaeaoEpiscopadoCatólico 8-9
InMemoriam...FernandoRodriguesRibeiro
VidasdaVIDAdeFernandoRibeiro 11-10
Omeutestemunho 12-10
P
enso que todos nos
recordamos de um slogan
do Instituto de Socorros a
Náufragos que dizia isto: "Há mar e
mar, há ir e voltar!" Consoante as
nossas idades assim os ecos e a
profundidade que aquelas palavras
deixaram em nós.
Têm a ver com as férias, esse
tempo e esse espaço tão essenciais
ao nosso entendimento como
pessoas à descoberta constante da
vida e do seu sentido ao jeito de
Jesus Cristo.
São, por isso, preciosas, para
partilharmos com aqueles que mais
amamos e mais nos amam; um
S.O.S. (Save Our Souls) no sentido
original anglo-saxónico da
expressão.
"Salva as nossas almas!" Trata-se
daquele grito que, em nós, sempre
teima em fazer-se ouvir no código
morse que acompanha a nossa
caminhada terrena.
A
gratidão presente é aquela
atitude que podemos cultivar
(sem custos para o utilizador)
em todos os momentos, sobretudo
em férias. É, ou pode ser, uma
tensão libertadora entre o passado
e o futuro, tal como as ondas que se
transformam em espuma ao
2. rebentarem na praia.
Aproveitando esta última "onda" de
gratidão, louvo o sucesso do
Encontro Regional de Viseu. A todos
quantos organizaram, acolheram e
participaram o meu (e o nosso como
Direcção) bem hajam.
Precisamos de mais e melhor
Fraternidade na medida das nossas
possibilidades; e necessitamos
igualmente agradecer o caminho que
temos feito! Bem hajam, uma vez
mais! A todos!
E
a nossa caminhada continua.
No próximo mês de Outubro,
iremos ter o nosso Encontro
de Formação em Gaia, nos
Redentoristas, tendo como leme,
digo, lema "Os Ministérios", hoje tão
precisados de reflexão e de acção
renovadas em Comunidades que se
desejam profundamente em
caminho de amadurecimento
iluminado pelo Evangelho.
Boas férias e/ou bom trabalho!
Abraços e beijinhos
Luís Carlos, Ana Marta
e Simão Pedro
ENCONTRO DE FORMAÇÃO
Data: 14 a 16 de Outubro de 2016
Local: Seminário de Cristo-Rei – Vila Nova de Gaia
Tema: Os Ministérios
Orientador: Padre RUI SANTIAGO, CSSR
Inscrições: Secretariado da Fraternitas até ao dia 30 de Setembro
Depois das férias, no início de Setembro, seguirá informação mais pormenorizada sobre esta im-
portante actividade, para a qual te pedimos reserves já espaço na tua agenda e no teu coração.
Essasinformações referir-se-ão apreços (custos de inscrição e de estadia), programa do Encontro,
indicações dechegada eoutrosconsiderados indispensáveis.
Contandocom todos,pedimosofavordetambém iremdivulgandoe motivandopara estainiciativa
donossoMovimento.
3. TESOURARIA
Pagamento de quotas
Qualquerassunto referente aquotas,ouque envolva qualquer
pagamento, deve ser endereçado para oTesoureiro:
JoséAlvesRodrigues
Rua CampinhoVerde, 15 = 4505-249FIÃESVFR
Telf: 220815 616 / Tlmv: 966 404 997
Conta para depósitosou transferências bancárias:
NIB003300004521842666005(MillenniumBCP)
Meu caro Amigo Alberto,
Paz e Bem!
Antes de mais, muito
OBRIGADO.
Acabo de abrir e ler, de uma
ponta à outra, o ESPIRAL que
gentilmente me enviaste e onde
revejo a tua mão. Bem-hajas.
Aqui pulsa, mesmo, a vossa
VIDA! E é o melhor que posso
dizer, penso eu. Pois um boletim
destes interessa, principalmente,
como elo, ponte, mesa, lareira,
aliança, fonte... onde se possam
REencontrar em cada passo para
manter vivas as referências
mútuas e comuns. E também
rio, jardim, galeria, montra das
vossas realizações e dos vossos
sonhos sempre inacabados.
Já se nota A TERNURA DOS 20
— o que, no vosso caso, bem
pode corresponder à dos 40, pois
tantos anos de esperança, luta e
persistência merecem ser
contados a dobrar.
Eu, que aprecio os símbolos e os
gestos, mais que as palavras,
É um livro de cânticos para a
Liturgia
(missa).
Todos os
92 cânti-
cos são
originais.
Há um
bónus de 2
cânticos
numa folha solta (Credo -
profissão de fé baptismal e o o
"cântico baptismal")! Tem,
além disso, o CD.
Está o nosso Olindo Marques
de parabéns!
Resumindo: Cantate, Laudate!
2.ª Edição revista e aumentada
+ CD com melodias lineares
92 + 2 à parte
83-84 páginas
Preço: Livro+CD+portes: 10€
(dez euros)
e-mail de contacto do Autor:
olimarques@gmail.com
"Esta é a minha esposa, N." e
acrescentoucomumsorriso:"Souum
homemdesorte,nãosou?"Eudisse-lhe:
"Claroqueé."Quandofuiparacasae
medepareicomasituação,pensei:"Mas
estremeci com a "ternurinha" da
estola dobrada ao ombro —
deles e delas. Mas, como gosto
muito mais das obras e da vida,
fico à espera de que um dia as
possam desdobrar e com elas
cubram, de novo, os dois
ombros que já transportaram
muitas ovelhas perdidas, cruzes
e molhos de espigas.
Junto-me aos Associados nº 1:
Ámen! Aleluia!
OBRImorGADO
Caro Osório de Castro
Pela presente, agradeço o envio
do nº 58 do Espiral, que também
acabo de receber em suporte de
papel.
Cordialmente.
Bispo António Montes
Muchas gracias por vuestro
envío.
Un abrazo.
Ramón Alario Sánchez
(conclusão da pág. 9)
Carta ao Papa e ao Episcopado queraio?Pelosimplesfactodenãoter
nascidoondeelenasceu,elepôdecasar
e eu não." Foi neste momentoque a
vocação sacerdotal é uma vocação
dentro de outra que não implica
necessariamenteterdeexistir:avocação
aocelibato.
h) Por fim, quereria saber se
efectivamenteháapossibilidadedo
documentoserretrovertidoparaoutras
línguas, no sentido de levarmos o
documentoaoâmbitointernacionale
trabalharmosemuníssonocomoutros
sacerdotesforadoPaís.
Despeço-mepedindoaDeusque,através
deJesus,possamosvivercomalegria
renovadaestaPáscoadaRessurreição.
UmabraçofraternoemCristoSenhor.
2ªedição
Cantate, Laudate!
4. "Porque é que os padres não se
podem casar?" Esta é uma
interrogação tão velha quanto a
existência dos próprios padres.
Durante os primeiros tempos do
Cristianismo, muitas comuni-
dadeseramlideradasporhomens
casados, a quem era pedido que
fossem "irrepreensíveis, esposos
de uma única mulher, e seus
filhos deveriam ter fé e não ser
acusados de maus costumes ou
desobediência",conformedizSão
Paulo a Tito na carta que lhe es-
creveu. Sabemos ainda pela Bí-
bliaque Pedrotinhaumasogra,e
séculosmais tarde surgiramrela-
tosdeumafilha.Eseriadeimagi-
narquemuitos dosqueseguiram
Jesus, por terem sido chamados
em idade mais avançada, já
tivessem família constituída. No
entanto, a Bíblia também não
refere, em qualquer lugar, que
essas famíliasacompanharam os
Apóstolos. "Se Pedro tivesse le-
vado a esposa para Roma, se vi-
vessem como marido e mulher,
numa família muito cristã, como
é que a tradição ia esquecer o
nome da esposa de Pedro? E o
mesmoparaosoutrosApóstolos",
questiona D. Nuno Brás, bispo
auxiliar de Lisboa e membro da
ComissãoEpiscopaldaEducação
Cristã e Doutrina da Fé.
Apesar de a disciplina ser antiga
ederemontaraostemposdeJesus
Cristo, também Ele celibatário,o
facto é que ao longo da História
da Igreja muitos têm pedido para
que esta se altere, e muitos a têm
defendido com unhas e dentes.
Maisrecentemente,umcongresso
do Movimento pelo Celibato
Opcional (MOCEOP), uma
organização espanhola que
congrega muitos sacerdotes que
pediram dispensa do voto de
celibato e casaram, voltou a
insistir nestaquestão.
Luís Salgueiro, presidente da
Fraternitas,umaorganizaçãoque,
emPortugal,congregasacerdotes
quepediramdispensa,estevepre-
sente no congresso e explica que
oquesepretendeéum"amadure-
cimento"dascomunidadeseuma
"abertura da Igreja a novas
realidades, fruto dos sinais dos
tempos"."Adisciplinaqueexiste
deve ser tomada na sua devida
consideração. É um elemento
importante,masnãoéfundamen-
tal, porque se a disciplina não
ajudar a que o núcleo evangélico
sejaconhecido,adisciplinatorna-
-se obstáculo, mais uma barreira
do que uma ponte", diz este
responsável, também ele um
sacerdotequepediuadispensado
voto decelibato e se casou,man-
tendonoentantoumavidacomuni-
tária e de participação na paró-
quia.
D. Nuno Brás discorda e aponta
outrosmotivosparajustificaresta
nova tentativa de alteração da
disciplina do celibato. O prelado
falade uma"hipervalorização da
dimensão sexual na nossa vida".
"A publicidade, a música, os fil-
mes, as notícias, tudo hiper-
valorizaadimensãosexual.Oque
é perigoso, porque se está a
hipervalorizarumadimensãoque,
sendoimportanteeessencial,não
é tudo. Nós reduzimos tudo na
vidaàeconomiaeaosexo.Assim
comopareceimpossívelquepes-
soas ofereçam parte da sua vida
voluntariamentesemganharnada,
há quem ache impossível uma
pessoa ser celibatária, porque "é
impossível resistir" a esta
dimensão sexual. Mas é impor-
tante percebermos que assim
comohágentequefazverdadeiro
voluntariado,tambémháquemfaz
verdadeiro celibato", explica,
acrescentandoque"lamenta"que
alguns antigos sacerdotes que
pediram a dispensa tenham estes
"motivos de batalha", que
caracteriza como "autojustifi-
cações pessoais de pessoas que
foramordenadasequeaumdado
momento pediram a dispensa do
celibato".
CELIBATO DOS PADRES:
SIM OU NÃO, EIS A QUESTÃO
Desde o início da História da Igreja que o celibato dos religiosos tem sido disciplina aceite, embora
criticada. O facto de ser disciplina e não doutrina abre a porta à reflexão sobrea real necessidade do voto
decelibatonaordenaçãosacerdo-
tal. O tema é polémico, e as
opiniõesdividem-se.
O texto aqui apresentado, e que concluirá no próximo Espiral,
foi retirado, com a devida vénia, do site da Família Cristã, de
01.06.2016 [http://familiacrista.paulus.pt/celibato-sim-ou-nao-eis-
a-questao], da autoria do jornalista Ricardo Perna.
5. Sou a Cláudia, para muitos conhecida como Nené.
Para mim, o meu pai é simplesmente PAI; para os alunos é o professor Sampaio; para muitos, o padre
Sampaio.
Quandomeperguntam
como é ser filha de um
padrecasado, respondo que
é óptimo!Acho que o meu
pai deve ter sido um padre
com vocação para tal, que
dava resposta atodos os
seusfiéisqueconsiderava
filhos. Tê-lo agora só para
nósémaravilhoso!
E como ele diz, os
sacramentos são para
sempre;porisso não
existem ex-padres, mas sim
padrescasados.Poder
partilharistocomoutros
padres casados na FRATERNITAS foi um bem, não só para o meu pai, como para toda a família!Assim foi
com muito gosto que celebrámos os 25 anos de casados dos meus pais em Fátima, num retiro da
FRATERNITAS em2002(como otempo passa...)!
Depois disso, já casei e sou agora mãe de 5 crianças!
TESTEMUNHO
NASCIMENTO (I):AMa-
ria Inês, neta do casal Valente,
Higino e Maria Emília (Associ-
ados nº 46), a residirem em
Ansião, nasceuno dia30deSe-
tembrode2015!Asboasnotíci-
asparece demorarema chegar...
e, por isso, só agora podemos
partilharo felizacontecimento.
Parabénsaospaiseavós,emui-
tasfelicidadesparaapequenita!
NASCIMENTO (II): ACe-
lesteSampaio(Associadanº30),
redobrou de alegria com o nas-
cimento de mais uma neta: a
b r e v e s . . . MariaClara,filhadoGuilberto,
bem nosso conhecido, e da Ra-
quel(Quelinha), no passado dia
2 de Junho!E confidenciou-nos
que são os netos (Vicente de 4
anos e, agora, a Clara de 2 me-
ses), que lhe dão alegria e von-
tade de viver.
Osnossossincerosparabénsaos
paiseavós, com votosdeventu-
rosofuturo!
EM PROVAÇÃO (I): O Gil
(Associado nº 80) já regressou
acasa,apósuminternamentode
uma semana no CHUC (Centro
Hospital e Universitário de
Coimbra).
Votosdesegurarecuperação.
EMPROVAÇÃO (II):Esea
doençavaiminandoasforçasfí-
sicasdemuitosdosnossosasso-
ciados, não é menos certo que
Cireneus, mesmo fisicamente
afastados, não desistem de tor-
nar-se presentes, em amparo
ainda que vocal, que as teleco-
municaçõespermitem.
Tambémanossaoraçãonãofal-
ta.
Quea forçadoDeusMisericor-
diosoeoSeuEspítodeAmornos
tragam ânimo eforça para car-
regaracruzdecadadia,nacon-
figuração comJesusCristo.
8. Parece que está tudo na
mesma, mas não está!... Como
são diferentes os tempos de hoje
(2016) e os que vivemos há 20,
30 ou mais anos. O tema "padres
casados" é encarado de forma
diferente. Não estamos sós nem
isolados!
A confirmá-lo, um e-mailque foi
recebido na caixa do correio
electrónico da Direcção da
Fraternitas, no passado dia 22 de
Março.
Esta missiva gerou troca de
correspondência electrónica en-
tre mim, como membro da
Direcção, e o autor da mensagem
e do texto que a acompanhava,
cuja identidade se ignora. Mas
este facto (anonimato do autor)
"TUDO COMO DANTES, QUARTEL-GENERAL EM ABRANTES"
De:mysteriumcrucis@hotmail.com
Para:direcao.fraternitas@gmai.com
Assunto: CartaAbertaao SantoPadree
aoEpiscopadoCatólico
22deMarçode2016
CarosmembrosdaAssociação
Fraternitas,
Nãopossodeixardevostransmitiravós
eàsvossasfamíliasumapalavramuito
amigaecheiadeamizadenoSenhor
MortoeRessuscitado.Quemvoses-
creve, ésacerdotecatólicoaexercer
funções.
Opresentedocumentoquevoséenviado,
foielaboradoapensaremvósenovosso
combate.Permiti-medizerquevóséque
soisautenticamentecorajosos.Sois-lo
porque, sabendo de todas as conse-
quênciasqueadviriamdavossaopção,
fostes corajosos paramesmo assim,
seguiremfrenteefazerperceberque
maisfortedoquetudo,éoamorque
sentis quer a Deus quer às vossas
famílias. Um bem-haja pela vossa
coragem.
não retira, no meu entender,
nenhum valor ao seu conteúdo.
Para que os associados que
não estiveram no Encontro de
Fátima possam conhecer e
aprofundar este assunto,
transcrevo, a seguir, as principais
peças da troca de mensagens
havida.
Quanto ao texto de que se fala
("Carta aberta ao Papa Francisco
e ao Episcopado Católico"), basta
que no-lo peçam e envia-lo-emos
aos interessados. O custo é de
4,00€ (quatro euros) para
pagamento de despesas de
duplicação e envio do documento
via CTT.
Este tempo que se aproxima,
de férias, de descontracção, pode
ser uma boa oportunidade para
reflectirmos um pouco mais sobre
esta situação na Igreja que
amamos: o vínculo criado entre a
vocação ao ministério ordenado
e o celibato, ou, dito de outra
forma, a incompatibilidade entre a
vocação ao matrimónio e a
vocação ao presbiterado. O meu
saudoso confrade e iminente
moralista, Bernhard Häring, ainda
acrescenta a questão da "exclu-
sividade masculina" no serviço
presbiteral. Veja-se, por exemplo,
o texto daquele autor: "Vocações
Ministeriais: prognósticos para o
futuro"
(in: https://docs.google.com/file/d/
0Bz4WkxIIWaxDTHhJT3M4ODFWLVk/
edit).
Omesmodocumentoquevoséenviado,
seráexpedidoparaRoma.Alguémtem
dedarumpassoemfrenteecombatera
letargiaquesesenteanteapresentesitua-
ção.Esta"CartaAberta"abordaaproble-
máticadoCelibatosobdiversosprismas,
entreeles,algunselementosdecarácter
Teológico,SacramentaleMoralnovos,
queatéagoranãoseviramserutilizados
comoargumentaçãoparaapresentarno-
vosrumosàIgrejasobreestetematão
actual.Existemváriosantagonismos—
comoireisperceber—emtodaasituação
eaformacomofoiabordadaaolongo
destestempos.
Ledeodocumentocomatenção,creio
quevaleráapena.
Noentanto,peçoavossacolaboração
paraoseguinte:
a)Oraçãoparaqueodocumentopossa
efectivamentechegaràsmãosdoSanto
Padre;
b)Compreendoquenãoqueiraisirpara
a"frentedebatalha",comotal,pedimos
apenasquenosajudeisnaretroversão
dodocumentoparaoutraslínguasde
formapara que possa chegaro mais
possívelaosmembrosdoepiscopadodo
mundointeiro,istoé,criaranecessidade
delevarestetemaàmesadosprelados
e,subsequentementedoSantoPadre.
c)Quealgunspossamacrescentaroque
foi otestemunho dasua cruz,do seu
sofrimento.Aindaquesejamtestemunhos
apresentadosdeformaanónima,serão
importantes,paraque,efectivamenteo
Santo Padre possa compreender o
sofrimentohumanopordetrásdo"pedir
dispensa".
d)Creioqueteremos,destemodo,eainda
duranteoPontificadodoPapaFrancisco,
motivosparanãodeixarqueoassunto
"morranapraia"esepossadebaterde
formaséria,frontal e sem tabus esta
questão,demodoaqueaIgreja—queé
edeverásersempreMãe—possaolhar
paraosofrimentodosseusfilhos.
Aindaqueeunãomeidentifique,crede-
-meunidoavós.SouSacerdoteCatólico
comovósenadamedariamaisalegria
queveralgunsdosseusmelhoresfilhos
poderemdenovosubiraoaltar,coma
9. alegria renovada, para celebrar a
Eucaristia.
Peçonoentanto,sigilo,deformaaque
nãopossahavercontratempos neste
processo,peçomuitaoraçãoe,neste
tempodaPaixãodoSenhorquecele-
bremosoautênticoAmorDivinoqueo
Senhortemportodosnós,Amoresseque
setraduzdemuitasmaneirasemodos.
QueDeusvosabençoe.
De:osoriocast@gmail.com
Para:mysteriumcrucis@hotmail.com
24deMarçode2016
Boanoite,IrmãoPresbítero!
Saúdeepaz!
Nãopretendo(pelomenosporagorae
enquantoonãoqueirarevelar)saberem
concretocomquemestouadialogar.Mas
omaisimportanteéasubstância,enão
osacidentes...
Estou a escrever-lhe porque, como
membro da Fraternitas e da actual
Direcção,tomeiconhecimentodotexto
que nos enviou. Sou também o
responsável pela edição do boletim
Espiral.
Parajá,apenasqueriasaberoseguinte:
porquê só agora no-lo enviou, se o
mesmodatadeJaneirode2015(dia13),
istoé,passadomaisdeumano?
Depois,comooconsiderosérioecom
muita substância, entendo que o
deveríamosdivulgarentreosAssociados
da FRATERNITAS, mas, como também
pedesigilo...
Agradeçonoscomuniqueoquepreten-
deeoquepodemosfazer.
Embreve(de29deAbrila1deMaio)
teremoso nossoEncontro Nacional
(anual)emFátima.Poderiaserinteres-
santequequisesseparticipar...Maslá
iriaoseusigiloquantoàsuaidentidade...
Ficoaaguardarnotíciassuas.
Umgrandeefraternoabraço
AlbertoOsório
De:mysteriumcrucis@hotmail.com
Para:osoriocast@gmail.com
25deMarçode2016
BoasnoitescaroIrmãono
Presbiterado,
Em primeiro lugar peço sinceras
desculpas,dadoolapsodetempoentrea
datadescritanodocumentoeadatado
envio.Defactoháumlapso.Existemno
entanto,váriosfactores:
a)Primeirocorrespondeaofactodeque
foiessaaalturaemqueodocumento
começouaserredigido.Eentretrabalhos
pastoraise situações devida,houve
algumasalturasemqueodocumento
esteveemstand-byenãoavançou.
b)Segundo,correspondetambémao
tempodeoração.Estedocumentofoi
muito"rezado",ponderadoereflectido.
Surgiunumaalturaconturbadapara
alguns sacerdotes da Diocesea que
pertenço,eque,nasuasituação,come-
ceiadebruçar-meseriamentesobreo
tema.Entreessessacerdotes,estáomeu
antigoPárocoquepediudispensaeque
foidostaissacerdotesquenuncamais
quissaberdaIgreja.Recentemente,sou-
betambémdasituaçãodaqueleDiácono
deVilaRealquepediudispensaedetudo
oqueorapazsofreu.Foiissoqueme
animouaavançar.
c)Terceiro,osigiloprende-secomofacto
dasrepercussõesquepossamsurgira
nívelde"FraternidadeSacerdotal"na
minhaDiocese.ExistemSacerdotesque
até pensam um pouco como eu mas
preferemmanter-secalados.Noentanto,
osentidodosigiloprende-secomofacto
detambém—econfesso—salvaguar-
dar-meumpouco.Oobjectivoeraque
conjugássemosomaiornúmeroneces-
sáriode Presbíteros— sejados que
pediramdispensasejadosqueainda
exercemfunções—paralevarmos,por
umlado,oEpiscopadoareflectirepor
outro,oSantoPadre—queestáaberto
aodiálogosobreotema—anãodeixar
cairomesmotemanoesquecimento.
Nestaaltura,entreossacerdotesque
subscrevessem,euestarialá,comoum
irmãoentreirmãosquesou,dandoapoio
naquilo que fosse possível e que a
HumanaFragilitaspermita.Comoé
deixadotransparecernodocumento,
pretende-se que este seja um grito
comumenãoapenasmeu.
d)Peçodesculpaspeloavançadodahora
naminharesposta,masaadoraçãoao
SantíssimonaminhaParóquiaterminou
hábocado.MissadaCeiadoSenhorea
seguir os diversos movimentos da
Paróquiativeramumtempodeadoração.
e) O sigilo não se prendequanto ao
documentoemsi,masoanonimato(pelo
menos por agora) quanto a quem o
escreveu.Édifícilparamim,enquanto
Padrenovoeabalbuciarosprimeiros
passosnoMinistério,conseguirassumir
decarascomaquestão.Porisso,esa-
bendoqueodocumentoreflectemesmo
aquiloqueoutrosnãotêmacoragemnem
depôrno papel,mas quepensam da
mesmaforma,acabaporserummote,
ummotordearranqueparaqueaquestão
sejalevadaparaamesmaereflectida
porquemdedireito.Porisso,daminha
parte,teriatodoogostoqueodocumento
pudesseserpublicadonasuatotalidade
ou em parte, como vos aprouver da
melhorformaenissodeixoamaiordas
liberdades.
f)QuantoaoencontroemFátima,teria
todoogostodeestarpresente,mas—e
creia-mequeassimé,carocolega—os
trabalhospastoraisnãomepermitirão
estarpresente.Noentanto,nãoinvalida
queumdia,nãopossamo-nosencontrar
falandopessoalmente.Mascomodisse,
nessaalturado"campeonato"écompli-
cado,poisnãotenhoquemmesubstitua.
g)Umdia,umsacerdotegreco-católico
veiocelebrarumcasamentoemlíngua
inglesanaminhaparóquia.Eucumpri-
mentei-oapresentando-mecomoPároco.
Elevinhaacompanhadodeumasenhora.
Vinhaidentificadocomclergyman.Ele
disse-me:"Olá,eusouoPadreN.evenho
celebrarocasamento deN.eN." Eu
disse-lhe:"Olá,eusouoPadreN.esouo
Párocodaqui."Depoiseledisse-me:
(conclui na pág. 3)
10. Eu posso dizer que os meus
três filhos e todas as outras
crianças viram um filme pela
primeira vez nas suas vidas
mostrado pelo nosso padre, na
sacristia da Igreja Paroquial, no
fimdacatequesesemanal.Istoera
um luxo,não paratodas as crian-
ças desse tempo, mas, para os
meninos de cá. Outro miminho
para as nossas crianças, propor-
cionado por ele, foram as excur-
sões. Isso era algo que assustava
algunspais(deixaremascrianças
viajarem sozinhas) sem as suas
companhias,masojeitodopadre
Fernando para convencer os pais
mais medrosos surtia os seus
efeitos eentãoasnossas crianças
tinhamumdiadiferenteviajando
numautocarroondemuitosnunca
se tinham sentado. Convidou
depois os miúdos e miúdas para
formaremumgrupodeescuteiros
e tudo estava a correr muito bem
até ao dia em que os pais foram
chamados a comprarem as
respectivas fardas e então como
eram já bastante dispendiosas
para as posses da maioria dos
pais,acabouassimesseseusonho
que tinha tudo para dar certo -
eramossinaisdostemposdifíceis
quese viviam então.
Quandosoubequetinhahavido
uma Banda em Vila Nova do
Ceiraenãoseiporquerazãotinha
"morrido"háalguns anos, tentou
e conseguiu ressuscitá-la e então
foiummovimentoacarinhadopor
muitosetrabalhadoporalgunsque
em pouco tempo conseguiram
fazeroprimeiroconcertonoAdro
e com essa linda apresentação aí
começou um novo ciclo de vida
danossaBandaqueaindamexee
movimenta muitas crianças,
jovense menos jovens levando o
bomnomedanossaterraporesse
país fora e também fora do país.
E o nosso Adro? A sala de
visitas de que devemos ter muito
orgulho, foi beneficiado coma
força e boa vontade em alindar
esse espaço e ao ser empedrado,
arborizado, com bancos estrate-
gicamente posicionados, lá está
como marca desse senhor que
muitotrabalhouparaqueestater-
ra, que nem era a sua, ficasse
maisacolhedora.
Aoconhecerocaminhopedo-
nalparaSaçõeseaocimodasbar-
reirasnãohavendoproteçãoalgu-
ma,tornavaocaminhomuitoperi-
goso, conseguiu que em poucos
diasfosse colocadauma vedação
em madeira e assim tornar mais
segura a passagem por ali, único
caminho nesse recuado tempo.
E deixei para o fim o jornal O
VARZEENSE.Todosconhecemoseu
nascimento,sonho tornado reali-
dade por trabalho e persistência
donossoentãopároco.Sonhoque
até hoje continua a levar notícias
do nosso concelho notícias do
nosso concelho por esse mundo
fora.
ABanda,OVARZEENSE,oAdro
e tudo o que descrevi e algumas
coisasquenãomelembrei,perpe-
tuamnamemóriadosVarzeenses
esse grande homem que caiu en-
tre nós e de nós fez parte
importante. Ele foi um elo nesta
engrenagem e nunca deverá ser
esquecido.
(…)
NOTA: O Fernando foi um dos
convidadosdehonradoJantarque
assinalouos50 anos destejornal,
em Março de 2013,na sequência
daatribuiçãodaMedalhadeOuro
do Município de Góis ao Jornal
(deliberaçãoporunanimidade).
IV
Eagora,manoFernandoRibeiro,
quese PASSOU…
Agora,sirvo-medassuaspalavras
exaradas neste seu (vosso) mais
querido Jornal, em Janeiro de
1998, num artigo sobre o
passamento de um amigo vosso
(Dionísio Antunes Fernandes) a
que intitulou "Voltou à terra que
lhe serviu de berço", porque este
últimoparágrafoassenta-lhe"que
nemumaluva":
Bem merece um epitáfio que
sintetizeovalordedonspessoais
que o guindaram e fizeram dele
sempre um Homem (…).
Ámen!
Agora?!... Que o Senhor o tenha
em Sua glória!
Coimbra, 14 de Julho de 2016
Urtélia Silva
(Associada Nº 70)
Vidas da VIDA
(conclusão da pág. 11) (conclusão da pág. 12)
hospitais,àsvezesosdoisaomes-
motempo.Esabemosigualmente
que tudo isso acontece devido às
limitaçõesdecorrentesdafinitude
da naturezahumana.No entanto,
aceitar isso mesmo com toda a
naturalidade supõe uma fé
esclarecida. Neste contexto, é
possível aceitar em paz a dor
causada pela separação daquela
pessoaquefoianossacompanhia
completiva.
João Simão
Azurva,Aveiro
(Associado Nº 3)
O MEU TESTEMUNHO
11. (conclui na pág. 10)
Vamos até ao Alto de Santa
Clara, em Coimbra, à residência
do Fernando e da Maria Natália.
O Fernando foi um grande
artista da tela e da palavra... Os
quadros porsipintados aóleoe a
aguarela são muitos.Apintura a
óleonãofoimaisintensivadevido
a problemas de alergias com as
tintas.Masaobralavradanopapel
nãoémenosconsiderável—poe-
mas e mais poemas de muitos
anos a colegas, a alunos, a ami-
gos, ao ambiente, a vivências do
quotidiano,predominandocontudo
as quadras soltas à sua "Talita"
(que deixava à mesa, à beira dos
pratos,quandoohoráriodasaulas
nãopermitiacomeremjuntos),ar-
tigos para o seu Jornal O VAR-
ZEENSE, etc, etc.
Dos quadrosnãopossodeixar
registo.Detendo-mecomdossiês
seusenummarimensodepapéis,
selecioneiapenas algunspoemas
eapontamentos,e,finalmente,do
arquivo póstumo da MariaNatá-
Vidas da VIDA de Fernando Ribeiro
lia, a quem muito agradeço, dois
artigos doseu querido Jornal.
I
UmaquadranaqualidadedePro-
fessor, de Maria de Fátima M.
Santos(8ºB),16-11-1982.
Quandoháamigos,
hálealdade.
PeloProfessordePortuguês,
temosmuitaAmizade.
II
Quadras à "Talita" em dias
diferentes:
Eufaço ascoisastodas
Mesmo que tunão me peças.
Assim,já não teincomodas:
Mudeiáguasàs"cabeças"(*).
(*) - de bacalhau
Tudo eu gostodefazer:
— Se há coisa que me console
Équandopensocomer
Ir à "Zé"comprar pão mole.
Paraolanchedamenina,
Um petiscosem igual:
Laranjadecascafina
EbolosdoLouriçal.
III
FernandoR.Ribeirona
imprensa regionalista- O
VARZEENSE,Junhode2016
O VARZEENSE é um quinzenário
católicoregionalistadeVilaNova
do Ceira, concelho de Góis,
distritodeCoimbra.
Eis alguns excertos de artigos aí
publicados.
Dia 15dejunho,pg.1:
Faleceu o Fundador d´ O
VARZEENSE":
[…] Fernando R. Ribeiro foi
pároco em Vila Nova do Ceira,
nasdécadas de 60 e 70eainda no
iníciodos anos80,localonde era
estimado e querido dapopulação
que ainda hoje o recorda com
muito carinho, tanto pela obra
deixada como pela sua inefável
personalidade.FundouoJornalO
VARZEENSE em março de 1963,
mantendoocargodediretordeste
regionalaté setembro de 1983.
(…) Foram muitos os que
integraram as cerimónias de
"despedida"emanifestaramoseu
carinho,amizadeesolidariedade.
Dia 30dejunho,pg.6:
"CoisaseLoisas deVilaNovado
Ceira",porMaria da Graça:
[…]OprofessorFernando,na
sua passagem por Vila Nova do
Ceira, para onde veio em 1962
para nos paroquiar cheio de
sonhos, além do ministério que
lhefoiconfiado,começouatentar
perceberoqueseriapossívelfazer
porestaterraquesendopobremais
o era nessa época.
Viajávamos de carro com um padre. Numa localidade ele entrou
numa curva completamente fora de mão e foi imediatamente
mandado parar por uma brigada de trânsito.
— O senhor reparou que fez a curva toda fora de mão? —
inquiriu um agente.
— Distraí-me a olhar para os senhores, peço desculpa —
justificou-se o padre.
— Bom, então nós perdoamos a multa e o senhor padre perdoa-
-nos os nossos pecados — propôs o agente.
— Está bem — concordou o padre. Mas os senhores ficam a
ganhar, pois a multa é só uma e os vossos pecados são muitos!
(texto de um amigo sobre um episódio enquanto Pároco)
12. Rua Dr. Sá Carneiro, 182 - 1º Dtº
3700-254 S. JOÃO DA MADEIRA
e-mail: espiral.fraternitas@gmail.com
boletim de
f r a t e r n i t a s m o v i m e n t o
Responsável: Alberto Osório deCastro
Nº 59 - Julho/Setembro de 2016
(conclui na pág. 10)
In Memoriam...
FERNANDO RODRIGUES
1927 - 2016
7 de Junho
RIBEIRO
O Fernando foi meu condiscípulo nos
SemináriosdeCoimbra.
Encontrámo-nos, pela primeira vez, no
SemináriodaFigueiradaFoz,emOutubrode1940.
Ele provinha da região sudeste da diocese de
Coimbra,enquantoeusouoriundodaregiãonoroeste
damesmadiocese.Eletinhaumfeitioextrovertido,
brincalhão, bem em contraste com o meu, que é
poucocomunicativo,sossegado.Talvezporissonos
tenhamos entendidosempre bem.
Eletinhaumacapacidadenotávelparadetectar
oridículodassituações,oquelheconferiaoestatuto
de facilmente resolver os problemas complicados
que sempre aparecem quando se lida com os
paroquianos. Do que eu percebi da sua actuação
como pároco, ele era muito afável, mas firme e
rigoroso. Sabia rir, mas sabia também manter
respeito.
Perdi-o de vista quando ingressei na
Universidade de Coimbra para o domínio das
CiênciasQuímicas,umaactividademuitoexigente.
Encontrámo-nos mais tarde, já no decorrer dos
trabalhos conducentes à fundação da nossa
Associação Fraternitas Movimento, quando ele
apareceu já casado com a Natália. A partir daí
mantivemossempreo contacto.Todasasvezes que
passávamos por Coimbra íamos estar com eles na
sua casa de Santa Clara. Também eles eram
presençafrequentenasreuniõesdanossaFraternitas.
O Fernando tinha um dom especial para lidar
com situações sérias e difíceis fazendo salientar o
lado cómico das circunstâncias, o que desarmava
os outros. No entanto, o que devia ser, tinha de o
ser.
Quando nos encontrávamos, ele costumava
dizer: "Assim vive o lisonjeiro à custa de quem o
atende". Lembras-te? Claro que me lembrava:
referia-se a um episódio que ocorreu no seminário
daFigueiradaFoz,logonoprimeiroano.Malsoava
acampainhaparaorecreiotodaamaltasaíaacorrer
para os baloiços. Quando uma vez o Fernando se
atrasou,aochegarjánãotinhabaloiço.Entãoolhou
para longe e diz-me: Ó Simão, estão a chamar por
ti acolá ao pé do portão. Desci rápido e fui lá ver,
mas não havia lá ninguém. Quando voltei estava
ele muito divertido no baloiço. Então saiu-me da
bocaaquelafrase,dafábula"OCorvoea Raposa",
que tínhamos acabado de analisar na aula de
Português.
Mencionoestahistóriabanal,semqualquerin-
teresse, apenas para salientar que somos todos
diferentes na apreciação que fazemos dos factos
concretos do dia-a-dia e na forma como a eles
reagirmos. É por isso que a colaboração de cada
um de nós para a concretização de um projecto
comum éabsolutamente essencial,porque éúnica.
Sem ela, alguma coisa iria faltar.
As crises por que passam as instituições e as
pessoasdevemsempreserlidascomoumconvitea
que nelas vejamos oportunidades, a não
desaproveitar,parairmoslendoasformascorrectas
de purificação e de um crescimento sólido.
Não posso deixar de ter uma palavra especial
para a Natália, a esposa do Fernando. Eles
formavam um casal amoroso. Notava-se bem
quando convivíamos com eles. Lá na casa deles
criava-se sempre um ambiente tão agradável que
nem dávamos conta de que o
tempo passava.
Naturalmentetambémhouve
doenças, internamentos em
O MEU TESTEMUNHO