1) O texto discute as raízes do fanatismo islâmico, afirmando que não estão ligadas aos conflitos atuais e sim a uma "guerra religiosa" ou "jihad" contra os infiéis do Ocidente;
2) O autor relata uma conversa com um taxista muçulmano que elogiava o fanatismo do Ayatollah Khomeini e via o Ocidente como corrompido e o Islão como o futuro;
3) Contudo, o autor adverte que não se pode fazer juízos globais sobre todos os muçul
1. espiral
boletim da associação FRATERNITAS MOVIMENTO
Nº 21/2 - Outubro de 2005 / Março de 2006
ENCONTRO REGIONAL DA
FRATERNITAS
O tempo passa! Ainda há tão pouco Página 12
estávamos no Natal, e agora já nos aproximamos
a largas passadas da Páscoa! Quarenta dias antes
e quarenta dias depois tudo é Páscoa. Porque a
Quaresma não faz nenhum sentido se não é
preparação para a grande celebração pascal. E por
vezes esquecemos facilmente que muito mais
que grandes organizações
visíveis de conferências,
actividades, concertos, o
que verdadeiramente deve XIII ENCONTRO NACIONAL
caracterizar a nossa Quaresma é
uma intensa reflexão interior Fátima
para a conversão, no sentido mais 28 de Abril a 1 de Maio de 2006
profundo daquela palavra grega Capuchinhos
que se nos tornou bastante
familiar, a metanoia. Quer dizer,
a nossa preparação quaresmal deve ser uma Sumário:
passagem de um estado de alma meio adormecido
e insensível, à tremenda realidade da Graça, para A outra margem! 3
uma consciência de que somos salvos com Ele,
O incêndio do ódio 4-5
com o Cristo crucificado e ressuscitado que é a
razão mesma da nossa fé. Comemoração 2º Aniversário do P. Filipe 6
Ao longo do tempo do ano, entre uma Páscoa VII Curso de Actualização Teológica 7
e outra, todos corremos o risco de esquecer como XIII Encontro Nacional 8
somos limitados e egoístas, como se o mais “Não tenhais medo... dos padres casados!” 9
importante não fosse efectivamente vivermos com
Nota do Editor 10
Cristo a total entrega aos outros, e não uns outros
mais ou menos abstractos e sem rosto, mas aquele Cartas | Breves... | Novo sócio 11
Outro que tem voz e nome e com quem nos Encontro Regional da Fraternitas 12
(continua na pág. 2)
2. 2 espiral
Passagem acomodarmos, não nos resignarmos a viver
(continuação da página 1)
simplesmente como se não houvesse ainda muito
cruzamos em cada momento da vida. E vem então caminho a andar. Como nos meus tempos de
este tempo quaresmal lembrar-nos que só uma jovem membro da Acção Católica cantávamos
imensa conversão interior nos poderá conduzir a uma estrofe do nosso Hino que nunca me
uma atitude diferente, mais desprendida e esqueceu, gostaria de convosco a recordar porque
entregue, menos centrada nas nossas próprias se nos aplica plenamente: “Há caminhos não andados
mazelas ou condicionalismos, e mais atenta a tudo que esperam por alguém…” E esse alguém temos que
quanto o Outro espera de nós e nos pede ser nós, e temos de descobrir quais os caminhos a
silenciosamente. Afinal Páscoa é isso mesmo, construir e percorrer.
desde as suas raízes bíblicas da passagem do anjo Este ano, no nosso encontro anual vamos
exterminador nas casas dos egípcios, da passagem também fazer uma passagem, talvez ainda um
do Mar Vermelho a pé enxuto, até à passagem da pouco nebulosa mas certamente necessária para
escravidão para a liberdade da Terra Prometida. não estagnarmos: vamos ser capazes de nos
O Tríduo Pascal todo ele nos imbebe dessa interrogarmos interiormente como é que devemos
profunda sensação da passagem da morte à vida, estruturar estes encontros, em que estilo, em que
do pecado à graça, das trevas à luz. E enquanto a modelo, mas sobretudo com que atitude. Não pode
nossa sociedade contemporânea se agarra ser apenas um encontro de amigos que partilham
distraidamente ao gozo duns dias de férias a meio as suas vidas em ambiente agradável e
do percurso fatigante dum ano de trabalho, nós comunicativo, mas não passam disso. Temos que
podemos ter essa mais-valia enorme de viver a ser capazes de fazer a passagem para algo de mais
Semana Maior num espírito de passagem para comprometedor e interpelador, em que nos
uma realidade de salvos e redimidos. Só assim a ponhamos sempre em causa, em que
Páscoa não será apenas uma celebração aprofundemos a nossa atitude de fé e esperança,
comemorativa mas uma vivência interior profunda em que deixemos de ser meramente passivos em
e jubilosa. E então dá-se sim a passagem duma vida relação a alguém competente e esclarecido que nos
mais ou menos rotineira e vazia para uma nova ensine coisas novas e velhas, mas precisamos de
realidade de inserção na ressurreição e na salvação passar a ser muito activos e corresponsáveis, de
do mundo em que nos movemos e somos. Bastante tal forma que o nosso encontro seja um abanão
massacrados por tantas desgraças, tanto para as nossas vidas, que correm o risco de se
pessimismo, tanto derrotismo que os media nos arrastar cansadas e gastas, mas que não podemos
incutem constantemente, poderemos passar a ser de maneira nenhuma deixar de tornar activas e
construtores, cada um à sua escala, claro, mas empenhadas. O nosso P. Filipe não espera de nós
realmente edificadores dum mundo melhor, mais outra coisa, ele que com uma vivência profunda
justo e mais em paz. de Deus nos ajudou sempre a passar adiante, ele
Este ano vamos cumprir já 10 anos sobre que até ao fim se comprometeu e empenhou em
aquele dia em que o P. Filipe nos convidou apara abrir novos caminhos, em lançar novas sementes,
um retiro de padres casados, algo de novo na em passar para novos desafios. Seremos capazes
prática eclesial e que nos abriu perspectivas novas de o desiludir? Penso que não, mas preciso de
da nossa realidade vivencial. Durante estes dez todos vocês para me ajudarem, porque o
anos, muito caminho foi percorrido, fomos Movimento é isso mesmo: é passagem constante
crescendo e fomos sobretudo tomando para melhor, numa inquietude permanente que
consciência de que somos Igreja, e temos que nos não sabe o que é cruzar os braços nem parar os
enquadrar nela como verdadeiros membros passos para a frente. Assim Deus nos ajude, e o
activos. O nosso querido P. Filipe já “passou” para Ressuscitado nos abra os olhos e o coração!
o lado da luz plena e da alegria total. Mas deixou-
nos uma enorme responsabilidade de não nos Vasco Fernandes
3. espiral 3
A outra margem!
“Lembra-te que és pó…” eclesial. Mudança profunda, momento, é digno de respeito.
As Cinzas abrem solenemente a radical! Pedem-nos heroicidade
Quaresma. Somos peregrinos! Erradicar o mal do mundo, autenticada: perseverança, sem
“A vida é uma passagem para a mal colectivo e pessoal — é o desânimo! Por vezes, somos
outra margem”!… Aviso: desafio proposto! Não é capazes de sacrifícios incríveis:
aproveitar o tempo. Enchemo- possível? Assusta-nos um peso peregrinar a pé, jejuar, avultadas
-
-nos de coisas e ofertas… Há uma
“uma só é neces- promessa: “Dou-vos
sária”! A realidade um coração novo”!
é tão evidente! Se — para perdoar,
tudo acaba em fechado à vaidade e
cinza! O convite às ambições, aberto
está feito… à verdade, apoio da
Eis o tempo fraqueza alheia,
adequado à mu- compreensivo,
dança: atitudes, honesto…
comportamentos, O segredo pre-
hábitos, menta- sente é a capacidade
lidades. Urgente! de amar. Só amar!
Não somos escra- Se amarmos, verda-
vos… Livres e senhores! tão grande? Bem! Comecemos deiramente, resolvemos os
Tomemos a vida em nossas pelo mais simples — mudança maiores e os mais graves proble-
mãos. Oh! O fatalismo pessoal. Choca-nos a fome no mas dos homens. Há vedetismo,
entorpece-nos! Abramo-nos a mundo? Que podemos fazer? oportunismo, interesses, vaida-
novas perspectivas, a novos Vençamos o desperdício que des. Estes arrastam à guerra, à
mundos, a novas aventuras. muitas vezes provocamos. vingança, a egoísmos. E igno-
A mudança pessoal e Simples e humildes! Depois, ram-se os problemas dos
colectiva é urgente. O mundo corajosos para cortar o homens: o desemprego, a fome,
novo exige a nossa cooperação. supérfluo. a falta de água, a ameaça dos
Não existimos para o Lamentamos a violência no riscos naturais, doenças,
aniquilamento. A vida é partilha. mundo? Afastemos a violência epidemias... Só o amor dá
E começa por uma atitude nova, da nossa vida, da nossa família, soluções!
um comportamento novo, do nosso emprego. Tenhamos a Recordemos a Transfigu-
horizontes arrojados. coragem de enfrentar a injustiça, ração! O amor manifestado
Quaresma — Meditação! com determinação e com risco transformou aqueles homens. É
Transformação! — À mudança da nossa tranquilidade. caminho de transfiguração o que
moral? Não! A Metanóia exige Coragem! “Eu venci o mundo!” abre à justiça, à partilha, ao
mudança estrutural profunda, — é garantia de sucesso, mesmo perdão. Não pares!
pessoal e colectiva: familiar, na contrariedade. Façamos o J. Soares
empresas, associativo, social e que devemos. Ser herói um 6 de Março de 2006
4. 4 espiral
A
inda não havia está em jogo quando se fala dos renegam o Islão”. Concluindo:
Ground Zero, nem motivos dos atentados: a grande maioria dos muçul-
Madrid, nem Lon- “Então não entendeis, não manos no mundo ficou satisfeita
dres. Não havia Toni Blair nem quereis entender que é uma com os ataques às torres
Bush Júnior. Ainda não existia cruzada em sentido contrário gémeas. É o que mostram as
o conflito do Iraque, apenas a que está em curso? Uma guerra sondagens.
guerra soviética no Afeganistão religiosa, a que chamais jihad,
e os talibans. E já um taxista guerra santa? Então não Cuidado com os juízos globais
austríaco de origem curda percebeis, não quereis perceber Pode muito bem ser que os
explicava, ao cliente que chefes muçulmanos
transportava da Catedral cultos, como, p. ex., sua
de S. Estêvão para a Com as bênçãos do papa e espicaçados Eminência o grande Imã
por pregadores inflamados, lançaram-se
Bolsa, que o Ocidente é Prof. Dr. Mohammed
na guerra santa contra os infiéis — os
corrupto, só gosta de ver cruzados cristãos da Idade Média. Sayyed Tantawi, grande
mulheres nuas em Com as bênçãos do padrinho do terror Xeque da mesquita Al-
Osama Bin Laden e espicaçados por Azhar, recusem decidi-
cartazes e revistas, que o
pregadores do ódio, lançam-se na guerra
cristianismo já está na santa contra os infiéis — os cruzados damente o terrorismo em
rampa descendente e que islâmicos do século XXI. As vítimas não nome de Allá. Também
o futuro se chama Islão. contam, o terror prossegue. E o mundo desde há décadas o
ocidental, ainda marcado pelo
E desfazia-se em cristianismo, que só lentamente vai
professor universitário e
louvores ao Ajatollah despertando, recusa dar atenção à autor de vários livros Dr.
Khomeini que, ao seriedade da situação. Bassam Tibi, de origem
introduzir a lei islâmica síria e residente na
no Irão, conseguiu Alemanha, tenta clari-
instituir um estado modelar de que, para os muçulmanos, o ficar a diferença entre a doutrina
justiça social. Ocidente representa um mundo de paz do alcorão e a ideologia
Quer dizer: ao contrário do que tem de ser conquistado, assassina islâmica. Mas quem
que fazem correr pelo mundo castigado e convertido ao conhece os corações de todos os
certos comentadores superfi- Islão?” muçulmanos que vivem entre
cialmente informados e pro- E a pedra negra do anel nós? Quem conhece e entende
gramados para um anti ameri- cintilava-lhe no dedo quando ele as pregações dos seus mullahs
canismo vulgar, na sua raiz o chamava “criminoso” ao nas mesquitas? É que tudo se
despertar do fanatismo islâmico Secretário Geral da ONU, Kofi resume a uma questão de
não tem a ver nem com o Annam, e considerava a Itália, interpretação. Assim como o
conflito do Iraque, nem com a a França e a Inglaterra seus facto de Jesus ter recusado
Palestina, nem com Bush e “inimigos”. E acentuava mais liminarmente o uso da espada
Blair. O seu profeta, o rico árabe uma vez: “Essencialmente é não pôde impedir que os
saudita mais procurado, de uma guerra religiosa que está cruzados da Idade Média
figura ascética e olhos flame- em curso e quem o negar brandissem a espada contra os
jantes, Osama Bin Laden, veio mente”. Segundo o padrinho do “infiéis”, também o facto de os
esclarecer, menos de dois meses terror todos os árabes e todos os terroristas islâmicos não
após a catástrofe de Nova muçulmanos deveriam, “tomar pretenderem interpretar o
Yorque, o que é que realmente partido, se ficarem neutros conceito de jihad exactamente
5. espiral 5
naquele sentido pacifista com Laden. As fogueiras onde ticos, não em último lugar de
que os muçulmanos pacifistas o queimam a bandeira norte-ame- proveniência estrangeira?
fazem, poderá muito bem não ricana e bonecos com a figura O Ocidente, após duas
ter explicação. de Bush. Queiram os cegos do terríveis guerras mundiais, após
No livro “A Raiva e o Ocidente escutar a gritaria de a queda de duas ditaduras com
Orgulho” a grande jornalista júbilo ao Deus-misericordioso- milhões de vítimas e após Sre-
italiana Oriana Fallaci, a viver -e-irado, ou os gritos de Allah brenica, gozando, em certa me-
em Nova Iorque, retrata com akbar… Serão grupos margi- dida, de paz e bem-estar, tem
O INCÊNDIO DO ÓDIO *
palavras fortes a adesão das nais extremistas? Minorias dificuldade em se adaptar a este
massas muçulmanas à guerra fanáticas? Mas são milhões e desafio cada vez mais próximo.
santa de morte: “do Afeganistão milhões os extremistas! São Talvez não consiga atingir todo
ao Sudão, da Indonésia ao milhões e milhões os fanáticos! o alcance do que ainda está para
Paquistão, da Malásia ao Irão, Milhões e milhões para quem vir, nem das ideias ou meios de
do Egipto ao Iraque, da Argélia Osama Bin Laden, vivo ou combate que os assassinos de
ao Senegal, da Síria ao Kénia, morto, é uma lenda igual a massas islâmicos ainda poderão
da Líbia ao Chade, do Líbano a Khomeini. vir a desenvolver. Com efeito,
Marrocos, da Palestina ao o reforço dos controlos fron-
Yémen, da Arábia Saudita à Um Desafio Novo teiriços e a expulsão radical dos
Somália, cresce a olhos vistos o Até onde vai, entre os pregadores do ódio não poderão,
ódio ao Ocidente. Ele incendeia- muçulmanos que vivem entre só por si, resolver o problema.
-se como um fogo estimulado nós na Europa, a simpatia pelos A verdade é que o terror conti-
pelo vento enquanto os discí- autores dos atentados em Nova nua a ser o grande desafio às
pulos do fundamentalismo Yorque, Madride ou Londres? nossas democracias.
islâmico se multiplicam como Ninguém sabe. Não lhes im- Mas ele sublinha também
células que se dividem sempre porta sequer o facto de ultima- como é urgente a união de todas
mais. mente em Londres quatro as comunidades religiosas no
Quem, no Ocidente, não jovens terem sido traiçoeira- combate comum contra o mal do
perceber isto queira ver nas mente mandados para a morte nosso tempo, mais propriamente
televisões as imagens que, todos pelos assassinos? Também não de todos os tempos. Contra
os dias, ali nos são apresentadas: serve de nada que, sob o slogan fundamentalismo e fanatismo
As massas que inundam as “guerra santa contra os nas próprias fileiras.
ruas de Islamabad, as praças de americanos”, todos os dias em
Walter Axtmann
Nairobi, as mesquitas de Bagdade e arredores sejam
Teherão. As caras furiosas, os assassinados inúmeros ira-
(* in Kirche In, 08/2005, pp. 32,33)
punhos cerrados e ameaçadores, quianos, entre os quais inúmeras
os cartazes com a figura de Bin crianças, por islâmicos faná- (Tradução de João Simão)
6. 6 espiral
Comemoração do 2º Aniversário da
partida do P. Filipe
F
ez no passado dia 27 No
de Novembro dois lado es-
anos que o Padre querdo
Filipe Figueiredo nos deixou do Pal-
duma forma inesperada, mas co esta-
marcante para todos aqueles que va um
com ele conviveram. retrato
Em Estarreja, sua terra do Pa-
natal, onde foi criada em 2004 a dre Fi-
Fundação Cónego Filipe de l i p e
Figueiredo, quis esta Fundação, mani-
juntamente com a Câmara festando-
Municipal, comemorar o 2º -nos a sua presença. Filipe tinha pelo Povo cigano”.
Aniversário da sua partida com A Orquestra da EsproArte, Foi uma alegria e um sentir
uma Semana de Comemorações de Mirandela, dirigida pelo profundamente a importância
que encerrou com um Concerto Maestro e Director de Orques- que Maria tinha na vida do
que teve lugar no Auditório tras e Compositor Espanhol de Padre Filipe e que tão bem nos
Municipal a que tive a origem Cigana Paco Suarez, e soube transmitir. Foi um mo-
oportunidade de assistir, com o um Grupo de Solistas, Bailari- mento de muita união a todos os
Vasco em representação do nos e Cantores ciganos, delei- que sabiam como era e é o Padre
nosso Movimento Fraternitas. taram-nos com um Programa de Filipe esse momento em que a
Foi um Concerto mara- música de vários autores esposa de Paco Suarez nos
vilhoso em que sentimos conhecidos entre os quais ele cantou essa Ave-Maria. É bom
realmente a presença do Padre próprio Paco Suarez. sabermos e lembrarmos aqueles
Filipe, nosso fundador que tanta Este Concerto teve o seu que amamos e que partiram à
saudade nos deixou, mas que lá momento mais alto quando o nossa frente para junto do Pai.
do Alto vela por nós e nos ajuda Maestro Paco Suarez nos disse
a continuar a ser sinal da que tinha composto uma Ave- Bem haja Padre Filipe pelo
presença do Senhor no meio de -Maria em homenagem ao Padre bem que nos fez e, lá do Céu
todos aqueles que connosco se Filipe que ele lembrava com onde acreditamos nos tenha
cruzam. muita saudade e a quem oferecia precedido, vele por nós para que
Gostava de partilhar con- aquilo que sabia que o Padre consigamos seguir no caminho
vosco o que senti pois sinto-me Filipe tanto gostava, dizendo: que nos mostrou e por onde
na obrigação de o divulgar a “seja onde for que ele estiver queremos e cremos vir a
todos aqueles que conheceram aqui fica a nossa Homenagem encontrar-nos um dia!
o Padre Filipe e sabem como ele de grande saudade lembrando
amava o nosso Movimento... toda a amizade que o Padre Mª Isabel Beires Fernbandes
7. espiral 7
VII Curso de Actualização Teológica 2005
Com a presença de cerca de activa a parti-
setenta associados teve lugar em cipação indi-
Fátima, na Casa de Nª. Sr.ª do vidual com a
Carmo, na data de 11 a 13 de correspondente
Novembro de 2005, mais um riqueza de re-
curso de actualização teológica, flexões e de
subordinado ao tema “Pertença conclusões.
Eclesial do Cristão”, que foi Os temas de-
orientado pelo Doutor João senvolvidos
Duque, Teólogo e Professor pelo confe-
Universitário. rencista fo-
Numa breve sessão de ram: “Dimen- O conferencista, Dr. João Duque.
abertura, após uma sucinta são eclesial Trindade, que é em si mesmo
apresentação dos presentes, a da fé”, “Igreja como comuni- relação, comunidade. Na
secretária deu notícias sobre o dade” e “Comunidade laical”. origem, na vida e na morte, o ser
que entretanto se tem passado na Salientou-se que a fé cristã de humano engloba em si um
nossa associação e falou dos cada um de nós é a adesão a algo aspecto relacional, comunitário.
membros que não puderam estar que nos é proposto, não a algo A nossa identidade como crentes
presentes por doença ou por que nasça de cada um. É uma não se define a partir de nós
impossibilidade profissional. experiência, uma adesão pes- próprios mas é-nos dada gra-
Estes momentos de notícias da soal. Mas essa adesão pessoal a tuitamente por Deus. Deus
“Família Fraternitas” são muito algo que é proposto é um acolhe cada ser humano tal
importantes porque nos ajudam processo comunitário. Dando como acontece ele ser. O
a manter a união entre todos e a esse passo de adesão, entramos acolhimento da fé não é desin-
dar expressão à preocupação de numa comunidade de fé — há carnado, é condicionado pelas
uns pelos outros. um conteúdo de fé que é trans- circunstâncias, pelos contextos
O plano de trabalhos mitido e que se aceita. Esta op- culturais e sociais.
proposto previa três conferên- ção pessoal de aceitação dum A comunidade humana
cias, seguidas, cada uma delas, conteúdo transmitido começa na constrói-se na assunção das
de sessões de trabalhos por família. diferenças de cada um. A
grupos e de plenários comen- A nossa profissão de fé num fraternidade é algo a construir.
tados pelo orientador. Deste Deus uno e trino é o início da
modo torna-se muito mais nossa relação com Deus (continua na página 8)
Fundo de Partilha
Como todos somos sabedores, é imperioso, mor- Porém, só é possível distribuir o que os sócios da
mente nos tempos que correm, acorrer e Fraternitas “depositam aos pés dos apóstolos”...
acudir a casos de necessidade. E, como apren- Eis o NIB da nossa conta (para transferências para
demos e importa praticar, a caridade começa pela a solidariedade):
própria casa... 0033-0000-45218426660-05.
8. 8 espiral
VII Curso de Actualização do além, da cidade celeste, foi primeiros sábados, para “ga-
Teológica 2005 uma ilusão e criou muitas rantir” a salvação da alma, já
(continuação da página 7)
perversões. pouco dizem à mundividência
Embora consideremos mais Depois falou-se de Igreja das actuais gerações. Hoje em
fácil entrar em comunhão com hierárquica e de Igreja Povo de dia o acento tónico vai para os
quem concorda connosco, Deus. Reflectiu-se sobre os aspectos sociais, a ajuda mútua,
devemos entender que o Senhor ministérios e o lugar dos o voluntariado a favor do irmão,
nos trata duma forma bem ministérios ordenados. Salien- cristão ou doutra fé, como sendo
diferente: Ele ama-nos apesar tou-se que o ministério funda- esses os passos que definem a
das nossas infidelidades. mental é o do cristão como autêntica caminhada de
A Igreja não é uma entidade anunciador da Boa Nova. Todo salvação.
orientada para si mesma, mas o cristão, clérigo ou não, se Os trabalhos terminaram
uma entidade orientada para os define por estar ao serviço dos com a Eucaristia dominical.
outros. É uma barca para todos. outros. Nestes termos, quando Tratou-se realmente duma
A relação Igreja–mundo é uma fazemos uma crítica, é uma jornada de reflexão, dum
relação fundamental. auto-crítica que fazemos. encontro de amizade entre
A tentativa dalgumas Decididamente: uma prática irmãos, de conforto e animação
sociedades monacais de religiosa de missas, terços, para todos.
antecipar já neste mundo a vida novenas, primeiras sextas feiras, João Simão
X III E N C O N T R O N A C I O N A L
Data: de 28 de Abril (jantar) a 1 de Maio (almoço) de 2006
Local: Casa dos Capuchinhos (Fátima)
Inscrições: Secretariado da Fraternitas
Eduarda Oliveira e Cunha
Estrada Velha de Abravezes, 292
3510-204 VISEU
Certamente não carece referir a importância e a necessidade de nos encontrarmos,
de reflectirmos, de rezarmos, de convivermos, de avaliarmos a nossa actuação, de
apoiarmos que dá o seu melhor pela nossa Associação/Movimento.
A presença de todos e de cada um é estímulo para os outros.
A nossa Assembleia Geral Anual, que terá lugar durante o Encontro, precisa de ti e
da tua opinião. Precisamos uns dos outros.
Mobilizemo-nos!
9. espiral 9
“NÃO TENHAIS MEDO... DOS PADRES CASADOS!”
Por Marcel Metzeger*
“Não tenhais medo!” pastoral noutra Igreja. O franceses. Convém sabermos
Este apelo, lançado pelo Concílio Vaticano II não teve que não são admitidos ao
papa João Paulo II em medo de restaurar o diaconado episcopado senão os padres a
1978, no dia da sua eleição, para homens casados: os quem foi feito um inquérito
ficou célebre. Há dez anos, diáconos podem celebrar prévio, e nele se declararam
o padre Bernard Sesboüe
baptismos, casamentos, como partidários da doutrina
usou-o como título dum
funerais, liturgias da Palavra, oficial do celibato. Se um bispo
livro em que propunha
encarar a possibilidade da sendo ao mesmo tempo francês colocasse a hipótese da
ordenação de alguns missionários nos seus meios ordenação de homens casados –
homens casados. Será ambientes. Então porque razão como em Estrasburgo em Junho
que houve progressos se há-de recusar esta solução de 2000 – isso significaria que
neste ponto? Parece que para o ministério sacerdotal, ele evoluiu, ou que o inquérito
não. quando se reconhece a tinha sido mal feito.
importância da Eucaristia para Presentemente, convém
Com efeito, em Novembro cada comunidade e se deplora dizer aos bispos de França:
último, a conferência episcopal que a falta de padres as privem “Não tenhais medo, quanto ao
de França, ao comentar os dela com tanta frequência? ministério sacerdotal, dos
trabalhos do recente sínodo Um dos argumentos que homens casados. Vós já os
romano, declarava, a propósito muitas vezes se utiliza é a menor admitis ao diaconado. Jesus deu
do celibato eclesiástico: mobilidade do clero casado. o exemplo, Ele que confiou as
“Perante a falta de padres que Mas os pastores do tempo de S. chaves da Igreja a um homem
caracteriza um certo número de Paulo, que eram chefes de casado, ao qual, dizem-nos os
regiões no mundo, o sínodo ana- família, eram assim tão móveis? Evangelhos, Ele tinha curado a
lisou a hipótese de ordenação de Os pastores protestantes e os sogra. Não tenhais medo de
homens casados, os “viri padres anglicanos serão estudar a história da Igreja para
probati” (ou seja: homens que porventura inamovíveis? nela descobrir a diversidade de
já deram provas).Os Bispos Quanto ao celibato sacer- soluções pastorais adoptadas
exprimiram a opinião de que dotal, o facto de admitir a segundo os tempos e os lugares,
não se deveria enveredar por ordenação de homens casados graças à assistência do Espírito
esta via. Reafirmaram a não significa o seu fim: as duas Santo”.
importância do celibato na formas de vida existem desde as No cristianismo, é Jesus, o
prática da Igreja latina (...) origens do cristianismo. S. primeiro, que convidou a não ter
Importa promover e defender a Paulo não era casado, mas cha- medo no meio da tempestade (Jo
escolha do celibato sacerdotal”. mava homens casados para os 6, 20). Ele dirigia-se aos seus
ministérios. E as Igrejas orien- discípulos, dos quais os bispos
Duas formas de vida tais conservaram as duas tradi- se consideram sucessores.
No entanto, o papa João ções.
Paulo II não teve receio de
admitir à ordenação mais de 200 Diversidade de soluções
homens casados, viri probati, pastorais * (padre, teólogo, já foi director da
Faculdade de Teologia de Estrasburgo,
que tinham dado provas Podíamos então espantar- colaborador de Regard Chrétien des DNA
exercendo um ministério nos com a posição dos bispos — texto inserto no nº 21, de 25.01.2006)
10. 10 espiral
vento.” De facto, desafiar o
ENCONTRO REGIONAL DA FRATERNITAS
(continuação da pág. 12) vento é ter a coragem de ser luz,
mesmo para quem não nos
compreende! É sermos farol e
O ambiente do Encontro, Depois de um dia assim não nos contentarmos em ser
como sempre, foi de um intenso vivido em tão reconfortante apenas uma vela a arremessar
testemunho do interesse que convívio de irmãos, depois da fumos inúteis.
cada um mostrava pelo bem- troca de recordações das vidas Agora esperamos ansiosa-
estar dos outros, mesmo passadas e das presentes, chegou mente o costumado grande
ausentes. A Direcção do nosso a hora das despedidas. Abraços Encontro-Curso, a nível
Movimento, através de um aos molhos entre os irmãos, nacional, em Fátima, nos
«fundo de maneio», tem beijos e promessas de novos próximos dias 11,12 e 13 de
prestado toda a espécie de ajuda encontros, cada um de nós lá Novembro, onde iremos estudar
a qualquer sócio que dela partiu para suas terras, não sem e discutir o tema deste ano,
precise. Mas nunca se sabe um olhar para trás cheio de «Presença Eclesial do Cristão»,
quem precisou e que ajuda saudades daquele Encontro que sob a orientação do Dr. João
recebeu!... É a vivência da tanta força nos deu para Duque, teólogo leigo, professor
norma evangélica: «não saiba a continuarmos a viver esta da Universidade Católica de
tua mão esquerda o que faz a tua fraternidade, ao nosso jeito. Braga. Nele participarão sócios
direita». E o nosso jeito não é sermos do nosso Movimento de todo o
Sabemos viver aquilo que carneiros de Panurgo país.
um dia, Antoine de Saint- (personagem do «Pantagruel» O nosso Movimento
Exupéry escreveu: «A caridade de Rabelais), mas assumir as «Fraternitas» é uma porta
nunca humilhou aquele que nossas responsabilidades e sempre aberta a todos.
beneficiou dela, nem sequer o caminhar em frente com a Sobretudo aos que aprenderam
prendeu com as correntes da coragem que Confúcio a amar, porque, se aquele que
gratidão, já que a dádiva não foi recomendava aos seus quer fazer bem, bate à porta,
feita a ele, mas sim a Deus». É discípulos: “O sábio... quando aquele que ama, encontra-a
preciso amar para perceber vem a tempestade, caminha sempre aberta!...
isto!... sobre as ondas e desafia o Manuel Paiva
Nota do Editor:
Assim, decidindo-se pela sua saí- único responsável, peço a todos
Este número do nosso boletim da no primeiro trimestre de 2006, perdão.
Espiral corresponde a dois tri- vai um pouco mais “gordo”, com- Mas importa repensar os moldes
mestres, sendo, portanto, um nú- pensando (se tal é possível!...) o do nosso boletim e, principal-
mero duplo. deplorável atraso. mente, julgo chegado o momen-
Tal facto deve-se, principalmen- Por outro lado, os ecos que me fo- to de se proceder à minha substi-
te à impossibilidade de o ter fei- ram chegando (mais do que quei- tuição. Sem angústias nem so-
to sair, com normalidade, no tem- xas, eram lamentos pela sua ausên- bressaltos. Aliás, estou a fazer o
po devido — altura do Natal de cia...), demonstram a importância Espiral desde o número um e é
2005. Teve a ver com a minha deste elo entre os membros da nos- importante renovar.
disponibilidade/indisponi- sa Associação e outros leitores Vamos pensar e andar para a fren-
bilidade, o que, sinceramente la- atentos. te!
mento. Pelo facto do atraso, de que sou o Alberto Osório
11. espiral 11
Cartas...
Acompanho, com vivo interesse, a actuação da da Associação, Dr. Vasco Fernandes, desejando-
“Fraternitas”, através da agradável visita trimes- -lhe e a toda a equipa, profícuo trabalho.
tral do jornalzinho “Espiral”. Envio o cheque junto, para ajudar as despesas
Bem haja a este e a quem o envia, a começar com o boletim.
pelo primeiro responsável: o caro João Simão, Subscrevo-me, com amizade e consideração
dilecto companheiro de Coimbra. Braga, 21-09-2005
Felicito, de modo especial, o novo Presidente Eurico Nogueira
N.R.: Muito nos apraz registar esta rito de Braga e leitor atento do nos- outras certamente já o foi feito) o
missiva, que nos remeteu o Sr. D. so boletim. Cremos ser também de seu contributo para as nossas des-
Eurico Nogueira, arcebispo emé- agradecer (por esta via, pois por pesas. Bem haja!
QUOTAS
Novo Sócio da FRATERNITAS Agradecemos o favor de
serem pagas as quotas para
Admitido na Reunião de Direcção de 4 de Fevereiro de 2006 o nosso Movimento.
A única fonte de receita são
Nº 106 -DOMINGOS COSTA LEITE os nossos contributos e,
quando faltam, o tesoureiro
vê-se em apertos...
No próximo número esperamos cisco Santos (Vila do Conde), e
b r e v e s . . . poder incluir um texto mais desen- do António Limas (Argentina).
volvido sobre este nosso irmão que Não esquecendo a Mariazinha,
FALECIMENTO (a): A mãe tão brevemente passou pela Fra- esposa do Silva Pinto (Santa
da Antónia Sampaio faleceu no ternitas. Marta de Penaguião).
passado dia 16 de Outubro de À sua esposa e a todos os seus, os Tenhamo-los a todos presentes
2005. Abnegadamente suportou nossos sentidos pêsames. nas nossas orações.
várias maleitas e sofrimentos que Ânimo e efectivas melhoras.
EM PROVAÇÃO: Vários dos
a atormentaram nos últimos anos
nosso consócios encontram-se em NASCIMENTO: No passa-
de vida.
provação, por motivos de doença. do dia 23 de Novembro de 2005,
Paz para ela.
Ressalvando outras situações de nasceu, com 32 semanas, a Ca-
FALECIMENTO (b): Nesse que, por vezes, não temos conhe- rolina, filha do Manoel Pombal
mesmo dia, 14 de Outubro de cimento oportuno, só o sabendo e da Luísa.
2005, teve igualmente a sua bastante mais tarde, devemos men-
Os nossos sinceros parabéns aos
páscoa, o nosso sócio António cionar expressamente os casos do
pais e felicidades para a meni-
Júlio Sampaio Veríssimo (nº Luís Gouveia (Ermesinde), do
na.
104). Orival Pinto (Vila Real), do Fran-
12. ENCONTRO REGIONAL DA FRATERNITAS
Dia 22 de Outubro de 2005. O tempo ora ser poder, tanto na política como na Igreja, ou para
chovia ora sorria: era o retrato da vida de qualquer se locupletarem, ou para desassossegar
mortal deste complicado planeta!... consciências com fardos que não carregam! Será
Tinha sido que os visados,
esse o dia marcado por andarem
para o Encontro desavisados, não
Regional da estremeceram?!...
«Fraternitas», da A «Casa da
zona Norte. Por Carreira»
sorte foi em Vizela, pertence à família
na quinta da «Casa da Isabel e do
da Carreira», que Vasco, colegas
tinha uma frondosa deste grupo de
e refrescante sacerdotes
floresta de «dispensados» do
castanheiros, exercício do
carvalhos da Índia, ministério.
tílias e outras Fomos ali
árvores de grande porte, a rodear aristocráticas recebidos como verdadeiros irmãos, no calor de
habitações, cujo granito testemunhava, quem se sabe dar, fazendo-nos sentir nossa a casa
silenciosamente, as já longínquas vozes de quem que tão bem nos acolheu!...
as ergueu!... Havia salas e salões para tudo quanto Eram 40, acompanhados de familiares. E mais
se pudesse sonhar: divertimento, descanso, 10 que nos enviaram saudações por não poderem
cavaqueira, jogos, e até uma linda capela, de estar presentes, dados os seus compromissos.
rendilhados de pedra na sineira, nos dintéis e Viveram-se ali horas de um convívio
cornijas da fachada. Ali reflectimos e rezamos pela fraternalmente alegre, como tem sido timbre
alma dos colegas falecidos e pela saúde dos ainda destes Encontros de almas gémeas nas vicissitudes
vivos. É que todos nós aprendemos a amar, e o de uma vida marcada pelo espírito de inter-ajuda,
amor é um caminhar, unidos, na mesma direcção. que tanto conforto tem dado àqueles que, alguma
Conforme escreveu o romancista francês Saint- vez, precisaram da presença amiga dos colegas,
Exupéry, «Amar não consiste apenas em olhar uns em horas adversas. Em vez de enxugarmos
para os outros, mas em caminhar unidos na mesma lágrimas, preferimos que elas não brotem. É que
direcção». o verdadeiro amigo não é o que nos enxuga as
Podemos não ter tudo o que amamos, mas lágrimas, mas sim aquele que não as deixa cair!...
amamos tudo o que temos! Mesmo que nos Enquanto uma equipa se afadigava, numa das
quisessem tirar «tudo», há faúlhas da alma que cozinhas, a preparar um apetitoso (e nunca mais
não se apagam nas provações...No Evangelho do esquecido!) arroz de frango, e a distribuir, pelas
31º Domingo, do passado dia 30 de Outubro, mesas, os acepipes trazidos pelos sócios do
Cristo deu o golpe de misericórdia nos que querem Movimento «Fraternitas», outros colhiam, para
um magusto familiar, castanhas
fresquinhas que os castanheiros
boletim da
espiral associação fraternitas movimento
prodigamente iam deixando cair
Rua Lourinha, 429 - Hab 2 = 4435-310 RIO TINTO
no chão manteado de folhas
Responsável: Alberto Osório de Castro
e-mail: espiral.boletim@clix.pt amolecidas.
Nº 21/2 - Outº 2005 / Mar 2006 (continua na página 10)