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LINGUAGEM JURÍDICA
PROFª MSc. ZILDA M. FANTIN
UNIDADE VIII
DOMÍNIOS DISCURSIVOS,
TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS
8.3 ESTRATÉGIAS PARA A
PRODUÇÃO DE TEXTOS
Parágrafo: um minitexto. Parágrafo é
o texto (ou parte de um texto)
formado por uma ou por um conjunto
de sentenças que, relacionadas
semântica e/ou sintaticamente entre
si, tratam de uma ideia central.
Um bom parágrafo, assim como um texto
formado por mais de um parágrafo, deve
ter: unidade de sentido (todas as sentenças
devem convergir para uma ideia central);
coerência (as frases devem atender aos
princípios de um discurso lógico, com
informações em quantidade e em qualidade
suficientes para o interesse do leitor);
coesão (as sentenças precisam de
elementos linguísticos adequados como
conjunções, pronomes, preposições etc.).
A maioria dos parágrafos se estrutura em
introdução, desenvolvimento e conclusão
(macroestrutura do texto).
Exemplo
(Não há cidadania sem efetivo acesso à
Justiça). Não há acesso à Justiça se esta
apenas atende à parcela da população que
consegue desfrutar os recursos mal
distribuídos da sociedade de consumo. Não
há acesso à Justiça se grande parte da
população não detém os meios concretos
para exercê-lo, e socorre-se de mecanismos
primitivos de justiça privada, em que a
violência converte-se no cenário do
cotidiano. Não há acesso à Justiça quando
o Estado se revela impotente para
responder às demandas reais da sociedade,
inclusive através de seu poder competente:
o Judiciário (José Roberto Batochio, Folha
de S. Paulo, 20/5/93).
O tópico contém a ideia-chave,
apresentada de forma genérica; a
seguir, especifica-se pela repetição
da mesma frase "não há acesso à
Justiça", por três vezes.
A importância da introdução é flagrante,
porque é ela que determina, entre
outras coisas, o tom do texto, o
encaminhamento do desenvolvimento e
sua estrutura básica.
Dessa forma, uma introdução não deve
ser vista como um simples pretexto
decorativo, mas como um primeiro
compromisso que o autor assume com
o restante do desenvolvimento.
A introdução de um texto
argumentativo (ou expositivo) pode
ser feita, utilizando estratégias
diferentes, cuja escolha será
motivada pelas intenções do locutor
e segundo a finalidade do texto.
Diferentes são as técnicas de se
iniciar o parágrafo.
Para Carneiro (1992), uma
introdução segue diversos
modelos, que devem ser
empregados segundo a
finalidade do texto: declaração
inicial, divisão, citação, alusão
histórica, definição, proposição,
interrogação, convite e
suspense.
A declaração inicial é a introdução de
tom neutro, normalmente
desenvolvida pela explicitação do
que seus termos deixam oculto ou
pela justificativa do que se declara.
Corresponde a qualquer frase que
emite um juízo sobre um fato.
Ex.: Em plena Rua Marechal Floriano,
no Centro, ainda existe um palacete
neoclássico com jardim, lago e
cisnes de verdade. É o Palácio
Itamaraty.
A divisão supõe a presença de dois ou
mais termos. O desenvolvimento desse
tipo de introdução se realiza ora pela
análise dos elementos em conjunto, ora
pela análise dos elementos
separadamente, ora pela análise
progressiva e comparativa dos
elementos.
Ex.: A fórmula da estabilidade
democrática europeia está no equilíbrio
em torno de duas grandes forças
políticas: de um lado os social-
democratas e de outro, os liberais.
A citação é um tipo de introdução que
apresenta a opinião de alguém de destaque
sobre o tema aludido pelo texto. Tal citação
pode corresponder a uma intenção
valorizativa ou a uma intenção ilustrativa.
No primeiro caso, pela importância do autor
da citação, o texto se vê alçado à posição
de mais peso, enquanto no segundo caso,
ela só está presente por servir de ponto
inicial de análise do tema.
Ex.: "Quem joga bola é menino, menina
brinca com boneca". "Mulher que pratica
esportes se masculiniza!" Durante séculos
pensamentos desse tipo afastaram as
mulheres dos esportes.
A alusão histórica representa um tipo de
introdução em que um fato passado se
relaciona de algum modo a um fato
presente, servindo de ponto de reflexão ou
pelas semelhanças entre eles, ou pelas
diferenças. Normalmente, o
desenvolvimento da alusão histórica se
realiza por uma evolução cronológica dos
fatos a partir do momento histórico da
citação, ora pelos pontos de semelhança,
ora pelos traços de oposição, ora só como
pretexto de comentários no presente.
Ex.: Em 18 de setembro de 1950, dia em que
a televisão brasileira foi pela primeira vez ao
ar, Walter Avancini já estava sendo
focalizado pelas câmeras da TV Tupi de São
Paulo.
A introdução por definição precede
geralmente textos científicos.
Desenvolve-se pela explicitação dos
termos que a compõem ou pelas
consequências advindas do
conhecimento cientifico.
Ex.: A segregação racial é o fruto do
concubinato entre a imoralidade e a
desumanidade. Não se pode tratá-la
com a vaselina da contemporização.
A introdução por interrogação supõe
um desconhecimento real ou dialético.
No caso do desconhecimento real, o
desenvolvimento do texto pode
apresentar uma resposta direta ou mais
de uma resposta; no caso da
interrogação puramente retórica, o
texto geralmente se desenvolve pela
análise do motivo da pergunta.
Ex.: Quanto vale um homem? Para
cantar durante duas horas no recente
festival US, na Califórnia, David Bowie
recebeu um milhão e meio de dólares.
A introdução por convite, como o
próprio nome indica, propõe que o
leitor participe de alguma coisa
apresentada pelo texto, procurando
seduzi-lo de algum modo. É muito
empregada em textos publicitários.
Ex.: Você quer estar "na sua"? Quer
se sentir seguro, ter o sucesso
pretendido? Não entre pelo cano!
Entre na nossa organização e faça
sua orientação vocacional.
Algumas orientações sobre as
formas para um bom
desenvolvimento e esquema de
redação.
Desenvolvimento é a explanação da
ideia principal, o agregamento de
ideias secundárias para melhor
enunciar o objetivo redacional; é o
corpo do texto que dá a conhecer o
assunto e o tema ao receptor.
Segundo o objetivo do emissor e o
gênero redacional, diferentes são as
formas de desenvolver a ideia-chave,
destacando, entre elas, as seguintes:
Explanação da declaração inicial:
mero desdobramento significativo do
tópico frasal. Explicação,
apresentando pormenores e
particularidades para caracterizar o
tema.
Comparação e Contraste: mostrar
semelhanças e/ou diferenças, firmar
oposições e assim demonstrar o
posicionamento do emissor. O
contraste pode evidenciar-se de
modo explícito ou implícito.
Enumeração: indicação de fatores e
funções de algum objeto (ideia-
núcleo), podendo, ainda, classificá-lo
e dividi-lo, indicar a evolução
temporal, as variações de suas
características, podendo agrupar os
elementos por semelhanças e
diferenças.
Conceituação: construir conceitos
corretos sobre os seres, os fatos e os
fenômenos é um dos mais importantes
requisitos de aprendizagem.
Exemplificação: apresentar exemplos
relevantes para viabilizar a
compreensão. Recurso usado para
esclarecer ou reforçar uma afirmação;
serve-se de expressões como: por
exemplo, ou melhor, assim entre outras.
Causa-consequência: é o
encadeamento lógico do raciocínio. A
causa é o motivo dos atos humanos;
a consequência é o efeito, o
resultado.
Resposta à interrogação: uma
pergunta inicial é o recurso, para um
desenvolvimento que tem por
objetivo desdobrar o parágrafo.
Analogia: estabelecer uma relação de
semelhança entre duas coisas.
Diferente da comparação, pois seu
objetivo é estabelecer uma
identidade entre duas coisas.
Ordenação Temporal: ordenação
cronológica de uma série de
acontecimentos para facilitar a
compreensão do tópico e funcionar
como recurso de argumentação.
Quando se ressaltam
semelhanças e diferenças tem-se
a comparação e o confronto, mas
pode-se delimitar esse recurso,
empregando somente um ou
outro. A analogia é a comparação
por semelhanças.
8.3.1 EXEMPLOS ANALISADOS
Exemplo 1
(O direito é realidade universal.) (Onde
quer que exista o homem, aí existe o
direito como expressão de vida e de
convivência. É exatamente por ser o
direito fenômeno universal que é ele
suscetível de indagação filosófica. A
Filosofia não pode cuidar senão daquilo
que tenha sentido de universalidade.
Esta a razão pela qual se faz Filosofia
da vida, Filosofia do direito, Filosofia da
história ou Filosofia da arte.
Falar em vida humana é falar também
em direito, daí se evidenciando os
títulos existenciais de uma Filosofia
jurídica.) (Na Filosofia do Direito deve
refletir-se, pois, a mesma necessidade
de especulação do problema jurídico
em suas raízes, independentemente de
preocupações imediatas de ordem
prática).
(Miguel Reale. Filosofia do direito,
1965)
Explanação da declaração inicial:
mero desdobramento significativo do
tópico frasal. Nesse exemplo, a frase
inicial representa o tópico frasal, uma
declaração inicial. A seguir, o
desenvolvimento – explanação da
declaração inicial e, por fim, a
conclusão marcada pela conjunção
conclusiva “pois”.
Exemplo 2
(O valor é sempre bipolar.) (A bipolaridade
possível no mundo dos objetos ideais, só é
essencial nos valores, e isto bastaria para não
serem confundidos com aqueles. Um triângulo,
uma circunferência são; e a esta maneira de ser
nada se contrapõe. Da esfera dos valores, ao
contrário, é inseparável a bipolaridade, porque
a um valor se contrapõe um desvalor; ao bom
se contrapõe o mau; ao belo, o feio; ao nobre, o
vil; e o sentido de um exige o do outro.)
(Valores positivos e negativos se conflitam e se
implicam em um processo).
(Miguel Reale. Filosofia do direito, 1965).
Contraste: mostrar diferenças, firmar
oposições e assim demonstrar o
posicionamento do emissor. O
contraste pode evidenciar-se de
modo explícito ou implícito. A frase
inicial desse exemplo é uma divisão
e orienta para o desenvolvimento por
contraste, pois “bipolar” significa
dois polos, ou seja, opostos.
Exemplo 3
(Analogia é um fenômeno de ordem
psicológica, que consiste na tendência
para nivelar palavras ou construções
que de certo modo se aproximam pela
forma ou pelo sentido, levando uma
delas a se modelar pela outra.) (Quando
uma criança diz fazi e cabeu, conjuga
essas formas verbais por outras já
conhecidas, como dormi e correu).
(Rocha Lima. Português no colégio,
1956)
Exemplificação: recurso usado para
esclarecer ou reforçar uma
afirmação; serve-se de expressões
como: por exemplo, ou melhor, assim
entre outras.
No exemplo 3, a introdução é uma
definição e seu desenvolvimento foi
feito com exemplos.
Exemplo 4
(Vieram as chuvas.) (A princípio grossas e
fortes, como chuva de verão e depois finas
e incessantes. Era o inverno que apertava o
trabalho e os sofrimentos. A água do céu
não é um convite para o trabalho. É uma
ordem. Por isso a labuta era grande. Ao
tempo do sol, pode-se ficar por aí
enganando a própria fome. À aproximação
das chuvas, e com elas, abre-se, porém, a
terra e planta-se). (Mas aguenta-se a luta
contra o mato bravo, na disputa do terreno
conquistado).
(Nestor G. Duarte. Gado Humano, 1936)
Causa-consequência: é o
encadeamento lógico do raciocínio. A
causa é o motivo dos atos humanos;
a consequência é o efeito, o
resultado. A introdução é uma
declaração e o desenvolvimento foi
feito por explicação de causa e
consequência: se chove, deve-se
plantar.

Exemplo 5
(O livro foi sempre considerado o baluarte
em que poderiam confiar os pessimistas da
cultura de massa no momento em que
tivessem de salvar do incêndio a cultura
autêntica.) (Todavia, agora, e cada vez mais,
esses pessimistas têm razões de sobra para
desesperar. O livro, ao qual tinham acesso
apenas as minorias privilegiadas, passa a
figurar no cardápio da classe média e do
proletariado. Os últimos anos marcaram o
aparecimento em grande estilo dos livros de
bolso, ostensivamente concorrendo com
jornais e revistas nas bancas e na disputa
das horas de ócio dos leitores.
As edições de livros de bolso se
multiplicaram. O livro, antes privilégio das
gentes de espírito e sensibilidade, de
repente é levado à categoria de produto de
consumo para a massa, tratado no mesmo
nível do sabão de coco e do sabonete. O
livro penetra na drugstore e a cultura é
equiparada a um comprimido que se
compra para dor de cabeça.) (A cultura
veiculada pelo livro adquire então o aspecto
vulgar que faz a ira dos inimigos da cultura
de massa: o de tratar com simplicidade
coisas por natureza complicadas).
(Charles R. Wright. Comunicação de
massa).
Ordenação Temporal: não só no
gênero narrativo, mas também na
descrição e na dissertação, os
indicadores de tempo (e espaço)
oferecem referenciais para a
compreensão da mensagem. O
desenvolvimento tem progressão
com indicadores de tempo como
“agora’, “últimos anos”, “antes”, “de
repente”.
8.3.2 Desenvolvimentos Diferentes
para uma mesma Introdução
Uma mesma introdução pode ser
desenvolvida de formas diferentes.
Você poderá escolher a que achar
melhor de acordo com o objetivo do
texto. Veja o exemplo a seguir:
Desenvolvimento a partir do tópico
frasal: “A vida agitada das grandes
cidades aumenta os índices de
doenças do coração”.
Desenvolvimento por detalhes:
A vida agitada das grandes cidades
aumenta os índices de doenças do
coração. O tráfego intenso, o ruído
do tráfego, as preocupações geradas
pela pressa, o almoço corrido, o
horário de entrar no trabalho, tudo
isso abala as pessoas, produzindo o
stress que ataca o coração.
Desenvolvimento por definição:
A vida agitada das grandes cidades
aumenta os índices de doenças do
coração. Vida agitada é aquela em que
o indivíduo não tem tempo para cuidar
de si próprio, mercê dos compromissos
assumidos e do tempo exíguo para
cumpri-los. Entre as doenças do
coração, a mais comum é a que ataca
as artérias coronárias, assim chamadas
porque envolvem o coração, como uma
coroa, para irrigá-lo em toda a sua
topologia.
Desenvolvimento por exemplo específico:
A vida agitada das grandes cidades aumenta os
índices de doenças do coração. Imaginemos
um chefe de família que deixa sua casa, às 6h30
da manhã. Logo de início, tem de enfrentar a fila
da condução. A angústia da demora: será que
vem ou não vem o ônibus? Finalmente, vem.
Superlotado. Sobe ele, aos trancos, e logo
enfrenta a roleta. – Troco? – Não tem troco pra
cem. – Espera um pouco pra passar na roleta. –
Agora tem, pode passar. – Finalmente o ponto
de descida. O relógio de ponto. Em cima da
hora. Nesse momento, o relógio do coração do
nosso amigo já passou do ponto. Está
acelerado. Suas coronárias sofrem sob o
impacto do stress e entram em débito de fluxo
sanguíneo.
Desenvolvimento por fundamentação da
proposição:
A vida agitada das grandes cidades
aumenta os índices de doenças do coração.
Somente na última década, segundo
informações da Secretaria da Saúde do
Estado de São Paulo, o paulistano se
infartou vinte vezes mais do que no decênio
anterior. O stress causado pela vida intensa
acelera os batimentos cardíacos, por
intermédio da injeção exagerada de
adrenalina e apressa o surgimento dos
problemas do coração.
Desenvolvimento por comparação:
A vida agitada das grandes cidades aumenta os
índices de doenças do coração. Imagine o
leitor, por exemplo, um automóvel dirigido
suavemente, com trocas de marcha em tempo
exato, sem freadas bruscas ou curvas
violentas. A vida útil desse veículo tende a
prolongar-se bastante. Imagine agora o
contrário: um automóvel cujo proprietário se
compraz em arrancadas de “cantar pneus”,
curvas no limite de aderência, marchas
esticadas e freadas violentas. A vida útil desse
último tende a decair miseravelmente. O mesmo
podemos fazer com nosso coração. Podemos
conduzi-lo com doçura, em ritmo de alegria e de
festa, ou podemos tratá-lo agressivamente,
exigindo-o fora de seu ritmo e de seu tempo de
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Atividades
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  • 3. 8.3 ESTRATÉGIAS PARA A PRODUÇÃO DE TEXTOS Parágrafo: um minitexto. Parágrafo é o texto (ou parte de um texto) formado por uma ou por um conjunto de sentenças que, relacionadas semântica e/ou sintaticamente entre si, tratam de uma ideia central.
  • 4. Um bom parágrafo, assim como um texto formado por mais de um parágrafo, deve ter: unidade de sentido (todas as sentenças devem convergir para uma ideia central); coerência (as frases devem atender aos princípios de um discurso lógico, com informações em quantidade e em qualidade suficientes para o interesse do leitor); coesão (as sentenças precisam de elementos linguísticos adequados como conjunções, pronomes, preposições etc.). A maioria dos parágrafos se estrutura em introdução, desenvolvimento e conclusão (macroestrutura do texto).
  • 5. Exemplo (Não há cidadania sem efetivo acesso à Justiça). Não há acesso à Justiça se esta apenas atende à parcela da população que consegue desfrutar os recursos mal distribuídos da sociedade de consumo. Não há acesso à Justiça se grande parte da população não detém os meios concretos para exercê-lo, e socorre-se de mecanismos primitivos de justiça privada, em que a violência converte-se no cenário do cotidiano. Não há acesso à Justiça quando o Estado se revela impotente para responder às demandas reais da sociedade, inclusive através de seu poder competente: o Judiciário (José Roberto Batochio, Folha de S. Paulo, 20/5/93).
  • 6. O tópico contém a ideia-chave, apresentada de forma genérica; a seguir, especifica-se pela repetição da mesma frase "não há acesso à Justiça", por três vezes.
  • 7. A importância da introdução é flagrante, porque é ela que determina, entre outras coisas, o tom do texto, o encaminhamento do desenvolvimento e sua estrutura básica. Dessa forma, uma introdução não deve ser vista como um simples pretexto decorativo, mas como um primeiro compromisso que o autor assume com o restante do desenvolvimento.
  • 8. A introdução de um texto argumentativo (ou expositivo) pode ser feita, utilizando estratégias diferentes, cuja escolha será motivada pelas intenções do locutor e segundo a finalidade do texto. Diferentes são as técnicas de se iniciar o parágrafo.
  • 9. Para Carneiro (1992), uma introdução segue diversos modelos, que devem ser empregados segundo a finalidade do texto: declaração inicial, divisão, citação, alusão histórica, definição, proposição, interrogação, convite e suspense.
  • 10. A declaração inicial é a introdução de tom neutro, normalmente desenvolvida pela explicitação do que seus termos deixam oculto ou pela justificativa do que se declara. Corresponde a qualquer frase que emite um juízo sobre um fato. Ex.: Em plena Rua Marechal Floriano, no Centro, ainda existe um palacete neoclássico com jardim, lago e cisnes de verdade. É o Palácio Itamaraty.
  • 11. A divisão supõe a presença de dois ou mais termos. O desenvolvimento desse tipo de introdução se realiza ora pela análise dos elementos em conjunto, ora pela análise dos elementos separadamente, ora pela análise progressiva e comparativa dos elementos. Ex.: A fórmula da estabilidade democrática europeia está no equilíbrio em torno de duas grandes forças políticas: de um lado os social- democratas e de outro, os liberais.
  • 12. A citação é um tipo de introdução que apresenta a opinião de alguém de destaque sobre o tema aludido pelo texto. Tal citação pode corresponder a uma intenção valorizativa ou a uma intenção ilustrativa. No primeiro caso, pela importância do autor da citação, o texto se vê alçado à posição de mais peso, enquanto no segundo caso, ela só está presente por servir de ponto inicial de análise do tema. Ex.: "Quem joga bola é menino, menina brinca com boneca". "Mulher que pratica esportes se masculiniza!" Durante séculos pensamentos desse tipo afastaram as mulheres dos esportes.
  • 13. A alusão histórica representa um tipo de introdução em que um fato passado se relaciona de algum modo a um fato presente, servindo de ponto de reflexão ou pelas semelhanças entre eles, ou pelas diferenças. Normalmente, o desenvolvimento da alusão histórica se realiza por uma evolução cronológica dos fatos a partir do momento histórico da citação, ora pelos pontos de semelhança, ora pelos traços de oposição, ora só como pretexto de comentários no presente. Ex.: Em 18 de setembro de 1950, dia em que a televisão brasileira foi pela primeira vez ao ar, Walter Avancini já estava sendo focalizado pelas câmeras da TV Tupi de São Paulo.
  • 14. A introdução por definição precede geralmente textos científicos. Desenvolve-se pela explicitação dos termos que a compõem ou pelas consequências advindas do conhecimento cientifico. Ex.: A segregação racial é o fruto do concubinato entre a imoralidade e a desumanidade. Não se pode tratá-la com a vaselina da contemporização.
  • 15. A introdução por interrogação supõe um desconhecimento real ou dialético. No caso do desconhecimento real, o desenvolvimento do texto pode apresentar uma resposta direta ou mais de uma resposta; no caso da interrogação puramente retórica, o texto geralmente se desenvolve pela análise do motivo da pergunta. Ex.: Quanto vale um homem? Para cantar durante duas horas no recente festival US, na Califórnia, David Bowie recebeu um milhão e meio de dólares.
  • 16. A introdução por convite, como o próprio nome indica, propõe que o leitor participe de alguma coisa apresentada pelo texto, procurando seduzi-lo de algum modo. É muito empregada em textos publicitários. Ex.: Você quer estar "na sua"? Quer se sentir seguro, ter o sucesso pretendido? Não entre pelo cano! Entre na nossa organização e faça sua orientação vocacional.
  • 17. Algumas orientações sobre as formas para um bom desenvolvimento e esquema de redação. Desenvolvimento é a explanação da ideia principal, o agregamento de ideias secundárias para melhor enunciar o objetivo redacional; é o corpo do texto que dá a conhecer o assunto e o tema ao receptor.
  • 18. Segundo o objetivo do emissor e o gênero redacional, diferentes são as formas de desenvolver a ideia-chave, destacando, entre elas, as seguintes: Explanação da declaração inicial: mero desdobramento significativo do tópico frasal. Explicação, apresentando pormenores e particularidades para caracterizar o tema.
  • 19. Comparação e Contraste: mostrar semelhanças e/ou diferenças, firmar oposições e assim demonstrar o posicionamento do emissor. O contraste pode evidenciar-se de modo explícito ou implícito.
  • 20. Enumeração: indicação de fatores e funções de algum objeto (ideia- núcleo), podendo, ainda, classificá-lo e dividi-lo, indicar a evolução temporal, as variações de suas características, podendo agrupar os elementos por semelhanças e diferenças.
  • 21. Conceituação: construir conceitos corretos sobre os seres, os fatos e os fenômenos é um dos mais importantes requisitos de aprendizagem. Exemplificação: apresentar exemplos relevantes para viabilizar a compreensão. Recurso usado para esclarecer ou reforçar uma afirmação; serve-se de expressões como: por exemplo, ou melhor, assim entre outras.
  • 22. Causa-consequência: é o encadeamento lógico do raciocínio. A causa é o motivo dos atos humanos; a consequência é o efeito, o resultado. Resposta à interrogação: uma pergunta inicial é o recurso, para um desenvolvimento que tem por objetivo desdobrar o parágrafo.
  • 23. Analogia: estabelecer uma relação de semelhança entre duas coisas. Diferente da comparação, pois seu objetivo é estabelecer uma identidade entre duas coisas. Ordenação Temporal: ordenação cronológica de uma série de acontecimentos para facilitar a compreensão do tópico e funcionar como recurso de argumentação.
  • 24. Quando se ressaltam semelhanças e diferenças tem-se a comparação e o confronto, mas pode-se delimitar esse recurso, empregando somente um ou outro. A analogia é a comparação por semelhanças.
  • 25. 8.3.1 EXEMPLOS ANALISADOS Exemplo 1 (O direito é realidade universal.) (Onde quer que exista o homem, aí existe o direito como expressão de vida e de convivência. É exatamente por ser o direito fenômeno universal que é ele suscetível de indagação filosófica. A Filosofia não pode cuidar senão daquilo que tenha sentido de universalidade. Esta a razão pela qual se faz Filosofia da vida, Filosofia do direito, Filosofia da história ou Filosofia da arte.
  • 26. Falar em vida humana é falar também em direito, daí se evidenciando os títulos existenciais de uma Filosofia jurídica.) (Na Filosofia do Direito deve refletir-se, pois, a mesma necessidade de especulação do problema jurídico em suas raízes, independentemente de preocupações imediatas de ordem prática). (Miguel Reale. Filosofia do direito, 1965)
  • 27. Explanação da declaração inicial: mero desdobramento significativo do tópico frasal. Nesse exemplo, a frase inicial representa o tópico frasal, uma declaração inicial. A seguir, o desenvolvimento – explanação da declaração inicial e, por fim, a conclusão marcada pela conjunção conclusiva “pois”.
  • 28. Exemplo 2 (O valor é sempre bipolar.) (A bipolaridade possível no mundo dos objetos ideais, só é essencial nos valores, e isto bastaria para não serem confundidos com aqueles. Um triângulo, uma circunferência são; e a esta maneira de ser nada se contrapõe. Da esfera dos valores, ao contrário, é inseparável a bipolaridade, porque a um valor se contrapõe um desvalor; ao bom se contrapõe o mau; ao belo, o feio; ao nobre, o vil; e o sentido de um exige o do outro.) (Valores positivos e negativos se conflitam e se implicam em um processo). (Miguel Reale. Filosofia do direito, 1965).
  • 29. Contraste: mostrar diferenças, firmar oposições e assim demonstrar o posicionamento do emissor. O contraste pode evidenciar-se de modo explícito ou implícito. A frase inicial desse exemplo é uma divisão e orienta para o desenvolvimento por contraste, pois “bipolar” significa dois polos, ou seja, opostos.
  • 30. Exemplo 3 (Analogia é um fenômeno de ordem psicológica, que consiste na tendência para nivelar palavras ou construções que de certo modo se aproximam pela forma ou pelo sentido, levando uma delas a se modelar pela outra.) (Quando uma criança diz fazi e cabeu, conjuga essas formas verbais por outras já conhecidas, como dormi e correu). (Rocha Lima. Português no colégio, 1956)
  • 31. Exemplificação: recurso usado para esclarecer ou reforçar uma afirmação; serve-se de expressões como: por exemplo, ou melhor, assim entre outras. No exemplo 3, a introdução é uma definição e seu desenvolvimento foi feito com exemplos.
  • 32. Exemplo 4 (Vieram as chuvas.) (A princípio grossas e fortes, como chuva de verão e depois finas e incessantes. Era o inverno que apertava o trabalho e os sofrimentos. A água do céu não é um convite para o trabalho. É uma ordem. Por isso a labuta era grande. Ao tempo do sol, pode-se ficar por aí enganando a própria fome. À aproximação das chuvas, e com elas, abre-se, porém, a terra e planta-se). (Mas aguenta-se a luta contra o mato bravo, na disputa do terreno conquistado). (Nestor G. Duarte. Gado Humano, 1936)
  • 33. Causa-consequência: é o encadeamento lógico do raciocínio. A causa é o motivo dos atos humanos; a consequência é o efeito, o resultado. A introdução é uma declaração e o desenvolvimento foi feito por explicação de causa e consequência: se chove, deve-se plantar. 
  • 34. Exemplo 5 (O livro foi sempre considerado o baluarte em que poderiam confiar os pessimistas da cultura de massa no momento em que tivessem de salvar do incêndio a cultura autêntica.) (Todavia, agora, e cada vez mais, esses pessimistas têm razões de sobra para desesperar. O livro, ao qual tinham acesso apenas as minorias privilegiadas, passa a figurar no cardápio da classe média e do proletariado. Os últimos anos marcaram o aparecimento em grande estilo dos livros de bolso, ostensivamente concorrendo com jornais e revistas nas bancas e na disputa das horas de ócio dos leitores.
  • 35. As edições de livros de bolso se multiplicaram. O livro, antes privilégio das gentes de espírito e sensibilidade, de repente é levado à categoria de produto de consumo para a massa, tratado no mesmo nível do sabão de coco e do sabonete. O livro penetra na drugstore e a cultura é equiparada a um comprimido que se compra para dor de cabeça.) (A cultura veiculada pelo livro adquire então o aspecto vulgar que faz a ira dos inimigos da cultura de massa: o de tratar com simplicidade coisas por natureza complicadas). (Charles R. Wright. Comunicação de massa).
  • 36. Ordenação Temporal: não só no gênero narrativo, mas também na descrição e na dissertação, os indicadores de tempo (e espaço) oferecem referenciais para a compreensão da mensagem. O desenvolvimento tem progressão com indicadores de tempo como “agora’, “últimos anos”, “antes”, “de repente”.
  • 37. 8.3.2 Desenvolvimentos Diferentes para uma mesma Introdução Uma mesma introdução pode ser desenvolvida de formas diferentes. Você poderá escolher a que achar melhor de acordo com o objetivo do texto. Veja o exemplo a seguir: Desenvolvimento a partir do tópico frasal: “A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração”.
  • 38. Desenvolvimento por detalhes: A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. O tráfego intenso, o ruído do tráfego, as preocupações geradas pela pressa, o almoço corrido, o horário de entrar no trabalho, tudo isso abala as pessoas, produzindo o stress que ataca o coração.
  • 39. Desenvolvimento por definição: A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. Vida agitada é aquela em que o indivíduo não tem tempo para cuidar de si próprio, mercê dos compromissos assumidos e do tempo exíguo para cumpri-los. Entre as doenças do coração, a mais comum é a que ataca as artérias coronárias, assim chamadas porque envolvem o coração, como uma coroa, para irrigá-lo em toda a sua topologia.
  • 40. Desenvolvimento por exemplo específico: A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. Imaginemos um chefe de família que deixa sua casa, às 6h30 da manhã. Logo de início, tem de enfrentar a fila da condução. A angústia da demora: será que vem ou não vem o ônibus? Finalmente, vem. Superlotado. Sobe ele, aos trancos, e logo enfrenta a roleta. – Troco? – Não tem troco pra cem. – Espera um pouco pra passar na roleta. – Agora tem, pode passar. – Finalmente o ponto de descida. O relógio de ponto. Em cima da hora. Nesse momento, o relógio do coração do nosso amigo já passou do ponto. Está acelerado. Suas coronárias sofrem sob o impacto do stress e entram em débito de fluxo sanguíneo.
  • 41. Desenvolvimento por fundamentação da proposição: A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. Somente na última década, segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, o paulistano se infartou vinte vezes mais do que no decênio anterior. O stress causado pela vida intensa acelera os batimentos cardíacos, por intermédio da injeção exagerada de adrenalina e apressa o surgimento dos problemas do coração.
  • 42. Desenvolvimento por comparação: A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. Imagine o leitor, por exemplo, um automóvel dirigido suavemente, com trocas de marcha em tempo exato, sem freadas bruscas ou curvas violentas. A vida útil desse veículo tende a prolongar-se bastante. Imagine agora o contrário: um automóvel cujo proprietário se compraz em arrancadas de “cantar pneus”, curvas no limite de aderência, marchas esticadas e freadas violentas. A vida útil desse último tende a decair miseravelmente. O mesmo podemos fazer com nosso coração. Podemos conduzi-lo com doçura, em ritmo de alegria e de festa, ou podemos tratá-lo agressivamente, exigindo-o fora de seu ritmo e de seu tempo de recuperação.
  • 44. "As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem”.