SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
―Cometer injustiça é pior do que sofrê-la‖
                                  (Platão)
Toda narrativa é a exposição de fatos (reais ou fictícios) que se passam em
determinado lugar e com certa duração, em atmosfera carregada de elementos
circunstanciais. São elementos essenciais da narrativa:
a) o quê: o fato que se pretende contar;
  b) quem: as partes envolvidas;
  c) como: o modo como o fato aconteceu;
 d) quando: a época, o momento, o tempo do fato;
 e) onde: o registro espacial do fato;
 f) porquê: a causa ou motivo do fato;
 g) por isso: resultado ou conseqüência do fato.
   1. No dia 15 de maio do corrente ano, o Autor , tendo
    vendido o Réu o imóvel constituído do apartamento
    nº 56 do prédio denominado ―Monte Castelo‖, na Rua
    José do Patrocínio, 603, confiou a este o telefone de
    número 813-4672, que ali se encontrava instalado, e
    do qual o autor é assinante, conforme recibo da
    TELESP (doc.2).
   2. Tal fato se deveu à única e exclusiva circunstância
    de que, tendo de proceder à entrega do imóvel
    vendido, nos termos da escritura de compra e
    venda, lavrada em notas do Tabelião do 26º
    Oficio, Livro nº 2, fls. 56, não conseguia o Autor a
    retirada do referido aparelho telefônico, embora tinha
    pedido, por escrito, tal retirada, desde o dia 16 de
    maio (doc.3).
   Mostra ao leitor como se processa a narrativa:
    períodos curtos, perfeito do
    indicativo, indicando no início o tempo dos
    acontecimentos e demais circunstâncias que
    permitem revelar como aconteceram os fatos
    e o porquê deles, para que dessa narrativa se
    chegue logicamente a uma
    conclusão, resultado ou conseqüência do fato
    vivenciado pelas partes envolvidas.
   ―Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte.
    Só executava a intenção de se permanecer naqueles
    espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da
    canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza
    dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente. Aquilo
    que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e
    conhecidos nossos, se reuniram, tomavam juntamente
    conselho‖.(Guimarães Rosa, 1962:32)
   Comentários: a narrativa em 1ª pessoa revela a visão do
    autor em relação ao fato contado. Os verbos no perfeito
    (consummatum est) trazem a dor da situação
    real,acontecida. O verbo acontecia (no imperfeito) indica a
    continuidade da situação no espírito do narrador, porque
    as horas devem ter-lhe sido penosas e o fato difícil de se
    aceitá-lo verdadeiro. O momento do texto é o início do
    clímax, havendo mais intensidade na seqüência dos
    atos, prenunciando o desfecho.
   A descrição é amplamente empregada na redação jurídica porque a
    narrativa dos fatos é tecida por meio da descrição desses
    fatos, buscando os elementos e pormenores que “pintem o
    quadro”, segundo a versão da parte processual.
   A descrição não é uma técnica empregada com
    exclusividade no mundo jurídico mas que assenta
    os juízos dissertativos, robustecendo a narrativa
    dos fatos.
   “Este é o acusado. Um acusado que vem aqui e mente, se
    Vossas Excelências observarem, hoje ele diz que é casado
    consta no outro interrogatório que ele estava
    separado, procura modificar aquilo que já declarou para o
    próprio juiz, procurando confundi-lo, procurando inverter
    pequenos detalhes para se amoldar a uma possível e
    imaginária tese de defesa. É um elemento
    perigoso, mesquinho, mesquinho porque quando de uma
    discussão com um funcionário da SAMAE por uma questão
    de água sacou um revólver e também atirou”.
“Às vezes escapou que, ao invés de justificar, passa a castigar. É o
  caso, senhores, típico do acusado. Hoje pintaram um quadro
  aqui, que se não houvesse alguém pra rebater, o acusado
  apodreceria na cadeia. Excelências, nós vamos nos referir ao
  acusado o cidadão. Honesto, trabalhador, não é vadio, não é
  malandro. O acusado foi vítima das circunstâncias. Aconteceu um
  fato na vida do acusado. O acusado tem uma vida anterior ao
  crime, e tem uma vida posterior como vou mostrar a Vossas
  Excelências. Não é como disse a nobre promotoria que o acusado
  se praticou crimes. É o primeiro. Ele e primário. É o primeiro delito
  do acusado. O outro, ele já pagou, Excelências”.
   exige do redator um posicionamento diante
    de determinado assunto,
    quer expressando sua opinião,
    quer postulando uma tese.
   Dissertação expositiva:
   É a discussão de uma idéia, de um assunto. A
    intenção do redator é a de expor um
    assunto, comentando-o .
    É bem elaborada quando se discute um
    assunto com profundidade, de forma
    clara, estando as idéias ―amarradas‖ a um
    tópico frasal (uma introdução) que
    apresente, com segurança, a idéia central.
   É aquela em que o redator se mune das
    técnicas de persuasão com o objetivo de
    convencer o leitor a partilhar de sua opinião
    ou mudar de ponto de vista. Na atividade
    jurídica é imprescindível esse tipo de
    dissertação, por corresponder à própria
    natureza persuasiva do discurso forense.
    Entretanto, toda idéia só tem força persuasiva
    se as razões que a fundamentam estiverem
    claras e bem sustentadas. Somente as provas
    podem completar o plano argumentativo.
   O advogado de defesa planeja centrar sua tese na
    legítima defesa.
    Ao levantar os dados constantes dos autos
    encontra: a) três testemunhas que afirmam ter
    visto seu cliente provocando a vítima;
   b) declaração dos policiais que efetuaram a
    prisão em flagrante- logo após o homicídio –
    afirmando estar a vítima desarmada;
    c) o laudo médico informa que a vítima foi
    atacada repentinamente e pelas costas, em face
    da trajetória das duas balas contra ela
    disparadas.
    Terá que reformular seu plano de defesa, porque
    as evidências processuais se dirigem pela culpa
    do cliente e não autorizam a tese
    pretendida(legítima defesa).
   Assim, ou ele muda sua linha defensiva ou busca
    nos autos evidências mais fortes do que as
    acusatórias.
   Em última análise, não há discurso sem o
    elemento dissertativo, pois a presença de
    diferentes opiniões para um só fato se dá pela
    força argumentativa obrigatória no discurso
    jurídico.
    Retórica —a ciência teorética que investiga a arte da persuasão
       SISTEMATIZANDO

                      A retórica pode ser bem ou mal usada, não é ela que é moral, mas
             sim quem a utiliza.

                    Pode-se distinguir três domínios: retórica, moral e verdade.

                    A retórica é a técnica da argumentação do verossímil.

                     A retórica de Aristóteles apresenta-se como retórica de raciocínio, por
             oposição a uma retórica das paixões.
•Em A Arte da Retórica, Aristóteles define três
gêneros de retórica:
 –Deliberativo – futuro – delibera
  aconselhando ou desaconselhando para uma
  ação futura;
 –Judiciário – passado – acusação ou defesa
  incidem sobre fatos já ocorridos;
 –Demonstrativo – presente – para elogiar ou
censurar se toma sempre por base a
  atualidade.
   Foi Aristóteles quem, segundo Citelli, apresentou o esquema
    segundo o qual o texto deve ser dividido em quatro partes
    seqüenciais e integradas: exórdio,desenvolvimento(
    narração, provas )e peroração. A primeira parte é, na
    verdade, uma introdução ao que se vai dizer no discurso, de
    maneira a conquistar a fidelidade do ouvinte. Segue-se à
    narração, isto é, a argumentação propriamente dita, na qual deve-
    se apresentar a idéia que se pretende difundir, ou um fato segundo
    os interesses do orador, a fim de lhe atribuir importância. A terceira
    parte, as provas, é composta dos elementos que darão
    sustentação à argumentação sendo, como ensina o autor, a fase
    do discurso jurídico mais importante. Por último, a peroração, que
    concluiria o que raciocínio do discurso, de maneira a reforçar as
    idéias nele defendidas.
O   raciocínio, em geral, é a
 operação pela qual o espírito, de
 duas ou mais relações
 conhecidas, concluí uma outra
 relação que desta decorre
 logicamente.
 Argumento  é a expressão verbal
 do raciocínio
   a) Apodítico- Do grego apodeiktkós .Possui o
    tom da verdade inquestionável; a
    argumentação é redigida com tal grau de
    fechamento que não resta ao receptor
    qualquer dúvida quanto à verdade do
    emissor.
   b) Dialético-é aberto a discussões permitindo
    controvérsias e constetação.
   C)Retórico :concilia dados racionais e
    emocionais;é variante do raciocínio
    dialético,diferindo-se dele por ampliar o
    envolvimento do ouvinte alvo
   d)Silogístico- segue a estrutura do
    silogismo:duas
    proposições(premissas)encadeiam-se e
    delas e delas se chega a uma conclusão.
   Todo círculo é redondo.(premissa maior)
   Ora,nenhum triangulo é redondo.(premissa
    menor)
   Logo nenhum triangulo é circulo.conclusão.
   Por exclusão:o redator propõe várias
    hipóteses e vai eliminando uma por uma para
    se fixar no seu objetivo.
   Pelo absurdo:consiste em refutar uma
    asserção ,mostrando-lhe a falta de cabimento
    ao contrariar a evidência.
   De autoridade:a intenção é mais
    confirmatória do que comprobatória.O
    argumento apoia-se na validade das
    declarações de um especialista da questão
    (que partilha da opinião do redator)
   1 -Posturas filosóficas

    Duas são as posturas básicas na elaboração do parágrafo dissertativo: a dialética e a disputa.
   a) Dialética de Platão
   É o exame da questão polêmica. Pela dialética o redator deve refletir sobre os prós e
   contras, antes de tomar posição.
   Em primeiro plano ele analisa a questão “A”, em seguida, coloca ele a questão “B”.

   Finalmente, na conclusão ele decide seu posicionamento: opta por “A” ou”B” ou promove a
   conciliação “AB”.
   b) Disputa de São Tomás de Aquino

   A disputa pressupõe a defesa da tese. O redator irá ter um ponto de vista (sim ou não)
   sobre determinada questão e apresentará os argumentos que motivaram sua eleição por esta
   ou aquela postura.
    Na disputa, os argumentos (não mais do que três, recomenda-se) devem ser distribuídos
   em gradação crescente, cada qual reforçando o anterior e todos relacionados entre si, rumo à
   conclusão.
   2-Posturas psicológicas

   Entende-se por postura psicológica a posição que o observador assume, isto é, de estar mais
   ou menos envolvido afetivamente com o assunto.


   O observador pode ter duas posições:


   a) fora do campo observado: Behaviorismo
   - maior neutralidade;
   - mais objetividade;
   - observação centrada no comportamento, realizando relações de causa/efeito entre estímulos e
   respostas ocorridos dentro do campo observado;
   - ênfase para substantivos e verbos – agente da ação e ação (e ainda objetos sobre os quais ele
   recai).
   b) dentro do campo observado:Gestalt


   - o observador envolve-se afetivamente com a realidade observada;
   - mais subjetividade;
   - observação centrada na percepção, procurando perceber a estrutura global a partir dos
   elementos sensoriais;
Bibliografia
Português Jurídico :Damião e Henriques –Editora Atual

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas
Orações Coordenadas Assindéticas e SindéticasOrações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas
Orações Coordenadas Assindéticas e SindéticasCaroline Capellari
 
2015 tipos-de-introdução-texto-dissertativo-argumentativo--1
2015 tipos-de-introdução-texto-dissertativo-argumentativo--12015 tipos-de-introdução-texto-dissertativo-argumentativo--1
2015 tipos-de-introdução-texto-dissertativo-argumentativo--1Davi Ávila
 
Slides da aula de Redação (Lourdinha) sobre Argumentação
Slides da aula de Redação (Lourdinha) sobre ArgumentaçãoSlides da aula de Redação (Lourdinha) sobre Argumentação
Slides da aula de Redação (Lourdinha) sobre ArgumentaçãoTurma Olímpica
 
Gêneros argumentativos no enem
Gêneros argumentativos no enemGêneros argumentativos no enem
Gêneros argumentativos no enemma.no.el.ne.ves
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo7 de Setembro
 
Recursos ortográficos e efeitos de sentido
Recursos ortográficos e efeitos de sentidoRecursos ortográficos e efeitos de sentido
Recursos ortográficos e efeitos de sentidoPaulo Alexandre
 
Português Termos Essenciais Da OraçãO
Português Termos Essenciais Da OraçãOPortuguês Termos Essenciais Da OraçãO
Português Termos Essenciais Da OraçãOguesta4fb1a
 
Sequência lógica de frases
Sequência lógica de frasesSequência lógica de frases
Sequência lógica de frasesCamila Rodrigues
 
Tipos de-argumentos
Tipos de-argumentosTipos de-argumentos
Tipos de-argumentoshipolitus
 
Gênero textual Entrevista - 6º ano
Gênero textual Entrevista - 6º anoGênero textual Entrevista - 6º ano
Gênero textual Entrevista - 6º anoClarice Lima
 
Persuadir e convencer ethos, pathos e logos corrigido
Persuadir e convencer  ethos, pathos e logos corrigidoPersuadir e convencer  ethos, pathos e logos corrigido
Persuadir e convencer ethos, pathos e logos corrigidoj_sdias
 
Dissertação expositiva e argumentativa
Dissertação expositiva e argumentativaDissertação expositiva e argumentativa
Dissertação expositiva e argumentativatali_vini
 

Mais procurados (20)

Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas
Orações Coordenadas Assindéticas e SindéticasOrações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas
Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas
 
2015 tipos-de-introdução-texto-dissertativo-argumentativo--1
2015 tipos-de-introdução-texto-dissertativo-argumentativo--12015 tipos-de-introdução-texto-dissertativo-argumentativo--1
2015 tipos-de-introdução-texto-dissertativo-argumentativo--1
 
Os tipos de discurso
Os tipos de discursoOs tipos de discurso
Os tipos de discurso
 
Generos literarios
Generos literariosGeneros literarios
Generos literarios
 
Slides da aula de Redação (Lourdinha) sobre Argumentação
Slides da aula de Redação (Lourdinha) sobre ArgumentaçãoSlides da aula de Redação (Lourdinha) sobre Argumentação
Slides da aula de Redação (Lourdinha) sobre Argumentação
 
Gêneros argumentativos no enem
Gêneros argumentativos no enemGêneros argumentativos no enem
Gêneros argumentativos no enem
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo
 
A retórica
A retóricaA retórica
A retórica
 
Aulão de redação -Resumo de redação
Aulão de redação -Resumo de redaçãoAulão de redação -Resumo de redação
Aulão de redação -Resumo de redação
 
Recursos ortográficos e efeitos de sentido
Recursos ortográficos e efeitos de sentidoRecursos ortográficos e efeitos de sentido
Recursos ortográficos e efeitos de sentido
 
Português Termos Essenciais Da OraçãO
Português Termos Essenciais Da OraçãOPortuguês Termos Essenciais Da OraçãO
Português Termos Essenciais Da OraçãO
 
Estrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opiniãoEstrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opinião
 
Civil - Aulas contratos
Civil - Aulas contratosCivil - Aulas contratos
Civil - Aulas contratos
 
Sequência lógica de frases
Sequência lógica de frasesSequência lógica de frases
Sequência lógica de frases
 
Tipos de-argumentos
Tipos de-argumentosTipos de-argumentos
Tipos de-argumentos
 
Gênero textual Entrevista - 6º ano
Gênero textual Entrevista - 6º anoGênero textual Entrevista - 6º ano
Gênero textual Entrevista - 6º ano
 
Persuadir e convencer ethos, pathos e logos corrigido
Persuadir e convencer  ethos, pathos e logos corrigidoPersuadir e convencer  ethos, pathos e logos corrigido
Persuadir e convencer ethos, pathos e logos corrigido
 
Dissertação expositiva e argumentativa
Dissertação expositiva e argumentativaDissertação expositiva e argumentativa
Dissertação expositiva e argumentativa
 
Texto Argumentativo
Texto Argumentativo Texto Argumentativo
Texto Argumentativo
 
Texto e discurso
Texto e discursoTexto e discurso
Texto e discurso
 

Destaque

Redação Jurídica - Primeira Parte
Redação Jurídica - Primeira ParteRedação Jurídica - Primeira Parte
Redação Jurídica - Primeira ParteRicardo Torques
 
Slides das Aulas de Teoria e Prática da Argumentação Jurídica (2012)
Slides das Aulas de Teoria e Prática da Argumentação Jurídica (2012)Slides das Aulas de Teoria e Prática da Argumentação Jurídica (2012)
Slides das Aulas de Teoria e Prática da Argumentação Jurídica (2012)Luís Rodolfo A. de Souza Dantas
 
Estrutura do texto argumentativo
Estrutura do texto argumentativoEstrutura do texto argumentativo
Estrutura do texto argumentativo7 de Setembro
 
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAAULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAMarcelo Cordeiro Souza
 
Redação jurídica tipologia textual jurídica
Redação jurídica tipologia textual jurídicaRedação jurídica tipologia textual jurídica
Redação jurídica tipologia textual jurídicaThaís Bombassaro
 
Comunidade do poço da draga sofre com abandono imprimir - clipping - autar...
Comunidade do poço da draga sofre com abandono   imprimir - clipping - autar...Comunidade do poço da draga sofre com abandono   imprimir - clipping - autar...
Comunidade do poço da draga sofre com abandono imprimir - clipping - autar...mcrudolf
 
Direito civil - Registro Natural, Pessoa Jurídica, Domicílio, Bens
Direito civil - Registro Natural, Pessoa Jurídica, Domicílio, BensDireito civil - Registro Natural, Pessoa Jurídica, Domicílio, Bens
Direito civil - Registro Natural, Pessoa Jurídica, Domicílio, BensIsabel Martins
 
Roteiro de direito_administrativo
Roteiro de direito_administrativoRoteiro de direito_administrativo
Roteiro de direito_administrativoFabiana Adaice
 
Redacão jurídica aplicada_2013_1
Redacão jurídica aplicada_2013_1Redacão jurídica aplicada_2013_1
Redacão jurídica aplicada_2013_1DireitoUni9
 
Textos sobre economia e desenvolvimento
Textos sobre economia e desenvolvimentoTextos sobre economia e desenvolvimento
Textos sobre economia e desenvolvimentoGeraldo Aguiar
 
Estrutura básica para uma boa redação
Estrutura básica para uma boa redaçãoEstrutura básica para uma boa redação
Estrutura básica para uma boa redaçãoFrankleber
 
2012.1 semana 2 a pessoa natural -capacidade civil
2012.1 semana 2    a pessoa natural -capacidade civil2012.1 semana 2    a pessoa natural -capacidade civil
2012.1 semana 2 a pessoa natural -capacidade civilNilo Tavares
 

Destaque (20)

Redação Jurídica - Primeira Parte
Redação Jurídica - Primeira ParteRedação Jurídica - Primeira Parte
Redação Jurídica - Primeira Parte
 
Slides das Aulas de Teoria e Prática da Argumentação Jurídica (2012)
Slides das Aulas de Teoria e Prática da Argumentação Jurídica (2012)Slides das Aulas de Teoria e Prática da Argumentação Jurídica (2012)
Slides das Aulas de Teoria e Prática da Argumentação Jurídica (2012)
 
Estrutura do texto argumentativo
Estrutura do texto argumentativoEstrutura do texto argumentativo
Estrutura do texto argumentativo
 
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAAULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
 
Redação jurídica tipologia textual jurídica
Redação jurídica tipologia textual jurídicaRedação jurídica tipologia textual jurídica
Redação jurídica tipologia textual jurídica
 
Comunidade do poço da draga sofre com abandono imprimir - clipping - autar...
Comunidade do poço da draga sofre com abandono   imprimir - clipping - autar...Comunidade do poço da draga sofre com abandono   imprimir - clipping - autar...
Comunidade do poço da draga sofre com abandono imprimir - clipping - autar...
 
Direito civil - Registro Natural, Pessoa Jurídica, Domicílio, Bens
Direito civil - Registro Natural, Pessoa Jurídica, Domicílio, BensDireito civil - Registro Natural, Pessoa Jurídica, Domicílio, Bens
Direito civil - Registro Natural, Pessoa Jurídica, Domicílio, Bens
 
Roteiro de direito_administrativo
Roteiro de direito_administrativoRoteiro de direito_administrativo
Roteiro de direito_administrativo
 
Bens juridicos
Bens juridicosBens juridicos
Bens juridicos
 
Volume 5 a gonçalves
Volume 5 a gonçalvesVolume 5 a gonçalves
Volume 5 a gonçalves
 
Filosofia moderna
Filosofia modernaFilosofia moderna
Filosofia moderna
 
Redacão jurídica aplicada_2013_1
Redacão jurídica aplicada_2013_1Redacão jurídica aplicada_2013_1
Redacão jurídica aplicada_2013_1
 
Gramática - Pontuação
Gramática - PontuaçãoGramática - Pontuação
Gramática - Pontuação
 
FILOSOFIA DE KANT
FILOSOFIA DE KANTFILOSOFIA DE KANT
FILOSOFIA DE KANT
 
Textos sobre economia e desenvolvimento
Textos sobre economia e desenvolvimentoTextos sobre economia e desenvolvimento
Textos sobre economia e desenvolvimento
 
Nj aula 6 ppt
Nj aula 6 pptNj aula 6 ppt
Nj aula 6 ppt
 
Nj aula 3
Nj aula 3Nj aula 3
Nj aula 3
 
006 slides pessoas jurídicas
006   slides pessoas jurídicas006   slides pessoas jurídicas
006 slides pessoas jurídicas
 
Estrutura básica para uma boa redação
Estrutura básica para uma boa redaçãoEstrutura básica para uma boa redação
Estrutura básica para uma boa redação
 
2012.1 semana 2 a pessoa natural -capacidade civil
2012.1 semana 2    a pessoa natural -capacidade civil2012.1 semana 2    a pessoa natural -capacidade civil
2012.1 semana 2 a pessoa natural -capacidade civil
 

Semelhante a Retórica e argumentação no discurso jurídico

Semelhante a Retórica e argumentação no discurso jurídico (20)

Narrando os-fatos-em-slides
Narrando os-fatos-em-slidesNarrando os-fatos-em-slides
Narrando os-fatos-em-slides
 
Curso de redação
Curso de redaçãoCurso de redação
Curso de redação
 
04 aul dissertaçâo_desenvolvimento
04 aul dissertaçâo_desenvolvimento04 aul dissertaçâo_desenvolvimento
04 aul dissertaçâo_desenvolvimento
 
3
33
3
 
Diferença entre tese e argumento
Diferença entre tese e argumentoDiferença entre tese e argumento
Diferença entre tese e argumento
 
Tese e argumento
Tese e argumentoTese e argumento
Tese e argumento
 
Argumentação
ArgumentaçãoArgumentação
Argumentação
 
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
 
Texto expositivo argumentativo
Texto expositivo argumentativoTexto expositivo argumentativo
Texto expositivo argumentativo
 
Dissertação e Argumentação
Dissertação e ArgumentaçãoDissertação e Argumentação
Dissertação e Argumentação
 
Inversão do onus da prova no cdc
Inversão do onus da prova no cdcInversão do onus da prova no cdc
Inversão do onus da prova no cdc
 
A importância da argumentação
A importância da argumentaçãoA importância da argumentação
A importância da argumentação
 
Argumentao
 Argumentao Argumentao
Argumentao
 
Generos textuais
Generos textuaisGeneros textuais
Generos textuais
 
Resumo De Portugues
Resumo De PortuguesResumo De Portugues
Resumo De Portugues
 
Apostila resumo-e-exercicios-de-portugues
Apostila resumo-e-exercicios-de-portuguesApostila resumo-e-exercicios-de-portugues
Apostila resumo-e-exercicios-de-portugues
 
Argumentos
ArgumentosArgumentos
Argumentos
 
Sequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..ppt
Sequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..pptSequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..ppt
Sequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..ppt
 
Logica
LogicaLogica
Logica
 
Argumentação e retórica
Argumentação  e retóricaArgumentação  e retórica
Argumentação e retórica
 

Mais de MGLAUCIA /LÍNGUA PORTUGUESA (12)

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINALCONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
 
Dicas para o ENEM e outros vestibulares
Dicas para o ENEM e outros vestibularesDicas para o ENEM e outros vestibulares
Dicas para o ENEM e outros vestibulares
 
Vanguardas Europeias
Vanguardas EuropeiasVanguardas Europeias
Vanguardas Europeias
 
Vanguardas Europeias
Vanguardas EuropeiasVanguardas Europeias
Vanguardas Europeias
 
Enunciação e discurso jurídico completo
Enunciação e discurso jurídico completoEnunciação e discurso jurídico completo
Enunciação e discurso jurídico completo
 
2012 blog final
2012 blog final2012 blog final
2012 blog final
 
Realismo /Naturalismo /Iaia Garcia - Machado de Assis
Realismo /Naturalismo /Iaia Garcia - Machado de AssisRealismo /Naturalismo /Iaia Garcia - Machado de Assis
Realismo /Naturalismo /Iaia Garcia - Machado de Assis
 
Tecnologia na Educação
Tecnologia na Educação Tecnologia na Educação
Tecnologia na Educação
 
Tecnologia na Educação / Uso em sala de aula
Tecnologia na Educação / Uso em sala de aulaTecnologia na Educação / Uso em sala de aula
Tecnologia na Educação / Uso em sala de aula
 
Alemanha walinson 2º51v 10
Alemanha walinson 2º51v 10Alemanha walinson 2º51v 10
Alemanha walinson 2º51v 10
 
Unid1 ativ3mg
Unid1 ativ3mgUnid1 ativ3mg
Unid1 ativ3mg
 
Gestão de Tecnologias na escola
Gestão de Tecnologias na escolaGestão de Tecnologias na escola
Gestão de Tecnologias na escola
 

Último

Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 

Último (20)

Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 

Retórica e argumentação no discurso jurídico

  • 1. ―Cometer injustiça é pior do que sofrê-la‖ (Platão)
  • 2. Toda narrativa é a exposição de fatos (reais ou fictícios) que se passam em determinado lugar e com certa duração, em atmosfera carregada de elementos circunstanciais. São elementos essenciais da narrativa: a) o quê: o fato que se pretende contar; b) quem: as partes envolvidas; c) como: o modo como o fato aconteceu; d) quando: a época, o momento, o tempo do fato; e) onde: o registro espacial do fato; f) porquê: a causa ou motivo do fato; g) por isso: resultado ou conseqüência do fato.
  • 3. 1. No dia 15 de maio do corrente ano, o Autor , tendo vendido o Réu o imóvel constituído do apartamento nº 56 do prédio denominado ―Monte Castelo‖, na Rua José do Patrocínio, 603, confiou a este o telefone de número 813-4672, que ali se encontrava instalado, e do qual o autor é assinante, conforme recibo da TELESP (doc.2).  2. Tal fato se deveu à única e exclusiva circunstância de que, tendo de proceder à entrega do imóvel vendido, nos termos da escritura de compra e venda, lavrada em notas do Tabelião do 26º Oficio, Livro nº 2, fls. 56, não conseguia o Autor a retirada do referido aparelho telefônico, embora tinha pedido, por escrito, tal retirada, desde o dia 16 de maio (doc.3).
  • 4. Mostra ao leitor como se processa a narrativa: períodos curtos, perfeito do indicativo, indicando no início o tempo dos acontecimentos e demais circunstâncias que permitem revelar como aconteceram os fatos e o porquê deles, para que dessa narrativa se chegue logicamente a uma conclusão, resultado ou conseqüência do fato vivenciado pelas partes envolvidas.
  • 5. ―Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a intenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos, se reuniram, tomavam juntamente conselho‖.(Guimarães Rosa, 1962:32)  Comentários: a narrativa em 1ª pessoa revela a visão do autor em relação ao fato contado. Os verbos no perfeito (consummatum est) trazem a dor da situação real,acontecida. O verbo acontecia (no imperfeito) indica a continuidade da situação no espírito do narrador, porque as horas devem ter-lhe sido penosas e o fato difícil de se aceitá-lo verdadeiro. O momento do texto é o início do clímax, havendo mais intensidade na seqüência dos atos, prenunciando o desfecho.
  • 6. A descrição é amplamente empregada na redação jurídica porque a narrativa dos fatos é tecida por meio da descrição desses fatos, buscando os elementos e pormenores que “pintem o quadro”, segundo a versão da parte processual.  A descrição não é uma técnica empregada com exclusividade no mundo jurídico mas que assenta os juízos dissertativos, robustecendo a narrativa dos fatos.
  • 7. “Este é o acusado. Um acusado que vem aqui e mente, se Vossas Excelências observarem, hoje ele diz que é casado consta no outro interrogatório que ele estava separado, procura modificar aquilo que já declarou para o próprio juiz, procurando confundi-lo, procurando inverter pequenos detalhes para se amoldar a uma possível e imaginária tese de defesa. É um elemento perigoso, mesquinho, mesquinho porque quando de uma discussão com um funcionário da SAMAE por uma questão de água sacou um revólver e também atirou”.
  • 8. “Às vezes escapou que, ao invés de justificar, passa a castigar. É o caso, senhores, típico do acusado. Hoje pintaram um quadro aqui, que se não houvesse alguém pra rebater, o acusado apodreceria na cadeia. Excelências, nós vamos nos referir ao acusado o cidadão. Honesto, trabalhador, não é vadio, não é malandro. O acusado foi vítima das circunstâncias. Aconteceu um fato na vida do acusado. O acusado tem uma vida anterior ao crime, e tem uma vida posterior como vou mostrar a Vossas Excelências. Não é como disse a nobre promotoria que o acusado se praticou crimes. É o primeiro. Ele e primário. É o primeiro delito do acusado. O outro, ele já pagou, Excelências”.
  • 9. exige do redator um posicionamento diante de determinado assunto,  quer expressando sua opinião,  quer postulando uma tese.
  • 10. Dissertação expositiva:  É a discussão de uma idéia, de um assunto. A intenção do redator é a de expor um assunto, comentando-o . É bem elaborada quando se discute um assunto com profundidade, de forma clara, estando as idéias ―amarradas‖ a um tópico frasal (uma introdução) que apresente, com segurança, a idéia central.
  • 11. É aquela em que o redator se mune das técnicas de persuasão com o objetivo de convencer o leitor a partilhar de sua opinião ou mudar de ponto de vista. Na atividade jurídica é imprescindível esse tipo de dissertação, por corresponder à própria natureza persuasiva do discurso forense. Entretanto, toda idéia só tem força persuasiva se as razões que a fundamentam estiverem claras e bem sustentadas. Somente as provas podem completar o plano argumentativo.
  • 12.
  • 13. O advogado de defesa planeja centrar sua tese na legítima defesa.  Ao levantar os dados constantes dos autos encontra: a) três testemunhas que afirmam ter visto seu cliente provocando a vítima;  b) declaração dos policiais que efetuaram a prisão em flagrante- logo após o homicídio – afirmando estar a vítima desarmada;  c) o laudo médico informa que a vítima foi atacada repentinamente e pelas costas, em face da trajetória das duas balas contra ela disparadas.
  • 14. Terá que reformular seu plano de defesa, porque as evidências processuais se dirigem pela culpa do cliente e não autorizam a tese pretendida(legítima defesa).  Assim, ou ele muda sua linha defensiva ou busca nos autos evidências mais fortes do que as acusatórias.  Em última análise, não há discurso sem o elemento dissertativo, pois a presença de diferentes opiniões para um só fato se dá pela força argumentativa obrigatória no discurso jurídico.
  • 15. Retórica —a ciência teorética que investiga a arte da persuasão  SISTEMATIZANDO   A retórica pode ser bem ou mal usada, não é ela que é moral, mas sim quem a utiliza.   Pode-se distinguir três domínios: retórica, moral e verdade.   A retórica é a técnica da argumentação do verossímil.   A retórica de Aristóteles apresenta-se como retórica de raciocínio, por oposição a uma retórica das paixões.
  • 16. •Em A Arte da Retórica, Aristóteles define três gêneros de retórica:  –Deliberativo – futuro – delibera aconselhando ou desaconselhando para uma ação futura;  –Judiciário – passado – acusação ou defesa incidem sobre fatos já ocorridos;  –Demonstrativo – presente – para elogiar ou censurar se toma sempre por base a atualidade.
  • 17. Foi Aristóteles quem, segundo Citelli, apresentou o esquema segundo o qual o texto deve ser dividido em quatro partes seqüenciais e integradas: exórdio,desenvolvimento( narração, provas )e peroração. A primeira parte é, na verdade, uma introdução ao que se vai dizer no discurso, de maneira a conquistar a fidelidade do ouvinte. Segue-se à narração, isto é, a argumentação propriamente dita, na qual deve- se apresentar a idéia que se pretende difundir, ou um fato segundo os interesses do orador, a fim de lhe atribuir importância. A terceira parte, as provas, é composta dos elementos que darão sustentação à argumentação sendo, como ensina o autor, a fase do discurso jurídico mais importante. Por último, a peroração, que concluiria o que raciocínio do discurso, de maneira a reforçar as idéias nele defendidas.
  • 18. O raciocínio, em geral, é a operação pela qual o espírito, de duas ou mais relações conhecidas, concluí uma outra relação que desta decorre logicamente.  Argumento é a expressão verbal do raciocínio
  • 19. a) Apodítico- Do grego apodeiktkós .Possui o tom da verdade inquestionável; a argumentação é redigida com tal grau de fechamento que não resta ao receptor qualquer dúvida quanto à verdade do emissor.  b) Dialético-é aberto a discussões permitindo controvérsias e constetação.
  • 20. C)Retórico :concilia dados racionais e emocionais;é variante do raciocínio dialético,diferindo-se dele por ampliar o envolvimento do ouvinte alvo  d)Silogístico- segue a estrutura do silogismo:duas proposições(premissas)encadeiam-se e delas e delas se chega a uma conclusão.  Todo círculo é redondo.(premissa maior)  Ora,nenhum triangulo é redondo.(premissa menor)  Logo nenhum triangulo é circulo.conclusão.
  • 21. Por exclusão:o redator propõe várias hipóteses e vai eliminando uma por uma para se fixar no seu objetivo.  Pelo absurdo:consiste em refutar uma asserção ,mostrando-lhe a falta de cabimento ao contrariar a evidência.  De autoridade:a intenção é mais confirmatória do que comprobatória.O argumento apoia-se na validade das declarações de um especialista da questão (que partilha da opinião do redator)
  • 22. 1 -Posturas filosóficas  Duas são as posturas básicas na elaboração do parágrafo dissertativo: a dialética e a disputa.  a) Dialética de Platão  É o exame da questão polêmica. Pela dialética o redator deve refletir sobre os prós e  contras, antes de tomar posição.  Em primeiro plano ele analisa a questão “A”, em seguida, coloca ele a questão “B”.  Finalmente, na conclusão ele decide seu posicionamento: opta por “A” ou”B” ou promove a  conciliação “AB”.  b) Disputa de São Tomás de Aquino  A disputa pressupõe a defesa da tese. O redator irá ter um ponto de vista (sim ou não)  sobre determinada questão e apresentará os argumentos que motivaram sua eleição por esta  ou aquela postura.  Na disputa, os argumentos (não mais do que três, recomenda-se) devem ser distribuídos  em gradação crescente, cada qual reforçando o anterior e todos relacionados entre si, rumo à  conclusão.
  • 23. 2-Posturas psicológicas  Entende-se por postura psicológica a posição que o observador assume, isto é, de estar mais  ou menos envolvido afetivamente com o assunto.  O observador pode ter duas posições:  a) fora do campo observado: Behaviorismo  - maior neutralidade;  - mais objetividade;  - observação centrada no comportamento, realizando relações de causa/efeito entre estímulos e  respostas ocorridos dentro do campo observado;  - ênfase para substantivos e verbos – agente da ação e ação (e ainda objetos sobre os quais ele  recai).  b) dentro do campo observado:Gestalt  - o observador envolve-se afetivamente com a realidade observada;  - mais subjetividade;  - observação centrada na percepção, procurando perceber a estrutura global a partir dos  elementos sensoriais;
  • 24. Bibliografia Português Jurídico :Damião e Henriques –Editora Atual