1) Os argumentos com base em exemplos generalizam a partir de casos particulares para conclusões mais amplas, requerendo uma amostra representativa de exemplos para apoiar uma proposição geral.
2) Os argumentos por analogia comparam casos particulares para inferir semelhanças em aspectos desconhecidos, baseando-se em semelhanças visíveis.
3) Os argumentos de autoridade apoiam-se no testemunho de especialistas, requerendo averiguar a credibilidade e imparcialidade das fontes citadas.
1. TIPOS DE ARGUMENTOS
Argumentos com base em exemplos
É do tipo indutivo;
Neles efetuam-se generalizações e previsões a partir de casas ou exemplos particulares.
Exemplos necessários para apoiar solidamente uma proposição geral:
Um exemplo único não é suficiente para apoiar uma generalização;
Se se trata de um conjunto pouco numeroso, o ideal é atender-se a todos os exemplos.
Amostra representativa:
O conjunto de exemplos selecionados, que, inclui, em termos proporcionais, elementos
pertencentes aos diversos estratos do conjunto acerca do qual se quer generalizar.
O contraexemplo:
Caso que se presta a apoiar o contrato daquilo que nos propomos a defender.
Argumentos por analogia
Raciocínio vulgar a nível do senso comum, ocorrendo também a nível científico;
Vai de um caso particular para outro particular;
Procura analisar cada individuo particular, procurando características comuns e,
consequentemente, uma conclusão geral;
Parte de um caso específico para mostrar que outro caso é também semelhante noutros aspetos
desconhecidos;
Infere (deduz) semelhanças não visíveis, partindo das semelhanças visíveis.
Argumento de autoridade
Apoiam-se no testemunho de pessoas ou instituições com conhecimentos seguros acerca da
matéria em causa, tais como professores, cientistas, etc…;
Há bons e maus argumentos de autoridade, sendo preciso por vezes fazer investigação para
confirmar a sua credibilidade, pois as fontes podem não ser fidedignas;
Deve evitar-se ser tendencioso e cumprir estes requisitos:
1. Averiguar se as fontes são credíveis e imparciais;
2. Comparar umas fontes com as outras, especialmente se houver discordância entre os dados;
3. Citá-los com o máximo de precisão.
2. Argumento sobre causas
Sempre que se correlacionam dois factos, de modo a existir entre eles uma relação causa –
efeito, está-se a argumentar sobre causas. Não basta mencionar que a causa produz determinado
efeito, é também necessário fornecer um meio possível que leva a causa a provocar o efeito.
São argumentos que mostram a relação entre dois fenómenos, em que um deles é considerado a
origem do outro. No entanto, chegamos a uma conclusão em que nem sempre significa que a causa
tenha sido descoberta. Na maior parte dos casos a conclusão não é mais que uma correlação.
Causa – Agente ou fenómeno A que tem a capacidade de produzir o efeito B.
Correlação – Variação simultânea de dois fenómenos A e B, não significando que um seja produzido
pelo outro.
Exemplos de correlações:“Alimentação regrada (moderada) ”; “Boa saúde”; “Hábitos de leitura”;
“Abertura de espírito”.
A correlação pode ser uma coincidência. Por exemplo, adormecer depois de tomar um comprimido
não quer dize que se tenha adormecido aquando da sua ingestão, mas talvez devido à hora tardia e
ao cansaço, etc…
Argumentos dedutivos
Argumentos em que, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão é necessariamente verdadeira.
As conclusões são verdades infalíveis;
É impossível extrair uma conclusão falsa de premissas verdadeiras;
A conclusão que se extrai de premissas verdadeiras é obrigatoriamente verdadeira;
O argumento ou é válido ou inválido de modo incondicional ou absoluto – ou os argumentos estão
bem estruturados, ou estão mal;
A garantia da verdade das conclusões apenas depende da sua estrutura formal.
O valor dos argumentos dedutivos está no rigor, sendo a conclusão algo que já estava nas
premissas.
A conclusão segue necessariamente das premissas, o que lhe confere um segurança formal;
Não se procede à ampliação de conhecimentos;
A dedução é o raciocínio característico das ciências formais, como a logica e a matemática, domínios
que prescindem de qualquer observação empírica.