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ÉTICA E BIOÉTICA
Cleanto Santos Vieira
Aula 2 – Ética na Roma Antiga e
período medieval
ÉTICA E BIOÉTICA
• Ética no Mundo Helenístico e Romano:
• Com o domínio da Grécia por Alexandre
Magno, e os Impérios que lhe seguiram,
altera-se os contextos em que o homem
vive.
• As cidades-Estados são substituídas por
vastos Impérios constituídos por uma
multiplicidade de povos e de culturas.
• Os cidadãos sentem que vivem numa
sociedade na qual as questões políticas são
sentidas como algo muito distantes das suas
preocupações.
• As teorias éticas são nitidamente
individualistas, limitando-se em geral a
apresentar um conjunto de recomendações
(máximas ) sobre a forma mais agradável de
viver a vida.
Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
ÉTICA E BIOÉTICA
• A relação do homem com a cidade é
substituída pela sua relação privilegiada
com o cosmos.
• Viver em harmonia com ele é a suprema
das sabedorias.
• Teorias éticas fundamentais Romanas:
• Epicurismo (Epicuro, Lucrécio ). O objetivo
da vida do sábio é atingir máximo de
prazer, mas para que isso seja possível ele
deve apartar-se do mundo.
• Atingir a imperturbabilidade do espírito e a
tranquilidade do corpo.
Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
ÉTICA E BIOÉTICA
• Cinismo (Antistenes, Diógenes ).
Para os cínicos objetivo da vida do
sábio é viver de acordo com a
natureza.
• Afastando-se de tudo aquilo
provoca ilusões e sofrimentos:
convenções sociais, preconceitos,
usos e costumes sociais, etc.
• Cada um deve viver deforma
simples e despojada.
Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
ÉTICA E BIOÉTICA
• Estoicismo: (Zenão de Cítio, Séneca
e Marco Aurélio). Para os estóicos o
homem é um simples elemento do
Cosmos, cujas leis determinam o
nosso destino.
• O sábio vive em harmonia com a
natureza, cultiva o autodomínio,
evitando as paixões e os desejos,
em suma, tudo aquilo que pode
provocar sofrimento.
Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
“O sacrifício do filósofo” -
Morte de Sêneca, óleo
sobre tela, Peter Paul
Rubens, 1612, Museu do
Prado, Madri.
“Nenhum vento sopra a
favor de quem não sabe
pra onde ir” - Sêneca
“A economia é a ciência
de suprimir os gastos
supérfluos” - Sêneca
“Mais penosas são as
consequências da ira do
que suas causas” –
Marco Aurélio
Imperador e filósofo
romano
ÉTICA E BIOÉTICA
• Ceticismo: (Pirro de Élis, Sexto
Empírio).
• Defendem que nada sabemos, pelo
nada podemos afirmar com certeza.
• Face a este posição de princípio a
felicidade só pode ser obtida
através do alheamento do que se
passa à nossa volta, cultivando o
equilíbrio interior.
Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
“Outra vitória como essa e
estaremos perdidos” – Pirro de Élis
Sexto Empírio -> a vida prática deve
reger-se por quatro guias:
a experiência da vida
as indicações que a natureza nos dá
através dos sentidos
as necessidades do corpo
as regras das artes
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
A ética medieval:
A Idade Média foi dominada pelo catolicismo
na Europa Ocidental, pautando uma ética
vinculada com a religião e dogmas cristãos,
dominando o panorama conceitual entre o
século XI e XIX; a despeito de mudanças
significativas com o renascimento e, depois, a
entrada na modernidade e o iluminismo.
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
Dentre as concepções filosóficas que
influenciaram fortemente o conceito de ética
medieval, cabe destacar as ideias de Santo
Agostinho, São Tomás de Aquino e Santo
Anselmo.
Sto. Agostinho São Tomáz de Aquino
Para Santo Agostinho a verdade é uma questão
de fé, é revelada por Deus, superando a razão;
subordinando o Estado e a política à autoridade
da Igreja.
Houve também uma subordinação da ética à
moral; com a última sobrepondo-se a primeira O
catolicismo alterou profundamente a ética,
introduzindo a ideia de que a bondade, uma vida
virtuosa, só podia ser alcançada pela vontade de
Deus, desvinculando a felicidade da
racionalização do mundo.
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
Mais um fator de fortalecimento da moral, aumentando a ignorância da
maior parte da população europeia quanto ao discernimento conceitual
da ética.
Neste contexto, o mundo sensível e inteligível platônico foram
reinterpretados; identificados com a vida mundana em oposição ao
paraíso nos céus, com a verdade só podendo ser contemplada através
da fé em Deus e a felicidade alcançada somente após a morte.
Tudo, desde que os preceitos católicos tivessem sido seguidos à risca
em vida.
“O bom cristão deve permanecer alerta contra os matemáticos e todos os que fazem profecias vazias,
pois existe o perigo de que eles tenham feito uma aliança com o demônio para obscurecer o espírito e
confinar o homem as amarras do inferno” – Santo Agostinho
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
A ética cristã, através do pensamento de São Tomás de Aquino,
também fez uma releitura do pensamento aristotélico.
O “tomismo” procurou conciliar a fé e a razão, condicionando os atos
dos indivíduos à natureza humana.
No entanto, ao afirmar que a dita natureza humana estaria na
essência divina, inclinada a bondade, como pretendia Aristóteles;
não fez mais que reafirmar a subordinação da razão à fé.
Para Tomás de Aquino, o caminho para a felicidade passaria pela
“grande ética”, caracterizada pelo justo equilíbrio divino, projetado na
ordenação da sociedade.
São tomaz de Aquino - Boticelli
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
Aceitar as contradições sociais e econômicas, a desigualdade,
como vontade de Deus, esperando receber a recompensa no além,
quando finalmente a contemplação do paraíso permitiria atingir a
felicidade plena, individual e coletiva, participando e retornando ao
espírito divino.
O que representou uma relativização da ética, fragmentada e
aplicada apenas a um contexto especifico de estamento e grupo
social.
Segundo ele, “os princípios comuns da lei natural não podem ser
aplicados do mesmo modo indiscriminadamente a todos os
homens, devido à grande variedade de raças, costumes e assuntos
humanos; por isto, existe a diversidade das leis positivas nos
diversos povos”.
Para harmonizar a sociedade, ao invés da ética, dada sua
segmentação, caberia a moral servir de referencial.
“A humildade é o primeiro degrau
da sabedoria” – São Tomaz de
Aquino
ÉTICA E BIOÉTICA
• “A salvação do homem é alcançada pela fé” – Santo Agostinho
Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
“A salvação do homem é alcançada pela fé e pelas boas ações”
– São Tomaz de Aquino
ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
Santo Anselmo, pai da escolástica, propunha a educação como
meio de vencer o ceticismo e doutrinar o homem na fé cristã,
mostrando sua superioridade frente à razão; afirmou que os
princípios morais seriam intuitivamente auto-evidentes,
condicionando as ações à vontade de Deus.
Relegada ao segundo plano na efetivação da justiça, a ética
passou a ser aplicada a contextos específicos; abrindo caminho
para a visualização de aspectos éticos erroneamente apenas
vinculados com a atuação profissional, com regras que valeriam
somente entre iguais.
ÉTICA E BIOÉTICA
• A ética medieval então segue uma tendência
de interpretação conceitual da ética platônica e
prevalece sobre as demais abordagens, sendo
acentuada pela visão cristã que valorizou a
moral em detrimento da uma concepção ética
universalizadora.
Aula 2 – Ética na Roma Antiga
e período medieval
“Acreditamos que vós (Deus) sois algo que nada se pode
conceber que vos seja maior” Santo Anselmo da Cantuária
Referências
ARISTÓTELES. A ética; textos selecionados. São Paulo: Edipro, 2003.
BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São
Paulo: Abril Cultural, 1974.
HUME, David. Ensaios morais, políticos e literários. São Paulo: Abril Cultural,
1973.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril
Cultural, 1974.
MACIEL JR, A. Pré-socráticos: a invenção da razão. São Paulo: Odysseus, 2007.
PLATÃO. A república. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000.

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A Ética na Roma Antiga e no Período Medieval

  • 1. ÉTICA E BIOÉTICA Cleanto Santos Vieira Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval
  • 2. ÉTICA E BIOÉTICA • Ética no Mundo Helenístico e Romano: • Com o domínio da Grécia por Alexandre Magno, e os Impérios que lhe seguiram, altera-se os contextos em que o homem vive. • As cidades-Estados são substituídas por vastos Impérios constituídos por uma multiplicidade de povos e de culturas. • Os cidadãos sentem que vivem numa sociedade na qual as questões políticas são sentidas como algo muito distantes das suas preocupações. • As teorias éticas são nitidamente individualistas, limitando-se em geral a apresentar um conjunto de recomendações (máximas ) sobre a forma mais agradável de viver a vida. Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval
  • 3. ÉTICA E BIOÉTICA • A relação do homem com a cidade é substituída pela sua relação privilegiada com o cosmos. • Viver em harmonia com ele é a suprema das sabedorias. • Teorias éticas fundamentais Romanas: • Epicurismo (Epicuro, Lucrécio ). O objetivo da vida do sábio é atingir máximo de prazer, mas para que isso seja possível ele deve apartar-se do mundo. • Atingir a imperturbabilidade do espírito e a tranquilidade do corpo. Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval
  • 4. ÉTICA E BIOÉTICA • Cinismo (Antistenes, Diógenes ). Para os cínicos objetivo da vida do sábio é viver de acordo com a natureza. • Afastando-se de tudo aquilo provoca ilusões e sofrimentos: convenções sociais, preconceitos, usos e costumes sociais, etc. • Cada um deve viver deforma simples e despojada. Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval
  • 5. ÉTICA E BIOÉTICA • Estoicismo: (Zenão de Cítio, Séneca e Marco Aurélio). Para os estóicos o homem é um simples elemento do Cosmos, cujas leis determinam o nosso destino. • O sábio vive em harmonia com a natureza, cultiva o autodomínio, evitando as paixões e os desejos, em suma, tudo aquilo que pode provocar sofrimento. Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval “O sacrifício do filósofo” - Morte de Sêneca, óleo sobre tela, Peter Paul Rubens, 1612, Museu do Prado, Madri. “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe pra onde ir” - Sêneca “A economia é a ciência de suprimir os gastos supérfluos” - Sêneca “Mais penosas são as consequências da ira do que suas causas” – Marco Aurélio Imperador e filósofo romano
  • 6. ÉTICA E BIOÉTICA • Ceticismo: (Pirro de Élis, Sexto Empírio). • Defendem que nada sabemos, pelo nada podemos afirmar com certeza. • Face a este posição de princípio a felicidade só pode ser obtida através do alheamento do que se passa à nossa volta, cultivando o equilíbrio interior. Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval “Outra vitória como essa e estaremos perdidos” – Pirro de Élis Sexto Empírio -> a vida prática deve reger-se por quatro guias: a experiência da vida as indicações que a natureza nos dá através dos sentidos as necessidades do corpo as regras das artes
  • 7. ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval A ética medieval: A Idade Média foi dominada pelo catolicismo na Europa Ocidental, pautando uma ética vinculada com a religião e dogmas cristãos, dominando o panorama conceitual entre o século XI e XIX; a despeito de mudanças significativas com o renascimento e, depois, a entrada na modernidade e o iluminismo.
  • 8. ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval Dentre as concepções filosóficas que influenciaram fortemente o conceito de ética medieval, cabe destacar as ideias de Santo Agostinho, São Tomás de Aquino e Santo Anselmo. Sto. Agostinho São Tomáz de Aquino Para Santo Agostinho a verdade é uma questão de fé, é revelada por Deus, superando a razão; subordinando o Estado e a política à autoridade da Igreja. Houve também uma subordinação da ética à moral; com a última sobrepondo-se a primeira O catolicismo alterou profundamente a ética, introduzindo a ideia de que a bondade, uma vida virtuosa, só podia ser alcançada pela vontade de Deus, desvinculando a felicidade da racionalização do mundo.
  • 9. ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval Mais um fator de fortalecimento da moral, aumentando a ignorância da maior parte da população europeia quanto ao discernimento conceitual da ética. Neste contexto, o mundo sensível e inteligível platônico foram reinterpretados; identificados com a vida mundana em oposição ao paraíso nos céus, com a verdade só podendo ser contemplada através da fé em Deus e a felicidade alcançada somente após a morte. Tudo, desde que os preceitos católicos tivessem sido seguidos à risca em vida. “O bom cristão deve permanecer alerta contra os matemáticos e todos os que fazem profecias vazias, pois existe o perigo de que eles tenham feito uma aliança com o demônio para obscurecer o espírito e confinar o homem as amarras do inferno” – Santo Agostinho
  • 10. ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval A ética cristã, através do pensamento de São Tomás de Aquino, também fez uma releitura do pensamento aristotélico. O “tomismo” procurou conciliar a fé e a razão, condicionando os atos dos indivíduos à natureza humana. No entanto, ao afirmar que a dita natureza humana estaria na essência divina, inclinada a bondade, como pretendia Aristóteles; não fez mais que reafirmar a subordinação da razão à fé. Para Tomás de Aquino, o caminho para a felicidade passaria pela “grande ética”, caracterizada pelo justo equilíbrio divino, projetado na ordenação da sociedade. São tomaz de Aquino - Boticelli
  • 11. ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval Aceitar as contradições sociais e econômicas, a desigualdade, como vontade de Deus, esperando receber a recompensa no além, quando finalmente a contemplação do paraíso permitiria atingir a felicidade plena, individual e coletiva, participando e retornando ao espírito divino. O que representou uma relativização da ética, fragmentada e aplicada apenas a um contexto especifico de estamento e grupo social. Segundo ele, “os princípios comuns da lei natural não podem ser aplicados do mesmo modo indiscriminadamente a todos os homens, devido à grande variedade de raças, costumes e assuntos humanos; por isto, existe a diversidade das leis positivas nos diversos povos”. Para harmonizar a sociedade, ao invés da ética, dada sua segmentação, caberia a moral servir de referencial. “A humildade é o primeiro degrau da sabedoria” – São Tomaz de Aquino
  • 12. ÉTICA E BIOÉTICA • “A salvação do homem é alcançada pela fé” – Santo Agostinho Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval “A salvação do homem é alcançada pela fé e pelas boas ações” – São Tomaz de Aquino
  • 13. ÉTICA E BIOÉTICA Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval Santo Anselmo, pai da escolástica, propunha a educação como meio de vencer o ceticismo e doutrinar o homem na fé cristã, mostrando sua superioridade frente à razão; afirmou que os princípios morais seriam intuitivamente auto-evidentes, condicionando as ações à vontade de Deus. Relegada ao segundo plano na efetivação da justiça, a ética passou a ser aplicada a contextos específicos; abrindo caminho para a visualização de aspectos éticos erroneamente apenas vinculados com a atuação profissional, com regras que valeriam somente entre iguais.
  • 14. ÉTICA E BIOÉTICA • A ética medieval então segue uma tendência de interpretação conceitual da ética platônica e prevalece sobre as demais abordagens, sendo acentuada pela visão cristã que valorizou a moral em detrimento da uma concepção ética universalizadora. Aula 2 – Ética na Roma Antiga e período medieval “Acreditamos que vós (Deus) sois algo que nada se pode conceber que vos seja maior” Santo Anselmo da Cantuária
  • 15. Referências ARISTÓTELES. A ética; textos selecionados. São Paulo: Edipro, 2003. BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974. HUME, David. Ensaios morais, políticos e literários. São Paulo: Abril Cultural, 1973. KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1974. MACIEL JR, A. Pré-socráticos: a invenção da razão. São Paulo: Odysseus, 2007. PLATÃO. A república. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000.