1. Autoria: Alessandra Rodrigues, Thiago Costa Caetano (2020).
Centro de Educação – Universidade Federal de Itajubá.
Avaliação continua sendo uma questão polêmica, com muitos debates e
muitas discordâncias, independentemente da modalidade de ensino.
Avaliar requer um planejamento de métodos e ferramentas que servem
aos critérios de avaliação.
Avaliar não pode ser um ato que expresse somente um conceito formal e
quantitativo. A função da avaliação é auxiliar o aluno na aprendizagem
e o professor a ensinar.
As avaliações podem ser: inicial, quando ocorre antes da instrução
(avaliação diagnóstica), com o objetivo de diagnosticar o estágio dos
alunos em relação a determinado conhecimento; avaliação formativa,
cujo objetivo é orientar os processos de ensino e de aprendizagem
bem como motivar os alunos; e ao final do processo (avaliação
somativa), que busca verificar o que o aluno aprendeu, mas fazendo de
forma que o estudante se sinta promovido e integrado ao processo
educacional, e não simplesmente classificando-o como aprovado ou
reprovado.
Avaliação somativa deve promover e integrar!
Não apenas classificar.
É preciso que o ensino remoto propicie estratégias de avaliação que
permitam ao aluno desenvolver sua autoavaliação e registrá-la.
Concebe-se a avaliação formativa como uma forma favorável à
formação de um aluno autônomo e protagonista na sua
aprendizagem (HEEMANN, 2020).
2. Autoria: Alessandra Rodrigues, Thiago Costa Caetano (2020).
Centro de Educação – Universidade Federal de Itajubá.
A avaliação formativa tem como objetivo formar o aluno e auxiliá-lo.
Temos que romper com o equívoco de que avaliar é apenas examinar.
Avaliar é processo, e como tal deve ser organizado em etapas.
Avaliações formativas não são pontuais e são realizadas ao longo
do curso, não apenas no fim.
Quando são disponibilizados conteúdos para que os estudantes leiam e
estudem e depois sejam avaliados por meio de testes objetivos, como
questões de múltipla escolha, está sendo avaliado apenas o produto
final. Esta é uma “[…] pseudo-inovação reduzindo as novas
possibilidades abertas pelo uso das tecnologias à simples otimização das
práticas tradicionais” (NEVADO et al., 2002, p. 67).
Avaliar é processo organizado em etapas ao
longo do curso.
É importante que o aluno tenha feedback sobre aquilo que produz,
possa saber o que está bom e o que pode ser melhorado, comentários
sobre o seu nível de compreensão do conteúdo, inexatidão de conceitos,
inadequação de atitudes, entre outros. Esse tipo de avaliação é
basicamente um orientador dos estudos e esforços dos professores e
alunos no decorrer do processo de aprendizagem.
A avaliação formativa supõe um acompanhamento individualizado, pois
cada aluno tem necessidades específicas, trajetórias de aprendizagem
singulares. Isto é, não pode ser usada a mesma receita igualmente
para todos.
Avaliação deve ser de natureza dialética.
3. Autoria: Alessandra Rodrigues, Thiago Costa Caetano (2020).
Centro de Educação – Universidade Federal de Itajubá.
Algumas dicas:
✓ Diálogo é a essência da avaliação e para isso é interessante
que a ferramenta de chat esteja habilitada desde o início do
curso.
✓ A avaliação interessa a todos os envolvidos, tanto
professores como alunos. Os instrumentos são construídos
pelos participantes do processo.
✓ Avaliação da aprendizagem deve ocorrer em uma relação
dialética. É importante que o professor faça um
acompanhamento de perto do desempenho do aluno.
✓ A avaliação da aprendizagem torna-se mais abrangente
quando combina aspectos qualitativos e quantitativos. Os
instrumentos de avaliação devem ser diversificados e o
aluno deve estar a par do objetivo de cada instrumento.
✓ Avaliação é um instrumento de transformação e mudança.
Deve esclarecer pontos fracos e fortes do processo, levando
os envolvidos a se conscientizarem sobre a necessidade
de mudança.
Portanto, em suma, destacam-se os seguintes pontos-chave:
• Diálogo;
• Acompanhamento;
• Feedback;
• Instrumentos de avaliação diversificados;
• Conscientização sobre a necessidade de mudança.
4. Autoria: Alessandra Rodrigues, Thiago Costa Caetano (2020).
Centro de Educação – Universidade Federal de Itajubá.
Fontes consultadas
HEEMANN, C. Formative assessment in distance education: enhancing
learning through diaries. Signum: Estudos da Linguagem, v. 18, n. 2, p.
253-275, 2015. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/21799.
Acesso em: 28 abr. 2020.
POLAK, Y. N. S. Avaliação do aprendiz em EaD. In: LITTO, F. M.
Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education,
2009. p.153-160.
NEVADO, R. A. et al. Um recorte no estado da arte: o que está sendo
produzido? O que está faltando segundo nosso subparadigma. Revista
Brasileira de Informática na Educação, n. 1, v. 10, p. 61-68, 2002.