SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
Universidade Federal do ABC
Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas
                 Instrumentação e Controle




     BIANCA YUKIE MALDONADO NAKAMATO
          MICHAEL WITKOWSKY SOUZA
         RODRIGO THIAGO PASSOS SILVA
   SHÉRIDAN ZABULON LISBÔA NUNES OLIVEIRA




               Sensor de Campo Magnético




                     24 de abril de 2012
                      Santo André - SP
SUMÁRIO




1   INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3
2   OBJETIVOS ................................................................................................................... 4
3   METODOLOGIA ........................................................................................................... 5
4   RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 5
5   CONCLUSÃO ................................................................................................................ 7
6   REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 8
3



1     INTRODUÇÃO


      O campo elétrico é definido em um ponto colocando-se uma carga teste e medindo a
força elétrica que atua nela. O campo magnético B não pode ser calculado de forma análoga,
pois não existem monopolos magnéticos. Assim, o campo magnético é definido por meio de
uma carga elétrica em movimento e é dado, em função de uma força magnética, pela equação
1.
                                               ⃗        ⃗    ⃗⃗                                           (1)
      Por meio da força magnética é possível gerar torque fornecendo corrente elétrica para
uma bobina imersa num campo magnético. O contrário seria possível? Os experimentos de
Michael Faraday demonstraram que sim.
      No primeiro experimento (fig. 1), Faraday conectou uma bobina a um galvanômetro
sensível e notou que o ponteiro deflexionava quando o imã era deslocando dentro da bobina,
ou seja, havia geração de corrente elétrica. Observou também que quando mais rapidamente
era realizado o deslocamento, maior a deflexão e que se se inverter os polos magnéticos do
ímã no movimento, a deflexão no ponteiro se dava para o lado oposto.




                            Figura 1 – Esquema do primeiro experimento de Faraday
     Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/eletricidade-e-magnetismo/imagens/leis-de-faraday4.gif

          O segundo experimento consistia em dois circuitos com bobinas colocados próximos
um do outro. Um deles era ligado a um galvanômetro e o outro era ligado a uma fonte de
tensão e uma chave. Faraday percebeu que quando abria ou fechava a chave era gerada
corrente na outra bobina. Concluiu que era induzida uma força eletromotriz (fem) quando
havia variação, que posteriormente inferiu ser de fluxo magnético.
4




                         Figura 2 – Esquema do segundo experimento de Faraday
                 Fonte: http://www.mspc.eng.br/elemag/img01/eletr_mag_faraday_02.png


       O fluxo magnético é definido por

                                             ∫ ⃗⃗     ⃗                                (2)

ou
                                                                                       (3)
para o caso particular ⃗⃗    ⃗.
     A equação 4 descreve o fenômeno da indução eletromagnética, chamada de lei de Lenz-
Faraday, onde ε é a fem induzida e N é o número de voltas da bobina.

                                                                                       (4)

     O sinal negativo é devido ao fato de que uma corrente induzida surgirá numa espira
fechada com um sentido tal que ela se oporá à variação que a produziu.
       Definimos sensor como um instrumento que busca transformar a variável de interesse
em uma variável elétrica. Assim, um sensor de campo magnético deve ser capaz de mensurar
o valor do campo por meio da análise do sinal elétrico gerado.


2    OBJETIVOS


     Construir um sensor de campo magnético e mensurar a intensidade do campo magnético
de um ímã.
5



3   METODOLOGIA


    Foi montada em volta de um pequeno cano de PVC, com fio de cobre esmaltado nº 34,
uma bobina redonda com diâmetro de 20 mm e 38 voltas.
    Utilizando o alicate de corte retirou-se o esmalte isolante das pontas do fio. Foram
conectadas as pontas de prova do osciloscópio em cada uma das pontas da bobina.
    Os 3 ímãs de diâmetro igual a 9 mm, colocados um em cima do outro, utilizados foram
presos à ponta de uma caneta, para facilitar a movimentação do mesmo por dentro do tubo de
PVC.
    Foi colocada a caneta com o ímã na ponta atravessado pelo tubo de PVC, que foi
rapidamente puxado. Foram tiradas imagens do osciloscópio para o cálculo dos resultados.


4   RESULTADOS E DISCUSSÃO


    O resultado obtido no osciloscópio, que representa a forma de onda da tensão elétrica
quando o ímã atravessa rapidamente a bobina, é apresentado na figura 3.




                             Figura 3 – Imagem capturada do osciloscópio
                                         Fonte: Autores, 2012


    Substituindo (3) em (4), temos a equação 5.

                                                                                           (5)

    Rearranjando (5), considerando a área constante, obtemos a equação 6.
6




                                                                    ∫                       (6)


    Interpretando geometricamente (6) conclui-se que o campo magnético B é a área embaixo
da curva entre os instantes t 2 e t1, multiplicado pelo fator      . Os instantes t1 e t2 foram

arbitrados, respectivamente, no ponto onde a função começa a crescer e no ponto onde a curva
termina de crescer, tendendo a zero.
    A área embaixo da curva desejada foi estimada por meio da massa. A imagem do
osciloscópio (fig. 3) foi impressa em papel fotográfico e o retângulo quadriculado foi
recortado e pesado em balança analítica, obtendo-se a massa                        . A área do
retângulo foi calculada conforme eq. 7, onde        é o número de divisões horizontais,     éo
tempo que representa cada divisão,         é o número de divisões verticais e    é a tensão que
representa cada divisão.


                                                                                            (7)


       As curvas (da parte positiva e da parte negativa) que se deseja obter a área foram
recortadas e pesadas na mesma balança, obtendo-se as massas                            e
         . A área da curva (    ) será definida por meio de proporcionalidade com a área e a
massa do retângulo quadriculado, por meio da eq. 8. A técnica da pesagem é um modo
rudimentar de se calcular a integral da curva, logo o valor desejado é            , onde A+ é a
área da parte positiva e A- é a área da parte negativa. Levou-se em consideração tal subtração
em (8) por meio da subtração das massas.



                                                                                            (8)



       O valor de A em (6) é a área da bobina. Considerando que o diâmetro da superfície da
mesma é 20 mm, a área A equivale a                       . Pela interpretação geométrica de (6),
conclui-se que (9) é uma relação válida.


                                              ∫                                             (9)
7



       A partir das equações acima, calculamos o campo magnético B.


                                                                                           (10)


       No sistema de unidade CGS temos que o valor de B é 4689 G, pois 1 tesla equivale a
10 000 gauss.
       O valor do campo B medido com o uso do gaussímetro foi de 4501,9 G.
       O campo mensurado por meio do sensor construído, portanto, teve um erro percentual
de aproximadamente 4%.


5   CONCLUSÃO


       A partir do experimento, pôde-se relacionar os conceitos concernentes a Lei da
Indução de Faraday (fluxo magnético, indução de corrente e ddp), e sua efetividade prática ao
se construir uma bobina enrolada a um tubo PVC, e dentro dela passar o imã rapidamente,
criando assim um fluxo magnético. Além da parte conceitual apreendida, teve-se
oportunidade de realizar na prática uma pequena pesquisa, em que se fez necessária a
tentativa e o erro, busca de alternativas (tanto experimentais quanto para a parte da realização
dos cálculos de integral) e adaptações para que o experimento se efetivasse com sucesso, dado
o valor calculado de B possuir erro de 0,04, erro possivelmente proveniente de incertezas dos
instrumentos (gaussímetro e osciloscópio) e do método encontrado para o cálculo da área sob
a curva obtida experimentalmente.
8




6   REFERÊNCIAS


HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: 3
eletromagnetismo. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC Ed, c2003. v. 3. xvi, 281 p. Inclui índice. ISBN
9788521613503.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimentoMecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimentoelizethalves
 
Entropia E 2a Lei Da TermodinâMica
Entropia E 2a  Lei Da TermodinâMicaEntropia E 2a  Lei Da TermodinâMica
Entropia E 2a Lei Da TermodinâMicadalgo
 
Aula 4 - Eletricidade e Eletrônica - Resistores
Aula 4 - Eletricidade e Eletrônica - ResistoresAula 4 - Eletricidade e Eletrônica - Resistores
Aula 4 - Eletricidade e Eletrônica - ResistoresGuilherme Nonino Rosa
 
Relatório de carga e descarga de capacitores
Relatório de carga e descarga de capacitoresRelatório de carga e descarga de capacitores
Relatório de carga e descarga de capacitoresAnderson Totimura
 
Física 2 relatório Circuito RC
Física 2  relatório Circuito RCFísica 2  relatório Circuito RC
Física 2 relatório Circuito RCSabrina Fermano
 
lei gauss - questões resolvidas
lei gauss - questões resolvidaslei gauss - questões resolvidas
lei gauss - questões resolvidasNíkolas Marques
 
Campo magnético produzido por corrente site
Campo magnético produzido por corrente siteCampo magnético produzido por corrente site
Campo magnético produzido por corrente sitefisicaatual
 
Teoremas exer resolvido
Teoremas exer resolvidoTeoremas exer resolvido
Teoremas exer resolvidoGabriel Sousa
 
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSAProblemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSADayanne Sousa
 
Associação de resistores resoluções
Associação de resistores   resoluçõesAssociação de resistores   resoluções
Associação de resistores resoluçõesjorgehenriqueangelim
 
Maquinas elétricas ( Senai )
Maquinas elétricas ( Senai )Maquinas elétricas ( Senai )
Maquinas elétricas ( Senai )Ricardo Akerman
 
Elementos de subestação
Elementos de subestaçãoElementos de subestação
Elementos de subestaçãoRafael Silveira
 
Física Aplicada - Eletromagnetismo
Física Aplicada - EletromagnetismoFísica Aplicada - Eletromagnetismo
Física Aplicada - EletromagnetismoThuan Saraiva
 
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof ElvisFísica 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof ElvisElvis Soares
 

Mais procurados (20)

Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimentoMecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimento
 
Lista 1 2 e 3 gabarito
Lista 1 2 e 3 gabaritoLista 1 2 e 3 gabarito
Lista 1 2 e 3 gabarito
 
Entropia E 2a Lei Da TermodinâMica
Entropia E 2a  Lei Da TermodinâMicaEntropia E 2a  Lei Da TermodinâMica
Entropia E 2a Lei Da TermodinâMica
 
NBR-IEC-60479-1
NBR-IEC-60479-1NBR-IEC-60479-1
NBR-IEC-60479-1
 
Aula 4 - Eletricidade e Eletrônica - Resistores
Aula 4 - Eletricidade e Eletrônica - ResistoresAula 4 - Eletricidade e Eletrônica - Resistores
Aula 4 - Eletricidade e Eletrônica - Resistores
 
Relatório de carga e descarga de capacitores
Relatório de carga e descarga de capacitoresRelatório de carga e descarga de capacitores
Relatório de carga e descarga de capacitores
 
Física 2 relatório Circuito RC
Física 2  relatório Circuito RCFísica 2  relatório Circuito RC
Física 2 relatório Circuito RC
 
lei gauss - questões resolvidas
lei gauss - questões resolvidaslei gauss - questões resolvidas
lei gauss - questões resolvidas
 
Campo magnético produzido por corrente site
Campo magnético produzido por corrente siteCampo magnético produzido por corrente site
Campo magnético produzido por corrente site
 
Teoremas exer resolvido
Teoremas exer resolvidoTeoremas exer resolvido
Teoremas exer resolvido
 
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSAProblemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
 
Associação de resistores resoluções
Associação de resistores   resoluçõesAssociação de resistores   resoluções
Associação de resistores resoluções
 
Capii (1)
Capii (1)Capii (1)
Capii (1)
 
Maquinas elétricas ( Senai )
Maquinas elétricas ( Senai )Maquinas elétricas ( Senai )
Maquinas elétricas ( Senai )
 
1.1 ciências dos materiais
1.1   ciências dos materiais1.1   ciências dos materiais
1.1 ciências dos materiais
 
Elementos de subestação
Elementos de subestaçãoElementos de subestação
Elementos de subestação
 
Física Aplicada - Eletromagnetismo
Física Aplicada - EletromagnetismoFísica Aplicada - Eletromagnetismo
Física Aplicada - Eletromagnetismo
 
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof ElvisFísica 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
Física 3 - Eletromagnetismo - UFRJ - Prof Elvis
 
Lista de exercício 1 circuitos elétricos I
Lista de exercício 1   circuitos elétricos ILista de exercício 1   circuitos elétricos I
Lista de exercício 1 circuitos elétricos I
 
Diagrama de fases
Diagrama de fasesDiagrama de fases
Diagrama de fases
 

Destaque

Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?
Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?
Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?Rodrigo Thiago Passos Silva
 
Seqüência de Fibonacci - Aspectos Matemáticos
Seqüência de Fibonacci - Aspectos MatemáticosSeqüência de Fibonacci - Aspectos Matemáticos
Seqüência de Fibonacci - Aspectos MatemáticosRodrigo Thiago Passos Silva
 

Destaque (20)

Por que "menos com menos dá mais"?
Por que "menos com menos dá mais"?Por que "menos com menos dá mais"?
Por que "menos com menos dá mais"?
 
Redes de Primeira Ordem
Redes de Primeira OrdemRedes de Primeira Ordem
Redes de Primeira Ordem
 
Questões - Bases Matemáticas
Questões - Bases MatemáticasQuestões - Bases Matemáticas
Questões - Bases Matemáticas
 
Resumo - Álgebra Linear
Resumo - Álgebra LinearResumo - Álgebra Linear
Resumo - Álgebra Linear
 
Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?
Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?
Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?
 
Relatório - Desenho e Projeto
Relatório - Desenho e ProjetoRelatório - Desenho e Projeto
Relatório - Desenho e Projeto
 
1 = 0,999...
1 = 0,999...1 = 0,999...
1 = 0,999...
 
Identidade de Euler - Demonstração
Identidade de Euler - DemonstraçãoIdentidade de Euler - Demonstração
Identidade de Euler - Demonstração
 
Lista 3 - Bases Matemáticas - Indução
Lista 3  - Bases Matemáticas - InduçãoLista 3  - Bases Matemáticas - Indução
Lista 3 - Bases Matemáticas - Indução
 
Seqüência de Fibonacci - Aspectos Matemáticos
Seqüência de Fibonacci - Aspectos MatemáticosSeqüência de Fibonacci - Aspectos Matemáticos
Seqüência de Fibonacci - Aspectos Matemáticos
 
Demonstração da equação de Bhaskara
Demonstração da equação de BhaskaraDemonstração da equação de Bhaskara
Demonstração da equação de Bhaskara
 
Cálculo do imposto de renda
Cálculo do imposto de rendaCálculo do imposto de renda
Cálculo do imposto de renda
 
Lista 8 - Geometria Analítica - Resolução
Lista 8 - Geometria Analítica - ResoluçãoLista 8 - Geometria Analítica - Resolução
Lista 8 - Geometria Analítica - Resolução
 
Lista 4 - Resolução
Lista 4 - ResoluçãoLista 4 - Resolução
Lista 4 - Resolução
 
Resumo - VIII Simpósio BECN
Resumo  - VIII Simpósio BECNResumo  - VIII Simpósio BECN
Resumo - VIII Simpósio BECN
 
Apresentação - Proj Final BCC - Criminalidade
Apresentação - Proj Final BCC - CriminalidadeApresentação - Proj Final BCC - Criminalidade
Apresentação - Proj Final BCC - Criminalidade
 
Demonstração do binômio de Newton
Demonstração do binômio de NewtonDemonstração do binômio de Newton
Demonstração do binômio de Newton
 
O que é a vida?
O que é a vida?O que é a vida?
O que é a vida?
 
Proj. Final - BCC
Proj. Final - BCCProj. Final - BCC
Proj. Final - BCC
 
Derivação e integração
Derivação e integraçãoDerivação e integração
Derivação e integração
 

Semelhante a Sensor de Campo Magnético Construído e Medição de Intensidade

Lei de ampère by Robério
Lei de ampère by Robério Lei de ampère by Robério
Lei de ampère by Robério Robério Ribeiro
 
aula campo magnetico.pptx
aula campo magnetico.pptxaula campo magnetico.pptx
aula campo magnetico.pptxfilmezinho
 
Magnetismo 130924182201-phpapp01
Magnetismo 130924182201-phpapp01Magnetismo 130924182201-phpapp01
Magnetismo 130924182201-phpapp01Wanderson Batista
 
Física – eletromagnetismo campo magnético 01 – 2013
Física – eletromagnetismo campo magnético 01 – 2013Física – eletromagnetismo campo magnético 01 – 2013
Física – eletromagnetismo campo magnético 01 – 2013Jakson Raphael Pereira Barbosa
 
Eletromagnetismo - Resumo
Eletromagnetismo - ResumoEletromagnetismo - Resumo
Eletromagnetismo - ResumoMayara Daniel
 
Eletromagnetismo meu trabalho
Eletromagnetismo   meu trabalhoEletromagnetismo   meu trabalho
Eletromagnetismo meu trabalhoKamylla Xavier
 
Campo magnético física 3
Campo magnético  física 3Campo magnético  física 3
Campo magnético física 3Rose Carvalho
 
Aula 1 - Turma Inf./Ele.
Aula 1 - Turma Inf./Ele.Aula 1 - Turma Inf./Ele.
Aula 1 - Turma Inf./Ele.albertaratri
 
Lista de eletromagnetismo
Lista de eletromagnetismoLista de eletromagnetismo
Lista de eletromagnetismorafaelpalota
 
Lista de eletromagnetismo
Lista de eletromagnetismoLista de eletromagnetismo
Lista de eletromagnetismorafaelpalota
 
Aps eletricidade e calor
Aps   eletricidade e calorAps   eletricidade e calor
Aps eletricidade e calorAILTON OLIVEIRA
 
Física – eletromagnetísmo força magnética 01 – 2014
Física – eletromagnetísmo força magnética 01 – 2014Física – eletromagnetísmo força magnética 01 – 2014
Física – eletromagnetísmo força magnética 01 – 2014Jakson Raphael Pereira Barbosa
 
Magnetismo 2020.pptx
Magnetismo 2020.pptxMagnetismo 2020.pptx
Magnetismo 2020.pptxLuizCsar13
 
Aula 4 eletromagnetismo[2]
Aula 4 eletromagnetismo[2]Aula 4 eletromagnetismo[2]
Aula 4 eletromagnetismo[2]flaviomenesantos
 
Pratica 2 - Carga específica do Elétron
Pratica 2 - Carga específica do ElétronPratica 2 - Carga específica do Elétron
Pratica 2 - Carga específica do ElétronElissandro Mendes
 
Capítulo 29 fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
Capítulo 29   fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.Capítulo 29   fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
Capítulo 29 fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.Swéle Rachel
 
Aula Eletr Magn 15.pdf
Aula Eletr Magn 15.pdfAula Eletr Magn 15.pdf
Aula Eletr Magn 15.pdfPedroNkadilu
 

Semelhante a Sensor de Campo Magnético Construído e Medição de Intensidade (20)

Lei de ampère by Robério
Lei de ampère by Robério Lei de ampère by Robério
Lei de ampère by Robério
 
aula campo magnetico.pptx
aula campo magnetico.pptxaula campo magnetico.pptx
aula campo magnetico.pptx
 
Eletromagnetismo
EletromagnetismoEletromagnetismo
Eletromagnetismo
 
Magnetismo 130924182201-phpapp01
Magnetismo 130924182201-phpapp01Magnetismo 130924182201-phpapp01
Magnetismo 130924182201-phpapp01
 
Física – eletromagnetismo campo magnético 01 – 2013
Física – eletromagnetismo campo magnético 01 – 2013Física – eletromagnetismo campo magnético 01 – 2013
Física – eletromagnetismo campo magnético 01 – 2013
 
Eletromagnetismo - Resumo
Eletromagnetismo - ResumoEletromagnetismo - Resumo
Eletromagnetismo - Resumo
 
Eletromagnetismo meu trabalho
Eletromagnetismo   meu trabalhoEletromagnetismo   meu trabalho
Eletromagnetismo meu trabalho
 
Campo magnético física 3
Campo magnético  física 3Campo magnético  física 3
Campo magnético física 3
 
Aula 1 - Turma Inf./Ele.
Aula 1 - Turma Inf./Ele.Aula 1 - Turma Inf./Ele.
Aula 1 - Turma Inf./Ele.
 
Lista de eletromagnetismo
Lista de eletromagnetismoLista de eletromagnetismo
Lista de eletromagnetismo
 
Lista de eletromagnetismo
Lista de eletromagnetismoLista de eletromagnetismo
Lista de eletromagnetismo
 
Aps eletricidade e calor
Aps   eletricidade e calorAps   eletricidade e calor
Aps eletricidade e calor
 
Física – eletromagnetísmo força magnética 01 – 2014
Física – eletromagnetísmo força magnética 01 – 2014Física – eletromagnetísmo força magnética 01 – 2014
Física – eletromagnetísmo força magnética 01 – 2014
 
Magnetismo 2020.pptx
Magnetismo 2020.pptxMagnetismo 2020.pptx
Magnetismo 2020.pptx
 
Campo magnetico solucoes
Campo magnetico solucoesCampo magnetico solucoes
Campo magnetico solucoes
 
Aula 4 eletromagnetismo[2]
Aula 4 eletromagnetismo[2]Aula 4 eletromagnetismo[2]
Aula 4 eletromagnetismo[2]
 
Pratica 2 - Carga específica do Elétron
Pratica 2 - Carga específica do ElétronPratica 2 - Carga específica do Elétron
Pratica 2 - Carga específica do Elétron
 
Capítulo 29 fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
Capítulo 29   fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.Capítulo 29   fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
Capítulo 29 fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
 
C85 ade63d01
C85 ade63d01C85 ade63d01
C85 ade63d01
 
Aula Eletr Magn 15.pdf
Aula Eletr Magn 15.pdfAula Eletr Magn 15.pdf
Aula Eletr Magn 15.pdf
 

Mais de Rodrigo Thiago Passos Silva

Exercício - Torre de Resfriamento - Termodinâmica
Exercício - Torre de Resfriamento - TermodinâmicaExercício - Torre de Resfriamento - Termodinâmica
Exercício - Torre de Resfriamento - TermodinâmicaRodrigo Thiago Passos Silva
 
Necessidades de P&D na área industrial de Vinhaça
Necessidades de P&D na área industrial de VinhaçaNecessidades de P&D na área industrial de Vinhaça
Necessidades de P&D na área industrial de VinhaçaRodrigo Thiago Passos Silva
 

Mais de Rodrigo Thiago Passos Silva (17)

Recompra de Energia - Demonstração
Recompra de Energia - DemonstraçãoRecompra de Energia - Demonstração
Recompra de Energia - Demonstração
 
Exercício sobre Pré-Imagem
Exercício sobre Pré-ImagemExercício sobre Pré-Imagem
Exercício sobre Pré-Imagem
 
Demonstração - Propriedade de módulo
Demonstração - Propriedade de móduloDemonstração - Propriedade de módulo
Demonstração - Propriedade de módulo
 
Newton e Leibniz
Newton e LeibnizNewton e Leibniz
Newton e Leibniz
 
Petróleos ultra-pesados - Apresentação
Petróleos ultra-pesados - ApresentaçãoPetróleos ultra-pesados - Apresentação
Petróleos ultra-pesados - Apresentação
 
Petróleos ultra-pesados
Petróleos ultra-pesadosPetróleos ultra-pesados
Petróleos ultra-pesados
 
Tensão média e tensão eficaz
Tensão média e tensão eficazTensão média e tensão eficaz
Tensão média e tensão eficaz
 
Exercício - Torre de Resfriamento - Termodinâmica
Exercício - Torre de Resfriamento - TermodinâmicaExercício - Torre de Resfriamento - Termodinâmica
Exercício - Torre de Resfriamento - Termodinâmica
 
Formulário - Estatística
Formulário - EstatísticaFormulário - Estatística
Formulário - Estatística
 
Limite de função de duas variáveis
Limite de função de duas variáveisLimite de função de duas variáveis
Limite de função de duas variáveis
 
Necessidades de P&D na área industrial de Vinhaça
Necessidades de P&D na área industrial de VinhaçaNecessidades de P&D na área industrial de Vinhaça
Necessidades de P&D na área industrial de Vinhaça
 
Exercícios de Geometria Analítica
Exercícios de Geometria AnalíticaExercícios de Geometria Analítica
Exercícios de Geometria Analítica
 
Esboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de FunçãoEsboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de Função
 
1+1=2
1+1=21+1=2
1+1=2
 
Lista 3 - Geometria Analítica
Lista 3   - Geometria AnalíticaLista 3   - Geometria Analítica
Lista 3 - Geometria Analítica
 
Matriz inversa
Matriz inversaMatriz inversa
Matriz inversa
 
Apresentação - Desenho e Projeto
Apresentação - Desenho e ProjetoApresentação - Desenho e Projeto
Apresentação - Desenho e Projeto
 

Sensor de Campo Magnético Construído e Medição de Intensidade

  • 1. Universidade Federal do ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Instrumentação e Controle BIANCA YUKIE MALDONADO NAKAMATO MICHAEL WITKOWSKY SOUZA RODRIGO THIAGO PASSOS SILVA SHÉRIDAN ZABULON LISBÔA NUNES OLIVEIRA Sensor de Campo Magnético 24 de abril de 2012 Santo André - SP
  • 2. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3 2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 4 3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 5 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 5 5 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 7 6 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 8
  • 3. 3 1 INTRODUÇÃO O campo elétrico é definido em um ponto colocando-se uma carga teste e medindo a força elétrica que atua nela. O campo magnético B não pode ser calculado de forma análoga, pois não existem monopolos magnéticos. Assim, o campo magnético é definido por meio de uma carga elétrica em movimento e é dado, em função de uma força magnética, pela equação 1. ⃗ ⃗ ⃗⃗ (1) Por meio da força magnética é possível gerar torque fornecendo corrente elétrica para uma bobina imersa num campo magnético. O contrário seria possível? Os experimentos de Michael Faraday demonstraram que sim. No primeiro experimento (fig. 1), Faraday conectou uma bobina a um galvanômetro sensível e notou que o ponteiro deflexionava quando o imã era deslocando dentro da bobina, ou seja, havia geração de corrente elétrica. Observou também que quando mais rapidamente era realizado o deslocamento, maior a deflexão e que se se inverter os polos magnéticos do ímã no movimento, a deflexão no ponteiro se dava para o lado oposto. Figura 1 – Esquema do primeiro experimento de Faraday Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/eletricidade-e-magnetismo/imagens/leis-de-faraday4.gif O segundo experimento consistia em dois circuitos com bobinas colocados próximos um do outro. Um deles era ligado a um galvanômetro e o outro era ligado a uma fonte de tensão e uma chave. Faraday percebeu que quando abria ou fechava a chave era gerada corrente na outra bobina. Concluiu que era induzida uma força eletromotriz (fem) quando havia variação, que posteriormente inferiu ser de fluxo magnético.
  • 4. 4 Figura 2 – Esquema do segundo experimento de Faraday Fonte: http://www.mspc.eng.br/elemag/img01/eletr_mag_faraday_02.png O fluxo magnético é definido por ∫ ⃗⃗ ⃗ (2) ou (3) para o caso particular ⃗⃗ ⃗. A equação 4 descreve o fenômeno da indução eletromagnética, chamada de lei de Lenz- Faraday, onde ε é a fem induzida e N é o número de voltas da bobina. (4) O sinal negativo é devido ao fato de que uma corrente induzida surgirá numa espira fechada com um sentido tal que ela se oporá à variação que a produziu. Definimos sensor como um instrumento que busca transformar a variável de interesse em uma variável elétrica. Assim, um sensor de campo magnético deve ser capaz de mensurar o valor do campo por meio da análise do sinal elétrico gerado. 2 OBJETIVOS Construir um sensor de campo magnético e mensurar a intensidade do campo magnético de um ímã.
  • 5. 5 3 METODOLOGIA Foi montada em volta de um pequeno cano de PVC, com fio de cobre esmaltado nº 34, uma bobina redonda com diâmetro de 20 mm e 38 voltas. Utilizando o alicate de corte retirou-se o esmalte isolante das pontas do fio. Foram conectadas as pontas de prova do osciloscópio em cada uma das pontas da bobina. Os 3 ímãs de diâmetro igual a 9 mm, colocados um em cima do outro, utilizados foram presos à ponta de uma caneta, para facilitar a movimentação do mesmo por dentro do tubo de PVC. Foi colocada a caneta com o ímã na ponta atravessado pelo tubo de PVC, que foi rapidamente puxado. Foram tiradas imagens do osciloscópio para o cálculo dos resultados. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO O resultado obtido no osciloscópio, que representa a forma de onda da tensão elétrica quando o ímã atravessa rapidamente a bobina, é apresentado na figura 3. Figura 3 – Imagem capturada do osciloscópio Fonte: Autores, 2012 Substituindo (3) em (4), temos a equação 5. (5) Rearranjando (5), considerando a área constante, obtemos a equação 6.
  • 6. 6 ∫ (6) Interpretando geometricamente (6) conclui-se que o campo magnético B é a área embaixo da curva entre os instantes t 2 e t1, multiplicado pelo fator . Os instantes t1 e t2 foram arbitrados, respectivamente, no ponto onde a função começa a crescer e no ponto onde a curva termina de crescer, tendendo a zero. A área embaixo da curva desejada foi estimada por meio da massa. A imagem do osciloscópio (fig. 3) foi impressa em papel fotográfico e o retângulo quadriculado foi recortado e pesado em balança analítica, obtendo-se a massa . A área do retângulo foi calculada conforme eq. 7, onde é o número de divisões horizontais, éo tempo que representa cada divisão, é o número de divisões verticais e é a tensão que representa cada divisão. (7) As curvas (da parte positiva e da parte negativa) que se deseja obter a área foram recortadas e pesadas na mesma balança, obtendo-se as massas e . A área da curva ( ) será definida por meio de proporcionalidade com a área e a massa do retângulo quadriculado, por meio da eq. 8. A técnica da pesagem é um modo rudimentar de se calcular a integral da curva, logo o valor desejado é , onde A+ é a área da parte positiva e A- é a área da parte negativa. Levou-se em consideração tal subtração em (8) por meio da subtração das massas. (8) O valor de A em (6) é a área da bobina. Considerando que o diâmetro da superfície da mesma é 20 mm, a área A equivale a . Pela interpretação geométrica de (6), conclui-se que (9) é uma relação válida. ∫ (9)
  • 7. 7 A partir das equações acima, calculamos o campo magnético B. (10) No sistema de unidade CGS temos que o valor de B é 4689 G, pois 1 tesla equivale a 10 000 gauss. O valor do campo B medido com o uso do gaussímetro foi de 4501,9 G. O campo mensurado por meio do sensor construído, portanto, teve um erro percentual de aproximadamente 4%. 5 CONCLUSÃO A partir do experimento, pôde-se relacionar os conceitos concernentes a Lei da Indução de Faraday (fluxo magnético, indução de corrente e ddp), e sua efetividade prática ao se construir uma bobina enrolada a um tubo PVC, e dentro dela passar o imã rapidamente, criando assim um fluxo magnético. Além da parte conceitual apreendida, teve-se oportunidade de realizar na prática uma pequena pesquisa, em que se fez necessária a tentativa e o erro, busca de alternativas (tanto experimentais quanto para a parte da realização dos cálculos de integral) e adaptações para que o experimento se efetivasse com sucesso, dado o valor calculado de B possuir erro de 0,04, erro possivelmente proveniente de incertezas dos instrumentos (gaussímetro e osciloscópio) e do método encontrado para o cálculo da área sob a curva obtida experimentalmente.
  • 8. 8 6 REFERÊNCIAS HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: 3 eletromagnetismo. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC Ed, c2003. v. 3. xvi, 281 p. Inclui índice. ISBN 9788521613503.