O documento discute os Recursos Educacionais Abertos (REA), definindo-os como materiais educacionais disponibilizados gratuitamente e abertamente para uso, reuso, adaptação e distribuição. O texto aborda os desafios da adoção de REA, como falta de qualidade, interoperabilidade e incentivos; e possíveis modelos de sustentabilidade como centrais e descentralizados. Por fim, questiona o futuro dos REA no contexto das tendências atuais de internet e modelos de negócio educacionais.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Recursos Educacionais Abertos: Que Futuro?
1. A Uab e o Acesso Aberto – um compromisso com futuro
Recursos Educacionais Abertos:
Que Futuro?
José Mota
ICI / LE@D – Universidade Aberta
23 de Outubro de 2012
2. Definições
“The open provision of educational resources, enabled by information and
communication technologies, for consultation, use and adaptation by a
community of users for non-commercial purposes” (UNESCO, 2002)
“Digitised materials offered freely and openly for educators, students and
self-learners to use and reuse for teaching, learning and research”
(OCDE, 2007)
“OERs are teaching, learning or research materials that are in the public
domain or released with an open license that allows for free
use, adaptation, and distribution” (UNESCO - Paris OER Declaration 2012)
3. Abertura - Os 4 Rs http://opencontent.org/blog/
Reuse – o direito a utilizar o recurso sem alterar a
forma original (exibir uma cópia exata)
Revise – o direito de adaptar, ajustar, modificar, ou
alterar o recurso (tradução, localização)
Remix – o direito de combinar o recurso original
ou adaptado com outros recursos para criar algo
novo (mashup)
Redistribute – o direito de partilhar cópias do
recurso, adaptações ou remisturas
5. Dificuldades / Desafios
Pouca clareza conceptual e terminológica
• O que significa “open”?
- Grátis
- Libre
- Baixo preço (“Affordable”)
- Acesso livre
• Open access = ou # REA?
• O que significa “Educacional”?
- Aprendizagem formal (currículo, objectivos de
aprendizagem, didactização, etc.)
- Aprendizagem não-formal e informal, ALV
6. Open Access
Budapest Open Access Initiative (2002)
“By 'open access' to this literature, we mean its free availability on the public
internet, permitting any users to
read, download, copy, distribute, print, search, or link to the full texts of these
articles, crawl them for indexing, pass them as data to software, or use them for
any other lawful purpose, without financial, legal, or technical barriers other
than those inseparable from gaining access to the internet itself…“
Bethesda (2003) and Berlin (2003)
“For a work to be OA, the copyright holder must consent in advance to let users
"copy, use, distribute, transmit and display the work publicly and to make and
distribute derivative works, in any digital medium for any responsible
purpose, subject to proper attribution of authorship...."
Peter Suber (2012). Open Access Overview.
http://www.earlham.edu/~peters/fos/overview.htm
7. Dificuldades / Desafios
Adopção
“If open education practitioners (both
individuals and institutions) cannot move
from large-scale sharing to large-scale
adopting, the field is dead.”
David Wiley (16/10/2010). Openness: From Sharing to Adopting
http://opencontent.org/blog/archives/1689
8. Obstáculos à adopção
Quantidade insuficiente de recursos disponíveis em alguns domínios e
línguas)
Dificuldades em localizar/identificar recursos
Falta de interoperabilidade dos repositórios e ferramentas
Problemas de copyright
Diferenças culturais
Qualidade discutível dos recursos
Dificuldades de edição
Consumo de tempo
Falta de motivação
K.I. Clements & J.M. Pawlowski (2011). http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-
2729.2011.00450.x/full#f2
9. Obstáculos à adopção/produção
• Falta de recompensas (professores e investigadores) para
desenvolver REA
• Pouca consciência/informação relativamente às vantagens
dos REA
• Falta de competências para produzir REA
• REA são dependentes do contexto e precisam de ser
adaptados, o que nem sempre é permitido (CC-ND)
• Criar/Modificar REA é difícil, dispendioso e demorado
OECD (2007). Giving Knowledge for Free: THE EMERGENCE OF OPEN EDUCATIONAL RESOURCES
http://www.oecd.org/edu/ceri/38654317.pdf
10. Big and Little OER
“Big OER” “Little OER”
(instituições, consórcios, organizações) (blogs, slideshare, youtube, scribd, etc
.)
• Controlo da qualidade
• Produzidos individualmente, não
• Explicitação das aprendizagens
necessariamente por educadores
esperadas
• Podem não ter objetivos
• Reputação
educacionais explícitos
• Custo relativamente elevado
• Baixo custo
• Mais adaptáveis
• Qualidade variável
Martin Weller (2010). Big and Little OER.
11. Custo / benefício dos REA
Podem as Universidades de média ou pequena dimensão
competir com as universidades de elite ou com as empresas de
media num mundo globalizado?
- Meios humanos
- Meios financeiros
- Meios técnicos
Que política de produção de REA para estas universidades?
Como organizar a criação / disseminação de REA?
Como promover a reutilização e adaptação de REA existentes?
12. Modelos de sustentabilidade (ES)
M.I.T.
Centralizado, responsabilidade de
uma organização (4,3 milhões/ano)
U.S.U.
Híbrido (organização + trabalho
académico voluntário) (127
mil/ano)
RICE (Connexions) descentralizado
(colaborativo, comunidade) (valor
muito baixo por curso)
David Wiley (2007). On the Sustainability of Open Educational Resource Initiatives in Higher Education.
13. Que futuro para os REA?
Web 2.0 ou Web.TV?
Web aberta / distribuída Apple, Facebook, Twitter
Interoperabilidade (Google)
Standards Abertos
RIAA, Holywood, Media,
Utilizadores/produtores Coursera, Pearson
(Prosumers)
Partilha Monetização / Lucro
Licenças abertas Silos
Liberdade Patentes
Soluções proprietárias
Dependência
14. Referências
Clements, K.I. & Pawlowski, J.M. (2011). User‐oriented quality for OER: understanding teachers' views
on re‐use, quality, and trust. Journal of Computer Assisted Learning. Volume 28, Issue 1, pages 4-14, 18
OCT 2011 DOI: 10.1111/j.1365-2729.2011.00450.x
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2729.2011.00450.x/full#f2
Downes, Stephen (2008). Open Educational Resources. http://www.slideshare.net/Downes/open-
educational-resources-presentation
Downes, Stephen (2011). Open Educational Resources: A Definition. Half an Hour.
http://halfanhour.blogspot.com/2011/07/open-educational-resources-definition.html
Fasimpaur, Karen (2009). OER: Share, Remix, Learn. http://www.slideshare.net/kfasimpaur/oer-share-
remix-learn
OCDE (2007), Giving Knowledge for Free: the Emergence of Open Educational Resources.
http://www.oecd.org/dataoecd/35/7/38654317.pdf
Suber. Peter (2012). Open Access Overview. http://www.earlham.edu/~peters/fos/overview.htm
Weller, Martin (2010). Big and little OER.
http://openaccess.uoc.edu/webapps/o2/bitstream/10609/4851/6/Weller.pdf
Wiley, David (2010). Openness: From Sharing to Adopting. http://opencontent.org/blog/archives/1689
Wiley, David (2007). On the Sustainability of Open Educational Resource Initiatives in Higher Education.
http://www.oecd.org/dataoecd/33/9/38645447.pdf
15. A Uab e o Acesso Aberto – um compromisso com futuro
Obrigado.
e-mail: josecmota@gmail.com
Twitter: @josemota
Blog: http://orfeu.org
Slideshare: http://slideshare.net/josemota