1. O documento apresenta o Projeto Político Pedagógico das Escolas Municipais Antonio Firmino da Silva e São Raimundo no município de Sampaio, Tocantins.
2. Inclui breve histórico das escolas, caracterização das mesmas e da comunidade, diagnóstico escolar, visão estratégica, plano de suporte e avaliação.
3. Tem como objetivo nortear o processo de ensino-aprendizagem nas escolas com foco na melhoria da qualidade educacional.
PPP PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLA CORNÉLIA 2016-2018Antônio Fernandes
Deixamos aqui o registro do novo PPP 2016-2018 da Escola Cornélia.
A direção da Escola agradece enormemente aos professores que estiveram presentes em todas reuniões para concepção do Novo PPP e que cumpriram com suas obrigações entregando ou enviando seus arquivos conforme orientações emanadas da SEE-MG e SRE-JF.
Ficamos muito felizes por termos pessoas tão comprometidas com seu trabalho e fazer profissional.
Mais uma vez vamos cumprir os prazos estabelecidos pela SEE-MG e SRE-JF, no que tange entrega, apresentação e protocolo de tal documento.
Desde o dia 01 de abril estamos nesta luta que vencemos hoje, depois de muito trabalho duro e sério.
Agora vamos aguardar que estes projetos tão legais sejam curtidos e aproveitados por nossos alunos.
Antônio Fernandes Neto e Fabiana Brasil.
Com a finalidade de orientar gestores e coordenadores pedagógicos na (re)elaboração do Projeto Político Pedagógico das unidades de ensino, a Secretaria de Educação está promovendo Encontros quinzenais, para estudo, discussão e troca de experiências entre as equipes de liderança das escolas.
O 1º encontro ocorreu ao dia 29 de abril, no Auditório do Programa de Criança, e teve como objetivos:
Conceituar projeto pedagógico;
Compreender a importância da construção do Projeto Político Pedagógico da Escola;
Conhecer o que a LDB reza sobre a proposta pedagógica da escola;
Propor a elaboração do projeto pedagógico a partir da sua realidade escolar;
Justificar a importância do trabalho coletivo na construção do projeto pedagógico.
PPP PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLA CORNÉLIA 2016-2018Antônio Fernandes
Deixamos aqui o registro do novo PPP 2016-2018 da Escola Cornélia.
A direção da Escola agradece enormemente aos professores que estiveram presentes em todas reuniões para concepção do Novo PPP e que cumpriram com suas obrigações entregando ou enviando seus arquivos conforme orientações emanadas da SEE-MG e SRE-JF.
Ficamos muito felizes por termos pessoas tão comprometidas com seu trabalho e fazer profissional.
Mais uma vez vamos cumprir os prazos estabelecidos pela SEE-MG e SRE-JF, no que tange entrega, apresentação e protocolo de tal documento.
Desde o dia 01 de abril estamos nesta luta que vencemos hoje, depois de muito trabalho duro e sério.
Agora vamos aguardar que estes projetos tão legais sejam curtidos e aproveitados por nossos alunos.
Antônio Fernandes Neto e Fabiana Brasil.
Com a finalidade de orientar gestores e coordenadores pedagógicos na (re)elaboração do Projeto Político Pedagógico das unidades de ensino, a Secretaria de Educação está promovendo Encontros quinzenais, para estudo, discussão e troca de experiências entre as equipes de liderança das escolas.
O 1º encontro ocorreu ao dia 29 de abril, no Auditório do Programa de Criança, e teve como objetivos:
Conceituar projeto pedagógico;
Compreender a importância da construção do Projeto Político Pedagógico da Escola;
Conhecer o que a LDB reza sobre a proposta pedagógica da escola;
Propor a elaboração do projeto pedagógico a partir da sua realidade escolar;
Justificar a importância do trabalho coletivo na construção do projeto pedagógico.
Queridos Amigos.
Com grande satisfação levo até vocês nosso Plano de Ação completo. Ele estará sempre em desenvolvimento e com a participação de todos.
E na eleição para diretores em 03/12/2015 no Colégio Estadual Ambrósio Bini. Não se esqueça VOTE CHAPA 1.
A escrita faz parte da vida de todos nós seres humanos, desde que se lia, através de símbolos. As letras estão por toda parte, em livros, placas, outdoors, embalagens, e nós como cidadãos temos que estar atentos para ler, interpretar e escrever ortograficamente correto.
Queridos Amigos.
Com grande satisfação levo até vocês nosso Plano de Ação completo. Ele estará sempre em desenvolvimento e com a participação de todos.
E na eleição para diretores em 03/12/2015 no Colégio Estadual Ambrósio Bini. Não se esqueça VOTE CHAPA 1.
A escrita faz parte da vida de todos nós seres humanos, desde que se lia, através de símbolos. As letras estão por toda parte, em livros, placas, outdoors, embalagens, e nós como cidadãos temos que estar atentos para ler, interpretar e escrever ortograficamente correto.
O Projeto Politico Pedagógico é um instrumento pelo qual apresenta a cara da escola: o contexto social, a ações políticas, bem como a história da escola.
1. Estado do Tocantins
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAMPAIO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CNPJ Nº 25.086.828/0001-35
ESCOLA MUNICIPAL ANTONIO FIRMINO DA SILVA
ESCOLA MUNICIPAL SÃO RAIMUNDO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
“Construindo e Reconstruindo a Ação Educativa”
SAMPAIO-TO.
NOVEMBRO/2011
2. Estado do Tocantins
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAMPAIO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CNPJ Nº 25.086.828/0001-35
EXPEDIENTE
LUIZ ANACLETO DA SILVA
PREFEITO DE SAMPAIO
JAILSON MARQUES DA SILVA
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO, PLANEJAMENTO E FINANÇAS
MARIA DAS DORES MARTINS DOS SANTOS
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
EQUIPE PEDÁGOGICA
TEREZINHA LOPES DA SILVA VALADARES
Coordenação Pedagógica
MARIA APARECIDA FURTADO BARROS
Supervisora do Programa Escola Ativa
ERASMO CARLOS DA SILVA
Apoio Pedagógico
JORNADEL PEREIRA DA SILVA
ELIZANGELIA CARVALHO FREIRE
Assist. Administrativo
3. SUMÁRO
1. APRESENTAÇÃO ..............................................................................4
2. BREVE HISTÓRICO DAS UNIDADES ESCOLARES ........................6
2.1. Caracterização das Escolas.......... .......................................... ... 6
2.2. Caracterização da comunidade ................................................ 11
3. DIAGNÓSTICO ESCOLAR ...............................................................13
4. VISÃO ESTRATÉGICA .....................................................................21
5. PLANO DE SUPORTE ESTRATÉGICO ...........................................38
6. AVALIAÇÃO .................................................................................... 45
7. BIBLIOGRAFIA.................................................................................46
8. ANEXOS ...........................................................................................48
4. 4
APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é um documento que norteia o processo de ensino
e aprendizagem nas unidades escolares. Portanto, o mesmo vai além de um simples
agrupamento de palavras e de atividades diversas. O Projeto não é algo a ser
construído para arquivo, mas para ser vivenciado em todos os momentos, por todos
os envolvidos com o processo educativo.
Dentre os problemas que estão presentes nas escolas do campo, destaca-se a
baixa qualidade da aprendizagem, em virtude das classes multisseriadas e ausência
dos pais e comunidade nas atividades realizadas no dia a dia escolar.
Portanto, o PPP (Projeto Político Pedagógico) das Escolas do Campo (Escolas
Municipais Antonio Firmino da Silva e São Raimundo) direciona ações que visam
melhorar a qualidade do ensino, primam pela permanência do aluno na escola com
sucesso, estimulam a participação dos pais e da comunidade, envolvendo-se de
forma significativa nas atividades educativas.
O trabalho nas referidas escolas é realizado com responsabilidade, colocando o
educando como protagonista de sua formação, cujas atividades desenvolvidas
focalizam a Educação Infantil - Pré-Escola, com atendimento a crianças 4 e 5 anos e
Ensino Fundamental de 1º ao 5º anos, cuja faixa etária é de 6 a 10 anos de idade.
O PPP das escolas do campo, sendo uma construção coletiva, conta com a
participação de todos os atores, ou seja, de todos os envolvidos com o processo
educativo (alunos, servidores, pais e comunidade). Este está sendo construído para o
período de 2011 a 2016, portanto, é fruto de várias reuniões, momentos de estudo,
pesquisas e entrevistas, pois entende-se que a fundamentação e base legal são
fundamentais para a sua construção, já que o mesmo orienta todas as ações
educativas a serem concretizadas no contexto escolar.
Neste sentido, pode-se afirmar que a construção do projeto político pedagógico é
um momento para reflexão da prática pedagógica, onde todos da escola determinam
valores e expectativas, sempre atendendo o interesse coletivo. Portanto, este projeto
é um instrumento que mostra a realidade da escola, apresenta as finalidades,
concepções e diretrizes, a partir das quais surgem novas ações, tornando assim um
norte para as ações pedagógicas e instrumentos de articulação da rede de ensino.
Como afirma Celso Vasconcelos:
“O projeto Político Pedagógico é o plano global da
instituição. Pode ser entendido como sistematização,
5. 5
nunca definida, de um processo de planejamento
participativo que se aperfeiçoa e se objetiva na
caminhada, que define claramente o tipo de ação
educativa que se quer realizar”. (p.107).
Sendo assim este Projeto Político Pedagógico vem mostrar a realidade das
Escolas do Campo, visando seu desenvolvimento social, político e cognitivo, estando
organizado da seguinte forma:
• Apresentação, com uma visão geral do que consta no Projeto;
• Breve histórico das Unidades Escolares, com a caracterização das mesmas e
da comunidade;
• Diagnóstico, que constitui a identidade da escola;
• Visão estratégica, direcionando o futuro ao qual se pretende chegar;
• Objetivos estratégicos, alvos a serem atingidos;
• Concepção do coletivo, a partir da fundamentação teórica;
• Plano de suporte estratégico, em que constam as atividades que visam à
melhoria do processo educativo;
• Avaliação, indicando os critérios de acompanhamento;
• Anexos, instrumentos que ajudarão a compreensão do Projeto.
Portanto, acredita-se que as Escolas Municipais: Antonio Firmino da Silva e São
Raimundo terão dias melhores a partir da concretização deste Projeto, pois a
organização do trabalho pedagógico constitui a base para o sucesso, renovação e
sustentação do processo educativo.
6. 6
BREVE HISTÓRICO DAS UNIDADES ESCOLARES
CARACTERIZAÇÃO DAS ESCOLAS
• Escola Municipal Antonio Firmino da Silva
A Escola Municipal Antonio Firmino da Silva está localizada na área rural,
Povoado Caxeado, no município de Sampaio – TO. Surgiu a partir da necessidade de
um espaço físico adequado, considerando o número de habitantes e crianças em
idade escolar, tendo sido construída na administração do senhor Manoel Marinho,
Prefeito do município de Augustinópolis ao qual o povoado pertencia na época.
Convém lembrar que antes da construção da escola os alunos eram atendidos
em barracos, casas alugadas ou espaços cedidos, como a casa do professor e
recebia o nome de Escola Municipal São José, em razão do nome do padroeiro local.
Após a construção, o nome dado à escola, o qual permanece até hoje, foi em
homenagem ao morador mais velho da localidade, o senhor Antonio Firmino da Silva.
Hoje a escola atende uma clientela de 12 alunos de 4 e 5 anos de idade, na Pré-
Escola e 42 de 6 a 14 anos do Ensino Fundamental de 1º ao 5º anos, nas
modalidades de Educação Infantil e Ensino Regular, distribuídos em 04 turmas
multisseriadas, nas quais trabalha-se com a metodologia do Programa Escola Ativa,
nos turnos matutino e vespertino.
Em 04 de julho de 1989 foi aprovada na Câmara Municipal e sancionada pelo
prefeito Pedro Lopes da Silva a Lei nº 008/89 na qual “dispõe sobre a criação,
denominação e localização da Escola Municipal Antonio Firmino da Silva”.
A referida escola começou a funcionar no dia 01 de setembro de 1989 com
atendimento a alunos de Pré-Escola e 1ª a 3ª séries do Ensino Fundamental, sendo
Irene Almeida Marinho a primeira professora, a qual era responsável pelas questões
pedagógicas e administrativas. Periodicamente havia acompanhamento escolar pela
Secretaria Municipal de Educação.
Dentre os fatos importantes que marcaram a educação no povoado Caxeado,
pode-se destacar a emancipação política do município de Sampaio, construção da
escola, organização da SME (Secretaria Municipal de Educação), criação da
Associação de apoio e Conselhos, bem como a Formação Continuada dos
professores.
7. 7
Na Escola Municipal Antonio Firmino da Silva trabalha-se avaliação contínua e
recuperação paralela, visando sempre a melhoria do processo educativo. E
analisando os indicadores de desempenho dos últimos três anos, percebe-se que
houve avanço de 2008 para 2009, com uma queda em 2010 no que se refere à
aprovação, não há abandono na escola e a distorção idade/série diminuiu em 2009,
mas teve um acréscimo em 2010, conforme quadro a seguir:
Indicador Taxa de Taxa de
Taxa de Taxa de
Ano Aprovação Distorção
Reprovação Abandono
(%) Idade/Série
(%) (%)
(%)
2008 91,7% 8,3% - 15%
2009 97% 3% - 9%
2010 88,4% 11,5% - 15,3%
É importante ressaltar que 70% dos alunos da Escola Municipal Antonio Firmino
da Silva são cadastrados em Programas Sociais, sendo os seguintes: Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), Bolsa Família e Programa Pioneiros Mirins.
Quanto aos pais dos alunos desta escola, 89% são lavradores; 7.7%, servidores
públicos; 1.1%, motorista, 1.1% mecânico e 1.1% construtor.
A Escola Municipal Antonio Firmino da Silva é arejada e tem a seguinte estrutura
física: 02 salas de aula, 01 sala multiuso para diretoria, secretaria e professores, 01
cantina, 01 banheiro masculino e 01 banheiro feminino para os alunos. O prédio está
em boas condições, porém faz-se necessário a construção de 01 secretaria, 01
diretoria, 01 biblioteca, 01 depósito, 01 quadra de esporte, pátio coberto e ampliação
da cantina.
Em junho de 2007 foi elaborado o Plano de Ações Articuladas (PAR), no qual
contempla a criação de uma política de construção, recuperação e manutenção do
espaço e equipamento escolar obedecendo aos padrões mínimos. Com isso foi
realizado o Levantamento Situacional da Escola (LSE), visando melhoria da mesma,
no que diz respeito ao espaço físico escolar, composto pelo ambiente educativo,
mobiliário, equipamento escolar e material didático/pedagógico.
8. 8
A escola tem um total de 10 servidores, conforme quadro a seguir:
NOME FORMAÇÃO CARGO/FUNÇÃO
Antonia Pereira Neto Pedagogia (cursando) Auxiliar Operacional
Cosmo Félix Dias Gomes Ensino Médio Básico Auxiliar Operacional
(VN)
Ducilene Pereira de Almeida Santos Ensino Fundamental Auxiliar Operacional
Edilson Morais Pereira Normal Superior Professor
Eles Brito Melo Normal Superior Professor
Francisca Teixeira da Cunha Ensino Médio Básico Auxiliar Operacional
Maria Antonia Soares da Silva Brito Ensino Médio Básico Auxiliar Operacional
Maria Aparecida Furtado Barros Pedagogia Professora
Responsável
Maria Elze Pereira Araújo Ensino Médio Básico Professora
Bernardino
Maria Rita Nunes Pereira Ensino Médio Normal Professora
• Escola Municipal São Raimundo
A Escola Municipal São Raimundo está localizada na área rural, Povoado São
Raimundo, no município de Sampaio – TO. Surgiu a partir da necessidade de um
espaço físico adequado, considerando o número de habitantes e crianças em idade
escolar, sendo construída na administração do senhor Pedro Lopes da Silva, Prefeito
do município de Sampaio.
Convém lembrar que antes da construção da escola os alunos eram atendidos em
barracos, casas alugadas ou espaços cedidos, como a casa do professor. O nome
dado à escola (Escola Municipal são Raimundo), o qual permanece até hoje, foi em
homenagem ao Padroeiro da localidade.
Hoje a escola atende uma clientela de 07 alunos de 4 e 5 anos de idade, na Pré-
Escola e 13 de 6 a 09 anos do Ensino Fundamental de 1º ao 3º anos, nas
modalidades de Educação Infantil e Ensino Regular, organizados em 01 turma
multisseriada, na qual trabalha-se com a metodologia do Programa Escola Ativa, nos
turnos matutino e vespertino.
Em 11 de maio de 1990 foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo
prefeito Pedro Lopes da Silva a Lei nº 22/90 na qual “dispõe sobre a criação,
denominação e localização da Escola Municipal São Raimundo”. A mesma começou
a funcionar em gosto do mesmo ano, com alunos da Pré-Escola, 1ª e 2ª séries do
Ensino Fundamental, sendo Antonia Pereira de Sousa a primeira professora, a qual
era responsável pelas questões pedagógicas e administrativas. Periodicamente havia
acompanhamento escolar pela Secretaria Municipal de Educação.
9. 9
Dentre os fatos importantes que marcaram a educação no povoado São
Raimundo, pode-se destacar a construção da escola, pois foi um grande sonho
realizado, tanto dos alunos quanto dos pais e comunidade.
Na Escola Municipal São Raimundo trabalha-se avaliação contínua e recuperação
paralela, visando sempre a melhoria do processo educativo. E analisando os
indicadores de desempenho dos últimos três anos, percebe-se que não houve
reprovação nem abandono de 2008 a 2010 e apenas 6,2% dos alunos da escola
estão em distorção idade/série no ano de 2010, conforme quadro a seguir:
Indicador Taxa de Taxa de
Taxa de Taxa de
Ano Aprovação Distorção
Reprovação Abandono
(%) Idade/Série
(%) (%)
(%)
2008 100% - - -
2009 100% - - -
2010 100% - - 6,2%
É importante ressaltar que 83% dos alunos da Escola Municipal São Raimundo
são cadastrados em Programas Sociais, sendo os seguintes: Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), Bolsa Família e Programa Pioneiros Mirins.
A Escola Municipal São Raimundo é arejada e tem a seguinte estrutura física: 01
sala de aula, 01 sala multiuso para diretoria, secretaria e professor, 01 cantina, 01
banheiro masculino e 01 banheiro feminino para os alunos. O prédio está em boas
condições. Porém faz-se necessário a construção de 01 secretaria/diretoria, 01
biblioteca, 01 depósito, 01 quadra de esporte, pátio coberto e ampliação da cantina.
Em junho de 2007 foi elaborado o Plano de Ações Articuladas (PAR), no qual
contempla a criação de uma política de construção, recuperação e manutenção do
espaço e equipamento escolar obedecendo aos padrões mínimos. Com isso foi
realizado o Levantamento Situacional da Escola (LSE), visando melhoria da mesma,
no que diz respeito ao espaço físico escolar, composto pelo ambiente educativo,
mobiliário, equipamento escolar e material didático/pedagógico.
A escola tem um total de 03 servidores, conforme quadro a seguir:
NOME FORMAÇÃO CARGO/FUNÇÃO
Antonia Pereira de Sousa Ensino Fund. Auxiliar Operacional
Incompleto
Janete Cléia Gomes Ensino Fund. Auxiliar Operacional
Incompleto
Maria do Rosário Sousa dos Santos Normal Superior Professora
França
10. 10
Sabe-se que a escola do campo atualmente é espaço em que a educação
acontece de forma dinâmica e com utilização de meios próprios, como a Proposta
Curricular e Programa Escola Ativa.
Portanto, a Escola Municipal Antonio Firmino da Silva e Escola Municipal São
Raimundo não reproduzem vivências urbanas, mas seguem ou adaptam orientações,
uma vez que as mesmas só trabalham com Educação Infantil e Ensino Fundamental
de 1º ao 5º anos e os alunos ingressarão posteriormente numa escola urbana.
As referidas escolas trabalham conforme as Diretrizes da educação do campo,
a qual adota como alicerce teórico a concepção sociointeracionista, que busca
interagir com as condições sociais em que todo educando encontra-se inserido. Esta
possibilita o reconhecimento do educando como “sujeito” ativo, pois escola é lugar de
projeção na perspectiva de cidadania e dignidade humana.
É importante lembrar que fazem parte da história da educação deste município
todos que assumiram a Secretaria Municipal de Educação, portanto convém lembrar:
• Aldenira Freitas Campos;
• Sabina Pereira Fernandes;
• Domingos Acrizano Barros;
• Coracy Paula de Melo Lopes;
• José de Ribamar Correia;
• Carlos Luna;
• Vandernilde da Silva Castro;
• Maria das Dores Martins dos Santos (atual).
É importante lembrar que as escolas do campo contam com a equipe da SME –
Secretaria Municipal de Educação tanto nas questões administrativas quanto
pedagógicas e atualmente a mesma possui 10 servidores, os quais constam no
quadro a seguir:
NOME FORMAÇÃO CARGO/FUNÇÃO
Eliselma Frazão Chaves Melo Normal Superior Assistente Administrativo
Elizangelia Carvalho Freire Pedagogia Assistente Administrativo
(cursando)
Erasmo Carlos da Silva Normal Superior Apoio Pedagógico
Genir Monteiro Silva Ensino Fundamental Auxiliar Operacional
Jornadel Pereira da Silva Administração Assistente Administrativo
(cursando)
Luzinete Lima Normal Superior Assist. Administrativo (COC)
Maria Aparecida Furtado Barros Pedagogia Superv. do Prog. Esc. Ativa
Maria das Dores Martins dos Normal Superior Sec. Municipal de Educação
11. 11
Santos
Terezinha Lopes da Silva Pedagogia Coordenadora Pedagógica
Valadares
Valmicélia Maria de Jesus Pedagogia Assist.Administrativa/Sec.
(cursando) COC
CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE
• Povoado Caxeado
O povoado Caxeado, localizado no município de Sampaio, considerado de baixo
nível socioeconômico, possui 380 habitantes, os quais sobrevivem das seguintes
atividades: Serviço público, cultivo de arroz, mandioca, milho, feijão, melancia,
hortaliças, frutas diversas e fava, produção de farinha, extração de babaçu, criação
de gado bovino, suíno e aves. Há aproximadamente 26% de aposentados e
pensionistas na comunidade.
Os moradores do povoado participam do processo de escolha dos seus
representantes, através do voto, porém não há sessão nesta localidade, em virtude do
número de eleitores. Os mesmos deslocam-se para a sede do município para este
exercício de cidadania.
São realizadas na comunidade algumas atividades recreativas, esportivas,
artísticas e culturais, sendo: gincanas, ruas de lazer, torneios de futsal e handebol,
festa em comemoração ao Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia da Criança,
Independência do Brasil e Festas juninas, sob a organização da Escola Municipal
Antonio Firmino da Silva, Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de
Ação social.
Quanto ao carnaval, grande festa popular brasileira, não há a prática no povoado,
no entanto, adolescentes, jovens e adultos procuram a sede para participarem,
optando pelo momento que melhor lhe convém, já que são quatro dias com bastante
badalação e animação, com diferentes bandas, organizadas para matinê e baile
noturno. A festa carnavalesca em Sampaio é organizada pela Secretaria Municipal de
Ação Social, com apoio das demais secretarias municipais.
Quanto à religiosidade, uma média de 87% dos moradores do povoado pertencem
à Igreja Católica e 13% à Assembleia de Deus SIADSETA. A comunidade católica
reúne-se a cada semana para Celebração da Palavra ou Terço, mensalmente para
celebrar a Santa Missa e anualmente festejam o Padroeiro local, São José Operário,
12. 12
com celebração da Palavra, missas, leilões, vendas na barraca da comunidade. Já os
evangélicos reúnem-se diariamente para celebração de cultos, encontros com as
senhoras, visitas domiciliares, realizam periodicamente cruzadas evangélicas com a
participação de igrejas de outras localidades, estudos bíblicos e anualmente
comemoram o aniversário do Círculo de Oração “Lírio dos Vales”.
É importante ressaltar que a Escola Municipal Antonio Firmino da Silva, igrejas e
comunidade contam com o apoio financeiro da Prefeitura de Sampaio para realização
de todas as ações, sejam elas culturais, artísticas ou religiosas.
Quanto à escolaridade dos membros da comunidade, 46% possuem Ensino
Fundamental incompleto; 9.7%, Fundamental Completo; 8.3%, Médio incompleto;
18%, Médio completo; 1.3%, Superior incompleto e 2.8%, Superior completo e 13.9%
apenas assina ou analfabetos.
• Povoado São Raimundo
O povoado São Raimundo, localizado no município de Sampaio, considerado de
baixo nível socioeconômico, possui 96 habitantes, os quais sobrevivem das seguintes
atividades: Serviço público, cultivo de arroz, mandioca, milho, feijão, melancia,
abóbora e fava, produção de farinha, extração de babaçu, criação de gado bovino,
suíno e aves. Há aproximadamente 27% de aposentados e pensionistas na
comunidade.
Os moradores do povoado participam do processo de escolha dos seus
representantes, através do voto, porém não há sessão nesta localidade, em virtude do
número de eleitores. Os mesmos deslocam-se para a sede do município para este
exercício de cidadania.
São realizadas na comunidade algumas atividades recreativas, esportivas,
artísticas e culturais, sendo: gincanas, ruas de lazer, futebol, atividades em
comemoração ao Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia da Criança, Independência do
Brasil e Festas juninas, sob a organização da Escola Municipal São Raimundo,
Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Ação social.
Quanto ao carnaval, grande festa popular brasileira, não há a prática no povoado,
no entanto, adolescentes, jovens e adultos procuram a sede para participarem,
optando pelo momento que melhor lhe convém, já que são quatro dias com bastante
badalação e animação, com diferentes bandas, organizadas para matinê e baile
noturno. A festa carnavalesca em Sampaio é organizada pela Secretaria Municipal de
Ação Social, com apoio das demais secretarias municipais.
13. 13
Quanto à religiosidade, uma média de 93% dos moradores do povoado pertencem
à Igreja Católica e 7% à Assembleia de Deus SIADSETA. A comunidade católica
reúne-se a cada semana para Celebração da Palavra ou Terço, mensalmente para
celebrar a Santa Missa e anualmente festejam o Padroeiro local, São Raimundo, com
celebração da Palavra, missas, leilões, vendas na barraca da comunidade. Já os
evangélicos reúnem-se periodicamente para celebração de cultos e visitas
domiciliares no povoado. Costumam deslocar-se para Sampaio (sede) para
participarem de cultos semanalmente.
Quanto à escolaridade dos pais, 68% possuem Ensino Fundamental incompleto;
8%, Fundamental Completo; 16%, Médio incompleto; 8%, Médio completo. Falando
de profissão (dos pais), 93.4% são lavradores; 3.3%, Técnica em Enfermagem; 3.3%,
pedreiro.
É importante ressaltar que a Escola Municipal São Raimundo e Escola Municipal
Antonio Firmino da Silva, igrejas e comunidade contam com o apoio cultural e
financeiro da Prefeitura de Sampaio para realização de todas as ações, sejam elas
artísticas, esportivas ou religiosas.
DIAGNÓSTICO ESCOLAR
As escolas do campo atendem alunos de educação infantil (pré-escola) e do
ensino fundamental (1ºano ao 5º anos), no turno diurno, sendo que a Escola
Municipal São Raimundo trabalha apenas com uma turma multisseriada no matutino e
a Escola Municipal Antonio Firmino da Silva possui 02 turmas no matutino e 02
vespertino, todas multisseriadas. Em ambas, o horário de funcionamento (sala de
aula) é das 7h 15min às 11h 30min e das 13h30 min às 17h 30min.
A equipe de professores fazem planejamento anual e semanal, na Secretaria
Municipal de Educação, com o acompanhamento da Coordenação Pedagógica e
supervisão. O planejamento é coletivo, o que possibilita a socialização de ideias e
troca de experiências, tornando a ação enriquecedora e produtiva.
As escolas do campo trabalham com a metodologia do Programa Escola Ativa,
o qual disponibiliza os cadernos de aprendizagem de Língua Portuguesa, Matemática,
Ciências, História e Geografia. Para complementação e inserção das demais
disciplinas, são utilizados conteúdos extra modulares, retirados de outras fontes. Os
alunos têm frequência regular e o desempenho da maioria é bom, o que é percebido
14. 14
através de avaliação qualitativa, uma vez que o programa não admite notas, mas os
seguintes conceitos: EP, PC, APT e AP, que significam respectivamente: Em
processo na mesma serie, progressão continuada para a série seguinte, apto e
aprovado para o 6º ano.
Os alunos que não apresentam desempenho satisfatório são atendidos no
contraturno uma vez por semana com aulas de reforço, ministradas pela professora e
um apoio pedagógico. Esta ação tem sido bastante significativa, pois o atendimento
acontece com pequenos grupos ou individualmente. As escolas realizam atividades
complementares como: gincanas, ruas de lazer, palestras educativas e jogos
esportivos.
A formação Continuada dos professores acontece através de encontros
periódicos para estudo e reflexão da prática nos dias pedagógicos, em oficinas de
aprendizagem, juntamente com os professores da sede e capacitação específica para
os professores do campo, oferecida pela SEDUC. Há ainda os microcentros,
mensalmente, sendo que os professores deste município participam com os de Praia
Norte e Augustinópolis (pólo).
No final de cada bimestre acontece o Conselho de Classe, momento em que os
professores das Escolas Municipais Antonio Firmino da Silva e São Raimundo
reúnem-se na Secretaria Municipal de Educação para avaliarem o trabalho realizado
no decorrer do período letivo, apontando sucessos e insucessos, com apresentação
de propostas para melhoria do processo educativo. Participam dos conselhos de
classe, além dos professores regentes, a Secretária Municipal de Educação, a
Coordenadora Pedagógica, a Supervisora do Programa Escola Ativa (e responsável
pela Escola Municipal Antonio Firmino da Silva) e os servidores de apoio pedagógico
e administrativo da Secretaria.
Após a realização e organização do resultado do Conselho de Classe
(discussões), Faz-se reunião com os pais para repasse e ampliação das propostas e
apresentação dos resultados (aprendizagem). Convém ressaltar que tanto a Escola
Municipal Antonio Firmino da Silva, quanto a São Raimundo, conta com uma boa
participação, embora isso não aconteça no dia a dia, pois a maioria só comparece na
escola quando há solicitação.
As atividades pedagógicas nas escolas do campo acontecem apenas nas salas
de aula e em áreas livres, no entanto existem vários materiais e equipamentos
pedagógicos que enriquecem as aulas tanto nas turmas de Educação Infantil quanto
do Ensino Fundamental, podendo citar: alfabeto móvel, jogos educativos diversos
15. 15
(memória, sílabas, dominó, números, bingos, quebra cabeças, mais uma, troca letras,
caça-palavras, dado sonoro, trinca mágica, batalha de palavras, quem escreve sou
eu, palavra dentro de palavra, caça rimas, dado sonoro, blocos lógicos, etc), revistas
(Ciências hoje para crianças), DVD, TV, microssyster, data show, globos, mapas,
esqueletos, ábacos, jogos de xadrez, tangran, bússola, boliches, livros de literatura
juvenil e coleções pedagógicas com sugestões de metodologia e atividades.
É importante ressaltar que os recursos pedagógicos mais utilizados estão
organizados na sala de aula, no espaço chamado Cantinho de Aprendizagem,
seguindo a orientação do programa Escola Ativa, o qual funciona nas escolas do
campo.
As referidas escolas são acompanhadas pela equipe da SME, estando no dia a
dia da Escola Municipal Antonio Firmino da Silva, a supervisora do Programa Escola
Ativa, a qual responde pela Direção da mesma. Os demais fazem visitas nas escolas,
apoiam em sala de aula, promovem eou participam de encontros, reuniões, Conselho
de Classe, momentos de estudo e outros com os professores.
O serviço de Secretaria, ou seja, a organização dos documentos, tanto de
alunos quanto de servidores, incluindo matrícula, movimentação de alunos, dossiê,
diários de Classe, Livro de Ponto, atas de resultados finais e outros, fica por conta da
equipe da SME. Há previsão para que a partir de 2012, cada escola tenha a sua
secretaria organizada com um funcionário responsável pela documentação.
A Escola Municipal Antonio Firmino da Silva conta com 04 auxiliares
operacionais para limpeza e preparação da merenda escolar, 02 em cada turno e 01
vigia noturno. Já a Escola Municipal São Raimundo possui apenas 02 auxiliares no
matutino, uma vez que a mesma funciona apenas neste turno.
As escolas do campo primam pelo trabalho coletivo e procuram envolver pais e
comunidade em suas ações, tanto no planejamento quanto na execução. Buscam
trabalhar em parceria com outras instituições, podendo citar os seguintes parceiros:
Secretaria de Ação Social, Polícia Militar (com o Programa PROERD), Secretaria
Municipal de Saúde, Igrejas, Escola Municipal 1º de junho e a própria comunidade.
As escolas do campo procuram construir suas identidades de acordo com a
legalidade e em busca de uma educação de qualidade, a fim de conquistarem a sua
autonomia. Para elaboração e execução de seus projetos e ações e principalmente
para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, baseiam-se em Leis,
especificamente em artigos que tratam da educação, a citar:
16. 16
Constituição Federal de 1988 - Capítulo III – Da Educação, da Cultura e do
Desporto
Art. 205 — A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 206 — O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber;
III. pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V. valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma de lei,
planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e
ingresso exclusivamente por concurso público e provas de títulos;
VI. gestão democrática do ensino público, na forma de lei.
Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB)
Art. 12 — Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I. elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II. administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III. assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos;
IV. velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V. articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a escola;
VI. informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento
dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
Art. 13 — Os docentes incumbir-se-ão de:
I. participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
II. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica
do estabelecimento de ensino;
III. zelar pela aprendizagem dos alunos;
17. 17
IV. estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento;
V. ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
VI. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias
e a comunidade.
Art.14 — Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:
I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares
ou equivalentes.
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs)
Artigo 3°
I. As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações
pedagógicas:
a) os Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da
Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum;
b) os Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do
exercício da criticidade e do respeito à Ordem Democrática;
c) os Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, e da
diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais;
II. Ao definir suas Propostas Pedagógicas, as escolas deverão explicitar
o reconhecimento da identidade pessoal de alunos, professores e outros
profissionais e a identidade de cada unidade escolar e de seus respectivos
sistemas de ensino;
III. As escolas deverão explicitar, em suas propostas curriculares,
processos de ensino voltados para as relações com sua comunidade local,
regional e planetária, visando à interação entre a Educação Fundamental e a
Vida Cidadã; os alunos ao aprenderem os conhecimentos e valores da Base
Nacional Comum e, da Parte Diversificada, estarão também constituindo sua
identidade como cidadãos, capazes de serem protagonistas de ações
18. 18
responsáveis, solidárias e autônomas em relação a si próprios, às suas famílias
e às comunidades.
Regimento Escolar Padrão da SEDUC – TO
TÍTULO IV
Da Organização Didática
Capítulo I
Dos Cursos e seus Objetivos
Art. 54 - O Ensino Fundamental tem por objetivos específicos:
I – o domínio progressivo da leitura, da escrita e do cálculo, enquanto
instrumentos para a compreensão e solução dos problemas humanos e o
acesso sistemático aos conhecimentos;
II – a compreensão das leis que regem a natureza e as relações sociais
na sociedade contemporânea;
III – o desenvolvimento da capacidade de reflexão e criação, em busca
de uma participação consciente no meio social.
Capítulo II
Do Currículo
Art. 56. Os currículos do ensino fundamental e médio abrangerão,
obrigatoriamente:
I – o estudo da língua portuguesa e da matemática;
II – o estudo da língua estrangeira;
III – o ensino da arte e da educação física como componente curricular
obrigatório da educação básica;
IV – o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social-
cultural e política, especialmente do Brasil.
§ 1º O tratamento dos conteúdos curriculares:
I – é pautado na perspectiva sociointeracionista;
II – visa a desenvolver habilidades e competências.
§ 2º Cabe ao educador orientar-se pelos eixos norteadores do
referencial curricular.
§ 3º O ensino religioso:
I – é de matrícula facultativa para o aluno, sendo, porém, de oferta
obrigatória para a UE;
19. 19
II – terá como objeto de estudo o fenômeno religioso;
III – será ministrado sem quaisquer formas de proselitismo.
Lei Municipal nº 239/2008 de 08 de abril de 2008 – Capítulo VIII – Dos
Direitos e dos Deveres dos Profissionais da Educação Básica
Dos Direitos
Art. 38 – Além dos direitos previstos nesta lei, são direitos dos Profissionais da
Educação Básica:
I - ter a seu alcance informações educacionais, biblioteca, material
didático-pedagógico, instrumentos de trabalho, bem como contar com
assistência técnica que auxilie e estimule a melhoria de seu desempenho
profissional e ampliação de seus conhecimentos;
II - dispor, no ambiente de trabalho, de instalações adequadas e
materiais técnico e pedagógicos suficientes e adequados para que possam
exercer com eficiência as suas funções;
III - ter liberdade de escolha e utilização de materiais e procedimentos
didáticos e de instrumento de avaliação do processo ensino-aprendizagem,
dentro dos princípios estabelecidos pelo Projeto Político Pedagógico,
objetivando alcançar o respeito à pessoa humana e a construção do bem
comum;
IV - não sofrer qualquer tipo de discriminação moral ou material
decorrente de sua opção profissional, ficando o infrator sujeito às penalidades
previstas na Constituição Federal, Artigo 5º, incisos V e VII;
V - reunir-se na unidade escolar para tratar de assuntos de interesse da
categoria e da educação geral, sem prejuízo das atividades escolares.
VI - congregar-se em sindicato ou associação de classe, na defesa dos
seus direitos, nos termos da Constituição da República.
Dos Deveres
Art. 41 – Aos integrantes do quadro dos Profissionais da Educação Básica no
desempenho de suas atividades, além dos deveres comuns aos funcionários públicos
civis do município, cumpre:
20. 20
I - preservar as finalidades da Educação Nacional inspirada nos
princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana;
II - promover e/ou participar das atividades educacionais, sociais e
culturais, escolares e extraescolares em benefício dos alunos e da coletividade
a que serve a escola;
III - esforçar-se em prol da educação integral do aluno, utilizando
processo que acompanhe o avanço científico e tecnológico e sugerindo
também medidas tendentes ao aperfeiçoamento dos serviços educacionais;
IV - comparecer ao local de trabalho com assiduidade e pontualidade,
executando as tarefas com zelo e presteza;
V - fornecer elementos para permanente atualização de dados junto aos
órgãos da Administração;
VI - assegurar o desenvolvimento do senso crítico e da consciência
política do educando;
VII - respeitar o aluno como sujeito do processo educativo e
comprometer-se com a eficácia do seu aprendizado;
VIII - comprometer-se com o aprimoramento pessoal e profissional
através da atualização e aperfeiçoamento dos conhecimentos, assim como da
observância aos princípios morais e éticos;
IX - manter em dia registros, escriturações e documentação inerentes à
função desenvolvida e à vida profissional;
X - preservar os princípios democráticos da participação, da cooperação,
do diálogo, do respeito à liberdade e da justiça social.
As escolas do campo não administram recursos próprios, periodicamente a
Secretaria Municipal de Educação solicita da administração Pública Municipal,
mediante as necessidades, o que se refere à material pedagógico e de limpeza.
Anualmente recebem recursos do PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola,
sendo que até 2010 a Escola Municipal Antonio Firmino da Silva recebeu através da
Associação de Apoio à Escola Municipal 1º de Junho e a Escola Municipal São
Raimundo por meio da Prefeitura de Sampaio.
Convém ressaltar que a organização da Associação de Apoio às escolas do
campo está em fase de conclusão, portanto, conta-se que em 2012 a mesma estará
funcionando normalmente e assim, o recurso acima referido (PDDE), cairá em conta
própria.
21. 21
VISÃO ESTRATÉGICA
Analisando e refletindo a prática educativa das Escolas do campo, a equipe
definiu os valores, a visão de futuro, a missão e os objetivos, considerando os
aspectos pedagógicos, administrativos, jurídicos e financeiros, bem como a formação
docente e discente e a organização dos espaços de aprendizagem, visando às
condições de acesso, participação, permanência e processo de ensino e
aprendizagem. Houve dessa forma, a definição de sua visão estratégica, levando em
consideração todo ambiente escolar.
Sabe-se que a visão estratégica representa as convicções em que a maioria
das pessoas no ambiente escolar acredita, e que as mesmas estejam presentes em
todas as atividades e relações existentes na escola, família e comunidade, tudo isso
objetivando a melhoria do processo educativo.
Sendo assim é importante destacar que as convicções e princípios estão
definidos e serão citados a seguir:
Nossos Valores
• Compromisso: Temos compromisso com uma educação de qualidade, para
formar cidadãos críticos e conscientes na sociedade;
• Participação: Trabalhamos em equipe com comprometimento e solidariedade,
primando pelo trabalho coletivo;
• Respeito: desenvolvemos um trabalho com dignidade, respeitando os direitos
de cada pessoa na escola.
Nossa Visão de Futuro
• Formamos uma equipe voltada para a qualidade no atendimento a todos que
necessitam de nossos serviços, realizando um trabalho de maneira eficaz e
organizada, respeitando a individualidade e interesse dos educandos,
educadores, pais e comunidade, para o fortalecimento das ações educativas.
Nossa Missão
• As escolas do campo têm por missão assegurar um ensino de qualidade,
contribuir para a melhoria das condições educacionais, formar cidadãos de
bem, conscientes dos seus direitos e deveres, que saibam interagir no meio
22. 22
social, com capacidade para construir conhecimentos e valores, no que se
refere à formação do caráter e desenvolvimento de conceitos éticos e políticos.
Nossos objetivos
• Elevar o nível de aprendizagem dos alunos;
• Fortalecer a participação dos pais na escola.
Nossas metas
• Elevar em 5% o índice de aprovação no Ensino Fundamental na Escola
Municipal Antonio Firmino da Silva (2011 a 2016);
• Desenvolver um Programa com 03 atividades para melhorar a qualidade da
aprendizagem na Escola Municipal São Raimundo (2011 a 2016);
• Desenvolver 07 atividades para intensificar a Proposta Pedagógica da Escola;
• Implementar um Programa com 03 atividades para integração entre escola –
família – comunidade.
Concepções da Equipe
PROGRAMA ESCOLA ATIVA
O programa Escola Ativa é uma estratégia metodológica criada pelo Governo
Federal que objetiva atender os alunos das escolas rurais das regiões Norte,
Nordeste, Centro-Oeste. Foi desenvolvido especificamente para as classes
multisseriadas, onde alunos de diferentes idades, séries/anos realizam suas
atividades escolares na mesma sala de aula.
Possui como estratégia o investimento na formação de educadores, na
melhoria da infraestrutura das escolas e no oferecimento de material pedagógico.
A implantação da estratégia metodológica Escola Ativa no Brasil ocorreu no
ano de 1997, com assistência técnica e financeira do projeto Nordeste/MEC, nos
estados da Região Nordeste. Em meados de 1999 o Projeto Nordeste chegou ao
final, dando lugar a um novo momento, o surgimento do programa FUNDESCOLA
(Programa Fundo de Fortalecimento da Escola), o que não acarretou descontinuidade
nas ações de implantação do programa Escola Ativa que já consolidava nos Estados.
A Escola Ativa, então, passou a fazer parte das ações do Programa
FUNDESCOLA. Para melhor compreensão, o processo de implementação do
23. 23
Programa Escola Ativa no Brasil pode ser dividido em fases que representam o
processo percorrido pelo mesmo desde a sua implantação.
FASE I – Implantação e testagem;
FASE II – Expansão I;
FASE III – Consolidação;
FASE IV – Expansão II;
FASE V – Disseminação e Monitoramento.
Em 2008, o programa Escola Ativa foi implantado no município de Sampaio,
sendo um desafio para todos os envolvidos com o processo ensino aprendizagem,
pois trouxe metodologias inovadoras através de uma série de ações envolvendo
capacitações, com o apoio da SEDUC (Secretaria da Educação do Estado do
Tocantins) e SME (Secretaria Municipal de Educação).
EDUCAÇÃO NO CAMPO
Na década de quarenta, a população brasileira era formada por mais de 40
milhões de habitantes, cerca de 70% viviam na área rural e de 30%, nas áreas
urbanas. Na década de oitenta, a população havia triplicado, chegando a mais de 120
milhões, 68% - mais de 81 milhões de pessoas – já residentes nas cidades. Em
apenas cinco décadas, a proporção inverteu-se drasticamente: hoje, o Brasil tem mais
de 185 milhões de habitantes, 75% nas áreas urbanas e 25%, nas áreas rurais.
Recentemente, vê-se surgir no campo, novas alternativas de trabalho nos
setores de prestação de serviços, construção civil, comércio e área social que têm
contribuído para reter o processo de êxodo rural. Segundo dados da Pesquisa por
Amostra Domiciliar (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a quantidade de empregos não agrícolas
criados na zona rural aumenta 35% entre 1990 e 2000, o que equivale a 1,2 milhões
de novas vagas.
A educação do campo não pode importar de forma nenhuma um modelo
pedagógico-curricular urbanizado. A educação para a população do campo incorpora
uma realidade histórica variada, englobando as mais diversas práticas da “vida
campestre”, tais como os espaços onde vivem os povos tradicionalmente agricultores,
extrativistas, caçadores, ribeirinhos, pescadores, indígenas, quilombolas, posseiros,
arrendatários meeiros e fazendeiros. Ela expressa a luta dos povos do campo por
24. 24
políticas públicas que garantam o direito à educação, a uma educação que seja no
campo e do campo.
Hoje, existe consenso de que uma política de desenvolvimento rural deve
integrar a Reforma Agrária, o fortalecimento da pequena propriedade e da agricultura
familiar, assim como a geração de mais e melhores postos de trabalho e renda no
campo. A educação torna-se imprescindível para a formação do capital, humana e
social que possibilitará a gestão na direção do desenvolvimento sustentável.
Uma proposta curricular de Educação do Campo adota como alicerce teórico a
concepção sociointeracionista, fundamentalmente por uma questão de coerência
pedagógica, haja vista que se busca nesta, a superação de um modelo de educação
brasileira no meio ao processo de transmissão de saberes. A Educação do Campo
que vem sendo proposta a partir de um trabalho coletivo, envolvendo os próprios
educadores a equacionar saberes científicos às práticas cotidianas no campo. “Para
ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no
mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive” (Fernando
Pessoa).
A Educação do Campo deve convocar para si a responsabilidade social, ou
seja, a escola é o lugar de projeção social, não se tratando aqui de uma projeção
meramente capitalista/materialista, mas projeção na perspectiva de cidadania e
dignidade humana, como trata os quatro eixos estruturais da educação proposta pela
UNESCO:
APRENDER A SER – que deve ser entendido e vivenciado como a valorização da
auto-estima, atitudes e interesses particulares dos educandos como condição de
torná-los sujeitos do processo de ensino-aprendizagem, considerando a identidade
própria do campo, estabelecendo como resultado esperado do processo de ensino-
aprendizagem: educandos participativos, responsáveis, ativos socialmente no meio
em que vivem, abordando os valores culturais, por meio de discussões transversais,
para uma construção da individualidade e da vida no campo.
APRENDER A CONVIVER – eixo extremamente importante numa sociedade
contemporânea marcada pela intolerância, logo deve ser abordado no contexto
escolar como valorização das regras de convivência pautadas na disciplina, no
respeito mútuo, na tolerância, levando os educandos a qualificar a relação humana
entre os mesmos, valorizando as particularidades linguísticas do campo.
APRENDER A FAZER – eixo que deve ser valorizado em razão da necessidade
produtiva a que a vida exige de cada ser humano. Nesta perspectiva os conteúdos
25. 25
curriculares devem ser contextualizados, como condição de relacionar a dimensão
teórica do conhecimento com a prática, principalmente no exercício de atividades no
campo.
APRENDER A APRENDER – eixo que subsidia todos os demais, haja visto que
oferece condições didáticas para que o educando esteja permanentemente
produzindo ou problematizando os conhecimentos. Deve possibilitar o educando a
atitude de provocador e instigador. Adotar o conhecimento como meio e não como
fim, de modo que esteja o próprio vetor na construção da autonomia intelectual.
SALAS MULTISSERIADAS
A educação escolar constitui um direito social e cabe ao Estado garantir as
condições e os recursos para a sua efetivação. Isto pressupõe, entre outras
condições, realizar no campo a inclusão de crianças, jovens e adultos na formação
básica em condições igualitárias de acesso e permanência, rompendo com formas
seletivas de privilégio ainda vigentes na educação escolar.
Atualmente professores das escolas que atuam no campo e trabalham com
salas multisseriadas enfrentam dificuldades para trabalhar com crianças com
diferentes idades e níveis de aprendizagem na mesma classe, pois as mesmas
apresentam algumas especificidades. Essas especificidades, segundo ROSA (2008,
p. 224), “exigem do educador saberes necessários para se trabalhar com a
diversidade.” Assim, se faz necessário ao professor, considerar que não existem
classes homogêneas e que o planejamento das atividades deve contemplar todos os
estudantes independentes de seu nível de conhecimento.
É interessante ressaltar que as especificidades identificadas nas classes
multisseriadas não trazem apenas dificuldades para o trabalho docente, trazem
também possibilidades para a formação de grupo na sala de aula. ROSA (2008, p.
228) explica ainda que: Há diferenças quando se consideram as séries, as idades, o
sexo, os sonhos, as expectativas, as condições financeiras e socioculturais.
As semelhanças ocorrem no desejo dos alunos de ter acesso a um sistema de
educação com boa qualidade de ensino; acesso aos meios de comunicação e
conhecimentos. Nesse sentido, o planejamento pedagógico é um fator valiosíssimo
para identificar os problemas de aprendizagem nas escolas que atendem salas
multisseriadas. É capaz de criar estratégias para desenvolver seu currículo levando
em consideração principalmente o trabalho dos alunos em equipe.
26. 26
A lógica dessa organização é interessante pelo fato de haver interação entre os
grupos. As crianças que ainda não se apropriaram do conteúdo, por exemplo, serão
capazes de discutir as relações que determinam os conceitos e assimilar as formas
de construção das frases (nominais e verbais) se for o caso e interpretar ainda, as
imagens, a partir do ponto de vista coletivo.
A maior dificuldade apresentada pelo professor das turmas multisseriadas
seria: atender a todos os alunos, pois, o marco dessas turmas é a heterogeneidade. É
certo que não existem turmas homogêneas, no entanto, só o fato de haver alunos de
idades diferentes dificulta ainda mais a prática docente.
Outro ponto em questão de muitas escolas é a falta de recursos didáticos, visto
que as escolas rurais estão situadas em lugares distantes e acabam em sua grande
maioria esquecidas pelas políticas públicas. O professor, diante disso, precisa criar
estratégias para oferecer o mínimo de condição que atenda a todos os alunos.
Estudiosos afirmam que 92% dos educadores apontaram ser um grande
desafio ensinar diferentes conteúdos a grupos tão distintos e 52% afirmaram que a
principal dificuldade é preparar uma aula em que todos possam participar.
Para Jaqueline Freire.
“O problema não é a multissérie, mas a falta de
conhecimento para lidar com saberes diferenciados. O
professor que trabalha numa classe multisseriada
precisa de atendimento contínuo para aprender a lidar
com as questões pedagógicas que envolvem grupos
tão diversificados.” Revista Nova Escola, P. 18.
Diante das considerações do trabalho docente com as classes multisseriadas,
é possível realizar um planejamento capaz de alcançar todos os envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem das escolas do campo, certificando-se que, a
diversidade contribui para que haja interação, cooperação e construções mútuas dos
saberes escolares.
Portanto, acredita-se que apesar das dificuldades encontradas, os docentes
das turmas multisseriadas poderão articular a sua prática docente com a formação de
grupos, para assim, trabalhar o currículo escolar. Tendo em vista que, a
heterogeneidade existente nas salas, é capaz de promover a cooperação dos sujeitos
a fim de alcançar aprendizagens consideravelmente significativas.
27. 27
EDUCAÇÃO ESPECIAL
As pessoas com Necessidades Educacionais Especiais no Brasil têm seus
direitos garantidos pela Constituição Federal que elegeu como fundamentos da
República a cidadania e a dignidade da pessoa humana (art. 1º, incisos II e III), A
mesma prevê, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, inciso IV).
A Lei garante ainda o direito à igualdade (art. 5º), e os artigos 205 e seguintes,
esclarecem que todos têm direito à educação. Esse direito deve visar ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho (art. 205). Além disso, elege como um dos princípios
para o ensino, a igualdade de condições de acesso e permanência na escola (art.
206, inciso I).
No entanto, a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais
no ensino regular começou a ser aclamada após a Conferência Mundial sobre
Necessidades Especiais que aconteceu na Espanha em 1994. Nesse encontro surge
então a Declaração de Salamanca, que é em um importante documento que dispõe
sobre os princípios, políticas e práticas relativas às necessidades especiais.
O referido documento esclarece que as pessoas com necessidades
educacionais especiais, assim como as pessoas consideradas “normais” têm direito
ao acesso às escolas comuns que deverão oferecer uma educação centrada nas
necessidades do público em questão, sendo capaz de atender as mesmas,
oferecendo um ensino inclusivo e de qualidade, onde as crianças possam permanecer
sem qualquer tipo de descriminação.
A inclusão escolar, de acordo com essa declaração, consiste em que as
escolas reconheçam as diversas necessidades dos alunos e lhes ofereçam
aprendizagem por meio de currículo apropriado e promova modificações
organizacionais, estratégias de ensino e uso de recursos, dentre outros quesitos.
(UNESCO apud MENDES, 2002).
As escolas têm um importante papel no processo de inclusão social, pois
quando as crianças com necessidades educacionais especiais passam a frequentar
as salas de aula de ensino regular, novos horizontes são abertos e possibilitam
mostrar que são capazes de desenvolver atividades que os integram na sociedade e
isso os motivam a lutarem por seus direitos. mesma no Brasil tem assumido uma
posição importante nos debates educacionais.
28. 28
Vários autores de obras que tratam sobre inclusão destacam muitos fatores
que dificultam a concretização da inclusão escolar tais como, a ausência nos cursos
de formação de professores e a falta de conteúdos específicos sobre o processo de
ensino e aprendizagem das pessoas com necessidades especiais. Afirmam ainda que
o processo de inclusão não deve ser apenas educacional, mas também social e para
que isso possa acontecer, há a necessidade de se valorizar e capacitar os
professores, promovendo assim o acesso e a permanência do aluno na escola com
sucesso e qualidade.
Gandhi afirma que “se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas
fazer uma nova história” e cabe aos seres humanos aprender a conviver com as
diferenças, respeitando e valorizando-as, pois por muito tempo as pessoas com
necessidades especiais foram condenadas a viver de forma isolada e tiveram seus
direitos fundamentais negados vivendo sem nenhuma qualidade de vida. Neste
sentido, convém lembrar que:
"Somos diferentes, mas não queremos ser
transformados em desiguais. As nossas vidas só
precisam ser acrescidas de recursos especiais".
(Peça de teatro: Vozes da Consciência,BH)
FORMAÇÃO CONTINUADA
A Formação inicia-se com o conhecimento teórico adquirido na formação
acadêmica (inicial) e deve ser continuada, pois o processo refere-se à ligação
teoria/prática e seu aperfeiçoamento.
Formação continuada é um conjunto de estudos que se transformam em ideias
que são socializadas de forma que os grupos possam interagir, tendo como ponto de
partida a experiência de cada um. Assim nos afirma Vera Maria N. de Souza: “o ponto
de partida é a experiência, prática que ele traz – não como constatação, como relato,
mas como instrumento a ser analisado, confrontado e transformado” (p.118).
“A formação continuada é um processo de aprendizagem fundamental na vida
do ser humano. Pois o conhecimento é uma busca constante, está sempre em
construção. O profissional deve ter consciência do seu papel diante da sociedade,
como formador de opinião. A sua finalidade é fazer com que o indivíduo tenha um
despertar para mudanças que ocorrem em sua volta, melhorar a prática educativa e a
qualidade do ensino.” (equipe de professores).
29. 29
Neste sentido, Carlos Eduardo Ferraço diz que: ”a formação continuada está
inserida no processo de ampliação das possibilidades de conhecimento, tanto dos
educadores quanto dos estudantes” (p.20).
Devido às influências de uma época globalizada e tecnológica, temos uma
clientela informada e com modificações de comportamento intelectual. No paradigma
produtivo, o professor deve estar se adequando às inovações, sabendo que sua
formação inicial e continuada constituem condição para uma aprendizagem
permanente, tanto para vida pessoal quanto profissional, caso contrário, não terá
espaço no mercado de trabalho.
É de interesse municipal, estadual e nacional a formação do professor, pois
estão contemplados na Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional, no Art. 61
Titulo Vl (p.37), o qual nos diz que o desenvolvimento do educando terá como
fundamentos, associação entre a teoria e a prática mediante capacitação em serviço,
aproveitamento da formação e experiências anteriores. Pois teoria e prática resultam
na práxis, transformando a realidade da escola com respaldo na sociedade em geral.
É de suma importância a valorização dos programas de Formação Continuada,
aos quais as escolas do campo têm acesso: Capacitação do programa Escola Ativa,
microcentros (mensalmente), Dias Pedagógicos (bimestralmente), oficinas
pedagógicas, seminários e Grupos de Estudo.
Dessa forma, saber administrar sua própria Formação Continuada é ação útil e
necessária da escola, pois atualmente o professor está sendo convidado a participar
de um novo espaço educacional, formando uma nova escola, onde exige de seus
educadores compromisso ético e político e que todos estejam possibilitando a
construção do conhecimento, promovendo assim, um ambiente de reflexão das ações
e atitudes.
CURRÍCULO
O currículo escolar se focaliza como um Projeto educativo globalizado, que
agrupa a adversidade cultural e desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos,
para seu desenvolvimento em sociedade.
Quer dizer que o mesmo é mais que seleção de conhecimento ou saber
elaborado e formalizado. Os princípios que devem embasar o currículo escolar deve-
se fundamentar por meio da autonomia, responsabilidade, solidariedade e do respeito
ao bem comum, que fazem parte da vida cidadã dos alunos.
30. 30
A Secretaria de Educação do Tocantins através do seu Planejamento
Estratégico vem adotando medidas e empreendendo esforços para enfrentar as
questões que afligem a educação pública do estado, que tem como objetivo minimizar
o analfabetismo, reprovação, evasão escolar, promovendo assim um ensino de
qualidade para todos os alunos.
Dentre essas medidas aponta-se a construção da Proposta Curricular para o
Ensino Fundamental, Proposta Curricular para a Educação do Campo que constituem
ação coletiva a qual mobiliza professores e técnicos, tornando-se um momento de
discussão e de comprometimento com a melhoria da escola pública.
Neste contexto as escolas do campo buscam organizar o planejamento de
acordo com as necessidades dos educandos, seguindo, além das Propostas
Curriculares e Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a metodologia
do Programa Escola Ativa, com uso dos cadernos de Aprendizagem. Assim, pode-se
afirmar que:
“Currículo é um importante elemento constitutivo
da organização escolar. Currículo implica,
necessariamente, a interação entre sujeitos que
têm um mesmo objetivo e a opção por um
referencial teórico que o sustente”. (Ilma, P. 26).
Neste sentido a escola procura colocar em prática as sugestões e
procedimentos metodológicos discutidos e adquiridos nos estudos, dias pedagógicos
e encontros de formação continuada e cumprir com sua atribuição legal e busca atuar
na formação de cidadãos capazes de entender e interpretar a ciência, as tecnologias,
as artes, a diversidade humana e os valores éticos e políticos, contribuindo de fato na
construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
EDUCAÇAO INFANTIL
O desenvolvimento da Educação Infantil no Brasil e no mundo tem tomado
maior dimensão e com grande rapidez, devido à intensa participação da mulher no
mercado de trabalho. Em contra partida a sociedade está mais consciente da
importância das experiências na primeira infância, o que motiva investimentos por
uma educação institucional para crianças de zero a cinco anos.
Neste sentido a sociedade civil e órgãos governamentais reconheceram sua
importância, o movimento da sociedade resultou no reconhecimento legal na
constituição de 1988, onde consta que a Educação Infantil em Creches e Pré –
31. 31
Escolas passou a ser um direito da criança (artigo 208 inciso lV). O estatuto da
criança e adolescente de 1990, também destaca o direito da criança a esse
atendimento.
O direito à educação dessas crianças é visto de forma diferente do Ensino
Fundamental, ou seja, a educação não é obrigatória. A educação infantil está
centrada na experiência da criança, no processo, e não no resultado. Os profissionais
de pré-escola são responsáveis pela formação da criança, socialização e integração
da mesma no meio social, buscando assim, a construção da infância, do coletivo
infantil, da diversidade.
Nos dias atuais podemos dizer que cada vez mais, meninos e meninas têm
acesso à educação infantil, chegam á escola mais cedo. Felizmente a política
educativa vem sendo direcionada no sentido de que todas as crianças, independente
do meio familiar e social de origem, tenham acesso à escola. Neste sentido, pode-se
concordar com Regina Leite quando fala sobre o compromisso que a escola deve ter
com o projeto da classe trabalhadora, desde a educação infantil á universidade.
“O desafio que se coloca, portanto, para a escola é o
que fazer e como fazer, no sentido de contribuir para
que cada aluno, independentemente de sua condição
de classe, raça ou gênero, vá se capacitando para
poder pretender se tornar governante; ou seja, que
cada aluno da classe trabalhadora desenvolva, no
decorrer de sua escolaridade, as condições gerais de
poder governar.”(p.12)
É importante ressaltar que com o acesso maior à escola das diferentes crianças
e tipos de famílias, faz-se necessário refletir, quanto à formação permanente e
disposição em modificar, se necessária, a ação educativa, pois surgem várias
possibilidades, visto que as crianças são diferentes umas das outras em muitas
dimensões. Atualmente não tem espaço, nem alternativa, senão uma escola inclusiva,
que considera a diversidade como fonte de riqueza.
As escolas do campo alunos na educação infantil na faixa etária de 4 e 5 anos.
E tem como objetivos gerais:
Desenvolver a coordenação voluntária dos pequenos e grandes músculos
(coordenação motora fina e grossa);
Desenvolver a comunicação e atribuir significados às diferentes situações
do cotidiano, preparando-se para a inserção no mundo da leitura e escrita;
Construir conhecimentos matemáticos a partir de interações com diferentes
objetos e o ambiente em que vive;
32. 32
Adquirir conhecimento social, estabelecendo relações de convivência,
interação e respeito mútuo com o outro, bem como respeito a si e ao meio;
Desenvolver as habilidades artísticas, tornando-se capaz de perceber a arte
no real e imaginário.
Acredita-se que no processo de construção do conhecimento, as crianças
possam utilizar de diversas linguagens e terem a capacidade de formar hipóteses e
ideias sobre o que buscam desvendar. Assim, necessitamos de objetivos claros e
precisos que direcionem para formação de seres humanos capazes de viver bem em
sociedade.
ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS
O ensino fundamental de nove anos tornou-se obrigatório, com a inclusão das
crianças de seis anos de idade, através da Lei 11274/2006. Para tanto, exige-se um
tratamento político, administrativo e pedagógico, sendo que precisa assegurar um
convívio escolar com maior oportunidade de aprendizagem.
Partindo deste principio, necessário se faz que haja recursos físicos e
humanos, a fim de garantir um ensino de qualidade. Os espaços educativos, os
materiais didáticos, o mobiliário e o equipamento devem ser repensados para atender
as crianças com essa faixa etária. É fundamental, que haja uma política de formação
continuada, possibilitando o profissional, a capacidade de atuar de maneira que
aconteça uma aprendizagem significativa.
Neste sentido, não se pode esquecer a ludicidade, considerando que os alunos
de 1º ano, antes estavam inseridos na Pré-Escola, onde há espaço para o brincar, e
esse brincar faz parte de sua vida. Portanto, é de grande relevância que esse
momento de brincadeira não seja deixado de lado.
Pensando na Proposta Curricular, as crianças de seis anos precisam de um
currículo que atenda suas características e potencialidades específicas. Deve ser
pensado não só o caráter da alfabetização e do letramento, mas valorizá-las como um
todo, capaz de desenvolver habilidades que vão além da leitura e da escrita,
necessários para a formação do estudante do Ensino Fundamental.
Para cumprimento à Lei e melhor atendimento às crianças de 6 anos de idade,
as escolas do campo implantaram o Ensino Fundamental de 9 anos a partir de 2007,
lembrando que até então os alunos deste nível nas escolas da rede municipal são
apenas de 1º ao 5º anos.
33. 33
TRABALHO COLETIVO
Ao longo da história das escolas do campo, pode-se afirmar que a comunidade,
embora não participe ativamente do dia a dia escolar, atende convites e se faz
presente nas reuniões e demais ações das. Percebe-se que essa participação vem
aumentando a cada dia e isto graças ao trabalho das equipes da SME e escolas, que
buscam cada vez mais melhorar a qualidades das atividades escolares, conquistando
assim, a confiança de alunos, pais e comunidade.
Hoje acredita-se que com a elaboração do Projeto Político Pedagógico, o
trabalho coletivo será impulsionado ao sucesso, concretizando a participação efetiva
da comunidade escolar e local nas atividades escolares.
Quanto ao trabalho realizado dentro das Unidades Escolares, não há dúvida de
que o mesmo acontece meio à colaboração e solidariedade, uma vez que todos
procuram servir o outro de acordo com as possibilidades. As ações contam com a
participação ativa de todos os servidores desde o planejamento à execução e
avaliação.
O trabalho coletivo possibilita a soma de capacidades em função de finalidades
comuns. Este tem sido apontado por pesquisadores e estudiosos como o caminho
mais eficaz para o alcance das novas finalidades da educação escolar e para que
aconteça de forma eficaz, deve envolver o espaço público de discussão e troca de
conhecimentos no qual participam as diferentes instâncias sociais, tais como a
família, o governo, a igreja, os sindicatos, além dos profissionais da educação.
No entanto, reconhece – se que o trabalho coletivo não é tarefa simples, uma
vez que a humanidade durante séculos, em sua história, acostumou-se a formas de
vida individualista. No entanto, é preciso que haja a participação de todos os “atores”,
objetivando o crescimento educacional e transformação da sociedade. Somente a
partir desta integração é possível desenvolver um trabalho com sucesso.
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
O processo ensino e aprendizagem não se dá de modo mecânico, ele acontece
na relação entre professor e aluno. Essa relação possibilita a apropriação e
sistematização dos conhecimentos, situação em que o professor ensina e aprende.
Sendo assim, convém afirmar que a aprendizagem é um processo no qual
incorporamos novos padrões, novos costumes, novas formas de perceber a vida, de
agir frente a diferentes situações do cotidiano. A aprendizagem possibilita uma
34. 34
relação cognitiva entre o sujeito e o objeto do conhecimento. O sujeito age sobre o
mundo com o intuito de apropriá-lo, transformá-lo. Nesse processo de aprendizagem,
o homem vai se transformando a cada nova experiência.
As escolas do campo compreendem que o processo de ensino e aprendizagem
serve para o homem como linear de seus atos, num contexto histórico. Seja ele
social, cultural ou político. Dessa forma, ensinar e aprender, sem dúvida, determinam
a vida intelectual e participativa do homem na sociedade.
Com esse entendimento, estas Unidades de Ensino vêm realizando o seu
trabalho a partir de um Planejamento coletivo, seja para as atividades docentes ou em
contexto geral. Os professores são lotados com uma carga horária semanal de 40
horas, sendo 20 em regência e 20 horas atividades, destinadas ao planejamento de
aulas, reforço escolar, estudos, pesquisas e acompanhamento familiar.
As escolas têm trabalhado o reforço escolar no contraturno, apenas uma vez
por semana, já que a maioria dos professores que trabalham no campo moram na
sede do município, o que dificulta a permanência dos mesmos do turno contrário à
regência. Além de fazerem o Planejamento Anual, os professores reúnem-se
semanalmente na sede da SME para planejamento, organização das atividades
pedagógicas e confecção de material, com acompanhamento da coordenação,
supervisão e equipe de apoio pedagógico/administrativo da SME.
Analisando a forma como acontece o processo de ensino e aprendizagem nas
escolas e em observação à Proposta Curricular de Educação para o Campo, a equipe
definiu como linha de trabalho, a partir deste Projeto Político pedagógico a concepção
sociointeracionista, já que esta reconhece o educando como sujeito ativo e não
apenas como mero expectador. O aluno do campo tem voz e vez e os conhecimentos
trazidos por eles são ampliados, fazendo com que a aprendizagem seja de fato
significativa.
Assim sendo, as escolas do campo realizam um trabalho com responsabilidade
e compromisso, procurando valorizar, além do conhecimento prévio do educando, as
experiências de cada servidor, buscando melhorar a cada dia, o seu fazer
pedagógico, em prol de uma educação de qualidade.
35. 35
PLANEJAMENTO
“Uma das tarefas mais importantes para garantir o
sucesso de qualquer iniciativa é planejar. Na escola
não é diferente. O único jeito de garantir que todos os
alunos aprendam é preparar corretamente o terreno
(saber onde se quer chegar, definir prioridades,
organizar os espaços físicos e a infraestrutura
necessária para alcançar os objetivos) e, claro, colocar
tudo isso em prática”.
(Gabriel P. Grossi, Revista N. Escola, dez. 2006, P. 6).
Já se sabe que toda atividade a ser realizada, necessita de uma prévia
organização. Não sendo diferente nas atividades educativas, ao assumir uma
disciplina ou série, o professor sente a necessidade de tomar várias decisões, como
seleção das competências e habilidades a serem desenvolvidas, relação de
conteúdos que atendam os anseios dos seus alunos, que recursos vai utilizar para
que facilite a aprendizagem, tornando-a mais significativa e que metodologia adotar
para cada conteúdo.
Planejamento, portanto, é um processo contínuo, permanente e dinâmico, é de
fundamental importância para nortear a prática pedagógica, pois todo fazer exige o
ato de planejar, não é possível realizar um trabalho sem pensar ou traçar caminhos e
metas.
Neste sentido, a ação de planejar não pode estar reduzida ao simples
preenchimento de formulários para controle administrativo, mas é um instrumento que
orienta os caminhos a serem percorridos em um determinado período. O
planejamento deve ser claro, completo e estar de acordo com a realidade, pois
através do mesmo pode-se evitar repetições de ações e que alguns conhecimentos
essenciais deixem de ser tratados com os educandos.
A equipe de professores das escolas do campo considera o planejamento ação
imprescindível para o sucesso de todo e qualquer trabalho, de modo especial da
regência, uma vez que este é realizado diretamente com a criança, adolescente ou
jovem, o que torna a responsabilidade de que quem conduz a atividade, bem maior.
No entanto, não perde de vista a importância que o planejamento tem também para
organização e execução das atividades educativas de modo geral.
Assim, os educadores das referidas escolas elaboram o planejamento anual no
início do ano letivo de forma coletiva e reúnem-se semanalmente para o planejamento
semanal, o qual é mais detalhado, com definição das atividades diárias. Em ambos
36. 36
destacam-se, dentre outros pontos considerados relevantes, as habilidades, os
conteúdos, a metodologia, os recursos pedagógicos e avaliação.
Convém ressaltar que o dia de planejamento semanal é bastante enriquecedor,
pois durante o mesmo ocorre a troca de experiência e discussão sobre diferentes
formas de ensinar e aprender que auxiliam o professor no seu fazer pedagógico. “O
planejamento é feito com acompanhamento pedagógico, o que é fundamental para
que o educador possa realizar um trabalho de qualidade”. (Equipe de professores)
AVALIAÇÃO
“A avaliação é um instrumento poderoso a serviço do
professor, da escola, dos alunos e das famílias, para
melhorar e redirecionar o trabalho pedagógico”. (LUCK,
Revista Gestão em Rede, 2006, P. 19).
A avaliação é constante em nosso dia-a-dia, pois avaliamos impressões e
sentimentos. Nas interações cotidianas, em casa, em nossa trajetória profissional e
durante o lazer, a avaliação sempre se faz presente e inclui um julgamento de valores
sobre nós mesmos, sobre o que estamos fazendo e sobre o resultado de trabalhos.
Já na ação escolar, a avaliação incide sobre ações ou sobre objetos específicos, no
caso, o aproveitamento do aluno.
Trabalhar com o processo avaliativo é importante no sentido de que é uma
prática educacional necessária para que se saiba como está a Unidade Escolar.
Neste sentido, é importante que pais, professores e alunos participem da mesma.
A avaliação fundamenta-se em aprendizagens significativas e funcionais que
se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se
continue a aprender. Este enfoque tem um princípio fundamental: Deve-se avaliar o
que se ensina, realizando assim, um balanço do processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, usando esse principio é possível falar em avaliar para conhecer
melhor o aluno e contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos mesmos.
Pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica e um elemento
que melhora a aprendizagem do educando e consequentemente a qualidade do
ensino das escolas. Este é, portanto, o sentido definitivo de um processo de
avaliação.
Com esta concepção as escolas do campo trabalham a avaliação de forma
contínua, ou seja, faz acompanhamento do processo educativo no dia a dia, tendo em
37. 37
vista o desempenho do aluno. Faz as interferências necessárias, para que os alunos
possam continuar crescendo, ou seja, aplica a recuperação paralela.
Convém ressaltar que este processo (avaliação contínua e recuperação
paralela) ocorre de forma qualitativa, uma vez que as referidas escolas não trabalham
com notas, conforme a metodologia do Programa Escola Ativa, destinado às classes
multisseriadas, específicas das escolas do campo.
38. 38
PLANO DE SUPORTE ESTRATÉGICO
NOME DA ESCOLA: Escola Municipal Antonio Firmino da Silva/Escola Municipal São Raimundo
OBJETIVO ESTRATÉGICO: 1. Elevar o nível de aprendizagem dos alunos.
LÍDER DO OBJETIVO: Maria Aparecida Furtado Barros
ESTRATÉGIA: 1.1. Adotar estratégias de ensino diferenciadas, inovadoras e criativas.
META: 1.1.1. Elevar em 5% o índice de aprovação no Ensino Fundamental na Escola Municipal Antonio Firmino da Silva (2011 a 2016);
Desenvolver um Programa com 03 atividades para melhorar a qualidade da aprendizagem na Escola Municipal São Raimundo
(2011 a 2016);
INDICADOR DA META: Documento contendo as ações pedagógicas.
GERENTE DO PLANO DE AÇÃO: Maria Elze Pereira Cunha Bernardino e Maria do Rosário Sousa dos Santos França
INÍCIO: Fevereiro REVISÃO: Bimestral TÉRMINO: Dezembro
Período Resultado Custo Quem
Nº Situação- Ação Início Término Responsável Esperado Indicador Capital Custeio financia
Problema
01 Dificuldade de Realizar um FEV/ DEZ/ Um encontro
leitura e escrita encontro com os 2011 2011 Professores de realizado Relatório
alunos que Ed. Infantil e semanalmente - - -
apresentam Ens. (Melhoria na
dificuldade de Fundamental leitura e escrita)
leitura
semanalmente no
contraturno;
03 Dificuldade de Desenvolver o FEV/ DEZ/ Professores de Projeto de leitura Cópia do
leitura e escrita Projeto de Leitura 2011 2011 Ed. Infantil e desenvolvido Projeto - - -
“Lendo e Ens. (Melhoria na
Interpretando”; Fundamental leitura, escrita e
interpretação)
39. 39
04 Dificuldade de Organizar uma FEV/ DEZ/ Professor da Uma coletânea Coletânea
leitura e escrita coletânea com 2011 2011 turma e SME organizada - - -
textos produzidos (Melhoria na
pelos alunos de 5º escrita)
ano da Escola
Municipal Antonio
Firmino da silva;
05 Baixo nível de Realizar FEV/ DEZ/ Professor da Uma avaliação Cópia de
proficiência dos bimestralmente uma 2011 2011 turma e SME da avaliação - - -
alunos avaliação da aprendizagem
aprendizagem de realizada
Língua Portuguesa bimestralmente
e Matemática com (Melhoria na
os alunos do 5º ano escrita)
do Ensino
Fundamental ano
da Escola Municipal
Antonio Firmino da
silva.
40. 40
PLANO DE SUPORTE ESTRATÉGICO
NOME DA ESCOLA: Escola Municipal Antonio Firmino da Silva/Escola Municipal São Raimundo
OBJETIVO ESTRATÉGICO: 1. Elevar o nível de aprendizagem dos alunos.
LÍDER DO OBJETIVO: Maria Aparecida Furtado Barros
ESTRATÉGIA: 1.1. Adotar estratégias de ensino diferenciadas, inovadoras e criativas.
META: 1.1.2. Desenvolver 07 atividades para intensificar a Proposta Pedagógica da Escola;
INDICADOR DA META: Documento contendo as ações pedagógicas.
GERENTE DO PLANO DE AÇÃO: Edilson Morais Pereira e Eles Brito Melo
INÍCIO: Fevereiro REVISÃO: Bimestral TÉRMINO: Dezembro
Período Resultado Custo Quem
Nº Situação- Ação Início Término Responsável Esperado Indicador Capital Custeio financia
Problema
01 Proposta Realizar FEV/ DEZ/ SME Um Dia
pedagógica bimestralmente um 2011 2011 pedagógico
pouco eficaz Dia Pedagógico com bimestralmen Relatório/Fre - - -
professores e equipe te realizado quência
de apoio;
02 Dificuldade de Realizar anualmente FEV/ DEZ/ SME Um encontro
relacionamento um encontro com 2011 2011 com alunos
entre os alunos alunos: “cidadania realizado Relatório - - -
em ação”, para anualmente
refletir sobre direitos,
deveres e
convivência com o
outro;
41. 41
03 Dificuldade de Desenvolver FEV/ DEZ/ SME O Proerd Documentos
relacionamento anualmente o Proerd 2011 2011 desenvolvido contendo o
entre os alunos – Programa anualmente Programa - - -
Educacional de
Resistência às
Drogas e à Violência,
com os alunos de 4º
e 5º anos;
04 Pouca Promover um torneio FEV/ DEZ/ SME e Equipe Um torneio
participação nas esportivo 2011 2011 Escolar esportivo
atividades semestralmente com realizado Regulamento - - -
esportivas a participação de semestralme
alunos de outras nte
escolas;
05 Poucas práticas Promover FEV/ DEZ/ SME e Equipe A Semana de
de conservação anualmente a 2011 2011 Escolar Educação
da saúde e Semana de para a Vida Relatório - - -
meio ambiente Educação para a realizada
Vida; anualmente
06 Dificuldade de Desenvolver um FEV/ DEZ/ Equipe Um programa
relacionamento Programa na escola 2011 2011 Escolar desenvolvido
entre os alunos na Semana da na Semana Projeto/ - - -
Consciência Negra, da Relatório
com culminância no Consciência
dia 20/11 (Leitura de Negra
textos, recital –
poemas, produção de
frases, textos e
confecção de mural);
42. 42
07 Deficiência de Adquirir um kit com FEV/ DEZ/ SME 17 coleções Nota Fiscal
material 17 coleções para 2011 2011 adquiridas - R$ Prefeitura
impresso para apoio ao professor no (Melhoria na 7.347,36
apoio ao planejamento e escrita)
professor realização das
atividades
pedagógicas, 01
exemplar da Nova
Gramática e
Literatura, 40
Dicionários Escolares
da Língua
Portuguesa e 30
exemplares da
coleção Tic Tac: É
tempo de Aprender.
.
43. 43
PLANO DE SUPORTE ESTRATÉGICO
NOME DA ESCOLA: Escola Municipal Antonio Firmino da Silva/Escola Municipal São Raimundo
OBJETIVO ESTRATÉGICO: 2. Fortalecer a participação dos pais na escola.
LÍDER DO OBJETIVO: Terezinha Lopes da Silva Valadares
ESTRATÉGIA: 2.1. Dinamizar a atuação da comunidade escolar e local.
META: 2.1.1. Implementar um Programa com 03 atividades para integração entre escola – família – comunidade.
INDICADOR DA META: Documento contendo as ações de integração.
GERENTE DO PLANO DE AÇÃO: Maria Rita Nunes Pereira e Maria Aparecida Furtado Barros
INÍCIO: Fevereiro REVISÃO: Bimestral TÉRMINO: Dezembro
Período Resultado Custo Quem
Nº Situação- Ação Início Término Responsável Esperado Indicador Capital Custeio financia
Problema
01 Pouca Realizar FEV/ DEZ/ SME e Equipe Uma reunião Atas das
participação dos bimestralmente uma 2011 2011 escolar realizada reuniões
pais no dia a dia reunião educativa bimestralmente - - -
da escola com pais;
02 Pouca Desenvolver um FEV/ DEZ/ Equipe escolar Um programa Relatórios
participação dos Programa com 2011 2011 e SME desenvolvido
pais e alunos, pais e com alunos, - - -
comunidade nas comunidade para pais e
ações escola comemoração das comunidade
seguintes datas:
• Páscoa;
• Dia das Mães;
• Aniversário da
cidade;
• Dia dos Pais;
• Independência
do Brasil;
• Dia da Criança;
• Natal.
44. 44
03 Pouca Desenvolver um FEV/ DEZ/ SME Um programa Ata
participação dos programa com pais 2011 2011 desenvolvido
pais e e comunidade para com pais e - - -
comunidade nas sensibilização comunidade.
ações escola quanto à
participação nas
atividades escolares
e criação da
Associação de
Apoio às Escolas do
Campo (visitas
domiciliares,
Exibição de filme e
reunião).
45. 45
AVALIAÇÃO
Sabe-se que a avaliação é um instrumento poderoso a serviço da escola, do
professor, dos alunos e das famílias, para melhorar conduzir ou redirecionar o
trabalho, de modo especial o pedagógico.
É através da mesma que o educador busca obter dados sobre o processo de
aprendizagem de cada criança, procura melhorar a sua prática, propondo situações
capazes de gerar novos avanços no processo de ensino e aprendizagem. A avaliação
deve ser contínua e acontecerá ao longo de todo processo, para que haja de fato
sucesso no dia a dia.
Nesta perspectiva não é diferente com o Projeto Político pedagógico, já que o
mesmo é resultado de uma ação coletiva, ou seja, a sua construção conta com o
envolvimento de todos os segmentos envolvidos com o processo educacional e
norteia todas as ações educativas.
Assim, a avaliação do Projeto Político pedagógico das escolas do campo
“Construindo e Reconstruindo a Ação Educativa”, acontecerá no decorrer de sua
execução, com a participação de todos os envolvidos, através de:
• Reuniões com a comunidade escolar;
• Reuniões com líderes de objetivos, gerentes e responsáveis por ações;
• Conversas individuais;
• Utilização de instrumento de acompanhamento do Plano de Ação;
• Elaboração de relatórios das ações executadas;
• Organização de notas fiscais.
É importante ressaltar que a avaliação de um Projeto, de modo especial, O
PPP, deve levar em conta a ação reflexiva, para que haja replanejamento para cada
erro ou insucesso, buscando, dessa forma nossos caminhos para a melhoria da
prática pedagógica.