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Masculinidades
PROF. ARARÉ DE CARVALHO
A masculinidade em questão
 Se a masculinidade fosse uma ordem natural das coisas, ela estaria em
crise?
 Se existe crise é porque os fundamentos do masculino foram abalados
pela história e pela transformações sociais.
 Masculinidade é um espaço simbólico de sentido estruturante, que
modela atitudes, comportamentos e emoções a serem seguidos.
Aqueles que seguem tais modelos não só são atestados como homens,
como também são atestados pelos outros que também seguem esses
símbolos.
 Para entender essas transformações da masculinidade
precisamos entender as transformações ocorrida com a
feminilidade.
 Sexo por prazer e sem fim reprodutivo (pílula); direito ao
voto; inserção no mercado de trabalho; acesso ao ensino
superior; reprodução independente; construção social do
gênero...
O que é ser homem?
 Os papéis e os campos de circulação não são tão rígidos e
definidos pelo sexo.
 As possibilidades de realização individual não é delimitado pelo
sexo biológico.
 A masculinidade exige uma impostura que produz efeitos reais.
 Assim como a fantasia da perda do falo (como símbolo que
me completa e me dá poder).
 A ideia do “que se possuí” por consequência, se pode
perder, gera uma angústia (a castração em vários níveis) na
condição masculina.
 Na pós-modernidade, o espaço público é ultrapassado pelo
espaço privado. O homem está muito mais doméstico.
 A visibilidade da modernidade que garante a afirmação da
masculinidade, na pós-modernidade se desloca para o campo
da vida privada. Quem atesta a masculinidade é muito mais a
mulher que a sociedade. E quanto mais a mulher ocupa o
espaço público esses campos se aproximam de maneira
ameaçadora para os homens.
 A mulher assume características que historicamente foram
construídas como masculinas como: prover a família e ser
bem sucedida no trabalho, coragem, força. A conquistas
desses atributos “masculinos” são vistos como um ganho.
Não há problema em ser uma mulher e ter possuir esses
atributos.
 Já para o homem a feminilidade é ameaçadora. Melhor
dizendo, quando ele vê atribuído a si características que
historicamente foram determinadas como femininas, ele
sente sua condição masculina ameaçada (castração).
 No entanto é “cobrado” do homem pós-moderno atributos
femininos, ao mesmo tempo que reforçar-se a necessidade
de dar contornos mais fortes as características viris. “O
homem deve ser sensível, mas não muito. Deve ser másculo
ter pegada, mas sem ser ogro”.
 O homem absorve atributos da feminilidade, mas para evitar
a dúvida da masculinidade lhe dá novos nomes:
“Metrossexual, Ubersexual, G0y entre outros.
 Os homens e a masculinidade constitui hoje uma espécie de
enigma. Há um palidez no ideário do que é ser homem.
 O desempenho sexual masculino é hoje supervalorizado,
principalmente no ocidente.
 Se retrocedermos no tempo, os guerreiros na Grécia
Clássica, Roma antiga eram viris, másculos e no entanto
tinham parceiros sexuais do mesmo sexo.
 Hoje a passionalidade do homem é sintomática não do
apogeu da masculinidade mas sim da crise da masculinidade.
 A mulher também é mulher, agora o homem só é homem.
 Hoje tornasse homem é se opor a tudo que possa
assemelhar-se a ser feminino. A masculinidade hoje é
estreitamente vigiado. Que nada nele se aparente em nada
que seja da ordem da mulher.
 Isso torna a masculinidade bastante constrangida.
 Todo homem para qual a feminilidade é um tabu, denuncia o
que se quer esconder. Todo tabu indica um desejo recalcado
(incesto, virgindade)
 A masculinidade numa posição agressivamente ativa pode
ser uma construção defensiva contra o gozo da passividade.
 Os homens estão sendo sistematicamente ensinados a pensar que a
abertura quanto às próprias emoções é equivalente a seguir na
direção de se identificar com o outro gênero – e homens não fazem
isso. Apenas mulheres fazem.
 É por isso que feministas muitas vezes se deparam com a questão de
ensinar aos homens que o patriarcado é tão prejudicial para os
homens quanto para as mulheres – e que isso cria uma prisão para as
duas identidades de gênero, enquanto que, além disso, prejudica
muitas outras identidades.
 O homem branco, heterossexual será a matriz de
reivindicação de paridade de direitos. A matriz se transforma
numa representação do mal.
 Isso cria o discurso de vitimização do homem
contemporâneo.
Mas há uma crise da masculinidade?
 A palavra crise carrega consigo uma valoração de mudanças
que ocorrem rapidamente na sociedade.
 Se não podemos falar em crise, podemos falar em ponto de
ruptura e/ou ponto de mutação.
 De fato a dominação masculina está sendo colocada em
cheque no mundo ocidental.
 Se essa dominação vai desaparecer ou vai se metamorfosear
é algo que ainda não podemos afirmar.
 O conceito de masculinidade hegemônica não equivale a um
modelo de reprodução social.
 É preciso reconhecer as lutas sociais subordinadas que
influenciam e transformam a ideia de masculinidade.

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Masculinidades

  • 2. A masculinidade em questão  Se a masculinidade fosse uma ordem natural das coisas, ela estaria em crise?  Se existe crise é porque os fundamentos do masculino foram abalados pela história e pela transformações sociais.  Masculinidade é um espaço simbólico de sentido estruturante, que modela atitudes, comportamentos e emoções a serem seguidos. Aqueles que seguem tais modelos não só são atestados como homens, como também são atestados pelos outros que também seguem esses símbolos.
  • 3.  Para entender essas transformações da masculinidade precisamos entender as transformações ocorrida com a feminilidade.  Sexo por prazer e sem fim reprodutivo (pílula); direito ao voto; inserção no mercado de trabalho; acesso ao ensino superior; reprodução independente; construção social do gênero...
  • 4. O que é ser homem?  Os papéis e os campos de circulação não são tão rígidos e definidos pelo sexo.  As possibilidades de realização individual não é delimitado pelo sexo biológico.  A masculinidade exige uma impostura que produz efeitos reais.
  • 5.  Assim como a fantasia da perda do falo (como símbolo que me completa e me dá poder).  A ideia do “que se possuí” por consequência, se pode perder, gera uma angústia (a castração em vários níveis) na condição masculina.
  • 6.  Na pós-modernidade, o espaço público é ultrapassado pelo espaço privado. O homem está muito mais doméstico.  A visibilidade da modernidade que garante a afirmação da masculinidade, na pós-modernidade se desloca para o campo da vida privada. Quem atesta a masculinidade é muito mais a mulher que a sociedade. E quanto mais a mulher ocupa o espaço público esses campos se aproximam de maneira ameaçadora para os homens.
  • 7.  A mulher assume características que historicamente foram construídas como masculinas como: prover a família e ser bem sucedida no trabalho, coragem, força. A conquistas desses atributos “masculinos” são vistos como um ganho. Não há problema em ser uma mulher e ter possuir esses atributos.
  • 8.  Já para o homem a feminilidade é ameaçadora. Melhor dizendo, quando ele vê atribuído a si características que historicamente foram determinadas como femininas, ele sente sua condição masculina ameaçada (castração).
  • 9.  No entanto é “cobrado” do homem pós-moderno atributos femininos, ao mesmo tempo que reforçar-se a necessidade de dar contornos mais fortes as características viris. “O homem deve ser sensível, mas não muito. Deve ser másculo ter pegada, mas sem ser ogro”.  O homem absorve atributos da feminilidade, mas para evitar a dúvida da masculinidade lhe dá novos nomes: “Metrossexual, Ubersexual, G0y entre outros.
  • 10.  Os homens e a masculinidade constitui hoje uma espécie de enigma. Há um palidez no ideário do que é ser homem.  O desempenho sexual masculino é hoje supervalorizado, principalmente no ocidente.
  • 11.  Se retrocedermos no tempo, os guerreiros na Grécia Clássica, Roma antiga eram viris, másculos e no entanto tinham parceiros sexuais do mesmo sexo.  Hoje a passionalidade do homem é sintomática não do apogeu da masculinidade mas sim da crise da masculinidade.
  • 12.  A mulher também é mulher, agora o homem só é homem.  Hoje tornasse homem é se opor a tudo que possa assemelhar-se a ser feminino. A masculinidade hoje é estreitamente vigiado. Que nada nele se aparente em nada que seja da ordem da mulher.  Isso torna a masculinidade bastante constrangida.
  • 13.  Todo homem para qual a feminilidade é um tabu, denuncia o que se quer esconder. Todo tabu indica um desejo recalcado (incesto, virgindade)  A masculinidade numa posição agressivamente ativa pode ser uma construção defensiva contra o gozo da passividade.
  • 14.  Os homens estão sendo sistematicamente ensinados a pensar que a abertura quanto às próprias emoções é equivalente a seguir na direção de se identificar com o outro gênero – e homens não fazem isso. Apenas mulheres fazem.  É por isso que feministas muitas vezes se deparam com a questão de ensinar aos homens que o patriarcado é tão prejudicial para os homens quanto para as mulheres – e que isso cria uma prisão para as duas identidades de gênero, enquanto que, além disso, prejudica muitas outras identidades.
  • 15.  O homem branco, heterossexual será a matriz de reivindicação de paridade de direitos. A matriz se transforma numa representação do mal.  Isso cria o discurso de vitimização do homem contemporâneo.
  • 16. Mas há uma crise da masculinidade?  A palavra crise carrega consigo uma valoração de mudanças que ocorrem rapidamente na sociedade.  Se não podemos falar em crise, podemos falar em ponto de ruptura e/ou ponto de mutação.
  • 17.  De fato a dominação masculina está sendo colocada em cheque no mundo ocidental.  Se essa dominação vai desaparecer ou vai se metamorfosear é algo que ainda não podemos afirmar.
  • 18.  O conceito de masculinidade hegemônica não equivale a um modelo de reprodução social.  É preciso reconhecer as lutas sociais subordinadas que influenciam e transformam a ideia de masculinidade.