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AS COLUNAS B E J E SUAS POSIÇÕES CONFORME O RITO (*)
Nos Templos maçônicos há duas colunas, identificadas pelas letras B e J,
com variações quanto à posição, segundo o Rito praticado.
Por exemplo: no R∴E∴A∴A∴ (G∴O∴B∴), as duas colunas situam-se à entrada
do Templo, sendo J à direita de quem entra (Sul) e B à esquerda (Norte) -
com uma ressalva (feita no ritual de 1981): "a rigor, as colunas acima
referidas deveriam ficar no átrio, conservando a mesma disposição, isto é,
coluna J (Sul) à direita de quem entra e B (Norte) à esquerda" (admite,
pois, dois casos, colunas no interior ou fora do Templo). No Rito Moderno,
como no Adonhiramita e no Brasileiro, as colunas estão colocadas só no
interior do Templo, havendo diferença quanto ao posicionamento (no que
concerne ao R∴E∴A∴A∴), posto que, nos três Ritos mencionados (Moderno,
Adonhiramita e Brasileiro), B situa-se ao Sul (direita de quem entra), J ao
Norte (esquerda de quem entra). Há, também, diferenças quanto ao lugar
de assento de AAp.·. e de CComp.·., bem como quanto às posições dos
VVig.·. - ver quadro ilustrativo, a seguir.
Origens dessa inversão
No Século XVIII, os maçons franceses praticavam os mesmos rituais da
Grande Loja Unida da Inglaterra fundada em Londres, em 1717.
Contudo, em 1730, um renegado inglês Samuel Prichard – em dificuldades
financeiras, revelou os segredos dos graus e sinais maçônicos, publicando o
livro A Maçonaria Dissecada. Como defesa, a Grande Loja da Inglaterra
modificou SS.·. TT.·. e PP.·., invertendo-os, inclusive quanto às colunas.
Tais inversões foram adotadas também na França. Houve divergência na
Inglaterra. Em 1752, Laurence Dermott lideraria reação aos procedimentos
da Grande Loja originada em Londres, alegando, entre outros motivos, as
inversões de SS∴ , TT∴ E PP∴ (a Pal∴ Sag∴ de Ap∴ - por exemplo
passaram a ser de Comp∴ e vice-versa, como até hoje ainda ocorre em
alguns Ritos). Dermott e seus Irmãos diziam-se antigos, por seguirem às
antigas Constituições, atribuídas a Edwin, datadas de 926, quando aquele
Príncipe reunira os maçons em York.
Aos maçons com sede em Londres chamariam de modernos, por seguirem
às Constituições de Anderson, 1723 (ver Estudos Maçônicos sobre
Simbolismo, (N. Aslan, edição GOB, Rio, 1968, 206 pp. pag 129 e seg).
Procedida a união entre antigos e modernos na Inglaterra – Grande Loja
Unida (1813) - os rituais ingleses retomaram a forma dos antigos, gerando-
se, assim, as diferenças que hoje conhecemos, posto que, se os ingleses, ao
unirem-se, adotaram o rito antigo (York), os franceses prosseguiram
praticando as inversões do rito moderno (Londres). Isto se refletiria nos
Ritos Moderno (até na denominação do Rito), Adonhiramita e no próprio
R∴ E∴ A∴ A∴ (todos com origem francesa) e suas modificações. Disso não
escapou o Rito Brasileiro que nos graus simbólicos, sofreu influências dos
Ritos que, por mais de um século, o antecederam na formação.
Simbolismo das colunas B e J
A Enciclopédia de Franco Maçonaria de Albert Mackey contém interpretação
bastante aceitável. O Templo de Salomão serviu de paradigma simbólico à
Maçonaria. Nesse sentido a presença das colunas – tal como a descrição
do Velho Testamento (I Reis, VII: 15/25). Não possuíam, inicialmente,
qualquer conteúdo simbólico. A posteriori – por um complexo raciocínio de
hermenêutica (ao alcance apenas daqueles que dominam o hebraico),
vieram a ter - por efeito de seus nomes designativos (B∴ e J∴ ) – o
significado de "Em Ti está a força” (B) e “Ele (Deus) estabelecerá” (J). Para
coerência, devem ser observadas da direita para esquerda (como a ordem
da leitura em hebraico), J a direita direita e B à esquerda. Se no interior do
Templo, J ao Norte, B ao Sul (como se adota nos Ritos Moderno,
Adonhiramita e Brasileiro); se no átrio (como agora de admite no
R∴ E∴ A∴ A∴ /G∴ O∴ B∴ , J ao Sul, B ao Norte
Os ocultistas enriqueceriam o significado simbólico das colunas Be J em
Maçonaria, emprestando-lhes o sentido dos princípios feminino e masculino,
respectivamente, conforme conceitos adotados na arte dos alquimistas – ou
seja, feminino/passividade (à esquerda), masculino/atividade (à direita).
Daí toda a caracterização da Coluna B como feminina-passiva - nela se
assentando, em nosso Rito, aqueles Irmãos a quem se emprestam funções
passivas: AAp∴ , o Sec∴ . - tendo a Lua como símbolo - O Chanc∴ , o
Hosp∴ e o 2° Vig∴ (Coluna da Beleza). E da Coluna J, como detentora do
princípio masculino-ativo assento dos CComp∴ , do Orador (o Sol que
ativamente tudo ilumina), do Tes∴ e do 1° Vig∴ (Coluna da Força).
Outra Interpretação
Símbolos, sabe-se bem, admitem diversas interpretações. Assim, às
Colunas B e J empresta-se, também, o significado de marcos dos
solstícios ou marcos dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, (o eixo
Oriente-Ocidente sendo o Equador Terrestre - o Templo uma
representação do Universo).
Dá-se como origem remota das colunas colocadas à entrada dos
templos - de todos os templos, em todas as épocas os marcos
dos antigos observadores (sacerdotes), que contemplavam o
horizonte (ver o parentesco etimológico entre tempo e contemplar),
assinalando o verão e o inverno.
Sabe-se, dias e noites, durante o ano, não têm a mesma duração: no
inverno, a noite é maior que o dia; no verão, menor. Assim, em
tempos remotos, os que observavam os astros, verificaram que o Sol,
em seu nascimento diário no Oriente, não surge sempre no mesmo
ponto: ora nasce mais à esquerda, ora mais à direita.
E colocaram duas colunas assinalando os limites dessa trajetória
anual do ponto de nascimento do Sol. Um desses limites é
justamente o solstício do inverno – ou seja, a maior noite do ano; o
outro é o solstício de verão – o maior dia do ano (o Sol mais tempo
iluminando). E mais, há simetria entre o nascer e o pôr do sol:
estando no Hemisfério Norte, contemplando o poente (nos Templos
Maçônicos as colunas encontram-se no Ocidente), o ponto que
assinala o solstício de inverno estará mais à esquerda, o de verão
mais à direita de um centro que assinala os equinócios da primavera
e do outono (eixo
do Templo), quando o dia têm Templo como representação do
Universo), é a Região Tropical, limitada, ao Norte, pelo Trópico de
Câncer (que corresponde à coluna J- verão, atividade), ao Sul, pelo
Trópico de Capricórnio (que corresponde à Coluna B, inverno,
passividade).
(*) Fonte: Jornal O SEMEADOR – Ano XXIII, Nº 29 (Jan/Fev/Mar-1992

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AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf

  • 1. AS COLUNAS B E J E SUAS POSIÇÕES CONFORME O RITO (*) Nos Templos maçônicos há duas colunas, identificadas pelas letras B e J, com variações quanto à posição, segundo o Rito praticado. Por exemplo: no R∴E∴A∴A∴ (G∴O∴B∴), as duas colunas situam-se à entrada do Templo, sendo J à direita de quem entra (Sul) e B à esquerda (Norte) - com uma ressalva (feita no ritual de 1981): "a rigor, as colunas acima referidas deveriam ficar no átrio, conservando a mesma disposição, isto é, coluna J (Sul) à direita de quem entra e B (Norte) à esquerda" (admite, pois, dois casos, colunas no interior ou fora do Templo). No Rito Moderno, como no Adonhiramita e no Brasileiro, as colunas estão colocadas só no interior do Templo, havendo diferença quanto ao posicionamento (no que concerne ao R∴E∴A∴A∴), posto que, nos três Ritos mencionados (Moderno, Adonhiramita e Brasileiro), B situa-se ao Sul (direita de quem entra), J ao Norte (esquerda de quem entra). Há, também, diferenças quanto ao lugar de assento de AAp.·. e de CComp.·., bem como quanto às posições dos VVig.·. - ver quadro ilustrativo, a seguir. Origens dessa inversão No Século XVIII, os maçons franceses praticavam os mesmos rituais da Grande Loja Unida da Inglaterra fundada em Londres, em 1717. Contudo, em 1730, um renegado inglês Samuel Prichard – em dificuldades financeiras, revelou os segredos dos graus e sinais maçônicos, publicando o livro A Maçonaria Dissecada. Como defesa, a Grande Loja da Inglaterra modificou SS.·. TT.·. e PP.·., invertendo-os, inclusive quanto às colunas. Tais inversões foram adotadas também na França. Houve divergência na Inglaterra. Em 1752, Laurence Dermott lideraria reação aos procedimentos da Grande Loja originada em Londres, alegando, entre outros motivos, as inversões de SS∴ , TT∴ E PP∴ (a Pal∴ Sag∴ de Ap∴ - por exemplo passaram a ser de Comp∴ e vice-versa, como até hoje ainda ocorre em alguns Ritos). Dermott e seus Irmãos diziam-se antigos, por seguirem às antigas Constituições, atribuídas a Edwin, datadas de 926, quando aquele Príncipe reunira os maçons em York.
  • 2. Aos maçons com sede em Londres chamariam de modernos, por seguirem às Constituições de Anderson, 1723 (ver Estudos Maçônicos sobre Simbolismo, (N. Aslan, edição GOB, Rio, 1968, 206 pp. pag 129 e seg). Procedida a união entre antigos e modernos na Inglaterra – Grande Loja Unida (1813) - os rituais ingleses retomaram a forma dos antigos, gerando- se, assim, as diferenças que hoje conhecemos, posto que, se os ingleses, ao unirem-se, adotaram o rito antigo (York), os franceses prosseguiram praticando as inversões do rito moderno (Londres). Isto se refletiria nos Ritos Moderno (até na denominação do Rito), Adonhiramita e no próprio R∴ E∴ A∴ A∴ (todos com origem francesa) e suas modificações. Disso não escapou o Rito Brasileiro que nos graus simbólicos, sofreu influências dos Ritos que, por mais de um século, o antecederam na formação. Simbolismo das colunas B e J A Enciclopédia de Franco Maçonaria de Albert Mackey contém interpretação bastante aceitável. O Templo de Salomão serviu de paradigma simbólico à Maçonaria. Nesse sentido a presença das colunas – tal como a descrição do Velho Testamento (I Reis, VII: 15/25). Não possuíam, inicialmente, qualquer conteúdo simbólico. A posteriori – por um complexo raciocínio de hermenêutica (ao alcance apenas daqueles que dominam o hebraico), vieram a ter - por efeito de seus nomes designativos (B∴ e J∴ ) – o significado de "Em Ti está a força” (B) e “Ele (Deus) estabelecerá” (J). Para coerência, devem ser observadas da direita para esquerda (como a ordem da leitura em hebraico), J a direita direita e B à esquerda. Se no interior do Templo, J ao Norte, B ao Sul (como se adota nos Ritos Moderno, Adonhiramita e Brasileiro); se no átrio (como agora de admite no R∴ E∴ A∴ A∴ /G∴ O∴ B∴ , J ao Sul, B ao Norte Os ocultistas enriqueceriam o significado simbólico das colunas Be J em Maçonaria, emprestando-lhes o sentido dos princípios feminino e masculino, respectivamente, conforme conceitos adotados na arte dos alquimistas – ou seja, feminino/passividade (à esquerda), masculino/atividade (à direita). Daí toda a caracterização da Coluna B como feminina-passiva - nela se assentando, em nosso Rito, aqueles Irmãos a quem se emprestam funções passivas: AAp∴ , o Sec∴ . - tendo a Lua como símbolo - O Chanc∴ , o Hosp∴ e o 2° Vig∴ (Coluna da Beleza). E da Coluna J, como detentora do princípio masculino-ativo assento dos CComp∴ , do Orador (o Sol que ativamente tudo ilumina), do Tes∴ e do 1° Vig∴ (Coluna da Força). Outra Interpretação Símbolos, sabe-se bem, admitem diversas interpretações. Assim, às Colunas B e J empresta-se, também, o significado de marcos dos solstícios ou marcos dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, (o eixo Oriente-Ocidente sendo o Equador Terrestre - o Templo uma representação do Universo). Dá-se como origem remota das colunas colocadas à entrada dos
  • 3. templos - de todos os templos, em todas as épocas os marcos dos antigos observadores (sacerdotes), que contemplavam o horizonte (ver o parentesco etimológico entre tempo e contemplar), assinalando o verão e o inverno. Sabe-se, dias e noites, durante o ano, não têm a mesma duração: no inverno, a noite é maior que o dia; no verão, menor. Assim, em tempos remotos, os que observavam os astros, verificaram que o Sol, em seu nascimento diário no Oriente, não surge sempre no mesmo ponto: ora nasce mais à esquerda, ora mais à direita. E colocaram duas colunas assinalando os limites dessa trajetória anual do ponto de nascimento do Sol. Um desses limites é justamente o solstício do inverno – ou seja, a maior noite do ano; o outro é o solstício de verão – o maior dia do ano (o Sol mais tempo iluminando). E mais, há simetria entre o nascer e o pôr do sol: estando no Hemisfério Norte, contemplando o poente (nos Templos Maçônicos as colunas encontram-se no Ocidente), o ponto que assinala o solstício de inverno estará mais à esquerda, o de verão mais à direita de um centro que assinala os equinócios da primavera e do outono (eixo do Templo), quando o dia têm Templo como representação do Universo), é a Região Tropical, limitada, ao Norte, pelo Trópico de Câncer (que corresponde à coluna J- verão, atividade), ao Sul, pelo Trópico de Capricórnio (que corresponde à Coluna B, inverno, passividade). (*) Fonte: Jornal O SEMEADOR – Ano XXIII, Nº 29 (Jan/Fev/Mar-1992