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INDICES DE IDENTIDADE E QUALIDADE E LEGISLAÇÃO
        BRASILEIRA PARA AZEITE DE OLIVA




 II ENCONTRO DA CADEIA PRODUTIVA DA OLIVICULTURA
                  5ª EXPOAZEITE

        Ana Maria Rauen de Oliveira Miguel
                      ITAL
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DO AZEITE DE OLIVA




-Representa 3% do consumo humano de óleos vegetais


- Corresponde a 2% das vendas de óleos vegetais comestíveis


- Seu valor econômico representa 15% do comércio mundial de oleaginosas


- Tem consumo concentrado nas regiões produtoras
PRODUÇÃO MUNDIAL DE AZEITE DE OLIVA (%)



                                          2,31,4 3,1
                                    4,4
                              4,3


                        5,6                                             União Européia
                                                                        Tunísia
                                                                        Turquia
                                                                        Síria
                                                                        Marrocos
                                                                        Argélia
                                                                        Resto do mundo


                                                       78,9




     União Européia: Espanha (38,4%), Itália (23,6%), Grécia (15,3%), Portugal (1,3%), França (0,2%)


Fonte: Moreda, W. 2010
CONSUMO MUNDIAL DE AZEITE DE OLIVA (%)




-União Européia: Total de 71,2% - Espanha (22,1%), Itália (28,5%), Grécia (10,1%),
Portugal (2,5%), França (3,5%), demais países (4,5%)


- Estados Unidos: 7,2%


-Síria: 4,3%


-Turquia e Marrocos: 2,2%


-Brasil: 0,9%



Fonte: Moreda, W. 2010
PROPRIEDADES NUTRICIONAIS DE AZEITE DE OLIVA

                      COMPOSIÇÃO QUÍMICA DIFERENCIADA


  -Alta percentagem de ácido oleico (monoinsaturado com propriedades positivas
                        sobre o sistema cardiovascular)


                      -Boa fonte de ácidos graxos essenciais


- Presença de antioxidantes naturais: tocoferóis (vitamina E) e compostos fenólicos
                (efetivos contra os processos oxidativos biológicos)


-Presença de esteróis (principalmente β-sitosterol, bioativo que impede a absorção
                             intestinal de colesterol)


-Presença de outras substâncias bioativas (esqualeno, β-caroteno, fosfolipídios etc)
    -Presença de substâncias aromáticas que tornam os azeites sensorialmente
                                   especiais
AZEITE DE OLIVA




     -PRODUTO DE ALTO VALOR NO MERCADO, DADAS AS SUAS
            CARACTERÍSTICAS DE SAUDABILIDADE




- PRODUTO BASTANTE SUJEITO À ADULTERAÇÕES COM OUTROS ÓLEOS
             VEGETAIS DE MENOR VALOR COMERCIAL
PROCESSO DE OBTENÇÃO DE AZEITE DE OLIVA

                 Olivas           Colheita     Transporte
             (15 a 26% de óleo)

                                   Recepção, lavagem e armazenamento dos frutos


                                     Preparação da massa (moagem e batimento)


                              Separação da fase sólida (prensagem ou centrifugação)


                            Separação da fase líquida (decantação e/ou centrifugação)


                                      Armazenamento e conservação do azeite


Todas essas etapas são críticas              Embalagem e comercialização
 para o controle de qualidade
  e características sensoriais
          dos azeites

                                             Fluxograma simplificado
ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES


                                            COLHEITA


- variedade colhida;
- condições meteorológicas;
- natureza do solo;
-altitude e continentalidade;
-doenças e ataque de pragas: frutos com defeitos            maior acidez do azeite e características
sensoriais diferenciadas (muitas vezes não desejadas)
- coleta de frutos do solo ou parcialmente decompostos         levam a aumento de acidez do azeite e
degradação de compostos fenólicos (oxidação)         coloração escura durante o processamento
- ponto de maturidade dos frutos:        interferência no teor de lipídios e na quantidade dos ácidos
graxos principais dos azeites       rendimento de extração em óleo          características sensoriais
alteradas
ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES


                                          TRANSPORTE


- injúrias de diversos tipos podem degradar os frutos        obtenção de azeites com maior acidez e
características sensoriais não desejadas


                       RECEPÇÃO, LAVAGEM E ARMAZENAMENTO


- a recepção dos frutos deve ser feita de tal forma que também não cause injúrias
- a lavagem é um processo mais simples que normalmente não traz grandes prejuízos, mas deve ser
realizada em condições higiênicas adequadas
- o armazenamento deve ocorrer apenas em casos estritamente necessários, para evitar os fenômenos
de hidrólise que ocorrem e que prejudicam a qualidade do produto final (maior acidez pela quebra de
moléculas de lipídios). Se for feito deve manter condições controladas de temperatura e umidade para
não causar nenhuma alteração nos frutos e deve ser por pouco tempo.
ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES


                  PREPARAÇÃO DA MASSA (MOAGEM E BATIMENTO)


- a moagem geralmente é feita em moinhos ou trituradores de disco (que permitem obter azeite com
maior teor de clorofila), é a etapa que permite a quebra das estruturas do fruto para a liberação das
células de óleo      cuidados devem ser tomados com relação à contaminação metálica, principalmente
Ferro e Cobre, provenientes do material dos equipamentos. Contato com oxigênio por muito tempo
também deve ser evitado                   oxidação desencadeada mais rapidamente, com perda de
características sensoriais e nutritivas


- o batimento ou “malaxação” consiste na mistura lenta e contínua da massa obtida nos moinhos ou
trituradores, o que permite aglomerar as células de óleo e evitar a formação de emulsão.
Geralmente dura no máximo 10 a 20 minutos e é feita a 30-35ºC         aqui também a contaminação
metálica deve ser evitada, afim de garantir a qualidade do produto final. Cuidados também com a
reação de oxidação, que a temperatura acelera e o tempo de processo ( se muito longo pode causar
diminuição do teor dos compostos fenólicos presentes).
ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES


                               SEPARAÇÃO DA FASE SÓLIDA


- Por prensagem ou centrifugação. No caso do uso de centrifugação a massa “ batida” pode receber
uma dosagem de água tratada para auxiliar a separação das fases          processo exige cuidados com
essa adição de água (contaminação) e com a eficiência de separação para garantir a obtenção de azeite
de baixa umidade (alta umidade causa hidrólise, aumento de acidez e perda de qualidade sensorial). A
adiçaõ de água também pode reduzir o teor de antioxidantes naturais do azeite, pela diluição,
diminuindo a resistência do azeite à oxidação. Aqui são obtidos o resíduo – fase sólida (“pomace”) e
uma mistura de água + azeite.


                              SEPARAÇÃO DA FASE LÍQUIDA


- A fase líquida, que é a mistura de água + azeite pode ser separada por decantação e/ou
centrifugação (processo mais moderno). A decantação ocorre pela diferença de densidade entre a água
e o azeite (mais lenta), a centrifugação tem a vantagem de ser mais rápida e mais eficiente. Nesta
etapa é obtido o azeite extra virgem e é separada a água de processo.
ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES


                    ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO DO AZEITE


- Tipo de embalagem influencia na preservação das características nutritivas e sensoriais dos azeites:
preferência por recipientes que evitem a passagem de luz, com sistemas de vedação que garantam a
mínima presença de oxigênio, tanto no espaço livre da embalagem, quanto dissolvido na amostra




                                   preservação dos teores de clorofila,
                                   tocoferóis, compostos fenólicos etc




- Armazenamento deve ser feito em temperatura adequada, sem incidência de fontes de calor, também
para preservação das qualidades do produto
CATEGORIAS OU TIPOS DE AZEITES
                                                   Azeitonas


                                           Extração mecânica do óleo
         Azeite virgem                                                                             Bagaço


Azeite    Azeite         Azeite        Azeite                                          Extração com solvente
Extra      virgem         virgem        virgem
Virgem                   corriente     lampante                                        Óleo bruto de bagaço de oliva
                          (3,3%)     (não comestível)                                           (não comestível)


                                                                              REFINO


                                                    Azeite refinado                      Óleo de bagaço refinado
                                                             (0,3%)                                  (0,3%)


           Azeite                                       Azeite de oliva                   Óleo de bagaço de oliva
Extra      virgem                                   ( oliva refinado + oliva virgem)     (óleo de bagaço refinado + oliva virgem)

Virgem       (2%)                                                 (1%)                                   (1%)
(0,8%)
CATEGORIAS OU TIPOS DE AZEITES


-Todos os tipos apresentam características distintas (de composição, valor
nutricional e sensorial) e por isso possuem valor diferenciado no mercado (preço e
garantia de qualidade);
- Desafio é manter comércio legal (produtores e envasadores), considerando cada
tipo dentro de sua especificidade e autenticidade, sem adulterações e
consequentemente sem prejudicar os consumidores;
-Legislação nacional e internacional para azeite de oliva: são as ferramentas que
temos para o controle de qualidade e identidade dos azeites. Estabelecem
parâmetros comparativos e limites máximos e mínimos exigidos para cada categoria
e são normas sempre revisadas;
- No Brasil temos a RDC 270/05 da Anvisa e Instrução Normativa MAPA que traz
Regulamento Técnico dos Azeites de Oliva e Óleos de Bagaço de Oliva – sendo
finalizada para publicação;
- No mundo temos padrões do COI, Codex, União Européia e outros países (as
normas brasileiras se reportam ao COI e Codex)
LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – NORMAS NACIONAIS
                                   RDC 270/05 ANVISA


-Essa legislação não é aplicável apenas para azeites, mas inclui nas suas definições o
azeite de oliva, azeite de oliva virgem e óleo de bagaço de oliva e traz como
requisitos específicos apenas valores para acidez e índice de peróxidos. Para outros
testes de comprovação de identidade e qualidade, menciona o Codex Alimentarius
como referência de consulta.



                                   Indice de acidez (em %   Indice de peróxidos (em
                                       de ácido oleico)             meq/kg)
        Azeite extra virgem             Máximo 0,8                     -

        Azeite virgem                   Máximo 2,0                Máximo 20

        Azeite de oliva                 Máximo 1,0                Máximo 15

        Azeite de oliva refinado        Máximo 0,3                Máximo 5

        Óleo de bagaço de oliva         Máximo 0,3                Máximo 5
        refinado
LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – CONCEITOS




ACIDEZ              Indica o percentual de ácidos graxos livres da amostra. Valores
mais altos de acidez podem significar que as olivas não estavam tão frescas,
maduras ou que apresentavam injúrias nos tecidos antes da extração (liberação de
enzimas e quebra de triglicerídios, estrutura molecular natural dos óleos e azeites);
que foram armazenadas de forma inadequada por tempo longo; que o processo de
extração não foi bem conduzido (cuidados durante a separação da fase sólida e
outras etapas); que as embalagens utilizadas não foram as mais indicadas e que o
armazenamento não foi bem controlado.


PERÓXIDOS               Substâncias formadas pela reação de oxidação, que ocorre
pelo contato do azeite com oxigênio atmosférico (ou dissolvido na amostra) e que é
acelerada pela presença de luz, calor, metais como Ferro e Cobre. É uma reação de
degradação que altera as características sensoriais e nutritivas dos azeites e deve
ser minimizada ao máximo. Valores altos podem significar uso de matéria-prima de
baixa qualidade, descontrole durante a moagem e batimento da massa para
extração, separação das fases sólidas e líquidas, embalagem e armazenamento.
LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – CONCEITOS


Esses 2 testes são os mais básicos e simples, mas a classificação dos azeites nos
seus diferentes tipos e a detecção de fraudes não é possível com a consulta a
apenas essa Resolução




              Padrões mais rígidos e mais completos são necessários




Instrução Normativa do MAPA – define padrão oficial de classificação, identidade,
           qualidade, amostragem, modo de apresentação e rotulagem.
LEGISLAÇÃO PARA AZEITES
                        INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA


-Exige a classificação dos azeites em grupos e tipos (devem estar identificados na
embalagem final)


- Azeite corriente é tratado como lampante


-Baseada em parâmetros estabelecidos no Codex (norma que auxilia no comércio
internacional)


- Anexos trazem limites de tolerância para parâmetros de qualidade,
características sensoriais, parâmetros de análises complementares e outras análises
físico-químicas necessárias                norma é mais completa e se bem aplicada
pode representar grande melhoria de qualidade dos azeites comercializados no
Brasil
LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA
                       OUTROS PARÂMETROS APRESENTADOS




-Valores de extinção específica no ultra-violeta a 232 e 270 nm: análise que leva em conta a
formação de produtos de oxidação e auxilia na detecção de adulteração (por exemplo mistura de
azeite de oliva virgem com azeite de oliva refinado). É um teste que fornece informações sobre
o estado de conservação do óleo e as alterações causadas pelo processamento;


- Características sensoriais: mediana do defeito e mediana do frutado


- Composição em ácidos graxos (impressão digital dos óleos e azeites): quantifica cada
componente, incluindo os trans. Os azeites devem ter entre 55 a 83% de ácido oleico, ácido
linolênico ≤ 1 % etc. Esse é um dos testes mais utilizados para detectar adulterações de azeite
de oliva.


-Composição em esteróis: substâncias naturalmente presentes em azeites (beta sitosterol –
perto de 93%) e que dão características de saudabilidade ao produto (controle de doenças
cardiovasculares). Quantificação auxilia na identificação de fraudes.
LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA
                   OUTROS PARÂMETROS APRESENTADOS




-Estigmastadienos: são hidrocarbonetos com estrutura esteroidal, que não estão
presentes naturalmente no azeite de oliva virgem, mas que se formam no processo
de refino por meio da desidratação dos esteróis. Teste mais difícil que também
detecta fraudes. Limites existem para os azeites virgens e lampante;


- Outros: determinação do teor de ceras, diferença do ECN 42, eritrodiol e uvaol,
testes de identidade (índice de refração, de saponificação, de iodo, matéria
insaponificável), impurezas insolúveis, teor de Ferro, Cobre e contaminantes
(Chumbo e Arsênio).
LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL PARA AZEITES


- Normas do COI: Conselho Oleícola Internacional – Organismo que possui sede em
Madri, com 17 países membros (todos produtores de azeite) e os parâmetros de
classificação, identidade e qualidade que estabeleceu são referência no mundo e são
utilizados para normalizar as transações comerciais entre países membros e não
membros;
-Normas do CODEX: Organismo internacional desenvolvido pela FAO e OMS, com o
propósito de orientar e promover o desenvolvimento de definições e exigências para
alimentos, facilitando o comércio internacional. O Codex Stan 33 traz parâmetros
de identidade e qualidade para azeites e os limites estabelecidos para os analitos
são praticamente os mesmos do COI;
- Outros: União Européia, Estados Unidos, Turquia, Argentina e outros países
também possuem suas especificações técnicas internalizadas, geralmente baseadas
no COI ou CODEX.
CONSIDERAÇÕES FINAIS


-Azeite de oliva é um dos óleos vegetais mais nobres atualmente
- Sua ingestão via dieta tem comprovada ação no controle da incidência de doenças
coronarianas
- Brasil é um mercado consumidor que vem se tornando bastante expressivo
- Brasil iniciando estudos e pesquisas com oliveiras e produção de azeite
-Investimentos governamentais são essenciais para o desenvolvimento e melhoria da
cadeia produtiva de azeites no país, com financiamento de projetos, aquisição de
instrumentação analítica moderna e treinamento de pessoal qualificado, com a
finalidade de alinhar estratégias com os países produtores de maior experiência
-Brasil interagindo de igual para igual no controle de qualidade e identidade de
todos os tipos de azeite, produzidos ou não no país.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


-BRASIL. Ministério da Saúde – MS. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de
Diretoria Colegiada número 270, de 22 de setembro de 2005. Aprova o Regulamento Técnico para Óleos
Vegetais, Gorduras Vegetais e Creme Vegetal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 de setembro de 2005.
-BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Consulta Pública Portaria 419. Instrução
Normativa para Regulamento Técnico dos Azeites de Oliva e dos Óleos de Bagaço de Oliva. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 30 de agosto de 2010.
-CODEX ALIMENTARIUS- STAN 33. Standard for Olive Oils and Olive Pomace Oils. V.8, Revision 2003.
Disponível em www.codexalimentarius.net. Acesso em 30/08/2011.
-COI. International Olive Council. Trade Standard Applying to Olive Oils and Olive-Pomace Oils. COI/T.15/NC
Nº 3/Rev.5. Madrid, November 2010a. Disponível em www.internationaloliveoil.org. Acesso em 30/08/2011.
-MOREDA, W. Aceite de oliva: Caracterización, calidad y control de fraude. SBOG- Sociedade Brasileira de
Óleos e Gorduras. Anais do V Simpósio Internacional Tendências e Inovações em Tecnologia de Óleos e
Gorduras. Campinas, setembro de 2010.
-PEIXOTO, E.R.M.; SANTANA, D.M.N.; ABRANTES, S. Avaliação dos índices de identidade e qualidade do
azeite de oliva – proposta para atualização da legislação brasileira. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Campinas.
v. 18, n. 4, p. 444-452, 1998.
OBRIGADA
 PELA ATENÇÃO!


E-mail:anarauen@ital.sp.gov.br

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Indices de Identidade e Qualidade: Legislação Brasileira para Azeite de Oliva.

  • 1. INDICES DE IDENTIDADE E QUALIDADE E LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PARA AZEITE DE OLIVA II ENCONTRO DA CADEIA PRODUTIVA DA OLIVICULTURA 5ª EXPOAZEITE Ana Maria Rauen de Oliveira Miguel ITAL
  • 2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DO AZEITE DE OLIVA -Representa 3% do consumo humano de óleos vegetais - Corresponde a 2% das vendas de óleos vegetais comestíveis - Seu valor econômico representa 15% do comércio mundial de oleaginosas - Tem consumo concentrado nas regiões produtoras
  • 3. PRODUÇÃO MUNDIAL DE AZEITE DE OLIVA (%) 2,31,4 3,1 4,4 4,3 5,6 União Européia Tunísia Turquia Síria Marrocos Argélia Resto do mundo 78,9 União Européia: Espanha (38,4%), Itália (23,6%), Grécia (15,3%), Portugal (1,3%), França (0,2%) Fonte: Moreda, W. 2010
  • 4. CONSUMO MUNDIAL DE AZEITE DE OLIVA (%) -União Européia: Total de 71,2% - Espanha (22,1%), Itália (28,5%), Grécia (10,1%), Portugal (2,5%), França (3,5%), demais países (4,5%) - Estados Unidos: 7,2% -Síria: 4,3% -Turquia e Marrocos: 2,2% -Brasil: 0,9% Fonte: Moreda, W. 2010
  • 5. PROPRIEDADES NUTRICIONAIS DE AZEITE DE OLIVA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DIFERENCIADA -Alta percentagem de ácido oleico (monoinsaturado com propriedades positivas sobre o sistema cardiovascular) -Boa fonte de ácidos graxos essenciais - Presença de antioxidantes naturais: tocoferóis (vitamina E) e compostos fenólicos (efetivos contra os processos oxidativos biológicos) -Presença de esteróis (principalmente β-sitosterol, bioativo que impede a absorção intestinal de colesterol) -Presença de outras substâncias bioativas (esqualeno, β-caroteno, fosfolipídios etc) -Presença de substâncias aromáticas que tornam os azeites sensorialmente especiais
  • 6. AZEITE DE OLIVA -PRODUTO DE ALTO VALOR NO MERCADO, DADAS AS SUAS CARACTERÍSTICAS DE SAUDABILIDADE - PRODUTO BASTANTE SUJEITO À ADULTERAÇÕES COM OUTROS ÓLEOS VEGETAIS DE MENOR VALOR COMERCIAL
  • 7. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE AZEITE DE OLIVA Olivas Colheita Transporte (15 a 26% de óleo) Recepção, lavagem e armazenamento dos frutos Preparação da massa (moagem e batimento) Separação da fase sólida (prensagem ou centrifugação) Separação da fase líquida (decantação e/ou centrifugação) Armazenamento e conservação do azeite Todas essas etapas são críticas Embalagem e comercialização para o controle de qualidade e características sensoriais dos azeites Fluxograma simplificado
  • 8. ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES COLHEITA - variedade colhida; - condições meteorológicas; - natureza do solo; -altitude e continentalidade; -doenças e ataque de pragas: frutos com defeitos maior acidez do azeite e características sensoriais diferenciadas (muitas vezes não desejadas) - coleta de frutos do solo ou parcialmente decompostos levam a aumento de acidez do azeite e degradação de compostos fenólicos (oxidação) coloração escura durante o processamento - ponto de maturidade dos frutos: interferência no teor de lipídios e na quantidade dos ácidos graxos principais dos azeites rendimento de extração em óleo características sensoriais alteradas
  • 9. ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES TRANSPORTE - injúrias de diversos tipos podem degradar os frutos obtenção de azeites com maior acidez e características sensoriais não desejadas RECEPÇÃO, LAVAGEM E ARMAZENAMENTO - a recepção dos frutos deve ser feita de tal forma que também não cause injúrias - a lavagem é um processo mais simples que normalmente não traz grandes prejuízos, mas deve ser realizada em condições higiênicas adequadas - o armazenamento deve ocorrer apenas em casos estritamente necessários, para evitar os fenômenos de hidrólise que ocorrem e que prejudicam a qualidade do produto final (maior acidez pela quebra de moléculas de lipídios). Se for feito deve manter condições controladas de temperatura e umidade para não causar nenhuma alteração nos frutos e deve ser por pouco tempo.
  • 10. ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES PREPARAÇÃO DA MASSA (MOAGEM E BATIMENTO) - a moagem geralmente é feita em moinhos ou trituradores de disco (que permitem obter azeite com maior teor de clorofila), é a etapa que permite a quebra das estruturas do fruto para a liberação das células de óleo cuidados devem ser tomados com relação à contaminação metálica, principalmente Ferro e Cobre, provenientes do material dos equipamentos. Contato com oxigênio por muito tempo também deve ser evitado oxidação desencadeada mais rapidamente, com perda de características sensoriais e nutritivas - o batimento ou “malaxação” consiste na mistura lenta e contínua da massa obtida nos moinhos ou trituradores, o que permite aglomerar as células de óleo e evitar a formação de emulsão. Geralmente dura no máximo 10 a 20 minutos e é feita a 30-35ºC aqui também a contaminação metálica deve ser evitada, afim de garantir a qualidade do produto final. Cuidados também com a reação de oxidação, que a temperatura acelera e o tempo de processo ( se muito longo pode causar diminuição do teor dos compostos fenólicos presentes).
  • 11. ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES SEPARAÇÃO DA FASE SÓLIDA - Por prensagem ou centrifugação. No caso do uso de centrifugação a massa “ batida” pode receber uma dosagem de água tratada para auxiliar a separação das fases processo exige cuidados com essa adição de água (contaminação) e com a eficiência de separação para garantir a obtenção de azeite de baixa umidade (alta umidade causa hidrólise, aumento de acidez e perda de qualidade sensorial). A adiçaõ de água também pode reduzir o teor de antioxidantes naturais do azeite, pela diluição, diminuindo a resistência do azeite à oxidação. Aqui são obtidos o resíduo – fase sólida (“pomace”) e uma mistura de água + azeite. SEPARAÇÃO DA FASE LÍQUIDA - A fase líquida, que é a mistura de água + azeite pode ser separada por decantação e/ou centrifugação (processo mais moderno). A decantação ocorre pela diferença de densidade entre a água e o azeite (mais lenta), a centrifugação tem a vantagem de ser mais rápida e mais eficiente. Nesta etapa é obtido o azeite extra virgem e é separada a água de processo.
  • 12. ETAPAS DE PROCESSO – QUALIDADE DOS AZEITES ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO DO AZEITE - Tipo de embalagem influencia na preservação das características nutritivas e sensoriais dos azeites: preferência por recipientes que evitem a passagem de luz, com sistemas de vedação que garantam a mínima presença de oxigênio, tanto no espaço livre da embalagem, quanto dissolvido na amostra preservação dos teores de clorofila, tocoferóis, compostos fenólicos etc - Armazenamento deve ser feito em temperatura adequada, sem incidência de fontes de calor, também para preservação das qualidades do produto
  • 13. CATEGORIAS OU TIPOS DE AZEITES Azeitonas Extração mecânica do óleo Azeite virgem Bagaço Azeite Azeite Azeite Azeite Extração com solvente Extra virgem virgem virgem Virgem corriente lampante Óleo bruto de bagaço de oliva (3,3%) (não comestível) (não comestível) REFINO Azeite refinado Óleo de bagaço refinado (0,3%) (0,3%) Azeite Azeite de oliva Óleo de bagaço de oliva Extra virgem ( oliva refinado + oliva virgem) (óleo de bagaço refinado + oliva virgem) Virgem (2%) (1%) (1%) (0,8%)
  • 14. CATEGORIAS OU TIPOS DE AZEITES -Todos os tipos apresentam características distintas (de composição, valor nutricional e sensorial) e por isso possuem valor diferenciado no mercado (preço e garantia de qualidade); - Desafio é manter comércio legal (produtores e envasadores), considerando cada tipo dentro de sua especificidade e autenticidade, sem adulterações e consequentemente sem prejudicar os consumidores; -Legislação nacional e internacional para azeite de oliva: são as ferramentas que temos para o controle de qualidade e identidade dos azeites. Estabelecem parâmetros comparativos e limites máximos e mínimos exigidos para cada categoria e são normas sempre revisadas; - No Brasil temos a RDC 270/05 da Anvisa e Instrução Normativa MAPA que traz Regulamento Técnico dos Azeites de Oliva e Óleos de Bagaço de Oliva – sendo finalizada para publicação; - No mundo temos padrões do COI, Codex, União Européia e outros países (as normas brasileiras se reportam ao COI e Codex)
  • 15. LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – NORMAS NACIONAIS RDC 270/05 ANVISA -Essa legislação não é aplicável apenas para azeites, mas inclui nas suas definições o azeite de oliva, azeite de oliva virgem e óleo de bagaço de oliva e traz como requisitos específicos apenas valores para acidez e índice de peróxidos. Para outros testes de comprovação de identidade e qualidade, menciona o Codex Alimentarius como referência de consulta. Indice de acidez (em % Indice de peróxidos (em de ácido oleico) meq/kg) Azeite extra virgem Máximo 0,8 - Azeite virgem Máximo 2,0 Máximo 20 Azeite de oliva Máximo 1,0 Máximo 15 Azeite de oliva refinado Máximo 0,3 Máximo 5 Óleo de bagaço de oliva Máximo 0,3 Máximo 5 refinado
  • 16. LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – CONCEITOS ACIDEZ Indica o percentual de ácidos graxos livres da amostra. Valores mais altos de acidez podem significar que as olivas não estavam tão frescas, maduras ou que apresentavam injúrias nos tecidos antes da extração (liberação de enzimas e quebra de triglicerídios, estrutura molecular natural dos óleos e azeites); que foram armazenadas de forma inadequada por tempo longo; que o processo de extração não foi bem conduzido (cuidados durante a separação da fase sólida e outras etapas); que as embalagens utilizadas não foram as mais indicadas e que o armazenamento não foi bem controlado. PERÓXIDOS Substâncias formadas pela reação de oxidação, que ocorre pelo contato do azeite com oxigênio atmosférico (ou dissolvido na amostra) e que é acelerada pela presença de luz, calor, metais como Ferro e Cobre. É uma reação de degradação que altera as características sensoriais e nutritivas dos azeites e deve ser minimizada ao máximo. Valores altos podem significar uso de matéria-prima de baixa qualidade, descontrole durante a moagem e batimento da massa para extração, separação das fases sólidas e líquidas, embalagem e armazenamento.
  • 17. LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – CONCEITOS Esses 2 testes são os mais básicos e simples, mas a classificação dos azeites nos seus diferentes tipos e a detecção de fraudes não é possível com a consulta a apenas essa Resolução Padrões mais rígidos e mais completos são necessários Instrução Normativa do MAPA – define padrão oficial de classificação, identidade, qualidade, amostragem, modo de apresentação e rotulagem.
  • 18. LEGISLAÇÃO PARA AZEITES INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA -Exige a classificação dos azeites em grupos e tipos (devem estar identificados na embalagem final) - Azeite corriente é tratado como lampante -Baseada em parâmetros estabelecidos no Codex (norma que auxilia no comércio internacional) - Anexos trazem limites de tolerância para parâmetros de qualidade, características sensoriais, parâmetros de análises complementares e outras análises físico-químicas necessárias norma é mais completa e se bem aplicada pode representar grande melhoria de qualidade dos azeites comercializados no Brasil
  • 19. LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA OUTROS PARÂMETROS APRESENTADOS -Valores de extinção específica no ultra-violeta a 232 e 270 nm: análise que leva em conta a formação de produtos de oxidação e auxilia na detecção de adulteração (por exemplo mistura de azeite de oliva virgem com azeite de oliva refinado). É um teste que fornece informações sobre o estado de conservação do óleo e as alterações causadas pelo processamento; - Características sensoriais: mediana do defeito e mediana do frutado - Composição em ácidos graxos (impressão digital dos óleos e azeites): quantifica cada componente, incluindo os trans. Os azeites devem ter entre 55 a 83% de ácido oleico, ácido linolênico ≤ 1 % etc. Esse é um dos testes mais utilizados para detectar adulterações de azeite de oliva. -Composição em esteróis: substâncias naturalmente presentes em azeites (beta sitosterol – perto de 93%) e que dão características de saudabilidade ao produto (controle de doenças cardiovasculares). Quantificação auxilia na identificação de fraudes.
  • 20. LEGISLAÇÃO PARA AZEITES – INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA OUTROS PARÂMETROS APRESENTADOS -Estigmastadienos: são hidrocarbonetos com estrutura esteroidal, que não estão presentes naturalmente no azeite de oliva virgem, mas que se formam no processo de refino por meio da desidratação dos esteróis. Teste mais difícil que também detecta fraudes. Limites existem para os azeites virgens e lampante; - Outros: determinação do teor de ceras, diferença do ECN 42, eritrodiol e uvaol, testes de identidade (índice de refração, de saponificação, de iodo, matéria insaponificável), impurezas insolúveis, teor de Ferro, Cobre e contaminantes (Chumbo e Arsênio).
  • 21. LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL PARA AZEITES - Normas do COI: Conselho Oleícola Internacional – Organismo que possui sede em Madri, com 17 países membros (todos produtores de azeite) e os parâmetros de classificação, identidade e qualidade que estabeleceu são referência no mundo e são utilizados para normalizar as transações comerciais entre países membros e não membros; -Normas do CODEX: Organismo internacional desenvolvido pela FAO e OMS, com o propósito de orientar e promover o desenvolvimento de definições e exigências para alimentos, facilitando o comércio internacional. O Codex Stan 33 traz parâmetros de identidade e qualidade para azeites e os limites estabelecidos para os analitos são praticamente os mesmos do COI; - Outros: União Européia, Estados Unidos, Turquia, Argentina e outros países também possuem suas especificações técnicas internalizadas, geralmente baseadas no COI ou CODEX.
  • 22. CONSIDERAÇÕES FINAIS -Azeite de oliva é um dos óleos vegetais mais nobres atualmente - Sua ingestão via dieta tem comprovada ação no controle da incidência de doenças coronarianas - Brasil é um mercado consumidor que vem se tornando bastante expressivo - Brasil iniciando estudos e pesquisas com oliveiras e produção de azeite -Investimentos governamentais são essenciais para o desenvolvimento e melhoria da cadeia produtiva de azeites no país, com financiamento de projetos, aquisição de instrumentação analítica moderna e treinamento de pessoal qualificado, com a finalidade de alinhar estratégias com os países produtores de maior experiência -Brasil interagindo de igual para igual no controle de qualidade e identidade de todos os tipos de azeite, produzidos ou não no país.
  • 23. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -BRASIL. Ministério da Saúde – MS. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada número 270, de 22 de setembro de 2005. Aprova o Regulamento Técnico para Óleos Vegetais, Gorduras Vegetais e Creme Vegetal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 de setembro de 2005. -BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Consulta Pública Portaria 419. Instrução Normativa para Regulamento Técnico dos Azeites de Oliva e dos Óleos de Bagaço de Oliva. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 de agosto de 2010. -CODEX ALIMENTARIUS- STAN 33. Standard for Olive Oils and Olive Pomace Oils. V.8, Revision 2003. Disponível em www.codexalimentarius.net. Acesso em 30/08/2011. -COI. International Olive Council. Trade Standard Applying to Olive Oils and Olive-Pomace Oils. COI/T.15/NC Nº 3/Rev.5. Madrid, November 2010a. Disponível em www.internationaloliveoil.org. Acesso em 30/08/2011. -MOREDA, W. Aceite de oliva: Caracterización, calidad y control de fraude. SBOG- Sociedade Brasileira de Óleos e Gorduras. Anais do V Simpósio Internacional Tendências e Inovações em Tecnologia de Óleos e Gorduras. Campinas, setembro de 2010. -PEIXOTO, E.R.M.; SANTANA, D.M.N.; ABRANTES, S. Avaliação dos índices de identidade e qualidade do azeite de oliva – proposta para atualização da legislação brasileira. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Campinas. v. 18, n. 4, p. 444-452, 1998.