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ANÁLISE DOS COMPOSTOS
  BIOATIVOS PRESENTES NO
   AZEITE DE OLIVA EXTRA
VIRGEM ORGÂNICO NACIONAL
  Laura B. S. Caldas, Fernanda C. Souza, Breno M. Santos,
      Rosalina M. L. Medeiros, Renata M. S. Celeghini.



                                                            UNICAMP
Desde a antiguidade
No Antigo Egito o azeite já era usado na cura
de vários “males”.

Na época dos Descobrimentos, o azeite era
um dos “medicamentos” obrigatórios a bordo
dos navios.

A evolução da medicina mostrou que muitas
das utilizações do azeite não passavam de
crenças populares.
O lado saudável do azeite

Evidências científicas demonstram        os
benefícios da dieta Mediterrânea.

Muitas das propriedades benéficas foram
atribuídas ao seu alto teor de ácido oléico.

Muitos dos benefícios associados à
ingestão de azeite de oliva virgem são
devidos a seus compostos minoritários.
Compostos Minoritários

A fração insaponificável do azeite de oliva
virgem representa de 1-2% do azeite em
massa.

Consiste em vários componentes, tais como:
compostos     orgânicos   voláteis,  fenóis,
tocoferóis, pigmentos, esteróis, esqualeno,
entre outros.

São responsáveis pelo sabor, estabilidade e
propriedades nutricionais do azeite de oliva.
Tocoferol

α-Tocoferol é considerado como o
principal antioxidante do azeite e tem
significado especial devido à sua
atividade vitamínica (vitamina E).

Os tocoferóis também possuem um efeito
sinérgico com os compostos fenólicos
sobre a estabilidade oxidativa do AOV.
COMPOSTOS FENÓLICOS
Os compostos fenólicos consistem de uma
mistura heterogênea de compostos que são
sintetizados pelas plantas em resposta ao
stress ambiental e microbiano.

São conhecidos por possuírem atividades
antioxidantes, antiinflamatórias e propriedades
microbianas.
CLOROFILA

Significado importante no processo de
auto-oxidação,     podendo       ser   um
sensibilizador do oxigênio, na presença de
luz, agindo como prooxidante, e na
ausência de luz atuar como anti-oxidante.

Pesquisas indicam a atividade anti-
oxidante e efeitos benéficos na prevenção
do câncer.
ESQUALENO
Triterpeno intermediário na biossíntese de esteróis
tanto nas plantas como no reino animal.

Ocorre em alta concentração            na   fração
insaponificável do azeite de oliva.


Reduz os níveis de colesterol e triglicerídeos
em animais. Baixa incidência de doenças
cardiovasculares nos países do mediterrâneo.
OBJETIVOS

Estudar as características do azeite de
oliva brasileiro comparado aos padrões
de qualidade internacionais.

Avaliar os compostos da fração
insaponificável: -tocoferol, clorofila,
esqualeno e compostos fenólicos.
METODOLOGIA
Extração:
  Azeitonas da variedade Arbequina, produzidas
  no olival Santa Maria, situado no Vale do
  Gamarra (Baependi-MG).
Análises Físico químicas

Composição de ácidos graxos, índice de
peróxido, índice de iodo, índice de saponificação,
coeficiente de extinção específica, ácidos graxos
livres,matéria insaponificável, Clorofila e -
tocoferol – AOCS (2004).

Fenóis totais- Gutfinger (1981)

Esqualeno- Nenadis & Tisimidou (2002)
RESULTADOS
Tabela 1. Características físico-químicas da amostra de
  azeite de oliva extra virgem orgânico nacional.
        Parâmetro/unidade             Resultado/ Limites
Ácidos graxos livres (% ác. oléico)   0,14         ≤ 0,8
Índice de peróxido (mequiv O2/kg)   10,15          ≤ 20
Índice de saponificação (mg KOH/g) 192,90    184 – 196
Índice de iodo (g de I2/100g)       83,19         75-94
Extinção específica 232nm           1,72          ≤2,50
Extinção específica 270nm           0,14          ≤0,20
Matéria insaponificável (%)         0,61            1,5
Tabela 2. Composição em ácido graxo.
Ácido graxo (%)                         Resultado/Limites
Mirístico (C14:0)                       0,04           ≤ 0,05
Palmítico (C16:0)                       14,97       7,5 - 20,0
Palmitoléico (C16:1)                    2,00         0,3 - 3,5
Margárico (C17:0)                       0,09            ≤ 0,3
Cis-10-heptadecenóico (17:1)            0,09            ≤ 0,3
Esteárico (C18:0)                       1,62         0,5 - 5,0
Oléico (C18:1)                          71,04      55,0 - 83,0
Linoléico (C18:2)                       8,48        3,5 - 21,0
Linolênico (C18:3)                      0,64            ≤ 1,0
Araquídico (C20:0)                      0,35            ≤ 0,6
Eicosenóico (C20:1)                     0,32            ≤ 0,4
Outros                                  0,21            ≤ 0,4
COMPOSTOS
          MINORITÁRIOS

Compostos fenólicos

• Uma ampla faixa de teor de compostos
  fenólicos totais tem sido relatada (50-1000
  mg/kg).

• O resultado encontrado neste experimento foi
  de 152,60 mg/kg.
α-tocoferol
• Psomiadou e colaboradores (2000), analisaram 90
  amostras de azeites e a concentração de α-
  tocoferol determinada estava entre 98 a 370
  mg/kg .
• O teor de α-tocoferol encontrado neste
  experimento foi de 256,20 mg/Kg.

Clorofila
• Segundo Psomiadou e Tsimidou (2002), o azeite
  de oliva virgem contém até 40 mg/kg, expresso
  em feofitina a
• O valor encontrado neste experimento foi de
  21,34 mg de feofitina a/kg.
Esqualeno


• Grigoriadou et al. (2007), quantificaram 171,8
  mg/100g de esqualeno em amostras de
  azeite Grego.

• Estes valores estão próximos ao encontrado
  na amostra de azeite de oliva extra virgem
  nacional que foi de 149,33 mg/100g.
CONCLUSÕES
  De acordo com as análises para caracterização da amostra,
  o azeite de oliva extra virgem nacional apresentou
  resultados dentro dos parâmetros que o classificam como
  extra virgem, segundo a Instrução normativa do MAPA.

  Foi possível quantificar a presença de compostos funcionais
  em níveis consideráveis na amostra de azeite de oliva
  nacional, caracterizando-se como um alimento funcional.

  O Brasil é um país capaz de produzir azeites de excelente
  qualidade, com condições favoráveis para introdução deste
  tipo de cultura, antiga para várias regiões do mundo, mas
  nova para o Brasil.

Agradecimentos: Fapesp e CNPq
OBRIGADA!

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Análise dos compostos bioativos

  • 1. ANÁLISE DOS COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NO AZEITE DE OLIVA EXTRA VIRGEM ORGÂNICO NACIONAL Laura B. S. Caldas, Fernanda C. Souza, Breno M. Santos, Rosalina M. L. Medeiros, Renata M. S. Celeghini. UNICAMP
  • 2. Desde a antiguidade No Antigo Egito o azeite já era usado na cura de vários “males”. Na época dos Descobrimentos, o azeite era um dos “medicamentos” obrigatórios a bordo dos navios. A evolução da medicina mostrou que muitas das utilizações do azeite não passavam de crenças populares.
  • 3. O lado saudável do azeite Evidências científicas demonstram os benefícios da dieta Mediterrânea. Muitas das propriedades benéficas foram atribuídas ao seu alto teor de ácido oléico. Muitos dos benefícios associados à ingestão de azeite de oliva virgem são devidos a seus compostos minoritários.
  • 4. Compostos Minoritários A fração insaponificável do azeite de oliva virgem representa de 1-2% do azeite em massa. Consiste em vários componentes, tais como: compostos orgânicos voláteis, fenóis, tocoferóis, pigmentos, esteróis, esqualeno, entre outros. São responsáveis pelo sabor, estabilidade e propriedades nutricionais do azeite de oliva.
  • 5. Tocoferol α-Tocoferol é considerado como o principal antioxidante do azeite e tem significado especial devido à sua atividade vitamínica (vitamina E). Os tocoferóis também possuem um efeito sinérgico com os compostos fenólicos sobre a estabilidade oxidativa do AOV.
  • 6. COMPOSTOS FENÓLICOS Os compostos fenólicos consistem de uma mistura heterogênea de compostos que são sintetizados pelas plantas em resposta ao stress ambiental e microbiano. São conhecidos por possuírem atividades antioxidantes, antiinflamatórias e propriedades microbianas.
  • 7. CLOROFILA Significado importante no processo de auto-oxidação, podendo ser um sensibilizador do oxigênio, na presença de luz, agindo como prooxidante, e na ausência de luz atuar como anti-oxidante. Pesquisas indicam a atividade anti- oxidante e efeitos benéficos na prevenção do câncer.
  • 8. ESQUALENO Triterpeno intermediário na biossíntese de esteróis tanto nas plantas como no reino animal. Ocorre em alta concentração na fração insaponificável do azeite de oliva. Reduz os níveis de colesterol e triglicerídeos em animais. Baixa incidência de doenças cardiovasculares nos países do mediterrâneo.
  • 9. OBJETIVOS Estudar as características do azeite de oliva brasileiro comparado aos padrões de qualidade internacionais. Avaliar os compostos da fração insaponificável: -tocoferol, clorofila, esqualeno e compostos fenólicos.
  • 10. METODOLOGIA Extração: Azeitonas da variedade Arbequina, produzidas no olival Santa Maria, situado no Vale do Gamarra (Baependi-MG).
  • 11. Análises Físico químicas Composição de ácidos graxos, índice de peróxido, índice de iodo, índice de saponificação, coeficiente de extinção específica, ácidos graxos livres,matéria insaponificável, Clorofila e - tocoferol – AOCS (2004). Fenóis totais- Gutfinger (1981) Esqualeno- Nenadis & Tisimidou (2002)
  • 12. RESULTADOS Tabela 1. Características físico-químicas da amostra de azeite de oliva extra virgem orgânico nacional. Parâmetro/unidade Resultado/ Limites Ácidos graxos livres (% ác. oléico) 0,14 ≤ 0,8 Índice de peróxido (mequiv O2/kg) 10,15 ≤ 20 Índice de saponificação (mg KOH/g) 192,90 184 – 196 Índice de iodo (g de I2/100g) 83,19 75-94 Extinção específica 232nm 1,72 ≤2,50 Extinção específica 270nm 0,14 ≤0,20 Matéria insaponificável (%) 0,61 1,5
  • 13. Tabela 2. Composição em ácido graxo. Ácido graxo (%) Resultado/Limites Mirístico (C14:0) 0,04 ≤ 0,05 Palmítico (C16:0) 14,97 7,5 - 20,0 Palmitoléico (C16:1) 2,00 0,3 - 3,5 Margárico (C17:0) 0,09 ≤ 0,3 Cis-10-heptadecenóico (17:1) 0,09 ≤ 0,3 Esteárico (C18:0) 1,62 0,5 - 5,0 Oléico (C18:1) 71,04 55,0 - 83,0 Linoléico (C18:2) 8,48 3,5 - 21,0 Linolênico (C18:3) 0,64 ≤ 1,0 Araquídico (C20:0) 0,35 ≤ 0,6 Eicosenóico (C20:1) 0,32 ≤ 0,4 Outros 0,21 ≤ 0,4
  • 14. COMPOSTOS MINORITÁRIOS Compostos fenólicos • Uma ampla faixa de teor de compostos fenólicos totais tem sido relatada (50-1000 mg/kg). • O resultado encontrado neste experimento foi de 152,60 mg/kg.
  • 15. α-tocoferol • Psomiadou e colaboradores (2000), analisaram 90 amostras de azeites e a concentração de α- tocoferol determinada estava entre 98 a 370 mg/kg . • O teor de α-tocoferol encontrado neste experimento foi de 256,20 mg/Kg. Clorofila • Segundo Psomiadou e Tsimidou (2002), o azeite de oliva virgem contém até 40 mg/kg, expresso em feofitina a • O valor encontrado neste experimento foi de 21,34 mg de feofitina a/kg.
  • 16. Esqualeno • Grigoriadou et al. (2007), quantificaram 171,8 mg/100g de esqualeno em amostras de azeite Grego. • Estes valores estão próximos ao encontrado na amostra de azeite de oliva extra virgem nacional que foi de 149,33 mg/100g.
  • 17. CONCLUSÕES De acordo com as análises para caracterização da amostra, o azeite de oliva extra virgem nacional apresentou resultados dentro dos parâmetros que o classificam como extra virgem, segundo a Instrução normativa do MAPA. Foi possível quantificar a presença de compostos funcionais em níveis consideráveis na amostra de azeite de oliva nacional, caracterizando-se como um alimento funcional. O Brasil é um país capaz de produzir azeites de excelente qualidade, com condições favoráveis para introdução deste tipo de cultura, antiga para várias regiões do mundo, mas nova para o Brasil. Agradecimentos: Fapesp e CNPq