SlideShare uma empresa Scribd logo
Joseph Wright of Derby Experiência com um pássaro numa bomba de ar c. 1768 Tate Gallery, Londres O Iluminismo
Joseph Wright of Derby Lição de filosofia com um modelo planetário 1766 Derby Museum and Art Gallery No séc. XVIII, difundiu-se na Europa e na América um movimento cultural que procurava instruir o Homem,  iluminando-o  com a Luz da Razão, da sabedoria e da cultura. Acreditava-se que, pela Razão e pelo Conhecimento, em Liberdade, o Homem seria capaz de edificar o seu futuro, livre de qualquer submissão .
Amanham-se as plantas pela cultura e os homens pela educação (...) Tudo o que não temos à nascença e de que necessitamos quando somos grandes, é-nos dado pela educação. Jean-Jacques Rousseau 1712 - 1778 Este movimento das  Luzes  (ou Iluminismo) acreditava no valor do progresso e nas potencialidades da educação. Os filósofos iluministas defendiam a libertação do Homem como forma de o emancipar e resgatar das trevas da ignorância e do obscurantismo.
Rousseau  defendia  a igualdade natural de todos os homens, o princípio da soberania popular e o Contrato Social. Voltaire  (1694 – 1778) em duas obras principais ( Cândido, Tratado sobre a tolerância ) criticava os privilégios de nascimento, o obscurantismo e o fanatismo religioso. Montesquieu  (1689-1755) escreveu um tratado ( O espírito das leis ) onde defendia a organização tripartida do poder:  legislativo  (cabendo a uma assembleia de representantes eleitos),  executivo  (rei e ministros) e  judicial  (tribunais).
Críticos do absolutismo  e de qualquer forma de tirania, os iluministas defendiam uma sociedade igualitária. As suas ideias difundiram-se nos clubes, cafés e salões aristocráticos onde, sob a protecção de nobres esclarecidos discutiam as novas ideias. Anicet-Charles-Gabriel Lemonnier O salão de Madame Geoffrin 1755-1812 Château du Malmaison, Rueil
Academia das Ciências de Lisboa , fundada por D. Maria I em 24 de Dezembro de 1779. A  sessão inaugural realizou-se no ano seguinte Abade Correia da Serra  (1751-1823) Primeiro vice-secretário da Academia [óleo de Domenico Pellegrini] As  Academias  são associações de cientistas e homens de letras que promovem a construção e divulgação do conhecimento através de revistas e jornais científicos.
A  Encyclopédie  foi uma obra dirigida pelo filósofo Denis Diderot e pelo matemático D’Alembert. Com a participação de vários sábios, pretendia reunir todo o conhecimento humano. Foram publicados 35 volumes, entre 1751 e 1772. D’Alembert   (1717- 1783).  Diderot   (1713 – 1784)
A  maçonaria  reorganiza-se em Inglaterra em 1717 era uma associação de livres-pensadores que defendia os valores da Liberdade, da  Igualdade, da Dignidade Humana contra qualquer espécie de submissão, promovendo o conhecimento e o progresso.
Luís António Verney 1713 - 1792 Estes ideais iluministas chegam a Portugal através dos  estrangeirados .
Os jesuítas detinham em Portugal um poder e influência muito grandes, particularmente no campo do ensino. O marquês de Pombal, ele próprio um estrangeirado formado nos ideais iluministas, considerava-os um obstáculo à sua política. Em 1757, expulsa-os da corte e em  1758 são acusados de participação no atentado a D. José, segundo hipotética confissão do duque de Aveiro . Colégio dos Jesuítas; Coimbra
Em 3 de Setembro de 1759, são expulsos do país, classificados como  notórios rebeldes, traidores, adversários e agressores . Pombal proíbe a utilização dos seus manuais e métodos de ensino.  Colégio de Santo Antão; Lisboa
A Universidade de Évora tinha sido fundada no séc. XVI pelo cardeal D. Henrique, sendo agora encerrada pelo Marquês de Pombal.
O Marquês inicia uma ampla reforma do ensino, abrangendo todos os graus. São criadas as escolas menores (ler, escrever, contar, catecismo) e as escolas régias (latim, grego, hebreu e retórica, entre outras matérias)
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Colégio dos Nobres Projecto de Carlos Mardel
D. Francisco de Lemos 1735 - 1822 Em 1772 são publicados os novos estatutos da Universidade de Coimbra.
Criam-se novas Faculdades (Matemática e Filosofia Natural) equipadas com um observatório astronómico e um museu de história natural
um gabinete de física, um laboratório químico, um dispensário farmacêutico e um teatro anatómico, …
um jardim botânico e Félix de Avelar Brotero 1744 - 1828
uma Imprensa da Universidade
Os estudantes de Teologia e Direito são forçados à frequência do 1º ano de Matemática, estudando geometria, álgebra, mecânica e astronomia. São contratados novos docentes, nacionais e estrangeiros,  estrangeirados  e até aproveitados os Jesuítas que revelam competência. Destaquem-se nomes como os de Domingos Vandelli, João António Della-Bella, José Anastácio da Cunha, José Monteiro da Rocha (Jesuíta). Nos estudos jurídicos, destaque-se o nome de Pascoal José de Melo.  Os estudos médicos são reorganizados sob o conselho de Ribeiro Sanches. António Ribeiro Sanches 1699 - 1783

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

11 ha m4 u4 1
11 ha m4 u4 111 ha m4 u4 1
11 ha m4 u4 1
Carla Freitas
 
O Poder Absoluto Em Portugal
O Poder Absoluto Em PortugalO Poder Absoluto Em Portugal
O Poder Absoluto Em Portugal
Sílvia Mendonça
 
A Revolução Científica
A Revolução CientíficaA Revolução Científica
A Revolução Científica
Rui Neto
 
11 ha m4 u2 2
11 ha m4 u2 211 ha m4 u2 2
11 ha m4 u2 2
Carla Freitas
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 5
Aula 5Aula 5
1 o alargamento do conhecimento do mundo
1 o alargamento do conhecimento do mundo1 o alargamento do conhecimento do mundo
1 o alargamento do conhecimento do mundo
CatarinaTavares28
 
11. revolução francesa
11. revolução francesa11. revolução francesa
11. revolução francesa
José Augusto Fiorin
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
Alexandre Ribeiro
 
Estrangeirados
EstrangeiradosEstrangeirados
Estrangeirados
historiasampaio
 
Liberalismo em portugal
Liberalismo em portugalLiberalismo em portugal
Liberalismo em portugal
cattonia
 
11 ha m5 u4
11 ha m5 u411 ha m5 u4
11 ha m5 u4
Carla Freitas
 
A Sociedade Oitocentista
A Sociedade OitocentistaA Sociedade Oitocentista
A Sociedade Oitocentista
luisant
 
Reformas pombalinas: educação
Reformas pombalinas: educaçãoReformas pombalinas: educação
Reformas pombalinas: educação
Maria Gomes
 
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Neizy Mandinga
 
Conhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - KuhnConhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - Kuhn
Jorge Barbosa
 
Conhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - PopperConhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - Popper
Jorge Barbosa
 
Comparação entre popper e kuhn
Comparação entre popper e kuhnComparação entre popper e kuhn
Comparação entre popper e kuhn
Luis De Sousa Rodrigues
 
Modulo
ModuloModulo
A sociedade no Antigo Regime
A sociedade no Antigo RegimeA sociedade no Antigo Regime
A sociedade no Antigo Regime
Susana Simões
 

Mais procurados (20)

11 ha m4 u4 1
11 ha m4 u4 111 ha m4 u4 1
11 ha m4 u4 1
 
O Poder Absoluto Em Portugal
O Poder Absoluto Em PortugalO Poder Absoluto Em Portugal
O Poder Absoluto Em Portugal
 
A Revolução Científica
A Revolução CientíficaA Revolução Científica
A Revolução Científica
 
11 ha m4 u2 2
11 ha m4 u2 211 ha m4 u2 2
11 ha m4 u2 2
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 8
 
Aula 5
Aula 5Aula 5
Aula 5
 
1 o alargamento do conhecimento do mundo
1 o alargamento do conhecimento do mundo1 o alargamento do conhecimento do mundo
1 o alargamento do conhecimento do mundo
 
11. revolução francesa
11. revolução francesa11. revolução francesa
11. revolução francesa
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Estrangeirados
EstrangeiradosEstrangeirados
Estrangeirados
 
Liberalismo em portugal
Liberalismo em portugalLiberalismo em portugal
Liberalismo em portugal
 
11 ha m5 u4
11 ha m5 u411 ha m5 u4
11 ha m5 u4
 
A Sociedade Oitocentista
A Sociedade OitocentistaA Sociedade Oitocentista
A Sociedade Oitocentista
 
Reformas pombalinas: educação
Reformas pombalinas: educaçãoReformas pombalinas: educação
Reformas pombalinas: educação
 
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
 
Conhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - KuhnConhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - Kuhn
 
Conhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - PopperConhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - Popper
 
Comparação entre popper e kuhn
Comparação entre popper e kuhnComparação entre popper e kuhn
Comparação entre popper e kuhn
 
Modulo
ModuloModulo
Modulo
 
A sociedade no Antigo Regime
A sociedade no Antigo RegimeA sociedade no Antigo Regime
A sociedade no Antigo Regime
 

Semelhante a Ilumismo Na Europa E Em Portugal

3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
Hist8
 
Iluminismo1107
Iluminismo1107Iluminismo1107
Iluminismo1107
pro2605
 
Rev científica sec xvii e iluminismo
Rev científica sec xvii e iluminismoRev científica sec xvii e iluminismo
Rev científica sec xvii e iluminismo
harlissoncarvalho
 
História 8º ano aula 2
História 8º ano   aula 2História 8º ano   aula 2
História 8º ano aula 2
Eloy Souza
 
A cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
A cultura e o iluminismo em portugal face á EuropaA cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
A cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
fabiopombo
 
Slide iluminismo
Slide iluminismoSlide iluminismo
Slide iluminismo
Isabel Aguiar
 
O Iluminismo
 O Iluminismo  O Iluminismo
O Iluminismo
MargarethFranklim
 
03 a producao cultural
03 a producao cultural03 a producao cultural
03 a producao cultural
Vítor Santos
 
A Filosofia na historia da Educacao
A Filosofia na historia da Educacao A Filosofia na historia da Educacao
A Filosofia na historia da Educacao
Keila Cuzzuol Pimentel
 
33 - O iluminismo
33  - O iluminismo33  - O iluminismo
33 - O iluminismo
Carla Freitas
 
Hca aculturadosaloenquadramento historico
Hca aculturadosaloenquadramento historicoHca aculturadosaloenquadramento historico
Hca aculturadosaloenquadramento historico
paulocapelo
 
Seminario mundo contemporaneo
Seminario mundo contemporaneoSeminario mundo contemporaneo
Seminario mundo contemporaneo
Gian Vargas
 
03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf
Vítor Santos
 
Motivação - Iluminismo
Motivação - IluminismoMotivação - Iluminismo
Motivação - Iluminismo
Alexandra Paz
 
O Iluminismo
O IluminismoO Iluminismo
O Iluminismo
crie_historia8
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
Valeria Kosicki
 
revolução cientifica - iluminismo.pdf
revolução cientifica - iluminismo.pdfrevolução cientifica - iluminismo.pdf
revolução cientifica - iluminismo.pdf
Carla Silva
 
ILUMINISMO
ILUMINISMOILUMINISMO
ILUMINISMO
Nívia Sales
 
Iluminismo e Déspotas Esclarecidos
Iluminismo e Déspotas EsclarecidosIluminismo e Déspotas Esclarecidos
Iluminismo e Déspotas Esclarecidos
Valéria Shoujofan
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
Maria Gomes
 

Semelhante a Ilumismo Na Europa E Em Portugal (20)

3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
 
Iluminismo1107
Iluminismo1107Iluminismo1107
Iluminismo1107
 
Rev científica sec xvii e iluminismo
Rev científica sec xvii e iluminismoRev científica sec xvii e iluminismo
Rev científica sec xvii e iluminismo
 
História 8º ano aula 2
História 8º ano   aula 2História 8º ano   aula 2
História 8º ano aula 2
 
A cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
A cultura e o iluminismo em portugal face á EuropaA cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
A cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
 
Slide iluminismo
Slide iluminismoSlide iluminismo
Slide iluminismo
 
O Iluminismo
 O Iluminismo  O Iluminismo
O Iluminismo
 
03 a producao cultural
03 a producao cultural03 a producao cultural
03 a producao cultural
 
A Filosofia na historia da Educacao
A Filosofia na historia da Educacao A Filosofia na historia da Educacao
A Filosofia na historia da Educacao
 
33 - O iluminismo
33  - O iluminismo33  - O iluminismo
33 - O iluminismo
 
Hca aculturadosaloenquadramento historico
Hca aculturadosaloenquadramento historicoHca aculturadosaloenquadramento historico
Hca aculturadosaloenquadramento historico
 
Seminario mundo contemporaneo
Seminario mundo contemporaneoSeminario mundo contemporaneo
Seminario mundo contemporaneo
 
03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf
 
Motivação - Iluminismo
Motivação - IluminismoMotivação - Iluminismo
Motivação - Iluminismo
 
O Iluminismo
O IluminismoO Iluminismo
O Iluminismo
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
revolução cientifica - iluminismo.pdf
revolução cientifica - iluminismo.pdfrevolução cientifica - iluminismo.pdf
revolução cientifica - iluminismo.pdf
 
ILUMINISMO
ILUMINISMOILUMINISMO
ILUMINISMO
 
Iluminismo e Déspotas Esclarecidos
Iluminismo e Déspotas EsclarecidosIluminismo e Déspotas Esclarecidos
Iluminismo e Déspotas Esclarecidos
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 

Mais de luisant

MODERNISMO EM PORTUGAL
MODERNISMO EM PORTUGALMODERNISMO EM PORTUGAL
MODERNISMO EM PORTUGAL
luisant
 
PermanêNcias Da Economia Tradicional
PermanêNcias Da Economia TradicionalPermanêNcias Da Economia Tradicional
PermanêNcias Da Economia Tradicional
luisant
 
GóTico Em Portugal
GóTico Em PortugalGóTico Em Portugal
GóTico Em Portugal
luisant
 
A Cultura Do PaláCio I
A Cultura Do PaláCio IA Cultura Do PaláCio I
A Cultura Do PaláCio I
luisant
 
Pintura Do Renascimento
Pintura Do RenascimentoPintura Do Renascimento
Pintura Do Renascimento
luisant
 
A Paz Armada
A Paz ArmadaA Paz Armada
A Paz Armada
luisant
 
Imperialismo E Colonialismo
Imperialismo E ColonialismoImperialismo E Colonialismo
Imperialismo E Colonialismo
luisant
 
IlustraçãO De Contos
IlustraçãO De ContosIlustraçãO De Contos
IlustraçãO De Contos
luisant
 
CalendáRio De Testes2
CalendáRio De Testes2CalendáRio De Testes2
CalendáRio De Testes2
luisant
 
Visita De Estudo óBidos
Visita De Estudo óBidosVisita De Estudo óBidos
Visita De Estudo óBidos
luisant
 
CalendáRio De Testes
CalendáRio De TestesCalendáRio De Testes
CalendáRio De Testes
luisant
 
ConíMbriga Coimbra
ConíMbriga   CoimbraConíMbriga   Coimbra
ConíMbriga Coimbraluisant
 
Paula Rego
Paula RegoPaula Rego
Paula Regoluisant
 
Lisboa BeléMtografia
Lisboa   BeléMtografiaLisboa   BeléMtografia
Lisboa BeléMtografia
luisant
 
Rf3
Rf3Rf3
Rf3
luisant
 
Rf2 A
Rf2 ARf2 A
Rf2 A
luisant
 
Rf1
Rf1Rf1
Rf1
luisant
 
10 Dezembro 2008
10 Dezembro 200810 Dezembro 2008
10 Dezembro 2008
luisant
 
Levanta Te Fotos
Levanta Te FotosLevanta Te Fotos
Levanta Te Fotos
luisant
 
Objectivos Do MiléNio
Objectivos Do MiléNioObjectivos Do MiléNio
Objectivos Do MiléNio
luisant
 

Mais de luisant (20)

MODERNISMO EM PORTUGAL
MODERNISMO EM PORTUGALMODERNISMO EM PORTUGAL
MODERNISMO EM PORTUGAL
 
PermanêNcias Da Economia Tradicional
PermanêNcias Da Economia TradicionalPermanêNcias Da Economia Tradicional
PermanêNcias Da Economia Tradicional
 
GóTico Em Portugal
GóTico Em PortugalGóTico Em Portugal
GóTico Em Portugal
 
A Cultura Do PaláCio I
A Cultura Do PaláCio IA Cultura Do PaláCio I
A Cultura Do PaláCio I
 
Pintura Do Renascimento
Pintura Do RenascimentoPintura Do Renascimento
Pintura Do Renascimento
 
A Paz Armada
A Paz ArmadaA Paz Armada
A Paz Armada
 
Imperialismo E Colonialismo
Imperialismo E ColonialismoImperialismo E Colonialismo
Imperialismo E Colonialismo
 
IlustraçãO De Contos
IlustraçãO De ContosIlustraçãO De Contos
IlustraçãO De Contos
 
CalendáRio De Testes2
CalendáRio De Testes2CalendáRio De Testes2
CalendáRio De Testes2
 
Visita De Estudo óBidos
Visita De Estudo óBidosVisita De Estudo óBidos
Visita De Estudo óBidos
 
CalendáRio De Testes
CalendáRio De TestesCalendáRio De Testes
CalendáRio De Testes
 
ConíMbriga Coimbra
ConíMbriga   CoimbraConíMbriga   Coimbra
ConíMbriga Coimbra
 
Paula Rego
Paula RegoPaula Rego
Paula Rego
 
Lisboa BeléMtografia
Lisboa   BeléMtografiaLisboa   BeléMtografia
Lisboa BeléMtografia
 
Rf3
Rf3Rf3
Rf3
 
Rf2 A
Rf2 ARf2 A
Rf2 A
 
Rf1
Rf1Rf1
Rf1
 
10 Dezembro 2008
10 Dezembro 200810 Dezembro 2008
10 Dezembro 2008
 
Levanta Te Fotos
Levanta Te FotosLevanta Te Fotos
Levanta Te Fotos
 
Objectivos Do MiléNio
Objectivos Do MiléNioObjectivos Do MiléNio
Objectivos Do MiléNio
 

Último

Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
lveiga112
 
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.pptLeis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
PatriciaZanoli
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
JoeteCarvalho
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
TomasSousa7
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
HisrelBlog
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
LeticiaRochaCupaiol
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptxAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AntonioVieira539017
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
AmiltonAparecido1
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
Marlene Cunhada
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
cmeioctaciliabetesch
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
soaresdesouzaamanda8
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
edivirgesribeiro1
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
CarinaSantos916505
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
todorokillmepls
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
ValdineyRodriguesBez1
 

Último (20)

Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
 
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.pptLeis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptxAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
 

Ilumismo Na Europa E Em Portugal

  • 1. Joseph Wright of Derby Experiência com um pássaro numa bomba de ar c. 1768 Tate Gallery, Londres O Iluminismo
  • 2. Joseph Wright of Derby Lição de filosofia com um modelo planetário 1766 Derby Museum and Art Gallery No séc. XVIII, difundiu-se na Europa e na América um movimento cultural que procurava instruir o Homem, iluminando-o com a Luz da Razão, da sabedoria e da cultura. Acreditava-se que, pela Razão e pelo Conhecimento, em Liberdade, o Homem seria capaz de edificar o seu futuro, livre de qualquer submissão .
  • 3. Amanham-se as plantas pela cultura e os homens pela educação (...) Tudo o que não temos à nascença e de que necessitamos quando somos grandes, é-nos dado pela educação. Jean-Jacques Rousseau 1712 - 1778 Este movimento das Luzes (ou Iluminismo) acreditava no valor do progresso e nas potencialidades da educação. Os filósofos iluministas defendiam a libertação do Homem como forma de o emancipar e resgatar das trevas da ignorância e do obscurantismo.
  • 4. Rousseau defendia a igualdade natural de todos os homens, o princípio da soberania popular e o Contrato Social. Voltaire (1694 – 1778) em duas obras principais ( Cândido, Tratado sobre a tolerância ) criticava os privilégios de nascimento, o obscurantismo e o fanatismo religioso. Montesquieu (1689-1755) escreveu um tratado ( O espírito das leis ) onde defendia a organização tripartida do poder: legislativo (cabendo a uma assembleia de representantes eleitos), executivo (rei e ministros) e judicial (tribunais).
  • 5. Críticos do absolutismo e de qualquer forma de tirania, os iluministas defendiam uma sociedade igualitária. As suas ideias difundiram-se nos clubes, cafés e salões aristocráticos onde, sob a protecção de nobres esclarecidos discutiam as novas ideias. Anicet-Charles-Gabriel Lemonnier O salão de Madame Geoffrin 1755-1812 Château du Malmaison, Rueil
  • 6. Academia das Ciências de Lisboa , fundada por D. Maria I em 24 de Dezembro de 1779. A sessão inaugural realizou-se no ano seguinte Abade Correia da Serra (1751-1823) Primeiro vice-secretário da Academia [óleo de Domenico Pellegrini] As Academias são associações de cientistas e homens de letras que promovem a construção e divulgação do conhecimento através de revistas e jornais científicos.
  • 7. A Encyclopédie foi uma obra dirigida pelo filósofo Denis Diderot e pelo matemático D’Alembert. Com a participação de vários sábios, pretendia reunir todo o conhecimento humano. Foram publicados 35 volumes, entre 1751 e 1772. D’Alembert (1717- 1783). Diderot (1713 – 1784)
  • 8. A maçonaria reorganiza-se em Inglaterra em 1717 era uma associação de livres-pensadores que defendia os valores da Liberdade, da Igualdade, da Dignidade Humana contra qualquer espécie de submissão, promovendo o conhecimento e o progresso.
  • 9. Luís António Verney 1713 - 1792 Estes ideais iluministas chegam a Portugal através dos estrangeirados .
  • 10. Os jesuítas detinham em Portugal um poder e influência muito grandes, particularmente no campo do ensino. O marquês de Pombal, ele próprio um estrangeirado formado nos ideais iluministas, considerava-os um obstáculo à sua política. Em 1757, expulsa-os da corte e em 1758 são acusados de participação no atentado a D. José, segundo hipotética confissão do duque de Aveiro . Colégio dos Jesuítas; Coimbra
  • 11. Em 3 de Setembro de 1759, são expulsos do país, classificados como notórios rebeldes, traidores, adversários e agressores . Pombal proíbe a utilização dos seus manuais e métodos de ensino. Colégio de Santo Antão; Lisboa
  • 12. A Universidade de Évora tinha sido fundada no séc. XVI pelo cardeal D. Henrique, sendo agora encerrada pelo Marquês de Pombal.
  • 13. O Marquês inicia uma ampla reforma do ensino, abrangendo todos os graus. São criadas as escolas menores (ler, escrever, contar, catecismo) e as escolas régias (latim, grego, hebreu e retórica, entre outras matérias)
  • 14.
  • 15. D. Francisco de Lemos 1735 - 1822 Em 1772 são publicados os novos estatutos da Universidade de Coimbra.
  • 16. Criam-se novas Faculdades (Matemática e Filosofia Natural) equipadas com um observatório astronómico e um museu de história natural
  • 17. um gabinete de física, um laboratório químico, um dispensário farmacêutico e um teatro anatómico, …
  • 18. um jardim botânico e Félix de Avelar Brotero 1744 - 1828
  • 19. uma Imprensa da Universidade
  • 20. Os estudantes de Teologia e Direito são forçados à frequência do 1º ano de Matemática, estudando geometria, álgebra, mecânica e astronomia. São contratados novos docentes, nacionais e estrangeiros, estrangeirados e até aproveitados os Jesuítas que revelam competência. Destaquem-se nomes como os de Domingos Vandelli, João António Della-Bella, José Anastácio da Cunha, José Monteiro da Rocha (Jesuíta). Nos estudos jurídicos, destaque-se o nome de Pascoal José de Melo. Os estudos médicos são reorganizados sob o conselho de Ribeiro Sanches. António Ribeiro Sanches 1699 - 1783