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História da Cultura e das Artes
Módulo 7 – A Cultura do salão
Ano Letivo 2016/2017
Prof. Ana Sofia Victor
O Tempo (1715-1815)
• Revolução Americana
(1776)
(independência dos EUA
face à Inglaterra)
• Aparecimento de
regimes democráticos
(EUA)
• Aparecimento e
difusão do liberalismo
Declaração da Independência da América, John
Trumbull, 1819.
Pela primeira vez, uma colónia tornou-se
independente através de uma revolução. Sob o
comando de George Washington, o exército de
colonos americanos derrotou as tropas inglesas e
proclamou a independência a 4 de julho de 1776.
A revolução Americana (1776)
O Tempo (1715-1815)
• Período de mudanças
políticas, económicas e
sociais.
Mudanças políticas:
• Época da Revolução
Francesa (1789)
considerada o marco
que estabelece o fim
do Antigo Regime –
inicio da Idade
Contemporânea.
Representação da morte do rei Luís XVI
O Tempo (1715-1815)
Mudanças políticas:
A Revolução Francesa
influenciada pelos
valores iluministas,
proclamou os
princípios universais de
um Estado
democrático, laico e
livre.
Representação da morte do rei Luís XVI
A Revolução Francesa (1789)
A Revolução Francesa (1789)
O Tempo (1715-1815)
Mudanças culturais e
científicas:
• Período do Iluminismo
ou século das Luzes –
movimento cultural que
se desenvolveu na
Inglaterra, Holanda e
França nos séculos XVII e
XVIII e que trouxe novas
ideias criadas por vários
pensadores. Estas ideias
acabaram por se difundir
pela Europa.
Cientistas reunidos nas Academias
Excertos de obras de iluministas
Há em cada estado três espécies de poderes: o
poder legislativo, o poder executivo e o poder
judicial. Quanto ao primeiro, o príncipe ou
magistrado faz as suas leis e corrige ou revoga as
que estão feitas. Quanto ao segundo, faz a paz e
a guerra, envia as embaixadas. Quanto ao último,
pune os crimes. Ora, quando na mesma pessoa o
poder legislativo está unido ao poder executivo
não existe liberdade
Montesquieu, O Espirito das Leis, 1748
Montesquieu
(1689-1755)
Excertos de obras de iluministas
O Culto à razão e ao progresso
O instinto, a ambição, a glória vã mudam
perpetuamente a cena do mundo e inundam a
terra de sangue mas, no meio dos seus destroços,
o espirito humano ilumina-se, os costumes
suavizam-se, as nações isoladas aproximam-se
(…) e a massa total do género humano caminha
sempre, ainda que a passos lentos, para uma
perfeição maior.
Turgot
(1727-1781)
Excertos de obras de iluministas
As nossas esperanças quanto ao
futuro podem reduzir-se a esta ideia:
há-de chegar um momento em que o
sol só iluminará sobre a Terra
homens livres, que só reconhecem
como senhor a razão.
Condorcet, Quadro dos progressos do Espirito
Humano, 1794 Condorcet
(1743-1794)
Excertos de obras de iluministas
Nenhum homem recebeu da natureza o direito de
mandar nos outros. A liberdade é um presente do céu.
(…)
É preciso deitar aos pés todas as velhas crenças;
ultrapassar as barreiras que a razão jamais levantou;
permitir às artes a às ciências uma liberdade que lhes é
tão preciosa (…) precisaremos de uma época de
racionalistas que não procurem mais as normas e as leis
nos autores passados, mas na natureza…”
D’Alambert e Diderot, no prefácio à Enciclopédia, 1751.
Diderot
(1713-1784)
Pensadores iluministas:
• John Locke (1632-1704) –
defendeu a existência de
direito naturais como a vida,
a liberdade e a propriedade.
• Montesquieu (1689-1755) –
veio defender a ideia da
separação de poderes.
O Tempo (1715-1815)
John Locke
Montesquieu
Pensadores iluministas:
• Voltaire (1694-1778) –
defendeu a liberdade de
expressão.
• Jean Jacques Rousseau (1712-
1778) – veio defender a ideia
do contrato social.
• Adam Smith – defendeu o
liberalismo económico.
O Tempo (1715-1815)
Jean Jacques Rousseau
Voltaire
Entendia-se que a razão e não a religião devia
ditar o conhecimento. Se o conhecimento devia
passar a ser a nova máxima, então era
necessário compilar e tornar acessível todo o
saber gerado pela ciência.
A partir de 1751, os filósofos franceses Denis
Diderot (1713-1784) e Jean-Baptiste Le Rond
d'Alembert (1717-1783) impuseram-se essa
tarefa.
Até 1780, ao longo de 30 anos, eles elaboraram
a Encyclopédie ou Dictionnaire raisonné des
sciences, des arts et des métiers, cujos 35
volumes continham praticamente todos os
dados sobre as ciências naturais e humanas da
época.
O Tempo (1715-1815)
A publicação da primeira enciclopédia na Europa
Ideias defendidas pelos iluministas:
• - valorização da razão como meio para chegar ao conhecimento;
• - valorização da experiência como instrumento para chegar ao conhecimento
• - crença nas leis naturais e na religião natural, isto é, que a natureza tinha
regras que regiam as transformações;
• - crença na existência de direitos naturais como a liberdade, igualdade e a
posse de bens;
• - crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do
clero;
• - defesa da liberdade política e económica.
O Tempo (1715-1815)
Mudanças culturais e científicas :
• Melhorias na medicina
• Crença na ciência como factor de progresso
da humanidade
• Valorização da razão
• Utilização do método experimental.
• Valorização do progresso.
Mudanças sociais:
• Aparecimento das classes sociais
• Valorização do individualismo
O Tempo (1715-1815)
Mudanças Económicas:
• novas técnicas de
cultivo (Revolução
agrícola)
• Advento da Revolução
industrial (Inglaterra)
• maior produção
• diminuição das crises
de subsistência
Período de maior
dinamismo económico
O Tempo (1715-1815)
Mudanças
demográficas:
• Melhoria das
condições de vida
com diminuição da
mortalidade,
crescimento
demográfico.
• Melhoria das
condições de higiene.
O Tempo (1715-1815)
Crescimento demográfico na Europa entre 1700
e 1800.
• No reinado do sucessor de Luís XIV, Luís XV,
Versalhes continuou com o luxo e refinamento.
Os salões promovidos pelas damas da corte
desenvolviam uma intensa atividade cultural,
onde se discutia literatura, filosofia, ciência, arte
e outros temas.
• Mas, o fausto e os gastos exagerados da Corte
alimentaram o descontentamento do Terceiro
Estado e encorajaram as novas ideias
revolucionárias defendidas pelos Iluministas.
O Espaço
• Luís XVI sobe ao trono de França numa
situação politica e económica deterioradas e
num clima de insatisfação popular.
• A afirmação do Iluminismo, a divulgação das
novas ideias e a contestação do Terceiro
Estado levaram ao levantamento popular
que tomou a bastilha (prisão estatal e
símbolo do absolutismo) em 14 de julho de
1789.
• Como consequência, são abolidos em França
os privilégios feudais e é aprovada a
Declaração dos Direitos do homem e do
cidadão, onde se estabelecem os direitos da
“igualdade, liberdade e Fraternidade”.
O Espaço
Tomada da Bastilha, obra anónima,
escola francesa do século XVIII.
• Após um período de
grande agitação
política e social, o
rei e a rainha foram
guilhotinados e
emergiu a figura do
general Napoleão
Bonaparte que
chegou ao poder em
1799.
O Espaço
Execução de Luís XVI na Guilhotina, anónimo, século
XVIII.
• Em 1804, fez-se coroar imperador e
desencadeou campanhas militares
expansionistas pela Europa.
• Após uma trágica campanha na Rússia
(1812), sofreu uma pesada derrota
infringida pelos exércitos aliados que
ocuparam Paris.
• Exilou-se e retomou o poder em 1815
até à Batalha de Waterloo onde foi
derrotado pela Coligação de Aliados.
O Espaço
Napoleão Bonaparte
(1769-1821)
O Espaço
Batalha de Waterloo, William Sadler, c. 1820
Travada em 1815, foi a derradeira batalha travada por Napoleão Bonaparte. Neste local na atual
Bélgica, Napoleão comandou um exército de 72 mil homens contra cerca de 118 mil que
integravam forças da Inglaterra, Prússia, Rússia, Áustria e Países Baixos. Foi uma pesada derrota.
Livro p. 78
O meu sonho era fazer dela
(Paris) a verdadeira capital
da Europa”.
Napoleão Bonaparte
O Espaço
• Os salões literários surgem no séc. XVII
e eram reuniões em residências
palacianas organizadas por mulheres
aristocratas. Neles, as elites intelectuais
conviviam e discutiam ideias.
• Uma figura que impulsionou estes
eventos foi Madame de Rambouillet.
• No seu palácio acolheu regularmente
personalidades ilustres que, se
espalhavam pelas várias salas e salões,
e discutiam os grandes temas da época
(literatura, arte ou outros assuntos).
O Local (o Salão)
Catherine de
Rambouille (1588-
1665)
• Nestas reuniões, com conforto e
intimidade, os convidados
espalhavam-se pelas divisões do
Palácio e conviviam.
• Até meados do séc. XVII, o salão de
Rambouillet atingiu grande
notoriedade na sociedade da
época.
O Local (o Salão)
Castelo de Rambouillet
O Local (o Salão)
• Na segunda metade do século, estes salões
multiplicaram-se e tornaram-se locais
onde as novas ideias eram trocadas entre
filósofos, escritores e artistas, numa fusão
intelectual que muito concorreu para o
aparecimento das ideias iluministas.
• As mulheres cultas, aristocratas e
“modernas” da época desempenharam
neste fenómeno um papel fundamental
dominando também vários assuntos
contrariando o que seria o seu papel da
época.
Jean-Marc Nattier (1685-
1766), Retrato de Madame
Geoffrin,1738, Óleo sobre
Tela, Tóquio, Fuji Art
Museum
O Local (o Salão)
O Local (o Salão)
Madame de
Pompadour, Nattier,
c. 1748
Madame de Pompadour (1721-1764)
Foi uma das figuras que mais se celebrizou. Um exemplo de
elegância e erudição (dominava duas línguas e tocava um
instrumento), foi amante do rei Luís XVI e a sua maior conselheira
para os assuntos do Estado. Assim, constituiu uma das figuras mais
poderosas da sua época.
Era filha de um mercador abastado e influente que a educou para
casar com um homem rico e ascender na escala social. Frequentou
desde cedo os salões de Paris. O seu, enquanto madame d’Etiolles,
foi frequentado por figuras como Voltaire que não ficou indiferente
aos seus encantos.
Em 1745, atraiu as atenções do rei Luís XV de quem se tornou
amante, confidente e conselheira. Este atribuiu-lhe o título de
Marquesa de Pompadour bem como aposentos próprios em
Versalhes.
Foi protetora das artes e letras francesas e fez com o que o rei
fizesse de Voltaire, historiador do reino.
Retrato Oficial
Desempenhou um
importante papel na vida
artística e intelectual do seu
tempo.
Foi responsável pela
decoração dos salões reais,
pela proteção a artistas
franceses, pela pensão
concedida a Voltaire, pela
fundação da fábrica de
porcelanas de Sévres e pela
expulsão dos Jesuítas, em
1762.
Madame de Pompadour, Maurice de La Tour, 1755
O Local (o Salão)
• Também os salões de Madame
de Geoffrin, Madame du
Deffand ou Madame Necher,
entre outras, contribuíram para
a cortesia dos costumes, a
distinção de maneiras e a
linguagem agradável que
caraterizava estes espaços.
O Local (o Salão)
Madame du Deffand (1697-
1780)
• Período da história da cultura europeia
marcado pelo racionalismo filosófico, pela
exaltação das ciências, pela crítica à ordem
social e pela intolerância religiosa.
• Constituiu a base ideológica da Revolução
Francesa.
• Propunha uma Era iluminada pela razão, pela
ciência e pelo respeito pela humanidade.
O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
Percursores ou responsáveis pelo inicio do pensamento
iluminista:
 René Descartes (1596-1650) - Defendia o método lógico
e racional para construir o conhecimento científico.
 Isaac Newton (1642-1727) - Considerava que as funções
da ciência eram descobrir as leis universais que regiam a
natureza e enuncia-as de forma precisa e racional. A
descoberta da sua lei da gravitação universal, que partiu
de princípios racionais e matemáticos, influenciou os
cientistas do Iluminismo.
O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
Pensamento dos pensadores iluministas:
• O conhecimento devia resultar da observação
científica, da explicação empírica e da
demonstração através da experimentação.
• Acreditavam no potencial da razão humana.
O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
Pensadores iluministas:
• John Locke (1632-1704) – filósofo inglês defendeu que a
experiência era a principal fonte do conhecimento.
• Montesquieu (1689-1755) – filósofo francês defendeu a
separação de poderes do Estado em executivo, legislativo e
judicial como forma de garantir as liberdades individuais.
• Voltaire (1694-1778) – poeta, dramaturgo, filósofo e
historiador. Era contra o Antigo Regime. Defendeu que a vida
em sociedade exigia um contrato social e que o Homem devia
ser dono do seu destino melhorando a sua condição através
da ciência, da técnica e da arte.
O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
Pensadores iluministas:
• Voltaire (1694-1778) – poeta, dramaturgo, filósofo e
historiador. Era contra o Antigo Regime. Defendeu que a vida
em sociedade exigia um contrato social e que o Homem devia
ser dono do seu destino melhorando a sua condição através
da ciência, da técnica e da arte.
• Rousseau (1712-1778) – foi contra a propriedade privada e
defendeu a teoria do “bom selvagem”: o Homem é
naturalmente bom, a sociedade é que o corrompe.
• Diderot (1713-1784) – filósofo e crítico de arte, publicou a
enciclopédia cujo objetivo era divulgar o conhecimento.
O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
• A primeira metade do século XVIII foi
caraterizada pelos usos e costumes do mundo
aristocrático e absolutista que começa a
competir com a elite burguesa que está em
ascensão.
• Após a magnificência das cortes de Versalhes
imitada pelas cortes europeias, surge a festa
galante que reproduz espaços mais íntimos,
confortáveis e requintados como os salões ou
jardins.
A Festa galante
• Nasceu na Suíça e com 16 anos,
deixa a sua cidade natal e passa a
levar uma vida errante e boémia,
até que é protegido por Madame
de Warens doze anos mais velha
que se torna sua amante.
• Converteu-se ao catolicismo e após
várias viagens e aprendizagens,
chega a Paris em 1742, onde aceita
o cargo de secretário do
embaixador francês em Veneza.
Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
Françoise-Louise de
Warens (1699-1762)
Jean Jacques Rousseau
• Em 1749, volta a Paris, conhece
Diderot e redige o texto que o
deixará famoso: Discurso sobre as
Ciências e as Artes (1750).
• Neste, manifesta-se contra o
progresso e apresenta a teoria do
“bom selvagem”: o Homem é
naturalmente bom mas, integrado
na sociedade acaba por se
perverter; No seu estado natural, o
homem vive harmoniosamente
com a natureza.
Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
Jean Jacques Rousseau,
Maurice Quentin de La
Tour, c. 1753.
• Publica também o texto
“Discurso acerca da origem e
fundamentos da desigualdade
entre os Homens em 1755, onde
diz que a desigualdade social é
consequência da propriedade
privada e que é função do
Estado proteger os cidadãos.
• As suas ideias não são bem
aceites.
Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
Jean Jacques Rousseau,
Maurice Quentin de La
Tour, c. 1753.
• Vem a contribuir para a Enciclopédia
de Diderot, no artigo: “O Cidadão:
ou Discurso Sobre a Economia
Política (1755)”, onde apresenta
formas de combater as injustiças
sociais:
• - igualdade de direitos e deveres
políticos para todos
• - educação pública para todas as
crianças
• - um sistema económico que articule
a propriedade privada com impostos
sobre heranças e luxos.
Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
Jean Jacques Rousseau,
Maurice Quentin de La
Tour, c. 1753.
• Publicou outras obras que fizeram dele
um vulto iluminista, ainda que algumas
tenham sido banidas em França e
Genebra. Foi o caso da obra “O contrato
Social”(1762) onde expôs que a
liberdade individual era um direito e
um dever.
• Foi também o caso de “Emílio ou da
Educação”(1762) onde apresenta as
seguintes ideias: desenvolver as
potencialidades naturais da criança
longe dos males da sociedade e educar a
criança com base na moral e na
bondade natural. Para ele, isso traria
virtude.
Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
Jean Jacques Rousseau,
Maurice Quentin de La
Tour, c. 1753.
• As ideias da valorização dos
sentimentos em detrimento da
razão e a defesa da autenticidade
humana não correspondia aos
ideais iluministas mas, vieram a
influenciar o pensamento romântico
do séc. XIX.
• Opondo-se ao iluminismo também
considerou a ciência e as artes
como corruptas para o Homem
porque usadas pelos mais ricos
como forma de propaganda.
Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
Jean Jacques Rousseau,
Maurice Quentin de La
Tour, c. 1753.
Declaração universal dos direitos do homem e
do cidadão (1789)
• Foi aprovada pela Assembleia Nacional
Constituinte da França revolucionária em 1789.
• Inspirada pelo pensamento iluminista e pela
revolução Americana.
• Foi um documento revolucionário que apresenta
um novo conceito de Homem e de Cidadão.
• Sintetiza em 17 artigos e um preâmbulo, os
ideais liberais da primeira fase da Revolução
Francesa (1789-1799).
Declaração universal dos direitos do homem e
do cidadão (1789)
Preâmbulo
Os representantes do povo francês, constituídos em
Assembleia Nacional, considerando que a ignorância, o
esquecimento ou o desprezo pelos direitos do Homem
são as únicas causas das infelicidades públicas e da
corrupção dos governos, resolveram expor, numa
declaração solene, os direito naturais, inalienáveis e
sagrados do Homem (…). Portanto, a Assembleia Nacional
reconhece e declara, na presença e sob os auspícios do
Ser Supremo, os seguintes direitos do Homem e do
Cidadão:
Declaração universal dos direitos do homem e
do cidadão (1789)
Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. (…)
Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos
direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a
liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na
nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que
dela não emane expressamente.
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o
próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não
tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da
sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser
determinados pela lei.
Declaração universal dos direitos do homem e
do cidadão (1789)
Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos
determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os
que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens
arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou
detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário
torna-se culpado de resistência.
Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo
opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem
pública estabelecida pela lei.
Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais
preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar,
escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos
desta liberdade nos termos previstos na lei.
Declaração universal dos direitos do homem e
do cidadão (1789)
Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de
uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e
não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo o agente
público pela sua administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos
direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem
Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado,
ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública
legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia
indemnização.
Declaração universal dos direitos do homem e
do cidadão (1789)
• Serviu de inspiração a outras declarações como a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada
pela ONU – Organização das Nações Unidas, já no séc.
XX.
• Proclama, pela primeira vez, os seguintes valores para
a Humanidade:
 A liberdade
 A igualdade
 O direito à segurança e à propriedade
 A soberania popular
 A lei como expressão da vontade de todos
 A liberdade de expressão
Declaração universal dos direitos do homem e
do cidadão (1789)

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  • 1. História da Cultura e das Artes Módulo 7 – A Cultura do salão Ano Letivo 2016/2017 Prof. Ana Sofia Victor
  • 2.
  • 3. O Tempo (1715-1815) • Revolução Americana (1776) (independência dos EUA face à Inglaterra) • Aparecimento de regimes democráticos (EUA) • Aparecimento e difusão do liberalismo Declaração da Independência da América, John Trumbull, 1819. Pela primeira vez, uma colónia tornou-se independente através de uma revolução. Sob o comando de George Washington, o exército de colonos americanos derrotou as tropas inglesas e proclamou a independência a 4 de julho de 1776.
  • 5. O Tempo (1715-1815) • Período de mudanças políticas, económicas e sociais. Mudanças políticas: • Época da Revolução Francesa (1789) considerada o marco que estabelece o fim do Antigo Regime – inicio da Idade Contemporânea. Representação da morte do rei Luís XVI
  • 6. O Tempo (1715-1815) Mudanças políticas: A Revolução Francesa influenciada pelos valores iluministas, proclamou os princípios universais de um Estado democrático, laico e livre. Representação da morte do rei Luís XVI
  • 9. O Tempo (1715-1815) Mudanças culturais e científicas: • Período do Iluminismo ou século das Luzes – movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França nos séculos XVII e XVIII e que trouxe novas ideias criadas por vários pensadores. Estas ideias acabaram por se difundir pela Europa. Cientistas reunidos nas Academias
  • 10. Excertos de obras de iluministas Há em cada estado três espécies de poderes: o poder legislativo, o poder executivo e o poder judicial. Quanto ao primeiro, o príncipe ou magistrado faz as suas leis e corrige ou revoga as que estão feitas. Quanto ao segundo, faz a paz e a guerra, envia as embaixadas. Quanto ao último, pune os crimes. Ora, quando na mesma pessoa o poder legislativo está unido ao poder executivo não existe liberdade Montesquieu, O Espirito das Leis, 1748 Montesquieu (1689-1755)
  • 11. Excertos de obras de iluministas O Culto à razão e ao progresso O instinto, a ambição, a glória vã mudam perpetuamente a cena do mundo e inundam a terra de sangue mas, no meio dos seus destroços, o espirito humano ilumina-se, os costumes suavizam-se, as nações isoladas aproximam-se (…) e a massa total do género humano caminha sempre, ainda que a passos lentos, para uma perfeição maior. Turgot (1727-1781)
  • 12. Excertos de obras de iluministas As nossas esperanças quanto ao futuro podem reduzir-se a esta ideia: há-de chegar um momento em que o sol só iluminará sobre a Terra homens livres, que só reconhecem como senhor a razão. Condorcet, Quadro dos progressos do Espirito Humano, 1794 Condorcet (1743-1794)
  • 13. Excertos de obras de iluministas Nenhum homem recebeu da natureza o direito de mandar nos outros. A liberdade é um presente do céu. (…) É preciso deitar aos pés todas as velhas crenças; ultrapassar as barreiras que a razão jamais levantou; permitir às artes a às ciências uma liberdade que lhes é tão preciosa (…) precisaremos de uma época de racionalistas que não procurem mais as normas e as leis nos autores passados, mas na natureza…” D’Alambert e Diderot, no prefácio à Enciclopédia, 1751. Diderot (1713-1784)
  • 14. Pensadores iluministas: • John Locke (1632-1704) – defendeu a existência de direito naturais como a vida, a liberdade e a propriedade. • Montesquieu (1689-1755) – veio defender a ideia da separação de poderes. O Tempo (1715-1815) John Locke Montesquieu
  • 15. Pensadores iluministas: • Voltaire (1694-1778) – defendeu a liberdade de expressão. • Jean Jacques Rousseau (1712- 1778) – veio defender a ideia do contrato social. • Adam Smith – defendeu o liberalismo económico. O Tempo (1715-1815) Jean Jacques Rousseau Voltaire
  • 16. Entendia-se que a razão e não a religião devia ditar o conhecimento. Se o conhecimento devia passar a ser a nova máxima, então era necessário compilar e tornar acessível todo o saber gerado pela ciência. A partir de 1751, os filósofos franceses Denis Diderot (1713-1784) e Jean-Baptiste Le Rond d'Alembert (1717-1783) impuseram-se essa tarefa. Até 1780, ao longo de 30 anos, eles elaboraram a Encyclopédie ou Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers, cujos 35 volumes continham praticamente todos os dados sobre as ciências naturais e humanas da época. O Tempo (1715-1815) A publicação da primeira enciclopédia na Europa
  • 17. Ideias defendidas pelos iluministas: • - valorização da razão como meio para chegar ao conhecimento; • - valorização da experiência como instrumento para chegar ao conhecimento • - crença nas leis naturais e na religião natural, isto é, que a natureza tinha regras que regiam as transformações; • - crença na existência de direitos naturais como a liberdade, igualdade e a posse de bens; • - crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do clero; • - defesa da liberdade política e económica. O Tempo (1715-1815)
  • 18. Mudanças culturais e científicas : • Melhorias na medicina • Crença na ciência como factor de progresso da humanidade • Valorização da razão • Utilização do método experimental. • Valorização do progresso. Mudanças sociais: • Aparecimento das classes sociais • Valorização do individualismo O Tempo (1715-1815)
  • 19. Mudanças Económicas: • novas técnicas de cultivo (Revolução agrícola) • Advento da Revolução industrial (Inglaterra) • maior produção • diminuição das crises de subsistência Período de maior dinamismo económico O Tempo (1715-1815)
  • 20. Mudanças demográficas: • Melhoria das condições de vida com diminuição da mortalidade, crescimento demográfico. • Melhoria das condições de higiene. O Tempo (1715-1815) Crescimento demográfico na Europa entre 1700 e 1800.
  • 21. • No reinado do sucessor de Luís XIV, Luís XV, Versalhes continuou com o luxo e refinamento. Os salões promovidos pelas damas da corte desenvolviam uma intensa atividade cultural, onde se discutia literatura, filosofia, ciência, arte e outros temas. • Mas, o fausto e os gastos exagerados da Corte alimentaram o descontentamento do Terceiro Estado e encorajaram as novas ideias revolucionárias defendidas pelos Iluministas. O Espaço
  • 22. • Luís XVI sobe ao trono de França numa situação politica e económica deterioradas e num clima de insatisfação popular. • A afirmação do Iluminismo, a divulgação das novas ideias e a contestação do Terceiro Estado levaram ao levantamento popular que tomou a bastilha (prisão estatal e símbolo do absolutismo) em 14 de julho de 1789. • Como consequência, são abolidos em França os privilégios feudais e é aprovada a Declaração dos Direitos do homem e do cidadão, onde se estabelecem os direitos da “igualdade, liberdade e Fraternidade”. O Espaço Tomada da Bastilha, obra anónima, escola francesa do século XVIII.
  • 23. • Após um período de grande agitação política e social, o rei e a rainha foram guilhotinados e emergiu a figura do general Napoleão Bonaparte que chegou ao poder em 1799. O Espaço Execução de Luís XVI na Guilhotina, anónimo, século XVIII.
  • 24. • Em 1804, fez-se coroar imperador e desencadeou campanhas militares expansionistas pela Europa. • Após uma trágica campanha na Rússia (1812), sofreu uma pesada derrota infringida pelos exércitos aliados que ocuparam Paris. • Exilou-se e retomou o poder em 1815 até à Batalha de Waterloo onde foi derrotado pela Coligação de Aliados. O Espaço Napoleão Bonaparte (1769-1821)
  • 25. O Espaço Batalha de Waterloo, William Sadler, c. 1820 Travada em 1815, foi a derradeira batalha travada por Napoleão Bonaparte. Neste local na atual Bélgica, Napoleão comandou um exército de 72 mil homens contra cerca de 118 mil que integravam forças da Inglaterra, Prússia, Rússia, Áustria e Países Baixos. Foi uma pesada derrota. Livro p. 78
  • 26. O meu sonho era fazer dela (Paris) a verdadeira capital da Europa”. Napoleão Bonaparte O Espaço
  • 27. • Os salões literários surgem no séc. XVII e eram reuniões em residências palacianas organizadas por mulheres aristocratas. Neles, as elites intelectuais conviviam e discutiam ideias. • Uma figura que impulsionou estes eventos foi Madame de Rambouillet. • No seu palácio acolheu regularmente personalidades ilustres que, se espalhavam pelas várias salas e salões, e discutiam os grandes temas da época (literatura, arte ou outros assuntos). O Local (o Salão) Catherine de Rambouille (1588- 1665)
  • 28. • Nestas reuniões, com conforto e intimidade, os convidados espalhavam-se pelas divisões do Palácio e conviviam. • Até meados do séc. XVII, o salão de Rambouillet atingiu grande notoriedade na sociedade da época. O Local (o Salão) Castelo de Rambouillet
  • 29. O Local (o Salão) • Na segunda metade do século, estes salões multiplicaram-se e tornaram-se locais onde as novas ideias eram trocadas entre filósofos, escritores e artistas, numa fusão intelectual que muito concorreu para o aparecimento das ideias iluministas. • As mulheres cultas, aristocratas e “modernas” da época desempenharam neste fenómeno um papel fundamental dominando também vários assuntos contrariando o que seria o seu papel da época. Jean-Marc Nattier (1685- 1766), Retrato de Madame Geoffrin,1738, Óleo sobre Tela, Tóquio, Fuji Art Museum
  • 30. O Local (o Salão)
  • 31. O Local (o Salão) Madame de Pompadour, Nattier, c. 1748 Madame de Pompadour (1721-1764) Foi uma das figuras que mais se celebrizou. Um exemplo de elegância e erudição (dominava duas línguas e tocava um instrumento), foi amante do rei Luís XVI e a sua maior conselheira para os assuntos do Estado. Assim, constituiu uma das figuras mais poderosas da sua época. Era filha de um mercador abastado e influente que a educou para casar com um homem rico e ascender na escala social. Frequentou desde cedo os salões de Paris. O seu, enquanto madame d’Etiolles, foi frequentado por figuras como Voltaire que não ficou indiferente aos seus encantos. Em 1745, atraiu as atenções do rei Luís XV de quem se tornou amante, confidente e conselheira. Este atribuiu-lhe o título de Marquesa de Pompadour bem como aposentos próprios em Versalhes. Foi protetora das artes e letras francesas e fez com o que o rei fizesse de Voltaire, historiador do reino.
  • 32. Retrato Oficial Desempenhou um importante papel na vida artística e intelectual do seu tempo. Foi responsável pela decoração dos salões reais, pela proteção a artistas franceses, pela pensão concedida a Voltaire, pela fundação da fábrica de porcelanas de Sévres e pela expulsão dos Jesuítas, em 1762. Madame de Pompadour, Maurice de La Tour, 1755 O Local (o Salão)
  • 33. • Também os salões de Madame de Geoffrin, Madame du Deffand ou Madame Necher, entre outras, contribuíram para a cortesia dos costumes, a distinção de maneiras e a linguagem agradável que caraterizava estes espaços. O Local (o Salão) Madame du Deffand (1697- 1780)
  • 34. • Período da história da cultura europeia marcado pelo racionalismo filosófico, pela exaltação das ciências, pela crítica à ordem social e pela intolerância religiosa. • Constituiu a base ideológica da Revolução Francesa. • Propunha uma Era iluminada pela razão, pela ciência e pelo respeito pela humanidade. O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
  • 35. Percursores ou responsáveis pelo inicio do pensamento iluminista:  René Descartes (1596-1650) - Defendia o método lógico e racional para construir o conhecimento científico.  Isaac Newton (1642-1727) - Considerava que as funções da ciência eram descobrir as leis universais que regiam a natureza e enuncia-as de forma precisa e racional. A descoberta da sua lei da gravitação universal, que partiu de princípios racionais e matemáticos, influenciou os cientistas do Iluminismo. O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
  • 36. Pensamento dos pensadores iluministas: • O conhecimento devia resultar da observação científica, da explicação empírica e da demonstração através da experimentação. • Acreditavam no potencial da razão humana. O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
  • 37. Pensadores iluministas: • John Locke (1632-1704) – filósofo inglês defendeu que a experiência era a principal fonte do conhecimento. • Montesquieu (1689-1755) – filósofo francês defendeu a separação de poderes do Estado em executivo, legislativo e judicial como forma de garantir as liberdades individuais. • Voltaire (1694-1778) – poeta, dramaturgo, filósofo e historiador. Era contra o Antigo Regime. Defendeu que a vida em sociedade exigia um contrato social e que o Homem devia ser dono do seu destino melhorando a sua condição através da ciência, da técnica e da arte. O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
  • 38. Pensadores iluministas: • Voltaire (1694-1778) – poeta, dramaturgo, filósofo e historiador. Era contra o Antigo Regime. Defendeu que a vida em sociedade exigia um contrato social e que o Homem devia ser dono do seu destino melhorando a sua condição através da ciência, da técnica e da arte. • Rousseau (1712-1778) – foi contra a propriedade privada e defendeu a teoria do “bom selvagem”: o Homem é naturalmente bom, a sociedade é que o corrompe. • Diderot (1713-1784) – filósofo e crítico de arte, publicou a enciclopédia cujo objetivo era divulgar o conhecimento. O Iluminismo ou Século das Luzes (séc. XVIII)
  • 39. • A primeira metade do século XVIII foi caraterizada pelos usos e costumes do mundo aristocrático e absolutista que começa a competir com a elite burguesa que está em ascensão. • Após a magnificência das cortes de Versalhes imitada pelas cortes europeias, surge a festa galante que reproduz espaços mais íntimos, confortáveis e requintados como os salões ou jardins. A Festa galante
  • 40. • Nasceu na Suíça e com 16 anos, deixa a sua cidade natal e passa a levar uma vida errante e boémia, até que é protegido por Madame de Warens doze anos mais velha que se torna sua amante. • Converteu-se ao catolicismo e após várias viagens e aprendizagens, chega a Paris em 1742, onde aceita o cargo de secretário do embaixador francês em Veneza. Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778) Françoise-Louise de Warens (1699-1762) Jean Jacques Rousseau
  • 41. • Em 1749, volta a Paris, conhece Diderot e redige o texto que o deixará famoso: Discurso sobre as Ciências e as Artes (1750). • Neste, manifesta-se contra o progresso e apresenta a teoria do “bom selvagem”: o Homem é naturalmente bom mas, integrado na sociedade acaba por se perverter; No seu estado natural, o homem vive harmoniosamente com a natureza. Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778) Jean Jacques Rousseau, Maurice Quentin de La Tour, c. 1753.
  • 42. • Publica também o texto “Discurso acerca da origem e fundamentos da desigualdade entre os Homens em 1755, onde diz que a desigualdade social é consequência da propriedade privada e que é função do Estado proteger os cidadãos. • As suas ideias não são bem aceites. Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778) Jean Jacques Rousseau, Maurice Quentin de La Tour, c. 1753.
  • 43. • Vem a contribuir para a Enciclopédia de Diderot, no artigo: “O Cidadão: ou Discurso Sobre a Economia Política (1755)”, onde apresenta formas de combater as injustiças sociais: • - igualdade de direitos e deveres políticos para todos • - educação pública para todas as crianças • - um sistema económico que articule a propriedade privada com impostos sobre heranças e luxos. Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778) Jean Jacques Rousseau, Maurice Quentin de La Tour, c. 1753.
  • 44. • Publicou outras obras que fizeram dele um vulto iluminista, ainda que algumas tenham sido banidas em França e Genebra. Foi o caso da obra “O contrato Social”(1762) onde expôs que a liberdade individual era um direito e um dever. • Foi também o caso de “Emílio ou da Educação”(1762) onde apresenta as seguintes ideias: desenvolver as potencialidades naturais da criança longe dos males da sociedade e educar a criança com base na moral e na bondade natural. Para ele, isso traria virtude. Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778) Jean Jacques Rousseau, Maurice Quentin de La Tour, c. 1753.
  • 45. • As ideias da valorização dos sentimentos em detrimento da razão e a defesa da autenticidade humana não correspondia aos ideais iluministas mas, vieram a influenciar o pensamento romântico do séc. XIX. • Opondo-se ao iluminismo também considerou a ciência e as artes como corruptas para o Homem porque usadas pelos mais ricos como forma de propaganda. Biografia: Jean Jacques Rousseau (1712-1778) Jean Jacques Rousseau, Maurice Quentin de La Tour, c. 1753.
  • 46. Declaração universal dos direitos do homem e do cidadão (1789)
  • 47. • Foi aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte da França revolucionária em 1789. • Inspirada pelo pensamento iluminista e pela revolução Americana. • Foi um documento revolucionário que apresenta um novo conceito de Homem e de Cidadão. • Sintetiza em 17 artigos e um preâmbulo, os ideais liberais da primeira fase da Revolução Francesa (1789-1799). Declaração universal dos direitos do homem e do cidadão (1789)
  • 48. Preâmbulo Os representantes do povo francês, constituídos em Assembleia Nacional, considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo pelos direitos do Homem são as únicas causas das infelicidades públicas e da corrupção dos governos, resolveram expor, numa declaração solene, os direito naturais, inalienáveis e sagrados do Homem (…). Portanto, a Assembleia Nacional reconhece e declara, na presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos do Homem e do Cidadão: Declaração universal dos direitos do homem e do cidadão (1789)
  • 49. Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. (…) Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente. Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei. Declaração universal dos direitos do homem e do cidadão (1789)
  • 50. Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência. Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei. Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei. Declaração universal dos direitos do homem e do cidadão (1789)
  • 51. Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada. Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo o agente público pela sua administração. Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição. Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indemnização. Declaração universal dos direitos do homem e do cidadão (1789)
  • 52. • Serviu de inspiração a outras declarações como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada pela ONU – Organização das Nações Unidas, já no séc. XX. • Proclama, pela primeira vez, os seguintes valores para a Humanidade:  A liberdade  A igualdade  O direito à segurança e à propriedade  A soberania popular  A lei como expressão da vontade de todos  A liberdade de expressão Declaração universal dos direitos do homem e do cidadão (1789)