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Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Grupos de Processos e Fluxos de Atividades
de Gestão de Projetos
Elaboração:
Prof. Dr. E. A. Capuano
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
Grupos de Processos de
Gerenciamento de Projetos
I. Iniciação: processos para se definir, formalmente, um novo projeto ou
uma nova fase de um projeto existente mediante autorização do
patrocinador (sponsor);
II. Planejamento: processos para se estabelecer o escopo total do
esforço, definir e refinar os objetivos e desenvolver o curso de ação
requerido para o alcance dos objetivos;
III. Execução: processos para se executar os trabalhos definidos no
plano de gerenciamento do projeto elaborado anteriormente, de
modo a satisfazer as especificações do projeto;
IV. Monitoramento e Controle: processos para se rastrear, revisar e
orquestrar o progresso e o desempenho do projeto, identificar áreas
de mudanças necessárias, e se iniciar as mudanças;
V. Encerramento: processos para se concluir, formalmente, todas as
atividades, fases e o projeto em si (inclusive obrigações contratuais).
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Áreas de Conhecimento x Grupos de Processos
Áreas
Grupos de Processos
Iniciação Planejamento Execução
Monitoramento
e Controle
Encerramento
1. Integração
Desenvolver
Carta de
Projeto
(Project
Charter)
Desenvolver Plano de
Gestão de Projeto
Dirigir e
Gerenciar os
Trabalhos do
Projeto
Monitorar e
Controlar os
Trabalhos
Executar
Controle
Integrado de
Mudanças
Encerrar Fase ou
Projeto
2. Escopo
Planejar Gestão do
Escopo
Coletar Requisitos
Definir Escopo
Criar EAP
Validar Escopo
Controlar
Escopo
3. Tempo
Planejar Gestão do
Tempo
Definir Atividades
Sequenciar
Atividades
Estimar Recursos por
Atividade
Estimar Duração das
Atividades
Desenvolver
Cronograma
Controlar
Cronograma
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Áreas
Grupos de Processos
Iniciação Planejamento Execução
Monitoramento
e Controle
Encerramento
4. Custo
Planejar Gestão
de Custo
Estimar Custos
Determinar
Orçamento
Controlar Custos
5. Qualidade
Planejar Gestão
da Qualidade
Executar
Garantias de
Qualidade
Controlar
Qualidade
6. Recursos
Humanos
Planejar Gestão
de Recursos
Humanos
Adquirir
Equipe de
Projeto
Desenvolver
Equipe de
Projeto
Gerenciar
Equipe de
Projeto
7. Comunicações
Planejar Gestão
de
Comunicações
Gerenciar
Comunicações
Controlar
Comunicações
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Áreas
Grupos de Processos
Iniciação Planejamento Execução
Monitoramento
e Controle
Encerramento
8. Riscos
Planejar Gestão
de Riscos
Identificar
Riscos
Executar
Análise
Qualitativa de
Riscos
Executar
Análise
Quantitativa de
Riscos
Planejar
Respostas aos
Riscos
Controlar Riscos
9. Aquisições
Planejar Gestão
de Aquisições
Conduzir
Aquisições
Controlar
Aquisições
Encerrar
Aquisições
10. Participantes
Identificar
Participantes
Planejar Gestão
de Participantes
Gerenciar
Engajamento
de
Participantes
Controlar
Engajamento de
Participantes
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Fonte: R. J. Nocêra (http://www.rjn.com.br/pdf/livro_gerenciamento_projetos.pdf)
Interação Lógica entre os
5 Grupos de Processos
(Padrão ANSI/PMI – 90-001-2013)
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Lógica dos Fluxos de Atividades em Processos
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Insumos Processamento
dos Insumos
Produtos
 Insumos ou Entradas (Inputs): são documentos e informações
necessários e disponibilizados, ao final do processo anterior, para a
execução das atividades do processo seguinte do fluxo;
 Processamento dos Insumos ou Entradas: consiste na aplicação de
métodos e técnicas de processamento das informações de entrada para
produção de novos documentos e informações necessários e
disponibilizados para a execução das atividades do processo seguinte
no fluxo; o modelo ANSI/PMI lista as possíveis ferramentas (tools) e
técnicas a serem utilizadas no processamento das informações;
 Produtos ou Saídas (Outputs): são documentos e informações
produzidos no processo e que deverão ser úteis como insumos
(entradas) no processo seguinte no fluxo.
Fonte: R. J. Nocêra (http://www.rjn.com.br/pdf/livro_gerenciamento_projetos.pdf)
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
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Processos do Grupo “Iniciação”
Desenvolver
Carta de Projeto
Gestão da Integração
do Projeto
Identificar
Participantes
Gestão de
Participantes
É neste processo que se
elabora a “certidão de
nascimento” do projeto.
É neste processo que são identificados os
“pais”, “parentes” e “amigos” do recém-
nascido projeto, assim como seus
interesses, envolvimento,
interdependências, influências e potencial
impacto sobre o sucesso do projeto.
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Formulários de Iniciação do Projeto
Termo de Abertura de Projeto & Identificação dos Participantes
Fonte: R. J. Nocêra (http://www.rjn.com.br/pdf/livro_gerenciamento_projetos.pdf)
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Planejar
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Escopo
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Os planos específicos, para gestão
dos processos em cada área do
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para o “Plano Mestre”, que é o
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O “Plano de Gestão do Projeto” não
é estático, mas dinâmico, devendo
ser atualizado à medida que os
planos específicos são mais e mais
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Processos do Grupo “Execução”
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Projeto
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Gestão da
Qualidade
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Processos do Grupo “Monitoramento e Controle”
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Encerrar
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Aquisições
É neste processo que se
encerra, formalmente, uma
fase do projeto ou o projeto
como um todo. Os recursos
dedicados à fase ou ao projeto
devem ser, então, liberados.
É neste processo que se encerram,
formalmente, as atividades de aquisições
com o encerramento de todas as
respectivas avenças com os parceiros e
colaboradores (acordos, contratos,
termos de cooperação, convênios, etc).
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Modelos de Organizações & Projetos
 A tipologia organizacional mais conhecida reconhece três modelos
básicos de organização: (1) funcional (ou funcional-departamental); (2)
por processo ou produto; e (3) matricial.
 Organizações estilo “funcional-departamental” são as mais comuns e
mais parecidas com o modelo “burocrático weberiano”, tendo-se como
exemplos: empresas de pequeno e médio porte; órgãos de governo;
forças armadas.
 Organizações baseadas em processos ou produtos geralmente são
divisionais e mais descentralizadas que as funcionais-departamentais,
tendo-se como exemplos empresas dos setores: automotivo
(montadoras de veículos); químico (petróleo, fármacos e insumos
agrícolas); educação (universidades); pesquisas (IBM Research,
Microsoft Research, EMBRAPA).
 Organizações matriciais geralmente são mais inovadoras e operam
com projetos, exigindo maior nível de autonomia para os profissionais,
tais como hospitais e centros de pesquisa (exemplo: a NASA).
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Problemas Estruturais de
Gestão de Projetos no Setor Público
 Organização Burocrática Weberiano: divide o trabalho na
organização em especializações técnicas e em camadas
decisórias rígidas (hierarquia ao estilo militar), com
características que dificultam a implementação de projetos:
 Monopólio estamental do saber mais valioso pela cúpula: as decisões
são tomadas pela cúpula da pirâmide hierárquica, à qual se atribui
onisciência e capacidade de tomada de decisões sem participação da
base (com a presunção do “eu sei o que é melhor para você”);
 Fluxo decisório top-down: a cúpula decide, a base executa, sem
necessidade de interação entre essas duas camadas na etapa de
formulação do projeto (no estilo do filme “Tropa de Elite”: “missão
dada, missão cumprida”);
 Comunicações horizontais truncadas: um trabalhador na base da
pirâmide hierárquica interage apenas com outros trabalhadores em
sua própria divisão ou com seu chefe imediato;
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
 Modelo de Planejamento “em Cascata”: decorrente do
modelo weberiano de Administração Pública, onde os
planos e projetos devem ser executados exatamente como
pensados na etapa de elaboração, sem espaços para
reavaliação e mudanças por caminhos alternativos durante
a execução; as noções de “aprendizado” e “melhoria
contínua”, portanto, não são consideradas nessa visão,
consequência da presunção de monopólio do saber da
cúpula (alta gestão pública);
 Estrutura Organizacional Departamental: cada
departamento, por ter autoridade e responsabilidades
específicas, se concentra apenas na sua área de
competências, sem muita preocupação com a integração
dos trabalhos na organização para o alcance de objetivos
corporativos (cada departamento se dedica apenas às suas
atividades, inviabilizando-se a colaboração em projetos);
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
 Processos de trabalho padronizados: a vida da
organização deve ser quase totalmente previsível a partir da
modelagem de processos e especificação de procedimentos
baseados em regras, sem espaços para improvisações (a
organização deve operar como o mecanismo de um relógio);
sendo as atividades manualizadas ao máximo, o papel
reservado aos chefes é o de solução de conflitos quando os
manuais não prevêem soluções para problemas concretos;
 Alienação operacional: os trabalhadores subalternos
respondem apenas pela eficácia e eficiência no
cumprimento de sua missão operacional, cabendo
exclusivamente à cúpula a responsabilização pelas
consequências das decisões (resultados e objetivos
alcançados); questões éticas não devem ser consideradas
pelos trabalhadores na base (vide o caso Eichman, onde o
acusado alegava estar apenas cumprindo ordens …);
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
 Lentidão no processo decisório: como o processo de
tomada de decisão é concentrado na cúpula, as
informações sobre problemas na execução de projetos ou
programas muitas vezes demoram para chegar ao nível
decisório adequado, com os prejuízos inerentes (decisão
com atraso geralmente tem um preço);
 Aversão à inovação: consequência natural considerando-
se o “engessamento” da organização burocrática weberiana;
é por isso que organizações inovadoras, como as voltadas
para o desenvolvimento científico e tecnológico, têm
aversão à burocracia weberiana (organizações muito
inovadoras como Google, por exemplo, não adotam esse
modelo de organização, que é típico do setor público); o
conceito de “estabilidade”, inerente ao modelo de gestão do
setor público, é contraditório ao conceito de “inovação”, que
apresenta melhores resultados em organizações flexíveis.
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
 Insulamento burocrático: como os trabalhadores da base
da pirâmide são os que interagem com a população para
implementação de projetos e programas, mas não têm
poder decisório, os problemas de implementação tendem a
ser endereçados às regras burocráticas aplicáveis a cada
caso, sem margem para adaptações aos contextos; com
isso, os técnicos governamentais responsáveis pelas ações
se isolam em relação ao público-alvo;
 Excessiva fragmentação do portfolio governamental: em
governos de coalizão, existe uma tendência natural de
fragmentação de projetos devido ao consequente sistema
de espólio político, onde cada partido apoiador do governo
recebe um “quinhão” de órgãos públicos para acomodar
seus representantes e empregar os recursos à disposição,
muitas vezes ignorando oportunidades de colaboração com
outros órgãos do mesmo governo.
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Acionistas /
Patrocinadores
Presidência
Diretoria A Diretoria B Diretoria C Diretoria ...
Gerência 1
Gerência 2
Gerência N
...
Gerência 1
Gerência 2
Gerência N
Gerência 1
Gerência 2
Gerência N
Gerência 1
Gerência 2
Gerência N
... ... ...
Assessoria
Organograma Estilo “Burocrático Weberiano”
_
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_
Especialidades
Funcionais Qualificações
Técnicas
FluxosdeInformações
FluxosdeDecisões
Estabelece a missão, a
visão, as políticas e
objetivos da organização.
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Estrutura de uma Empresa Manufatureira
Insumos:
 Mão-de-obra
 Matéria-prima
 Tecnologia
Processos: Produtos:
 Produto 1
 Produto 2
...
 Produto N
Processo 1
Processo 2
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Problema dos
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Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Ministro
Secretário-Executivo
Secretário 1
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…
Estrutura Ministerial no Brasil e a
Ilusão da Formulação em Políticas Públicas
 Assessorias
 Consultoria Jurídica
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Diretor 1
Diretor 2
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Subsecretário
Secretário 2
…
Coordenador-Geral 1
Coordenador-Geral 2
Coordenador-Geral N
…
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Estrutura Real para Implementação de Políticas Públicas
(Caso de Convênio com Município)
$$$
$$$
Mídia (Jornais, Radio, TV,
Comunidades Digitais), Movimentos
Sociais, Órgãos de Controle
Informações
eNotícias
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Fluxo da Execução Descentralizada
Exemplo: Projeto de Escola Municipal
 Passo 1 – Elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual
(PLOA): iniciativa de ministros e Presidente, com base nas
políticas, planos, programas e projetos educacionais;
 Passo 2 – Aprovação da Lei Orçamentária Annual (LOA):
Congresso Nacional, com sanção Presidencial;
 Passo 3 - Execução Orçamentária: secretário empenha
dotações para transferência voluntária ao município;
 Passo 4 – Crédito Adicional à Lei Orçamentária do
Município: iniciativa de PL do Prefeito;
 Passo 5 - Vereadores votam e aprovam o crédito adicional
baseado na descentralização orçamentária do Ministério;
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
 Passo 6 - Com crédito orçamentário aprovado, Prefeito
necessita encontrar terreno disponível que possa ser
adquirido pela Prefeitura;
 Passo 7 – Com terreno encontrado, Prefeito prepara PL
para aquisição e o submete à Câmara de Vereadores;
 Passo 8 – Com aquisição de terreno aprovada pela Câmara
de Vereadores, Prefeito efetua a aquisição, prepara projetos
e licita aquisições com parceiros de mercado;
 Passo 9 - Parceiros de mercado fornecem insumos e
executam projeto da escola no município;
 Passo 10 - População avalia os resultados e julga,
politicamente, a Administração Municipal;
 Passo 11 - Prefeito presta contas ao Ministério;
 Passo 12 - Órgãos de controle auditam contas da Prefeitura
e do Ministério.
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
“Estado-da-Arte” em Políticas Públicas
 Estudos teóricos sobre políticas públicas: impulso após a
2ª Guerra Mundial, principalmente nos EUA;
 Focos temáticos nessa época: formulação e avaliação
(com pouca ênfase na implementação, que seria, para os
weberianos da época, um mero processo hierárquico);
 Estudos empíricos, na década de 1970, resultando em
visões mais realistas sobre o processo de implementação
de políticas públicas, ou de transformação da política em
ação concreta, tentando encontrar explicações para tantos
fracassos observados nessas iniciativas de governos
(crise das políticas públicas); (Camões, 2013)
 Conclusões dos estudos empíricos:
1) Falta de clareza nos objetivos das políticas, abrindo margem a
interpretações dos implementadores;
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
 Conclusões dos estudos empíricos (continuação):
2) Multiplicidade de atores envolvidos no processo de
implementação, acarretando dificuldades e falhas de
comunicação;
3) Subestimação da autonomia dos implementadores;
4) Discricionaridade dos atores devido às suas crenças e valores
próprios, que muitas vezes não se alinhavam com as crenças e
valores dos formuladores;
5) Não existe, na prática, uma fronteira de atuação entre
formuladores e implementadores de políticas públicas, pois nem a
ação começa no término do processo decisório, nem a formulação
termina no início da ação;
6) Em síntese, a implementação é uma etapa de negociação entre
formuladores e pretensos executores, onde os resultados dessa
negociação podem retroalimentar a formulação, alterando a
proposta inicial da política;
7) Os implementadores também precisavam tomar decisões, tais
como em situações de conflitos ou em questões técnicas.
Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
Fim da Aula # 5
Management by objective works - if you know the
objectives. Ninety percent of the time you don't.
Peter Drucker
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  • 1. Aula 5: Processos de Gestão de Projetos Grupos de Processos e Fluxos de Atividades de Gestão de Projetos Elaboração: Prof. Dr. E. A. Capuano Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
  • 2. Grupos de Processos de Gerenciamento de Projetos I. Iniciação: processos para se definir, formalmente, um novo projeto ou uma nova fase de um projeto existente mediante autorização do patrocinador (sponsor); II. Planejamento: processos para se estabelecer o escopo total do esforço, definir e refinar os objetivos e desenvolver o curso de ação requerido para o alcance dos objetivos; III. Execução: processos para se executar os trabalhos definidos no plano de gerenciamento do projeto elaborado anteriormente, de modo a satisfazer as especificações do projeto; IV. Monitoramento e Controle: processos para se rastrear, revisar e orquestrar o progresso e o desempenho do projeto, identificar áreas de mudanças necessárias, e se iniciar as mudanças; V. Encerramento: processos para se concluir, formalmente, todas as atividades, fases e o projeto em si (inclusive obrigações contratuais). Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 3. Áreas de Conhecimento x Grupos de Processos Áreas Grupos de Processos Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e Controle Encerramento 1. Integração Desenvolver Carta de Projeto (Project Charter) Desenvolver Plano de Gestão de Projeto Dirigir e Gerenciar os Trabalhos do Projeto Monitorar e Controlar os Trabalhos Executar Controle Integrado de Mudanças Encerrar Fase ou Projeto 2. Escopo Planejar Gestão do Escopo Coletar Requisitos Definir Escopo Criar EAP Validar Escopo Controlar Escopo 3. Tempo Planejar Gestão do Tempo Definir Atividades Sequenciar Atividades Estimar Recursos por Atividade Estimar Duração das Atividades Desenvolver Cronograma Controlar Cronograma Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 4. Áreas Grupos de Processos Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e Controle Encerramento 4. Custo Planejar Gestão de Custo Estimar Custos Determinar Orçamento Controlar Custos 5. Qualidade Planejar Gestão da Qualidade Executar Garantias de Qualidade Controlar Qualidade 6. Recursos Humanos Planejar Gestão de Recursos Humanos Adquirir Equipe de Projeto Desenvolver Equipe de Projeto Gerenciar Equipe de Projeto 7. Comunicações Planejar Gestão de Comunicações Gerenciar Comunicações Controlar Comunicações Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 5. Áreas Grupos de Processos Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e Controle Encerramento 8. Riscos Planejar Gestão de Riscos Identificar Riscos Executar Análise Qualitativa de Riscos Executar Análise Quantitativa de Riscos Planejar Respostas aos Riscos Controlar Riscos 9. Aquisições Planejar Gestão de Aquisições Conduzir Aquisições Controlar Aquisições Encerrar Aquisições 10. Participantes Identificar Participantes Planejar Gestão de Participantes Gerenciar Engajamento de Participantes Controlar Engajamento de Participantes Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 6. Fonte: R. J. Nocêra (http://www.rjn.com.br/pdf/livro_gerenciamento_projetos.pdf) Interação Lógica entre os 5 Grupos de Processos (Padrão ANSI/PMI – 90-001-2013) Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 7. Lógica dos Fluxos de Atividades em Processos Aula 5: Processos de Gestão de Projetos Insumos Processamento dos Insumos Produtos  Insumos ou Entradas (Inputs): são documentos e informações necessários e disponibilizados, ao final do processo anterior, para a execução das atividades do processo seguinte do fluxo;  Processamento dos Insumos ou Entradas: consiste na aplicação de métodos e técnicas de processamento das informações de entrada para produção de novos documentos e informações necessários e disponibilizados para a execução das atividades do processo seguinte no fluxo; o modelo ANSI/PMI lista as possíveis ferramentas (tools) e técnicas a serem utilizadas no processamento das informações;  Produtos ou Saídas (Outputs): são documentos e informações produzidos no processo e que deverão ser úteis como insumos (entradas) no processo seguinte no fluxo.
  • 8. Fonte: R. J. Nocêra (http://www.rjn.com.br/pdf/livro_gerenciamento_projetos.pdf) Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 9. Fonte: R. J. Nocêra (http://www.rjn.com.br/pdf/livro_gerenciamento_projetos.pdf) Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 10. Processos do Grupo “Iniciação” Desenvolver Carta de Projeto Gestão da Integração do Projeto Identificar Participantes Gestão de Participantes É neste processo que se elabora a “certidão de nascimento” do projeto. É neste processo que são identificados os “pais”, “parentes” e “amigos” do recém- nascido projeto, assim como seus interesses, envolvimento, interdependências, influências e potencial impacto sobre o sucesso do projeto. Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 11. Formulários de Iniciação do Projeto Termo de Abertura de Projeto & Identificação dos Participantes Fonte: R. J. Nocêra (http://www.rjn.com.br/pdf/livro_gerenciamento_projetos.pdf) Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 12. Planejar Gestão do Escopo Coletar Requisitos Definir Escopo Criar EAP Gestão do Escopo Gestão do Tempo Gestão do Custo Planejar Gestão do Custo Estimar Custos Determinar Orçamento Planejar Gestão do Cronograma Definir Atividades Estimar Recursos de Atividades Desenvolver Cronograma Estimar Duração de Atividades Sequenciar Atividades Processos do Grupo “Planejamento” Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 13. Planejar Gestão de Comunicações Gestão de Comunicações Gestão de Risco Gestão da Qualidade Planejar Gestão de Qualidade Planejar Gestão de Risco Executar Análise Qualitativa Executar Análise Quantitativa Planejar Respostas aos Riscos Identificar Riscos Gestão de Aquisições Planejar Gestão de Aquisições Planejar Gestão de RH Gestão de RH Planejar Gestão de Participantes Gestão de Participantes Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 14. Os planos específicos, para gestão dos processos em cada área do conhecimento, devem convergir para o “Plano Mestre”, que é o “Plano de Gestão do Projeto”! O “Plano de Gestão do Projeto” não é estático, mas dinâmico, devendo ser atualizado à medida que os planos específicos são mais e mais detalhados ao longo do projeto ... Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 15. Processos do Grupo “Execução” Gestão de RH Adquirir Equipe de Projeto Desenvolver Equipe Gerenciar Equipe Gestão da Qualidade Executar Garantias da Qualidade Gestão de Comunicações Gerenciar Comunicações Gestão de Participantes Gerenciar Engajamento de Participantes Gestão de Aquisições Conduzir Aquisições Dirigir e Gerenciar os Trabalhos Gestão da Integração do Projeto Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 16. Processos do Grupo “Monitoramento e Controle” Gestão de Custo Controlar Custos Gestão da Qualidade Controlar Qualidade Gestão de Risco Controlar Riscos Gestão de Comunicações Controlar Comunicações Gestão do Tempo Controlar Cronograma Gestão do Escopo Validar Escopo Controlar Escopo Gestão de Aquisições Controlar Aquisições Gestão de Participantes Controlar Engajamento de Participantes Gestão da Integração do Projeto Monitorar e Controlar os Trabalhos Executar o Controle Integrado de Mudanças Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 17. Processos do Grupo “Encerramento” Encerrar Projeto ou Fase Gestão da Integração do Projeto Encerrar Aquisições Gestão de Aquisições É neste processo que se encerra, formalmente, uma fase do projeto ou o projeto como um todo. Os recursos dedicados à fase ou ao projeto devem ser, então, liberados. É neste processo que se encerram, formalmente, as atividades de aquisições com o encerramento de todas as respectivas avenças com os parceiros e colaboradores (acordos, contratos, termos de cooperação, convênios, etc). Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 18. Modelos de Organizações & Projetos  A tipologia organizacional mais conhecida reconhece três modelos básicos de organização: (1) funcional (ou funcional-departamental); (2) por processo ou produto; e (3) matricial.  Organizações estilo “funcional-departamental” são as mais comuns e mais parecidas com o modelo “burocrático weberiano”, tendo-se como exemplos: empresas de pequeno e médio porte; órgãos de governo; forças armadas.  Organizações baseadas em processos ou produtos geralmente são divisionais e mais descentralizadas que as funcionais-departamentais, tendo-se como exemplos empresas dos setores: automotivo (montadoras de veículos); químico (petróleo, fármacos e insumos agrícolas); educação (universidades); pesquisas (IBM Research, Microsoft Research, EMBRAPA).  Organizações matriciais geralmente são mais inovadoras e operam com projetos, exigindo maior nível de autonomia para os profissionais, tais como hospitais e centros de pesquisa (exemplo: a NASA). Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 19. Problemas Estruturais de Gestão de Projetos no Setor Público  Organização Burocrática Weberiano: divide o trabalho na organização em especializações técnicas e em camadas decisórias rígidas (hierarquia ao estilo militar), com características que dificultam a implementação de projetos:  Monopólio estamental do saber mais valioso pela cúpula: as decisões são tomadas pela cúpula da pirâmide hierárquica, à qual se atribui onisciência e capacidade de tomada de decisões sem participação da base (com a presunção do “eu sei o que é melhor para você”);  Fluxo decisório top-down: a cúpula decide, a base executa, sem necessidade de interação entre essas duas camadas na etapa de formulação do projeto (no estilo do filme “Tropa de Elite”: “missão dada, missão cumprida”);  Comunicações horizontais truncadas: um trabalhador na base da pirâmide hierárquica interage apenas com outros trabalhadores em sua própria divisão ou com seu chefe imediato; Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 20.  Modelo de Planejamento “em Cascata”: decorrente do modelo weberiano de Administração Pública, onde os planos e projetos devem ser executados exatamente como pensados na etapa de elaboração, sem espaços para reavaliação e mudanças por caminhos alternativos durante a execução; as noções de “aprendizado” e “melhoria contínua”, portanto, não são consideradas nessa visão, consequência da presunção de monopólio do saber da cúpula (alta gestão pública);  Estrutura Organizacional Departamental: cada departamento, por ter autoridade e responsabilidades específicas, se concentra apenas na sua área de competências, sem muita preocupação com a integração dos trabalhos na organização para o alcance de objetivos corporativos (cada departamento se dedica apenas às suas atividades, inviabilizando-se a colaboração em projetos); Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 21.  Processos de trabalho padronizados: a vida da organização deve ser quase totalmente previsível a partir da modelagem de processos e especificação de procedimentos baseados em regras, sem espaços para improvisações (a organização deve operar como o mecanismo de um relógio); sendo as atividades manualizadas ao máximo, o papel reservado aos chefes é o de solução de conflitos quando os manuais não prevêem soluções para problemas concretos;  Alienação operacional: os trabalhadores subalternos respondem apenas pela eficácia e eficiência no cumprimento de sua missão operacional, cabendo exclusivamente à cúpula a responsabilização pelas consequências das decisões (resultados e objetivos alcançados); questões éticas não devem ser consideradas pelos trabalhadores na base (vide o caso Eichman, onde o acusado alegava estar apenas cumprindo ordens …); Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 22.  Lentidão no processo decisório: como o processo de tomada de decisão é concentrado na cúpula, as informações sobre problemas na execução de projetos ou programas muitas vezes demoram para chegar ao nível decisório adequado, com os prejuízos inerentes (decisão com atraso geralmente tem um preço);  Aversão à inovação: consequência natural considerando- se o “engessamento” da organização burocrática weberiana; é por isso que organizações inovadoras, como as voltadas para o desenvolvimento científico e tecnológico, têm aversão à burocracia weberiana (organizações muito inovadoras como Google, por exemplo, não adotam esse modelo de organização, que é típico do setor público); o conceito de “estabilidade”, inerente ao modelo de gestão do setor público, é contraditório ao conceito de “inovação”, que apresenta melhores resultados em organizações flexíveis. Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 23.  Insulamento burocrático: como os trabalhadores da base da pirâmide são os que interagem com a população para implementação de projetos e programas, mas não têm poder decisório, os problemas de implementação tendem a ser endereçados às regras burocráticas aplicáveis a cada caso, sem margem para adaptações aos contextos; com isso, os técnicos governamentais responsáveis pelas ações se isolam em relação ao público-alvo;  Excessiva fragmentação do portfolio governamental: em governos de coalizão, existe uma tendência natural de fragmentação de projetos devido ao consequente sistema de espólio político, onde cada partido apoiador do governo recebe um “quinhão” de órgãos públicos para acomodar seus representantes e empregar os recursos à disposição, muitas vezes ignorando oportunidades de colaboração com outros órgãos do mesmo governo. Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 24. Acionistas / Patrocinadores Presidência Diretoria A Diretoria B Diretoria C Diretoria ... Gerência 1 Gerência 2 Gerência N ... Gerência 1 Gerência 2 Gerência N Gerência 1 Gerência 2 Gerência N Gerência 1 Gerência 2 Gerência N ... ... ... Assessoria Organograma Estilo “Burocrático Weberiano” _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Especialidades Funcionais Qualificações Técnicas FluxosdeInformações FluxosdeDecisões Estabelece a missão, a visão, as políticas e objetivos da organização. Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 25. Estrutura de uma Empresa Manufatureira Insumos:  Mão-de-obra  Matéria-prima  Tecnologia Processos: Produtos:  Produto 1  Produto 2 ...  Produto N Processo 1 Processo 2 Processo N ... Problema dos Modelos de Produção Problema da Organização: Comando e Controle Colarinho Branco (White Collars) ColarinhoAzul (BlueCollars) Temas + de Engenharia ... Temas + de Administração ... Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 26. Ministro Secretário-Executivo Secretário 1 Secretário N … Estrutura Ministerial no Brasil e a Ilusão da Formulação em Políticas Públicas  Assessorias  Consultoria Jurídica  Assessorias  Gerentes de Projetos Diretor 1 Diretor 2 Diretor N Subsecretário Secretário 2 … Coordenador-Geral 1 Coordenador-Geral 2 Coordenador-Geral N … Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 27. Estrutura Real para Implementação de Políticas Públicas (Caso de Convênio com Município) $$$ $$$ Mídia (Jornais, Radio, TV, Comunidades Digitais), Movimentos Sociais, Órgãos de Controle Informações eNotícias Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 28. Fluxo da Execução Descentralizada Exemplo: Projeto de Escola Municipal  Passo 1 – Elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA): iniciativa de ministros e Presidente, com base nas políticas, planos, programas e projetos educacionais;  Passo 2 – Aprovação da Lei Orçamentária Annual (LOA): Congresso Nacional, com sanção Presidencial;  Passo 3 - Execução Orçamentária: secretário empenha dotações para transferência voluntária ao município;  Passo 4 – Crédito Adicional à Lei Orçamentária do Município: iniciativa de PL do Prefeito;  Passo 5 - Vereadores votam e aprovam o crédito adicional baseado na descentralização orçamentária do Ministério; Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 29.  Passo 6 - Com crédito orçamentário aprovado, Prefeito necessita encontrar terreno disponível que possa ser adquirido pela Prefeitura;  Passo 7 – Com terreno encontrado, Prefeito prepara PL para aquisição e o submete à Câmara de Vereadores;  Passo 8 – Com aquisição de terreno aprovada pela Câmara de Vereadores, Prefeito efetua a aquisição, prepara projetos e licita aquisições com parceiros de mercado;  Passo 9 - Parceiros de mercado fornecem insumos e executam projeto da escola no município;  Passo 10 - População avalia os resultados e julga, politicamente, a Administração Municipal;  Passo 11 - Prefeito presta contas ao Ministério;  Passo 12 - Órgãos de controle auditam contas da Prefeitura e do Ministério. Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 30. “Estado-da-Arte” em Políticas Públicas  Estudos teóricos sobre políticas públicas: impulso após a 2ª Guerra Mundial, principalmente nos EUA;  Focos temáticos nessa época: formulação e avaliação (com pouca ênfase na implementação, que seria, para os weberianos da época, um mero processo hierárquico);  Estudos empíricos, na década de 1970, resultando em visões mais realistas sobre o processo de implementação de políticas públicas, ou de transformação da política em ação concreta, tentando encontrar explicações para tantos fracassos observados nessas iniciativas de governos (crise das políticas públicas); (Camões, 2013)  Conclusões dos estudos empíricos: 1) Falta de clareza nos objetivos das políticas, abrindo margem a interpretações dos implementadores; Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 31.  Conclusões dos estudos empíricos (continuação): 2) Multiplicidade de atores envolvidos no processo de implementação, acarretando dificuldades e falhas de comunicação; 3) Subestimação da autonomia dos implementadores; 4) Discricionaridade dos atores devido às suas crenças e valores próprios, que muitas vezes não se alinhavam com as crenças e valores dos formuladores; 5) Não existe, na prática, uma fronteira de atuação entre formuladores e implementadores de políticas públicas, pois nem a ação começa no término do processo decisório, nem a formulação termina no início da ação; 6) Em síntese, a implementação é uma etapa de negociação entre formuladores e pretensos executores, onde os resultados dessa negociação podem retroalimentar a formulação, alterando a proposta inicial da política; 7) Os implementadores também precisavam tomar decisões, tais como em situações de conflitos ou em questões técnicas. Aula 5: Processos de Gestão de Projetos
  • 32. Fim da Aula # 5 Management by objective works - if you know the objectives. Ninety percent of the time you don't. Peter Drucker Aula 5: Processos de Gestão de Projetos