O documento discute classificações de fraturas cervicais subaxiais, incluindo a classificação AOSpine que categoriza lesões de acordo com a morfologia, mecanismo e estabilidade. Também aborda exames de imagem, mecanismos de lesão, a escala SLICS para gravidade de lesões e casos específicos como fratura em gota de lágrima e SCIWORA.
3. Exames de Imagem
• Screening
• Tradicionalmente: RX AP + P
+ transoral
‣ Sensibilidade: 30-60%
‣ Transição cervicotorácica:
C7/T1 = 17% lesões cervicais
• RX flexão/ extensão?
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4. Exames de Imagem
• TC: boa visualizaç ão transiç ões: S 99%; E 100%
• Adequado para pctes com rebaixamento do
nível de consciência
• Lesão ligamentar pura —> RNM?
‣ Poucas lesões instáveis na chegada ou FU
• CT X CT + RNM: resultados similares
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5. Classificações
• Morfologia X Mecanismo de lesão X Estabilidade
‣ Morfologia: patoanatomia
‣ Mecanismo: imagem + modelo biomecânico; vetor força
‣ Estabilidade: suportar carga fisiológica
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6. AOSpine
• ESJ, fev/2015
• Morfológica
• 4 critérios
– Morfologia da lesão
– Lesão da faceta
– Status neurológico
– Modificadores caso-específicos
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7. AOSpine
• 3 tipos básicos
– A: compressão da vértebra com banda tensão intacta
– B: falha da banda de tensão posterior ou anterior através da distração, com
separação dos elementos, sem translação, mantendo o alinhamento axial
– C: deslocamento ou translação de uma vértebra em relação a outra em qualquer
direção
• Nível —> C —> B —> A
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8. AOSpine – A
• Compression injuries
– Falha de estruturas anteriores sob
compressão
– Fraturas de estruturas mecanicamente
insignificantes
– 4 subgrupos
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9. AOSpine – A0
A0
• Não óssea
– Sd medular central, sem fratura
• Lesão menor (fratura processo espinhoso ou lâmina)
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10. AOSpine – A1
A1
• Compressão
• Uma placa vertebral terminal
• Sem envolvimento da parede posterior
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11. AOSpine – A2
A2
• Split coronal ou pincer
• Ambas placas vertebrais
• Sem envolvimento da parede posterior
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12. AOSpine – A3
A3
• Explosão
• Uma placa vertebral terminal
• Envolvimento da parede posterior
• Retropulsão óssea
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13. AOSpine – A4
A4
• Explosão
• Split sagital
• Ambas placas vertebrais
• Envolvimento da parede posterior
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14. AOSpine – B
• Tension band injuries
– Banda de tensão anterior ou
posterior
– 3 subgrupos
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15. AOSpine – B1
B1
• Lesão da banda de tensão posterior (óssea)
• Extensão para o corpo vertebral
• Lesão primária através de estruturas ósseas
• Estruturas anteriores (disco ou ânulo) podem estar envolvidas
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16. AOSpine – B1
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17. AOSpine – B2
B2
• Lesão da banda de tensão posterior (óssea, capsuloligamentar,
ligamentar)
• Separação completa de estruturas ósseas, capsuloligamentares
posteriores
• Estruturas anteriores (corpo vertebral e disco) podem estar
envolvidas: devem ser especificadas separadamente
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18. AOSpine – B2
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19. AOSpine – B3
B3
• Lesão da banda de tensão anterior
• Separação de estruturas anteriores
• Através do disco intervertebral ou corpo vertebral
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20. AOSpine – B3
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21. AOSpine – C
• Translational injuries
– Deslocamento ou translação de um
corpo vertebral em relação ao outro,
em qualquer direção
– Lesão associada (A ou B) devem ser
especificadas separadamente, como
subtipo
– Lesões com distração dos elementos
vertebrais anteriores e posteriores =
translação
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22. AOSpine – C
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23. AOSpine – Faceta
• Faceta: espectro de lesões
• Múltiplas lesões: classificar somente a de maior grau
• Ambas facetas (lesões diferentes): 1º direita, 2º esquerda
– Bilateral (BL): lesões iguais
• Somente lesão facetária: listar após o nível
• 4 subtipos
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24. AOSpine – F1
• Non-displaced facet fracture
• Faceta superior ou inferior
• Fragmento < 1cm
• Fragmento < 40% massa lateral
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25. AOSpine – F1
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26. AOSpine – F2
• Facet fracture with potential for instability
• Faceta superior ou inferior
• Fragmento > 1cm
• Fragmento > 40% massa lateral
• Fragmento desviado
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27. AOSpine – F2
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28. AOSpine – F3
• Floating lateral mass
• Fratura do pedículo e lâmina, desconectando o processo
articular superior e inferior em um ou múltiplos níveis
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29. AOSpine – F3
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30. AOSpine – F4
• Pathological subluxation or perched/dislocated facet
• Ponta da articular inferior da vértebra cefálica sobre a
ponta da articular superior da vértebra caudal
• Translação da articular inferior da vértebra cefálica sobre
a articular superior da vértebra caudal—> a. inferior v.
cefálica permanece ventral a a. superior v. caudal
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31. AOSpine – F4
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32. AOSpine
Bilateral
Mesmo tipo de lesão
acometendo ambas facetas
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33. AOSpine - Neuro
Neurological Status
• N0 – Intacto
• N1 – déficit temporário
• N2 – radiculopatia
• N3 – Lesão medular incompleta
• N4 – Lesão medular completa
• NX – status desconhecido
• + - compressão medular no caso de lesão incompleta
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34. AOSpine - Modificadores
• Type Description
• M1 - Posterior Capsuloligamentous Complex injury without complete disruption
• M2 - Critical disk herniation
• M3 - Stiffening/metabolic bone disease (ie.: DISH, AS, OPLL, OLF)
• M4 - Vertebral artery abnormality
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35. AOSpine – M1
Lesão do complexo ligamentar posterior sem rompimento completo
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36. AOSpine – M2
Hérnia discal
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38. AOSpine – M4
Alteração da artéria vertebral
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39. • Descrição
– Lesão primária
• Nível —> tipo morfológico (C,B,A)
– Lesão secundária e modificadores
• Parênteses (faceta, neuro, modificadores)
• Ex: C6-C7 lesão translacional (C) com C7 fratura
compressão (A1):
– C6-C7:C (C7:A1)
AOSpine
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40. Dr. Peterson Xavier da Silva
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41. Dr. Peterson Xavier da Silva
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42. Subaxial Injury Classification and Severity Scale
(SLICS)
• Variação de 0 – 10
• <4 – Tratamento conservador
• 4 – Conduta individualizada
• >4 – Tratamento cirúrgico
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43. FRATURA EM GOTA DE LAGRIMA
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44. FRATURA EM GOTA DE LAGRIMA
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45. SCIWORA
spinal cord injury without radiographic abnormality
• Lesão medular sem anormalidade radiográfica
• pacientes com sinais objetivos de lesão medular na ausência de fraturas ou sinais de instabilidade ligamentar nos exames de
raios X e tomografia da coluna.
• Diminui muito a incidência devido a investigação por ressonância magnética
• Quadro clinico transitório
• Investigar com ressonância magnética. Avaliar investigação com RX dinâmico cervical
• Imobilização da coluna cervical por pelo menos 12 semanas e afastamento de atividades de risco para trauma cervical por 6
meses para aqueles pacientes com recuperação progressiva.
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46. MECANISMO DE FRATURA
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TRATADO NEUROCIRURGIA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA
47. Dr. Peterson Xavier da Silva
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MECANISMO DE FRATURA
TRATADO NEUROCIRURGIA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA
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MECANISMO DE FRATURA
TRATADO NEUROCIRURGIA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA
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MECANISMO DE FRATURA
TRATADO NEUROCIRURGIA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA
50. Dr. Peterson Xavier da Silva
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MECANISMO DE FRATURA
TRATADO NEUROCIRURGIA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA
51. Dr. Peterson Xavier da Silva
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MECANISMO DE FRATURA
TRATADO NEUROCIRURGIA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA
Notas do Editor
AS FRATURAS SUBAXIAIS SÃO MAIS FREQUENTES AO NIVEL DE C5-6
Em casos de suspeita de TRM, as radiografias dinâmicas (hiperflexão e hiperextensão) são contraindicadas em pacientes com déficit neurológico ou inconscientes.
C5-C6 SÃO AS REGIOES COM MAIOR MOVIMENTO DE FLEXO EXTENSAO (MAIOR RISCO DE LISTESE).
Type B injuries include failure of the posterior or anterior tension band through distraction with physical separation of the subaxial spinal elements while maintaining continuity of the alignment of the spinal axis without translation or dislocation.
Type B1 is a posterior tension band injury where the fracture line only goes through the bony structure.
Type B2 is a complete disruption of the posterior capsuloligamentous or bony capsuloligamentous structures together with a vertebral body, disk, and/or facet injury
This CT show a sagittal reconstruction of an C5/C5 ligamentous B3 injury
Type C includes those injuries with displacement or translation of one vertebral body relative to another in any direction; anterior, posterior, lateral translation, or vertical distraction.
This CT show a sagittal reconstruction of a C7/T1 type C injury.
F1 is a non-displaced facet fracture (either superior or inferior facets). Fracture fragments are smaller than 1 cm and comprise less than 40% of the lateral mass.
This CT show a sagittal reconstruction of a facet fracture C5/C6 (F2).
This CT shows a transverse image of a lateral mass fracture at the level of C5 (F3).
This CT shows a sagittal reconstruction of a dislocated and locked facet at C7/T1 (F4).
The bilateral modifier is used when the same type of facet injury is observed bilaterally on the same vertebra.
The bilateral modifier is used when the same type of facet injury is observed bilaterally on the same vertebra.
The bilateral modifier is used when the same type of facet injury is observed bilaterally on the same vertebra.
This CT reconstruction does not show any fracture.
The MRI of the same patient shows sign of posterior ligamentous injury.
In this case a C type injury is seen on a CT reconstruction.
After reduction MRI shows massive disk herniation. This might influence the decision on treatment approach.
This is a B3 type injury in a patient with DISH. These injuries are highly unstable
This CT angiogram shows disruption of the vertebral artery flow on the left side.