O documento discute o caso de um homem de 40 anos que apresentou paraparesia e disfunção da bexiga. Exames de ressonância magnética mostraram lesões na medula espinhal. Análises subsequentes detectaram infecção por HTLV, que pode causar mielopatia de início lento e progressivo.
2. CASO CLÍNICO
• FMG, sexo masculino, 40 anos, natural e
procedente De Salvador, sem antecedentes
mórbidos pregressos, foi atendido no
ambulatório de especialidades médicas com
quadro de paraparesia em membros inferiores
e bexiga neurogênica. O paciente relatava início
do quadro com dor súbita em membros
inferiores com irradiação para região lombar,
associada à retenção urinária e fecal. Evoluiu
com parestesia e redução importante da força
muscular em membros inferiores,
impossibilitando, inclusive, a deambulação,
além de agravamento da disfunção
esfincteriana.
3. CASO CLÍNICO
• Foi submetido a Ressonância Magnética de
coluna tóraco-lombar, sendo observadas
extensas áreas de captação em cone
medular. Diante da lenta evolução do
quadro, foi realizada coleta de líquor e foi
solicitada sorologia para HIV.
9. HTLV
• Quando se manifestam, são sintomas
indicativos de doença neurológica
dor na batata da perna e nos pés
Dor na coluna lombar
fraqueza
dormência e formigamentos
nos membros inferiores
perturbações urinárias
10. HTLV
• O exame realizado no paciente!
• A Mielopatia associada ao HTLV é uma
doença de inicio lento e progressivo!!!
11. • FMG, sexo masculino, 40 anos, natural e
procedente De Salvador, sem antecedentes
mórbidos pregressos, foi atendido no
ambulatório de especialidades médicas com
quadro de paraparesia em membros inferiores
e bexiga neurogênica. O paciente relatava início
do quadro com dor súbita em membros
inferiores com irradiação para região lombar,
associada à retenção urinária e fecal. Evoluiu
com parestesia e redução importante da força
muscular em membros inferiores,
impossibilitando, inclusive, a deambulação,
além de agravamento da disfunção
esfincteriana.
15. • FMG, sexo masculino, 40 anos, natural e
procedente De Salvador, sem antecedentes
mórbidos pregressos, foi atendido no
ambulatório de especialidades médicas com
quadro de paraparesia em membros inferiores
e bexiga neurogênica. O paciente relatava início
do quadro com dor súbita em membros
inferiores com irradiação para região lombar,
associada à retenção urinária e fecal. Evoluiu
com parestesia e redução importante da força
muscular em membros inferiores,
impossibilitando, inclusive, a deambulação,
além de agravamento da disfunção
esfincteriana.
16. Mielite transversa aguda
• Definição
• Causas
• Sintomas
dor nas costas
torpor
Fraqueza muscular
Dificuldade na micção
17. Mielite transversa aguda
• Definição
• Causas
• Sintomas
dor nas costas
torpor
Fraqueza muscular
Dificuldade na micção
Paralisia
Perda da sensibilidade
Perda de controle dos
intestinos e das bexigas
20. NEUROESQUISTOSSOMOSE
• Complicação ectópica da esquistossomose;
- Schistosoma japonicum
- Schistosoma haematobium
- Schistosoma mansoni
• Brasil: cerca de 10% de indivíduos com
esquistossomose;
• Acometimento neurológico: 0,3% a 4% dos
portadores;
21. EPIDEMIOLOGIA
• Focos em quase todo Brasil;
• Endemia: nordeste e Minas Gerais;
• 8:1 sexo masculino;
• Adulto jovem e produtivo.
23. PATOGENIA: ENCEFALITE
• Hipertensão portal: desvio do fluxo venoso
intra-abdominal para o sistema da cava
superior
• Circulação pulmonar: shunts arteriovenosos
pulmonares
• Circulação sistêmica: embolizado para
diversos órgãos -> encéfalo
24. PATOGENIA: MIELITE
• Fase intestinal/hepatointestinal: plexo de
Batson;
• Desprovido de válvulas, comunica o sistema
venoso intra-abdominal com o vertebral;
• Aumento pressão venosa intra-abdominal:
sangue flui para o plexo venoso vertebral,
carreando ovos e vermes adultos.
25. PATOGENIA
• Processo inflamatório imunoalérgico
- Aumento eosinófilos no LCR
- Aumento de proteínas no LCR
- Granuloma: bloqueio do espaço
subaracnóideo
26. FORMAS CLÍNICAS
• Assintomática: achados em necrópsias 4x mais
frequente;
• Encefálica:
- Esquistossomose japônica
- Manifestações de hipertensão intracraniana
• Mielorradiculopática:
- Esquistossomose mansônica
27. QUADRO CLÍNICO: MIELOPATIA
• Paraparesia progressiva e, às vezes, paraplegia;
• Paraparestesia e hipoestesia principalmente em
região selar (S1 a S5);
• Alterações esfincterianas vesical e retal:
incontinência e/ou retenções;
• Impotência sexual;
• Forte dor lombar baixa;
• História de infestação recente – contato com
água contaminada entre 6 meses a 1 ano atrás.
28. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Traumatismo medular;
• Tumores;
• Deficiência de vitamina B12;
• Abscessos medulares;
• Tuberculose;
• Neurocisticercose;
• Sífilis;
• Diabetes;
• Doença autoimune;
• HIV e Hepatite B.
33. EPIDEMIOLOGIA
• Brasil: frequência em São Paulo, Minas Gerais,
Paraná e Goiás;
• Ambos os sexos;
• Qualquer idade na faixa de 5 a 75 anos;
• Pico de incidência: 25 a 35 anos.
35. TRANSMISSÃO
• Autoinfestação em indivíduos portadores de
teníase (mãos contaminadas);
• Heteroinfestação: alimentos (verduras cruas),
água e mãos contaminadas.
36. PATOGENIA
• Estômago, perda da camada de quitina dos
ovos.
• Intestino delgado: liberação das oncosferas;
• Oncosferas alcançam a circulação pelos vasos
mesentéricos;
• Desenvolvimento em tecidos com alta
concentração de oxigênio;
• Larva (cisticerco).
37. PATOGENIA
• Tecidos mais frequentemente acometidos:
- Sistema nervoso central
- Musculatura esquelética
- Tecido celular subcutâneo
• Tecidos menos frequentes:
- Medula espinal
- Globos oculares
- Nervo periférico
- Língua, trompas de Falópio, coração, pulmões,
pleura, peritônio e órbita ocular.
38. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Assintomático: 8 a 30% das infestações;
• NC Subaracnóide:
- Síndrome de hipertensão intracraniana (SHIC)
na presença de hidrocefalia obstrutiva
- Meningite crônica.
• NC intraventricular: SHIC por hidrocefalia
obstrutiva