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Evolução da gestão moderna
Carina Mano | 2014
Pré-história da Gestão das Organizações
 Constituição de Chow (1100
a.C.): descrição de funções,
distribuição de tarefas
 A arte da guerra (500 a.C.):
planeamento, organização e
liderança
 Primeiro concurso público
(120 a.C.)
 Grécia clássica – Sócrates e
Platão: pensamento
administrativo, divisão do
trabalho e especialização de
tarefas
Revolução Industrial
Revolução
Industrial
1.ª Fase – século XVIII
• Tecnologia: ferro e vapor
• Setores destaque: têxtil,
siderúrgico, agrícola
• Localização destaque: Europa
Ocidental (Inglaterra, Bélgica,
França)
2.ª Fase – século XIX
• Tecnologia: aço, petróleo e
eletricidade
• Setores destaque:
petroquímico, metalúrgico,
automóvel
• Localização destaque:
Europa, EUA, Japão
Consequências Consequências
Económicas:
 Capitalismo
 Crescimento económico
 Trabalho assalariado
 Mudança do centro
económico do
Mediterrâneo para o Norte
Europeu
Políticas:
 Oposição ao capitalismo
 Liberalismo económico
Sociais:
 Êxodo rural e
urbanização
 Surgimento da classe
operária
 Enfraquecimento dos
laços familiares
Ambientais:
 Poluição da água e do ar
 Maior extração de
matéria prima
Taylor
1886
Ford
1910
Fayol
1926
Gestão Científica: (in)eficácia e
(in)eficiência operacional –
perspetiva bottom up.
Produção em série, integração
vertical e horizontal,
padronização, economização,
colaboradores bem pagos
Gestão Administrativa: planear,
organizar, liderar, controlar e
coordenar – perspetiva top down
Origens…
RH
Princípios
A Teoria das Relações Humanas foi
basicamente um movimento de
“OPOSIÇÃO” à Teoria Clássica...
Nasce da necessidade de corrigir a tendência
à “Desumanização do Trabalho”
decorrente da aplicação de métodos
rigorosos, científicos e precisos aos quais
os trabalhadores deveriam submeter-se...
Origens…
• Enfatiza o entendimento do
Comportamento, Necessidades
e Atitudes dos seres humanos
no local de trabalho:
 RELAÇÕES HUMANAS;
 GRUPOS INFORMAIS;
 COMUNICAÇÃO…
Ênfase
 Médico e filósofo australiano
 Análise organizacional sob conceitos da Psicologia e
Psicanálise
 Interessou-se pelo fenómeno de
spleen industrial: abatimento moral dos
trabalhadores e consequente perda de
Interesse pelo trabalho e fadiga
 Perspetiva clínica das organizações
valeu-lhe patrocínios e nomeação para o
corpo docente de Harvard
Elton Mayo
A Experiência de Hawthorne
Western Electric
Company
Chicago,
Hawthorne
1927
 Realizada entre 1924 e 1933
 Fábrica da Western Electric Company, situada em
Chicago, no bairro Hawthorne
 Lâmpada inventada em 1878
 Primeiros sistemas elétricos públicos instalados em
NY e Londres em 1882: permitiu a colonização da
noite
 Operários trabalhavam com luz natural ou velas
 General Electric queria demonstrar relação direta
entre iluminação e resultados: produtividade,
acidentes e vista dos trabalhadores.
Experiência de Hawthorne
Estudos da iluminação:
qualidade da iluminação vs. produtividade
 Grupo de observação
com intensidade de
luz variável.
 Grupo de controle
com intensidade de
luz constante.
Experiência de Hawthorne – 1.ª Fase
 Os operários julgavam-se na obrigação de produzir
mais quando a intensidade de iluminação
aumentava e, o contrário, quando diminuía.
 Comprovou-se a preponderância do fator
psicológico sobre o fator fisiológico.
 Conclusão: a produtividade aumenta quando há a
perceção dos trabalhadores que a direção da
empresa lhes dá atenção.
Experiência de Hawthorne – 1.ª Fase
 6 mulheres constituiam o grupo de observação
“separadas” do restante do departamento apenas por uma
divisória de madeira.
 O restante departamento
constituía o grupo de controle,
que continuava a trabalhar nas
mesmas condições.
 Horário de trabalho 48 horas
semanais, 6 dias, sem intervalos
 Equipamento de trabalho idêntico
ao utilizado no departamento, apenas incluindo um plano
inclinado com um contador de peças que marcava a
produção numa fita perfurada.
Experiência de Hawthorne – 2.ª Fase
 Índice de comparação entre os grupos foi a produção
 Grupo de observação tinha um observador que
tomava notas, conversava, escutava, mantendo uma
relação amistosa.
 Operárias do grupo de observação foram convidadas
para participar na pesquisa e esclarecidas quanto aos
seus objetivos: determinar o efeito de certas mudanças
nas condições de trabalho (período de descanso,
lanches, redução no horário de trabalho etc.).
 Eram informadas dos resultados e as modificações
eram antes submetidas à sua aprovação.
 A pesquisa foi dividida em 12 períodos.
Experiência de Hawthorne – 2.ª Fase
Questões para a 2.ª fase:
Quais as atitudes das
colaboradoras face à
empresa?
Porque diminuía o
trabalho produzido no
período da tarde?
Eram as pausas
desejáveis?
Experiência de Hawthorne – 2.ª Fase
 Gostavam de trabalhar... era divertido e permitia-se
trabalhar com mais liberdade e menor ansiedade.
 Ambiente amistoso e sem pressões, a conversa
permitida, aumentando a satisfação no trabalho.
 Não havia temor ao supervisor que era mais um
orientador.
 Desenvolvimento social do grupo experimental.
 Amizades entre si.
 Passaram a preocupar-se umas com as outras.
 Tornaram-se uma equipa.
 Desenvolvimento de liderança e objetivos comuns, como
aumentar o ritmo de produção.
Experiência de Hawthorne – 2.ª Fase
 Os pesquisadores afastaram-se gradualmente do
estudo das melhores condições físicas de trabalho
e passaram a estudar as Relações Humanas...
 A empresa apesar da sua política de pessoal
aberta, pouco sabia sobre os fatores
determinantes das atitudes das operárias em
relação à supervisão...
 O grupo de controle considerava humilhante a
supervisão vigilante e constrangedora.
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Experiência de Hawthorne – 3.ª Fase
Entrevistas: um sucesso!
• Método de entrevista não diretiva.
• Conhecer as atitudes e sentimentos dos colaboradores.
• Ouvir as suas opiniões quanto ao trabalho e tratamento que
recebiam, bem como ouvir sugestões sobre a formação dos
supervisores.
 Revelou a existência da organização informal dos operários a
fim de se protegerem das ameaças da Administração.
 Os operários mantêm-se unidos através de laços de lealdade.
A importância do fator humano!
Experiência de Hawthorne – 3.ª Fase
Sala de montagem de terminais:
>>> análise da relação entre a Organização Informal dos
Operários e a Organização Formal da Fábrica
 Grupo experimental numa sala especial com condições de
trabalho idênticas às do departamento.
 Um observador dentro da sala e um entrevistador fora a
entrevistar o grupo.
 Sistema de pagamento baseado na produção do grupo. O
salário só poderia ser maior se a produção total aumentasse.
 O observador pôde notar que os operários dentro da sala
usavam uma porção de artimanhas – logo que os operários
atingiam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam
o ritmo de trabalho.
Experiência de Hawthorne – 4.ª Fase
Sala de montagem de terminais:
>>> análise da relação entre a Organização Informal dos
Operários e a Organização Formal da Fábrica
 Os operários passaram a apresentar uma certa uniformidade
de sentimentos e solidariedade grupal.
 O grupo desenvolveu métodos para assegurar as suas
atitudes:
 consideravam delator o membro que prejudicasse algum
companheiro
 pressionavam os mais rápidos para estabilizarem a sua
produção por meio de punições simbólicas.
Experiência de Hawthorne – 4.ª Fase
 Nível de produção é determinado pela integração
“social” e não pela capacidade física dos operários.
 Comportamento do indivíduo apoia-se totalmente
no grupo (agem como parte do grupo).
 Comportamento e motivação dos trabalhadores
está condicionado a normas e padrões sociais
(agem de modo a obter recompensas sociais ou a não
obter sanções sociais).
Experiência de Hawthorne – Conclusões
 A empresa passou a ser vista como um conjunto
de grupos sociais informais, cuja estrutura
nem sempre coincide com a organização formal.
 A existência de grupos sociais mantém-se em
constante interação social dentro da empresa.
 Moral, motivação e eficiência do trabalhador
são influenciadas pelo conteúdo e pela natureza
do trabalho.
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Resumo...
 Trata a organização como um Grupo de Pessoas;
 Inspirada em Sistemas de Psicologia;
 Autonomia do colaborador;
 Confiança e Abertura;
 Ênfase nas Relações Humanas entre as pessoas;
 Confiança
nas pessoas;
 Dinâmica
grupal.
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 MOTIVAÇÃO;
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Teoria das Relações Humanas
Críticas...
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relações industriais;
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trabalhador;
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Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas
Trata a organização como uma Máquina Trata a organização como um Grupo de Pessoas
Enfatiza as tarefas ou a tecnologia Enfatiza as Pessoas
Inspirada em sistemas de engenharia Inspirada em Sistemas de Psicologia
Autoridade Centralizada Delegação Plena de Autoridade
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Acentuada divisão do trabalho Ênfase nas Relações Humanas entre as pessoas
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Evolução da gestão moderna

  • 1. Evolução da gestão moderna Carina Mano | 2014
  • 2. Pré-história da Gestão das Organizações  Constituição de Chow (1100 a.C.): descrição de funções, distribuição de tarefas  A arte da guerra (500 a.C.): planeamento, organização e liderança  Primeiro concurso público (120 a.C.)  Grécia clássica – Sócrates e Platão: pensamento administrativo, divisão do trabalho e especialização de tarefas
  • 3.
  • 4.
  • 6. Revolução Industrial 1.ª Fase – século XVIII • Tecnologia: ferro e vapor • Setores destaque: têxtil, siderúrgico, agrícola • Localização destaque: Europa Ocidental (Inglaterra, Bélgica, França) 2.ª Fase – século XIX • Tecnologia: aço, petróleo e eletricidade • Setores destaque: petroquímico, metalúrgico, automóvel • Localização destaque: Europa, EUA, Japão Consequências Consequências Económicas:  Capitalismo  Crescimento económico  Trabalho assalariado  Mudança do centro económico do Mediterrâneo para o Norte Europeu Políticas:  Oposição ao capitalismo  Liberalismo económico Sociais:  Êxodo rural e urbanização  Surgimento da classe operária  Enfraquecimento dos laços familiares Ambientais:  Poluição da água e do ar  Maior extração de matéria prima
  • 7. Taylor 1886 Ford 1910 Fayol 1926 Gestão Científica: (in)eficácia e (in)eficiência operacional – perspetiva bottom up. Produção em série, integração vertical e horizontal, padronização, economização, colaboradores bem pagos Gestão Administrativa: planear, organizar, liderar, controlar e coordenar – perspetiva top down Origens… RH Princípios
  • 8. A Teoria das Relações Humanas foi basicamente um movimento de “OPOSIÇÃO” à Teoria Clássica... Nasce da necessidade de corrigir a tendência à “Desumanização do Trabalho” decorrente da aplicação de métodos rigorosos, científicos e precisos aos quais os trabalhadores deveriam submeter-se... Origens…
  • 9. • Enfatiza o entendimento do Comportamento, Necessidades e Atitudes dos seres humanos no local de trabalho:  RELAÇÕES HUMANAS;  GRUPOS INFORMAIS;  COMUNICAÇÃO… Ênfase
  • 10.  Médico e filósofo australiano  Análise organizacional sob conceitos da Psicologia e Psicanálise  Interessou-se pelo fenómeno de spleen industrial: abatimento moral dos trabalhadores e consequente perda de Interesse pelo trabalho e fadiga  Perspetiva clínica das organizações valeu-lhe patrocínios e nomeação para o corpo docente de Harvard Elton Mayo
  • 11. A Experiência de Hawthorne Western Electric Company Chicago, Hawthorne 1927
  • 12.  Realizada entre 1924 e 1933  Fábrica da Western Electric Company, situada em Chicago, no bairro Hawthorne  Lâmpada inventada em 1878  Primeiros sistemas elétricos públicos instalados em NY e Londres em 1882: permitiu a colonização da noite  Operários trabalhavam com luz natural ou velas  General Electric queria demonstrar relação direta entre iluminação e resultados: produtividade, acidentes e vista dos trabalhadores. Experiência de Hawthorne
  • 13. Estudos da iluminação: qualidade da iluminação vs. produtividade  Grupo de observação com intensidade de luz variável.  Grupo de controle com intensidade de luz constante. Experiência de Hawthorne – 1.ª Fase
  • 14.  Os operários julgavam-se na obrigação de produzir mais quando a intensidade de iluminação aumentava e, o contrário, quando diminuía.  Comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico.  Conclusão: a produtividade aumenta quando há a perceção dos trabalhadores que a direção da empresa lhes dá atenção. Experiência de Hawthorne – 1.ª Fase
  • 15.  6 mulheres constituiam o grupo de observação “separadas” do restante do departamento apenas por uma divisória de madeira.  O restante departamento constituía o grupo de controle, que continuava a trabalhar nas mesmas condições.  Horário de trabalho 48 horas semanais, 6 dias, sem intervalos  Equipamento de trabalho idêntico ao utilizado no departamento, apenas incluindo um plano inclinado com um contador de peças que marcava a produção numa fita perfurada. Experiência de Hawthorne – 2.ª Fase
  • 16.  Índice de comparação entre os grupos foi a produção  Grupo de observação tinha um observador que tomava notas, conversava, escutava, mantendo uma relação amistosa.  Operárias do grupo de observação foram convidadas para participar na pesquisa e esclarecidas quanto aos seus objetivos: determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho (período de descanso, lanches, redução no horário de trabalho etc.).  Eram informadas dos resultados e as modificações eram antes submetidas à sua aprovação.  A pesquisa foi dividida em 12 períodos. Experiência de Hawthorne – 2.ª Fase
  • 17. Questões para a 2.ª fase: Quais as atitudes das colaboradoras face à empresa? Porque diminuía o trabalho produzido no período da tarde? Eram as pausas desejáveis? Experiência de Hawthorne – 2.ª Fase
  • 18.  Gostavam de trabalhar... era divertido e permitia-se trabalhar com mais liberdade e menor ansiedade.  Ambiente amistoso e sem pressões, a conversa permitida, aumentando a satisfação no trabalho.  Não havia temor ao supervisor que era mais um orientador.  Desenvolvimento social do grupo experimental.  Amizades entre si.  Passaram a preocupar-se umas com as outras.  Tornaram-se uma equipa.  Desenvolvimento de liderança e objetivos comuns, como aumentar o ritmo de produção. Experiência de Hawthorne – 2.ª Fase
  • 19.  Os pesquisadores afastaram-se gradualmente do estudo das melhores condições físicas de trabalho e passaram a estudar as Relações Humanas...  A empresa apesar da sua política de pessoal aberta, pouco sabia sobre os fatores determinantes das atitudes das operárias em relação à supervisão...  O grupo de controle considerava humilhante a supervisão vigilante e constrangedora. Programa de Entrevistas!!! Experiência de Hawthorne – 3.ª Fase
  • 20. Entrevistas: um sucesso! • Método de entrevista não diretiva. • Conhecer as atitudes e sentimentos dos colaboradores. • Ouvir as suas opiniões quanto ao trabalho e tratamento que recebiam, bem como ouvir sugestões sobre a formação dos supervisores.  Revelou a existência da organização informal dos operários a fim de se protegerem das ameaças da Administração.  Os operários mantêm-se unidos através de laços de lealdade. A importância do fator humano! Experiência de Hawthorne – 3.ª Fase
  • 21. Sala de montagem de terminais: >>> análise da relação entre a Organização Informal dos Operários e a Organização Formal da Fábrica  Grupo experimental numa sala especial com condições de trabalho idênticas às do departamento.  Um observador dentro da sala e um entrevistador fora a entrevistar o grupo.  Sistema de pagamento baseado na produção do grupo. O salário só poderia ser maior se a produção total aumentasse.  O observador pôde notar que os operários dentro da sala usavam uma porção de artimanhas – logo que os operários atingiam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam o ritmo de trabalho. Experiência de Hawthorne – 4.ª Fase
  • 22. Sala de montagem de terminais: >>> análise da relação entre a Organização Informal dos Operários e a Organização Formal da Fábrica  Os operários passaram a apresentar uma certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal.  O grupo desenvolveu métodos para assegurar as suas atitudes:  consideravam delator o membro que prejudicasse algum companheiro  pressionavam os mais rápidos para estabilizarem a sua produção por meio de punições simbólicas. Experiência de Hawthorne – 4.ª Fase
  • 23.  Nível de produção é determinado pela integração “social” e não pela capacidade física dos operários.  Comportamento do indivíduo apoia-se totalmente no grupo (agem como parte do grupo).  Comportamento e motivação dos trabalhadores está condicionado a normas e padrões sociais (agem de modo a obter recompensas sociais ou a não obter sanções sociais). Experiência de Hawthorne – Conclusões
  • 24.  A empresa passou a ser vista como um conjunto de grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal.  A existência de grupos sociais mantém-se em constante interação social dentro da empresa.  Moral, motivação e eficiência do trabalhador são influenciadas pelo conteúdo e pela natureza do trabalho. Experiência de Hawthorne – Conclusões
  • 26.  Trata a organização como um Grupo de Pessoas;  Inspirada em Sistemas de Psicologia;  Autonomia do colaborador;  Confiança e Abertura;  Ênfase nas Relações Humanas entre as pessoas;  Confiança nas pessoas;  Dinâmica grupal. Teoria das Relações Humanas
  • 27. Novos conceitos em gestão e administração:  MOTIVAÇÃO;  MORAL E A ATITUDE;  LIDERANÇA – Estilos de Liderança;  TEORIA DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE;  COMUNICAÇÃO;  GRUPOS E ORGANIZAÇÃO INFORMAL. Teoria das Relações Humanas
  • 29.  Oposição cerrada à Teoria Clássica;  Inadequada visualização dos problemas das relações industriais;  Conceção ingénua e romântica do trabalhador;  Limitação do campo experimental;  Ênfase nos grupos informais;  Manipulação das Relações Humanas... Críticas
  • 31. Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas Trata a organização como uma Máquina Trata a organização como um Grupo de Pessoas Enfatiza as tarefas ou a tecnologia Enfatiza as Pessoas Inspirada em sistemas de engenharia Inspirada em Sistemas de Psicologia Autoridade Centralizada Delegação Plena de Autoridade Linhas claras de autoridade Autonomia do colaborador Especialização e competência Técnica Confiança e Abertura Acentuada divisão do trabalho Ênfase nas Relações Humanas entre as pessoas Confiança nas regras e nos regulamentos Confiança nas Pessoas Clara separação entre Linha e Staff Dinâmica Grupal e Interpessoal