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Escolha de Portfólio
considerando Risco e Retornoconsiderando Risco e Retorno
Aula de Fernando Nogueira da CostaFernando Nogueira da Costa
Professor do IE-UNICAMP
http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/
Estrutura da apresentação
Risco e RetornoRisco e Retorno
2
Modelo de Precificação deModelo de Precificação de
Ativos FinanceirosAtivos Financeiros (CAPM)(CAPM)
Relação entre risco e retorno
• Risco e retorno são a base sobre a qual se tomam decisões
racionais sobre investimentos.
• Risco é a medida da volatilidade ou da incerteza de retornos.
• Retornos são diferenças entre receitas e despesas esperadas• Retornos são diferenças entre receitas e despesas esperadas
ou fluxos de caixa previstos de qualquer investimento.
• Retornos de aplicação em renda fixa não flutuam muito e
são considerados seguros; apostas em resultado
desconhecido, como aplicação em renda variável,
pode dar grande ganho, mas também pode dar perda total.
3
Retorno proporcional
ao risco envolvido
• Se “negócio seguro” garantisse retorno elevado,
todos os investidores o escolheriam,
resultando em excesso nele e escassez em outros.
• Para investirem em outro negócio,• Para investirem em outro negócio,
arriscado ou especulativo,
os investidores exigem retorno mais elevado.
• Risco é o grau de incerteza associado ao investimento;
quanto maior a volatilidade dos retornos,
maior será seu risco.
4
Risco: volatilidade e prazo
• Em finanças, o risco é mensurado pelo grau de
volatilidade associado aos retornos esperados.
• Volatilidade é a quantidade de flutuações
que ocorrem com uma série de númerosque ocorrem com uma série de números
ao se desviarem da média representativa.
• Outro fator que aumenta o risco é o prazo:
o dinheiro hoje vale mais para os investidores
do que o mesmo dinheiro no futuro, logo,
o futuro é mais arriscado do que o presente.
5
Compensação entre risco e retorno
• A taxa de retorno requerida (taxa de desconto)
aumenta com o aumento do risco de aplicar mais
fundos em ativo que promete retorno futuro.
• Quanto mais tempo o capital estiver sob risco,
maior o retorno requerido.
• Quanto mais tempo o capital estiver sob risco,
maior o retorno requerido.
• As decisões de orçamento de capital envolvem:
1. o ajuste ao risco dos futuros retornos e
2. a comparação das receitas com as despesas esperadas
do projeto, determinando se ela é aceitável ou não.
6
1. Mensuração do retorno
• Muitas vezes não é possível determinar os futuros retornos
do investimento em projeto, pois, simplesmente,
não há dados disponíveis.
• Tudo seria previsível, caso cada evento fosse idêntico a evento
anterior, mas, então, nenhuma mudança jamais ocorreria.
• Em Finanças, teoricamente, é possível usar aproximações, isto é,
procura-se a ação de empresa de comportamento semelhante à
do projeto em estudo, calculam-se os retornos esperados dessa
ação e, então, supõe-se que esses retornos refletirão o retorno
do projeto em estudo.
• “Semelhança com a verdade
não é o mesmo que a verdade” (Sócrates).
7
Kˉ = KrPr + KnPn + KePe
• Retorno esperado = (dividendos + valorização
do capital do ano corrente) / preço da ação
no ano anterior: Kt = [Dt + (Pt – P t -1)] / P t-1
• Deve-se ponderar os retornos esperados (Ki)
em períodos de recessão (r), de normalidade (n) e
de expansão (e) pela probabilidade de ocorrência
de cada uma dessas condições macroeconômicas
(Pi), de acordo com opinião de especialistas.
Decisões financeiras conforme
o cenário macroeconômico
PARÂMETROS / CENÁRIOS INSTABILIDADE ESTABILIDADE CRESCIMENTO
Taxa de inflação Ascendente Estável Declinante
Taxa de juros Ascendente Estável Declinante
Taxa de câmbio Ascendente Declinante Declinante
IBOVESPA Declinante Ascendente Ascendente
CDB pós-fixado CDB pós-fixadoCDB pós-fixado CDB pós-fixado
CDB prefixado CDB prefixado
Aplicações Fundos DI Fundos DI
recomendadas Fundos Renda Fixa Fundos Renda Fixa
no cenário Fundos IGP-M
Dólar
Ações Ações
2. Mensuração do risco
• O risco é definido como o desvio dos resultados
esperados em relação à média do valor esperado.
• Risco também pode ser considerado como
a chance de que ocorra perda ou ganho
• Risco também pode ser considerado como
a chance de que ocorra perda ou ganho
com o investimento em ativo ou projeto.
• As chances de se obter lucro ou prejuízo depende
do grau de variabilidade dos retornos esperados.
10
Distinção entre o nível de risco e
o risco do prazo
• Para analisar o risco, a distinção entre 1. o nível de risco
e 2. o risco do prazo é necessária, porque as decisões de
investimento se baseiam no cálculo do valor presente dos
fluxos de caixa gerados pelo investimento.
• Para obter o valor presente de série de• Para obter o valor presente de série de
fluxos de caixa futuros, deve-se primeiro estabelecer
o grau de risco (taxa de desconto) do projeto.
• Segundo, já que esses fluxos de caixa são gerados
durante certo número de períodos futuros,
deve-se levar em conta o valor do dinheiro no tempo.
11
1. Nível de risco
• O nível de risco pode ser determinado pela
comparação do risco de um projeto com o de outro.
• Geralmente, algumas empresas (“large caps”)
têm baixo nível de risco, enquantotêm baixo nível de risco, enquanto
outras (“mid” e “small caps”), alto nível.
• A volatilidade dos retornos de
empresas de baixo risco é, geralmente, baixa,
enquanto os retornos de empresas de alto risco
estão sujeitos a elevada volatilidade.
12
2. Risco do prazo
• Risco é função crescente do prazo, ou seja,
quanto maior o tempo que os fundos permanecem aplicados,
maior é o risco envolvido.
• Risco total = taxa livre de risco + prêmio pelo risco.
• Taxa livre de risco = nível de risco da taxa de juros paga pelas
Letras do Tesouro norte-americano.
• Prêmio pelo risco = parte da taxa de retorno requerida por ativo,
cobrada a partir da taxa livre de risco, para cima;
este tipo de classificação do risco ajuda os investidores a
mensurarem o risco relativo aos prazos dos diferentes ativos.
13
Atribuição de probabilidades
• As probabilidades ajudam a determinar
as chances de sucesso de algum evento ocorrer.
• Quando não existem experiências anteriores que possam ser
tomadas como referência, recorre-se à avaliação subjetiva
para estabelecer a probabilidade do resultado.para estabelecer a probabilidade do resultado.
• Trabalha-se com a hipótese de que os retornos,
provavelmente, estejam situados em determinado intervalo:
quanto maior a incerteza do resultado, maior o intervalo.
• Atribui-se pesos ou probabilidades aos valores no intervalo, a fim
de reduzir a amplitude, tornando os dados mais manipuláveis.
14
Desvio-padrão como medida de risco
• A forma comum de se medir o risco de algum ativo é calcular
os desvios dos retornos em relação ao retorno médio ou esperado.
• Supondo que todos os valores tenham distribuição normal – que
os retornos distribuam-se igualmente quanto ao retorno esperado
–, é possível mensurar a volatilidade dos retornos
para cada projeto, tornando, assim, seus riscos comparáveis.
• Isso pode ser feito subtraindo cada retorno projetado de sua média
e elevando ao quadrado os valores derivados,
para eliminar o problema do sinal negativo.
• Em contexto de incertezas, atribui-se probabilidades a cada desvio
para se obter um único valor representativo, chamado variância; ao
extrair a raiz quadrada da variância, encontra-se o desvio-padrão.
15
Balanceamentos entre o risco e
o retorno de diferentes investimentos
• Para comparar os balanceamentos entre o risco
e o retorno de diferentes investimentos, é necessário
estabelecer esses valores em termos relativos.
• O coeficiente de variação, o qual representa o desvio-• O coeficiente de variação, o qual representa o desvio-
padrão dos retornos dividido pelo retorno esperado,
realiza esse feito: CV = σ / Kˉ.
• Quanto menor o valor do coeficiente de variação,
melhor a qualidade do investimento,
sob o ponto de vista de risco/retorno.
16
Risco total = risco diversificável +
risco não-diversificável
• Quando se adicionam mais ativos a alguma carteira,
apenas o risco diversificável se reduz.
• Se os investimentos adicionarem
títulos com os mesmos padrões de dispersão etítulos com os mesmos padrões de dispersão e
o mesmo movimento dos títulos já existentes na carteira,
o risco total da carteira permanece o mesmo.
• A idéia-chave é encontrar títulos que se movimentem
de modo diferente, para reduzir o risco diversificável.
17
Princípio da covariância
• A procura por
títulos com
movimentação
diferente
• A covariância é
o método estatístico
para comparar
o movimento dediferente
torna-se mais fácil
com o uso da
medida chamada
covariância.
o movimento de
diversas variáveis,
no caso,
os retornos dos
títulos em carteira.
18
Coeficiente de correlação
• O coeficiente de correlação (R) é substituto para a covariância,
que limita os valores em intervalo de +1 e -1,
apontando a correlação entre os retornos dos ativos,
isto é, como um se movimenta em relação ao outro.
• Se eles se movimentarem exatamente da mesma maneira,
o (R) tem o valor de +1; se seus movimentos foremo (R) tem o valor de +1; se seus movimentos forem
em direção opostas, o (R) tem o valor de -1; quando os retornos
dos ativos não se correlacionam entre si, o (R) é igual a zero (0).
• Sua fórmula – P a,b = ∑ [(Ka – Kˉa) (Kb – Kˉb) / N] / σa . σb –
mede a volatilidade do ativo A em relação à do ativo B (Ka - Kb),
no numerador, e essa covariância entre os dois ativos é
padronizada pelo produto dos desvios padrão dos dois ativos,
no denominador. 19
Teoria da diversificação do risco
• Qualquer carteira diversificada de investimentos
é mais segura do que a totalidade dos recursos disponíveis
aplicada em um único ativo selecionado.
• Se a covariância entre os vários ativos, na carteira, não for
total (100%), o risco total dela é menor do que da simples
soma dos riscos de cada ativo, considerado em separado.
20
soma dos riscos de cada ativo, considerado em separado.
• Logo, o portfolio que contenha ativos que serão afetados
em direções opostas por eventos futuros, compensando-se, é
menos arriscado do que cada ativo particular que o compõe.
• Enquanto o retorno da carteira diversificada equivalerá
à média ponderada das taxas de retorno de seus
componentes individuais, a volatilidade resultante será
inferior à média das volatilidades desses componentes.
Modelo de PrecificaçãoModelo de Precificação
de Ativos Financeirosde Ativos Financeirosde Ativos Financeirosde Ativos Financeiros
(CAPM)(CAPM)
Modelo de Precificação de Ativos Financeiros
(CAPM – Capital Asset Pricing Model)
• O CAPM relaciona os riscos não-diversificáveis previstos
aos retornos esperados, partindo da premissa que existe
relacionamento estreito entre os retornos dos ativos individuais
e os retornos do mercado (ganhos de capital + dividendos).
• Retorno Esperado = r + β . PRM, onde:
• r (Taxa Livre de Riscos) é a taxa de juros proveniente de
investimento de baixo risco, p.ex., em LTN ou LFT;
• β (beta) é a medida de risco ou de sensibilidade
dos retornos da ação da empresa em relação aos retornos do
mercado acionário, que pode ser aproximado pelo Ibovespa;
• PRM é o Prêmio por Risco do Mercado Acionário, ou seja,
é quanto a mais de retorno acima da taxa de juros livre de riscos
é esperado para se investir no mercado acionário. 22
Modelo de Precificação de Ativos Financeiros
(CAPM)
• Sendo o β do mercado
igual a 1,
todos os títulos que
tiverem β > 1
serão mais arriscados
que o mercado,
e vice-versa.
• Na seleção de carteira,
investidores que
selecionarem ações com
β menores terão,
provavelmente,
que o mercado,
e vice-versa. provavelmente,
retornos menores
que aqueles que
selecionarem ações com
β maiores e, portanto,
mais arriscadas.
23
Usando CAPM para calcular os betas (βs)
das ações individuais em gráficos
• Em gráfico cujos eixos sejam os retornos mensais de
cada ação (Ra) e os retornos médios do mercado (Rm),
supõe-se correlação entre eles
e usa-se a equação padrão: Ra = a + β (Rm) + e
• CAPM considera a (constante) e e (erro) = 0, logo:• CAPM considera a (constante) e e (erro) = 0, logo:
Ra = β (Rm)
• O beta β (inclinação da curva) é a medida relativa
(% ou n vezes) do risco não-diversificado associado
aos retornos de determinada ação em relação
aos retornos do índice do mercado.
Uso do CAPM para calcular os betas (βs) das
ações individuais em gráficos
2
Ação A
β = 2,0
Ação B
β = 1,0
% Retornos das ações
(Rs)
Estimando o retorno do
mercado (Rm) em 10%,
os retornos esperados
de cada ação seriam:
1
1 1
2
1
0,6
Ação C
β = 0,6
% Retornos médios do mercado
(Rm)
de cada ação seriam:
Ra = 20%
Rb = 10%
Rc = 6%
Determinação do beta (β)
de forma alternativa
• Em vez de usar a inclinação ou declividade de cada curva
característica das relações entre os retornos de ações e
o retorno do mercado, para calcular o β, esse valor de risco
pode ser calculado da seguinte forma: β = (σa / σm ) P a, m
• Determinados os desvios-padrão das ações (σa)
e do mercado (σm) e o coeficiente de correlação (P a, m ),
o β pode ser determinado dessa forma alternativa.
• Quanto menor for o coeficiente de correlação (P a, m < 1),
menor será o risco diversificável ou beta (β).
26
Beta (β) & Alfa (α)
• Os investidores não podem ignorar a diferença entre
o retorno esperado de determinada classe de ativos
e o risco resultante das decisões de superar o desempenho
dessa classe de ativos.
• Gestão passiva: o propósito de buscar o beta (β)• Gestão passiva: o propósito de buscar o beta (β)
foca no comportamento do mercado e
em como compor e precificar portfólios
à luz desse comportamento.
• Gestão ativa: o propósito de buscar o alfa (α)
foca na realização de retornos acima de algum paradigma.
27
Alfa (α): mede o desvio da performance
do portfólio daquela prevista pelo CAPM
• Não é necessário praticar estratégias de gestão ativa de carteiras,
visando superar a performance de risco/retorno da Carteira de
Mercado, através da tentativa de descoberta de ativos precificados,
transitoriamente, abaixo do seu valor justo ou fundamental,
desde que ocorram os pressupostos da teoria do portfólio:desde que ocorram os pressupostos da teoria do portfólio:
1. Investidores são racionais e selecionam carteira
com base na média e variância dos retornos dos ativos;
2. Aplicam esta seleção ao mesmo universo de ativos;
3. Possuem horizontes de seleção idênticos;
4. Experimentam o mesmo ambiente de regras;
5. Têm expectativas homogêneas sobre os fluxos de caixa dos ativos.
Teoria do portfólio e prática dos
participantes do mercado
• CAPM pressupõe a Hipótese do Mercado Eficiente,
devido à rápida precificação de toda a informação disponível,
mas como os agentes desconhecem a priori o conteúdo aleatório
das notícias do futuro, a HME e o CAPM prevêem que
o alfa (α) tornar-se-á nulo ao longo do tempo.
• Entretanto, os analistas de mercado, contrariando
a prescrição dessa Teoria do Portfólio, praticam:
1. ou a análise técnica, supondo que “preços têm memória”,
pois se movimentam em tendência,
com dependência em relação às oscilações que se sucedem,
2. ou a análise fundamentalista, cujo pressuposto é que
a precificação de mercado, em curto prazo,
desvia-se do valor fundamental ou justo de cada ativo.
fercos@eco.unicamp.br
http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

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Escolha de-portfolio-considerando-risco-e-retorno

  • 1. Escolha de Portfólio considerando Risco e Retornoconsiderando Risco e Retorno Aula de Fernando Nogueira da CostaFernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/
  • 2. Estrutura da apresentação Risco e RetornoRisco e Retorno 2 Modelo de Precificação deModelo de Precificação de Ativos FinanceirosAtivos Financeiros (CAPM)(CAPM)
  • 3. Relação entre risco e retorno • Risco e retorno são a base sobre a qual se tomam decisões racionais sobre investimentos. • Risco é a medida da volatilidade ou da incerteza de retornos. • Retornos são diferenças entre receitas e despesas esperadas• Retornos são diferenças entre receitas e despesas esperadas ou fluxos de caixa previstos de qualquer investimento. • Retornos de aplicação em renda fixa não flutuam muito e são considerados seguros; apostas em resultado desconhecido, como aplicação em renda variável, pode dar grande ganho, mas também pode dar perda total. 3
  • 4. Retorno proporcional ao risco envolvido • Se “negócio seguro” garantisse retorno elevado, todos os investidores o escolheriam, resultando em excesso nele e escassez em outros. • Para investirem em outro negócio,• Para investirem em outro negócio, arriscado ou especulativo, os investidores exigem retorno mais elevado. • Risco é o grau de incerteza associado ao investimento; quanto maior a volatilidade dos retornos, maior será seu risco. 4
  • 5. Risco: volatilidade e prazo • Em finanças, o risco é mensurado pelo grau de volatilidade associado aos retornos esperados. • Volatilidade é a quantidade de flutuações que ocorrem com uma série de númerosque ocorrem com uma série de números ao se desviarem da média representativa. • Outro fator que aumenta o risco é o prazo: o dinheiro hoje vale mais para os investidores do que o mesmo dinheiro no futuro, logo, o futuro é mais arriscado do que o presente. 5
  • 6. Compensação entre risco e retorno • A taxa de retorno requerida (taxa de desconto) aumenta com o aumento do risco de aplicar mais fundos em ativo que promete retorno futuro. • Quanto mais tempo o capital estiver sob risco, maior o retorno requerido. • Quanto mais tempo o capital estiver sob risco, maior o retorno requerido. • As decisões de orçamento de capital envolvem: 1. o ajuste ao risco dos futuros retornos e 2. a comparação das receitas com as despesas esperadas do projeto, determinando se ela é aceitável ou não. 6
  • 7. 1. Mensuração do retorno • Muitas vezes não é possível determinar os futuros retornos do investimento em projeto, pois, simplesmente, não há dados disponíveis. • Tudo seria previsível, caso cada evento fosse idêntico a evento anterior, mas, então, nenhuma mudança jamais ocorreria. • Em Finanças, teoricamente, é possível usar aproximações, isto é, procura-se a ação de empresa de comportamento semelhante à do projeto em estudo, calculam-se os retornos esperados dessa ação e, então, supõe-se que esses retornos refletirão o retorno do projeto em estudo. • “Semelhança com a verdade não é o mesmo que a verdade” (Sócrates). 7
  • 8. Kˉ = KrPr + KnPn + KePe • Retorno esperado = (dividendos + valorização do capital do ano corrente) / preço da ação no ano anterior: Kt = [Dt + (Pt – P t -1)] / P t-1 • Deve-se ponderar os retornos esperados (Ki) em períodos de recessão (r), de normalidade (n) e de expansão (e) pela probabilidade de ocorrência de cada uma dessas condições macroeconômicas (Pi), de acordo com opinião de especialistas.
  • 9. Decisões financeiras conforme o cenário macroeconômico PARÂMETROS / CENÁRIOS INSTABILIDADE ESTABILIDADE CRESCIMENTO Taxa de inflação Ascendente Estável Declinante Taxa de juros Ascendente Estável Declinante Taxa de câmbio Ascendente Declinante Declinante IBOVESPA Declinante Ascendente Ascendente CDB pós-fixado CDB pós-fixadoCDB pós-fixado CDB pós-fixado CDB prefixado CDB prefixado Aplicações Fundos DI Fundos DI recomendadas Fundos Renda Fixa Fundos Renda Fixa no cenário Fundos IGP-M Dólar Ações Ações
  • 10. 2. Mensuração do risco • O risco é definido como o desvio dos resultados esperados em relação à média do valor esperado. • Risco também pode ser considerado como a chance de que ocorra perda ou ganho • Risco também pode ser considerado como a chance de que ocorra perda ou ganho com o investimento em ativo ou projeto. • As chances de se obter lucro ou prejuízo depende do grau de variabilidade dos retornos esperados. 10
  • 11. Distinção entre o nível de risco e o risco do prazo • Para analisar o risco, a distinção entre 1. o nível de risco e 2. o risco do prazo é necessária, porque as decisões de investimento se baseiam no cálculo do valor presente dos fluxos de caixa gerados pelo investimento. • Para obter o valor presente de série de• Para obter o valor presente de série de fluxos de caixa futuros, deve-se primeiro estabelecer o grau de risco (taxa de desconto) do projeto. • Segundo, já que esses fluxos de caixa são gerados durante certo número de períodos futuros, deve-se levar em conta o valor do dinheiro no tempo. 11
  • 12. 1. Nível de risco • O nível de risco pode ser determinado pela comparação do risco de um projeto com o de outro. • Geralmente, algumas empresas (“large caps”) têm baixo nível de risco, enquantotêm baixo nível de risco, enquanto outras (“mid” e “small caps”), alto nível. • A volatilidade dos retornos de empresas de baixo risco é, geralmente, baixa, enquanto os retornos de empresas de alto risco estão sujeitos a elevada volatilidade. 12
  • 13. 2. Risco do prazo • Risco é função crescente do prazo, ou seja, quanto maior o tempo que os fundos permanecem aplicados, maior é o risco envolvido. • Risco total = taxa livre de risco + prêmio pelo risco. • Taxa livre de risco = nível de risco da taxa de juros paga pelas Letras do Tesouro norte-americano. • Prêmio pelo risco = parte da taxa de retorno requerida por ativo, cobrada a partir da taxa livre de risco, para cima; este tipo de classificação do risco ajuda os investidores a mensurarem o risco relativo aos prazos dos diferentes ativos. 13
  • 14. Atribuição de probabilidades • As probabilidades ajudam a determinar as chances de sucesso de algum evento ocorrer. • Quando não existem experiências anteriores que possam ser tomadas como referência, recorre-se à avaliação subjetiva para estabelecer a probabilidade do resultado.para estabelecer a probabilidade do resultado. • Trabalha-se com a hipótese de que os retornos, provavelmente, estejam situados em determinado intervalo: quanto maior a incerteza do resultado, maior o intervalo. • Atribui-se pesos ou probabilidades aos valores no intervalo, a fim de reduzir a amplitude, tornando os dados mais manipuláveis. 14
  • 15. Desvio-padrão como medida de risco • A forma comum de se medir o risco de algum ativo é calcular os desvios dos retornos em relação ao retorno médio ou esperado. • Supondo que todos os valores tenham distribuição normal – que os retornos distribuam-se igualmente quanto ao retorno esperado –, é possível mensurar a volatilidade dos retornos para cada projeto, tornando, assim, seus riscos comparáveis. • Isso pode ser feito subtraindo cada retorno projetado de sua média e elevando ao quadrado os valores derivados, para eliminar o problema do sinal negativo. • Em contexto de incertezas, atribui-se probabilidades a cada desvio para se obter um único valor representativo, chamado variância; ao extrair a raiz quadrada da variância, encontra-se o desvio-padrão. 15
  • 16. Balanceamentos entre o risco e o retorno de diferentes investimentos • Para comparar os balanceamentos entre o risco e o retorno de diferentes investimentos, é necessário estabelecer esses valores em termos relativos. • O coeficiente de variação, o qual representa o desvio-• O coeficiente de variação, o qual representa o desvio- padrão dos retornos dividido pelo retorno esperado, realiza esse feito: CV = σ / Kˉ. • Quanto menor o valor do coeficiente de variação, melhor a qualidade do investimento, sob o ponto de vista de risco/retorno. 16
  • 17. Risco total = risco diversificável + risco não-diversificável • Quando se adicionam mais ativos a alguma carteira, apenas o risco diversificável se reduz. • Se os investimentos adicionarem títulos com os mesmos padrões de dispersão etítulos com os mesmos padrões de dispersão e o mesmo movimento dos títulos já existentes na carteira, o risco total da carteira permanece o mesmo. • A idéia-chave é encontrar títulos que se movimentem de modo diferente, para reduzir o risco diversificável. 17
  • 18. Princípio da covariância • A procura por títulos com movimentação diferente • A covariância é o método estatístico para comparar o movimento dediferente torna-se mais fácil com o uso da medida chamada covariância. o movimento de diversas variáveis, no caso, os retornos dos títulos em carteira. 18
  • 19. Coeficiente de correlação • O coeficiente de correlação (R) é substituto para a covariância, que limita os valores em intervalo de +1 e -1, apontando a correlação entre os retornos dos ativos, isto é, como um se movimenta em relação ao outro. • Se eles se movimentarem exatamente da mesma maneira, o (R) tem o valor de +1; se seus movimentos foremo (R) tem o valor de +1; se seus movimentos forem em direção opostas, o (R) tem o valor de -1; quando os retornos dos ativos não se correlacionam entre si, o (R) é igual a zero (0). • Sua fórmula – P a,b = ∑ [(Ka – Kˉa) (Kb – Kˉb) / N] / σa . σb – mede a volatilidade do ativo A em relação à do ativo B (Ka - Kb), no numerador, e essa covariância entre os dois ativos é padronizada pelo produto dos desvios padrão dos dois ativos, no denominador. 19
  • 20. Teoria da diversificação do risco • Qualquer carteira diversificada de investimentos é mais segura do que a totalidade dos recursos disponíveis aplicada em um único ativo selecionado. • Se a covariância entre os vários ativos, na carteira, não for total (100%), o risco total dela é menor do que da simples soma dos riscos de cada ativo, considerado em separado. 20 soma dos riscos de cada ativo, considerado em separado. • Logo, o portfolio que contenha ativos que serão afetados em direções opostas por eventos futuros, compensando-se, é menos arriscado do que cada ativo particular que o compõe. • Enquanto o retorno da carteira diversificada equivalerá à média ponderada das taxas de retorno de seus componentes individuais, a volatilidade resultante será inferior à média das volatilidades desses componentes.
  • 21. Modelo de PrecificaçãoModelo de Precificação de Ativos Financeirosde Ativos Financeirosde Ativos Financeirosde Ativos Financeiros (CAPM)(CAPM)
  • 22. Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (CAPM – Capital Asset Pricing Model) • O CAPM relaciona os riscos não-diversificáveis previstos aos retornos esperados, partindo da premissa que existe relacionamento estreito entre os retornos dos ativos individuais e os retornos do mercado (ganhos de capital + dividendos). • Retorno Esperado = r + β . PRM, onde: • r (Taxa Livre de Riscos) é a taxa de juros proveniente de investimento de baixo risco, p.ex., em LTN ou LFT; • β (beta) é a medida de risco ou de sensibilidade dos retornos da ação da empresa em relação aos retornos do mercado acionário, que pode ser aproximado pelo Ibovespa; • PRM é o Prêmio por Risco do Mercado Acionário, ou seja, é quanto a mais de retorno acima da taxa de juros livre de riscos é esperado para se investir no mercado acionário. 22
  • 23. Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (CAPM) • Sendo o β do mercado igual a 1, todos os títulos que tiverem β > 1 serão mais arriscados que o mercado, e vice-versa. • Na seleção de carteira, investidores que selecionarem ações com β menores terão, provavelmente, que o mercado, e vice-versa. provavelmente, retornos menores que aqueles que selecionarem ações com β maiores e, portanto, mais arriscadas. 23
  • 24. Usando CAPM para calcular os betas (βs) das ações individuais em gráficos • Em gráfico cujos eixos sejam os retornos mensais de cada ação (Ra) e os retornos médios do mercado (Rm), supõe-se correlação entre eles e usa-se a equação padrão: Ra = a + β (Rm) + e • CAPM considera a (constante) e e (erro) = 0, logo:• CAPM considera a (constante) e e (erro) = 0, logo: Ra = β (Rm) • O beta β (inclinação da curva) é a medida relativa (% ou n vezes) do risco não-diversificado associado aos retornos de determinada ação em relação aos retornos do índice do mercado.
  • 25. Uso do CAPM para calcular os betas (βs) das ações individuais em gráficos 2 Ação A β = 2,0 Ação B β = 1,0 % Retornos das ações (Rs) Estimando o retorno do mercado (Rm) em 10%, os retornos esperados de cada ação seriam: 1 1 1 2 1 0,6 Ação C β = 0,6 % Retornos médios do mercado (Rm) de cada ação seriam: Ra = 20% Rb = 10% Rc = 6%
  • 26. Determinação do beta (β) de forma alternativa • Em vez de usar a inclinação ou declividade de cada curva característica das relações entre os retornos de ações e o retorno do mercado, para calcular o β, esse valor de risco pode ser calculado da seguinte forma: β = (σa / σm ) P a, m • Determinados os desvios-padrão das ações (σa) e do mercado (σm) e o coeficiente de correlação (P a, m ), o β pode ser determinado dessa forma alternativa. • Quanto menor for o coeficiente de correlação (P a, m < 1), menor será o risco diversificável ou beta (β). 26
  • 27. Beta (β) & Alfa (α) • Os investidores não podem ignorar a diferença entre o retorno esperado de determinada classe de ativos e o risco resultante das decisões de superar o desempenho dessa classe de ativos. • Gestão passiva: o propósito de buscar o beta (β)• Gestão passiva: o propósito de buscar o beta (β) foca no comportamento do mercado e em como compor e precificar portfólios à luz desse comportamento. • Gestão ativa: o propósito de buscar o alfa (α) foca na realização de retornos acima de algum paradigma. 27
  • 28. Alfa (α): mede o desvio da performance do portfólio daquela prevista pelo CAPM • Não é necessário praticar estratégias de gestão ativa de carteiras, visando superar a performance de risco/retorno da Carteira de Mercado, através da tentativa de descoberta de ativos precificados, transitoriamente, abaixo do seu valor justo ou fundamental, desde que ocorram os pressupostos da teoria do portfólio:desde que ocorram os pressupostos da teoria do portfólio: 1. Investidores são racionais e selecionam carteira com base na média e variância dos retornos dos ativos; 2. Aplicam esta seleção ao mesmo universo de ativos; 3. Possuem horizontes de seleção idênticos; 4. Experimentam o mesmo ambiente de regras; 5. Têm expectativas homogêneas sobre os fluxos de caixa dos ativos.
  • 29. Teoria do portfólio e prática dos participantes do mercado • CAPM pressupõe a Hipótese do Mercado Eficiente, devido à rápida precificação de toda a informação disponível, mas como os agentes desconhecem a priori o conteúdo aleatório das notícias do futuro, a HME e o CAPM prevêem que o alfa (α) tornar-se-á nulo ao longo do tempo. • Entretanto, os analistas de mercado, contrariando a prescrição dessa Teoria do Portfólio, praticam: 1. ou a análise técnica, supondo que “preços têm memória”, pois se movimentam em tendência, com dependência em relação às oscilações que se sucedem, 2. ou a análise fundamentalista, cujo pressuposto é que a precificação de mercado, em curto prazo, desvia-se do valor fundamental ou justo de cada ativo.