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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
BOLETIM DA PNADC – ANÁLISE 1º TRIMESTRE DE 2024
Integra o Produto 2.1 do Plano de Trabalho
Contrato de Prestação de Serviços Nº. 025/2023 – SETRE-BA e DIEESE
MAIO DE 2024
SALVADOR/BA
EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E
ESPORTE DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
JERÔNIMO RODRIGUES
Governador
GERALDO JÚNIOR
Vice-Governador
DAVIDSON DE MAGALHÃES SANTOS
Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte
JUREMAR DE OLIVEIRA
Chefe de Gabinete
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Superintendente de Desenvolvimento do Trabalho
WENCESLAU AUGUSTO DOS SANTOS JUNIOR
Superintendente de Economia Solidária
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Diretor-Geral
FREDERICO FERNANDES
Coordenador do Observatório do Trabalho da Bahia
SETRE – Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte
Endereço: 2ª Avenida, nº 200, Plataforma III - 3º andar, Sala 306 – CAB
Salvador - Bahia – Brasil - CEP: 41.745-003
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EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E
ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE
Direção Técnica
Fausto Augusto Jr – Diretor Técnico
Patrícia Toledo Pelatieri – Diretora Técnica Adjunta
Victor Gnecco Pagani – Diretor Técnico Adjunto
Coordenação Geral do Projeto
Patrícia Toledo Pelatieri – Diretora Técnica Adjunta
Ana Georgina da Silva Dias – Supervisora do Escritório Regional do DIEESE na
Bahia
Ludmila Giuli Pedroso – Técnica Responsável pelo Projeto
Técnica Responsável pelo Estudo
Ludmila Giuli Pedroso
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
Rua Aurora, 957 – Centro – São Paulo – SP – CEP 01209-001
Fone: (11) 3821 2199 – Fax: (11) 3821 2179 –
E-mail: institucional@dieese.org.br
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Site: http://www.portaldotrabalho.ba.gov.br
Bahia registrou redução na desocupação, mas a subocupação ainda foi
elevada no 4º trimestre de 2023
O IBGE divulgou no dia 17 de maio de 20241
os dados da Pesquisa por Amostra de
Domicílios Contínua (PnadC) trimestral, para um conjunto de indicadores relacionados à
força de trabalho, referentes ao 1º trimestre de 2024, composto pelos meses de janeiro a
março. O presente boletim traz a análise de vários desses indicadores do mercado de
trabalho, para a Bahia, no 1º trimestre de 2024, com o objetivo de acompanhar,
periodicamente, a movimentação no mercado de trabalho baiano.
Nos dados divulgados para o estado, chama a atenção o aumento da taxa de desocupação
no 1º trimestre de 2024 em 14,0%, logo, mais elevado que no último trimestre anterior que
foi de 12,7%. Em comparação com o último trimestre de 2023, haviam 888 mil pessoas
desocupadas e passou para um contingente de 986 mil pessoas desocupadas no 1º trimestre
de 2024. Ou seja, um aumento de 98 mil pessoas desocupadas nos primeiros três meses de
2024. Com o aumento do número de pessoas na desocupação, consequentemente, ocorreu
redução de 1,5% (ou 89 mil) do número de ocupados no mesmo período de comparação
(Gráfico 1).
Com a redução do número de ocupados no 1º trimestre de 2024, observa-se que o
contingente de pessoas na subocupação também reduziu-se em 21,3% (ou 170 mil) na
variação trimestral e 4,6% (ou 30 mil) na variação anual. Contudo, os subocupados
representam ainda 10,4% do total de ocupados no 1º trimestre de 2024.
Ressalta-se ainda o aumento do número de pessoas na força de trabalho potencial e entre
os desalentados. No resultado do 1º trimestre de 2024, houve aumento de 2,4% (ou 22 mil)
no número de pessoas na força de trabalho potencial em relação ao trimestre anterior e
2,3% (ou 21 mil) frente ao mesmo trimestre de 2023. Já o contingente de desalentados, que
representaram 64,7% do total de pessoas na força de trabalho potencial, ampliou em 0,8%
(ou 5 mil), no 1º trimestre de 2024, em relação ao 4º trimestre de 2023, enquanto aumentou
1,2% (ou 7 mil) em comparação com o 1º trimestre de 2023.
A melhora em alguns indicadores do mercado de trabalho, no 1º trimestre 2024, pode ser
verificada com a redução do número de ocupados na informalidade, bem como da taxa de
informalidade que reduziu. Portanto, no 1º trimestre de 2024, foram registrados 3.034 mil
trabalhadores na informalidade frente a 3.192 mil no trimestre anterior. Assim, a taxa de
1
Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-
noticias/releases/40106-pnad-continua-trimestral-desocupacao-cresce-em-oito-das-27-ufs-no-primeiro-
trimestre-de-2024. Acesso em 17/05/2024.
informalidade, que estava em 52,1% no último trimestre de 2023, passou para 50,2% no 1º
trimestre de 2024.
No entanto, a redução no número de ocupados na informalidade pode estar mais atrelada à
redução do número de ocupados no trimestre do que, propriamente, a uma melhora na
qualidade do emprego. Isso, porque houve uma redução de 1,5% (ou 90 mil) do número de
ocupados, no 1º trimestre de 2024, em relação ao trimestre anterior. Principalmente, se
observado a variação nas categorias empregado do setor privado sem carteira (-5,4% ou 69
mil), trabalhador doméstico sem carteira (-10,6% ou 32 mil) e com carteira (-1,6% ou 1
mil), e conta-própria sem CNPJ (-5,6% ou 80 mil), que apresentaram variações negativas
no trimestre. Mesmo com redução de ocupados na informalidade, o contingente de
trabalhadores informais ainda permaneceu elevado.
Taxa de desocupação
No 1º trimestre de 2024, observa-se que houve aumento da taxa de desocupação na Bahia,
atingindo 14,0% das pessoas na força de trabalho. Essa taxa indica a proporção de pessoas
de 14 anos ou mais no estado, que estavam desocupadas, em relação ao total da força de
trabalho2
. O que significa dizer que de cada 100 pessoas na força de trabalho, cerca de 14
estavam desocupadas no período.
Na comparação entre o 1º trimestre de 2024 e o trimestre imediatamente anterior, observa-
se ampliação da taxa de desocupação em 1,3 ponto percentual (p.p.). Ou seja, a taxa de
desocupação era de 12,7% no 4º trimestre de 2023 e passou para 14,0% no 1º trimestre de
2024. Quando observada a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2023, a redução foi
apenas de 0,4 p.p., passando de 14,4% para 14,0% (Gráfico 1).
2
Segundo o IBGE, a força de trabalho representa o mercado de trabalho e é composto pelo total de pessoas
ocupadas e desocupadas.
GRÁFICO 1
Evolução da taxa trimestral de desocupação
Bahia, 1º trimestre de 2022, 1º a 4º trimestre de 2023, 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
Evolução do rendimento médio real e média de horas habitualmente
trabalhadas
Outro destaque positivo foi em relação ao rendimento médio real no trabalho principal. O
resultado do 1º trimestre de 2024 apresentou aumento de 5,2% (ou R$ 100,00) no
rendimento médio real recebido do trabalho principal em comparação ao trimestre anterior
e aos quatro trimestres anteriores (Gráfico 2). O que reforça a importância da Política de
Valorização do Salário Mínimo, sancionada em agosto de 2023 e que passou a vigorar em
maio de 20243
. Contudo, a média de horas semanais habituais teve aumento 1,9%, que se
mostrou maior que a média estimada nos trimestres anteriores.
3
Disponível em: < https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2023/12/salario-
minimo-de-2024-tera-ganho-real-e-crescera-3pp-alem-dos-3-85-da-
inflacao#:~:text=VALORIZA%C3%87%C3%83O-
,Sal%C3%A1rio%20m%C3%ADnimo%20de%202024%20ter%C3%A1%20ganho%20real%20e%20cresc
er%C3%A1%20tr%C3%AAs,dos%203%2C85%25%20da%20infla%C3%A7%C3%A3o&text=O%20Gov
erno%20Federal%20confirmou%20nesta,novo%20sal%C3%A1rio%2Dm%C3%ADnimo%20em%202024.
> Acesso em 19/05/2024.
GRÁFICO 2
Evolução do rendimento médio real recebido no trabalho principal (em R$) e da
média de horas semanais trabalhadas no principal (em horas),
Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
Em resumo, o mercado de trabalho da Bahia apresentou, no 1º trimestre de 2024, aspectos
que podem configurar em piora em alguns indicadores como aumento da taxa de
desocupação, menor número de ocupados e aumento de desalentados. Porém, cabe lembrar
que, nos primeiros três meses do ano, ocorre maior encerramento de postos de trabalho,
com o fim do período de contratações temporárias referentes ao final do ano anterior, do
verão e das festas do período, como o Carnaval, principalmente nos setores de Serviços e
Comércio. Contudo, cabe acompanhar o desempenho nos indicadores do mercado de
trabalho nos próximos meses para verificar se apresentam um comportamento mais
positivo ao longo do ano.
Distribuição estadual da taxa de desocupação
Na comparação com as demais Unidades da Federação e Distrito Federal, a taxa de
desocupação da Bahia foi a maior entre os estados no 1º trimestre de 2024. Os outros
estados com as maiores taxas de desocupação no trimestre foram: Pernambuco (12,4%),
Amapá (10,9%) e Rio de Janeiro (10,3%). Já as menores taxas foram registradas em
Rondônia e Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%) (Gráfico 3).
Verifica-se que em sete estados houve queda na taxa de desocupação, em comparação com
4º trimestre de 2023, com o destaque para Amapá (- 3,3 p.p.), Sergipe (- 1,2 p.p.) e Piauí
(-0,6 p.p.). Considerando os estados que apresentaram aumento na taxa de desocupação,
ressalta-se Acre (2,2 p.p.) Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte (1,3 p.p.)
GRÁFICO 3
Taxa de desocupação
Unidades da Federação e DF, 4º trimestre de 2023 e 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
População desocupada
No 1º trimestre de 2024, estimou-se um contingente de 986 mil pessoas desocupadas na
Bahia. Esse contingente foi maior em 11,0% (ou 98 mil pessoas) em relação ao total de
desocupados no trimestre imediatamente anterior. Na comparação com igual período no
ano passado, o resultado atual também chama atenção ao ter apresentado uma variação
negativa, mesmo pequena, de -0,8% (ou 8 mil) pessoas (Gráfico 4).
GRÁFICO 4
Número absoluto da população desocupada (em 1.000 pessoas),
Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
Variação nas posições ocupacionais no 1º trimestre de 2024
Em relação ao trimestre imediatamente anterior e mesmo trimestre do
ano anterior
No 1º trimestre de 2024, observa-se que o mercado de trabalho da Bahia apresentou
variação negativa (1,5% ou 90 mil) no número de ocupados em relação ao 4º trimestre de
2023. Embora, na comparação com o 1º trimestre de 2023, tenha ocorrido ampliação de
2,5% (ou 145 mil) no total de ocupados no estado. Em relação ao total de ocupados no 1º
trimestre de 2024, a composição era formada por 2.862 mil trabalhadores no setor privado
(exclusive trabalhador doméstico), que equivaliam a 47,4% do total de ocupados, 1.609
mil trabalhadores por conta-própria (26,6%) e 869 mil empregados no setor público
(14,4%) (Tabela 1).
Nota-se, ainda Tabela 1, que houve queda do número de ocupados no setor privado
(exclusive trabalhador doméstico) em 1,1% (ou 32 mil) no 1º trimestre de 2024 frente ao
trimestre anterior. Outras categorias que destacaram-se ao apresentarem redução do
número de ocupados foram trabalhadores domésticos (-9,0% ou 33 mil), conta-própria
(-4,5% ou 75 mil) e empregadores (-1,7% ou 4 mil), no mesmo período de comparação.
Já as categorias de emprego que apresentaram ampliação do número de ocupados na
comparação trimestral foram: empregados do setor público, que registrou aumento de 5,0%
(ou 41 mil) no total de ocupados da categoria, e trabalhador auxiliar familiar com 10,3%
(ou 12 mil) dos ocupados da categoria.
Entre as categorias de emprego com e sem carteira assinada, houve aumento no número de
trabalhadores do setor privado com carteira (2,2% ou 36 mil) e queda do número de
trabalhadores sem carteira (-5,4% ou 69 mil), no 1º trimestre de 2024, em relação ao
trimestre anterior. Porém, em relação ao 1º trimestre de 2023, houve aumento tanto para os
empregados do setor privado com carteira (7,6% ou 117 mil) quanto para os sem carteira
(6,1% ou 70 mil) no 1º trimestre de 2024 (Tabela 1).
Os trabalhadores domésticos com e sem carteira apresentaram redução tanto na variação
trimestral quanto anual. Ressalta-se a redução de 28,7% (ou 25 mil) no número de
trabalhadores domésticos com carteira, no 1º trimestre de 2024, em comparação com o
mesmo trimestre de 2023.
Já os empregados do setor público com carteira houve redução, no 1º trimestre de 2024,
tanto na comparação com o 4º trimestre de 2023 quanto em relação ao 1º trimestre de 2023.
Onde, ocorreu redução de 19,1% (ou 17 mil) empregados do setor público com carteira na
variação trimestral e 5,3% (ou 4 mil) na variação anual. Os empregados do setor público
com carteira apresentaram variação trimestral e anual positivas de 1,7% (ou 5 mil) e 12,5%
(ou 33 mil), respectivamente, no 1º trimestre de 2024.
Ainda na Tabela 1, o resultado da PnadC, referente ao 1º trimestre de 2024, aponta que o
número de empregadores com CNPJ diminuiu em 8,2% (ou 15 mil) no 1º trimestre de 2024
frente a 4º trimestre de 2023. Ao mesmo tempo que, empregadores sem CNPJ ampliaram
em 19,3% (ou 11 mil) ocupados no mesmo período de referência. Quanto aos ocupados
por conta própria com CNPJ houve aumento de 2,8% (ou 7 mil), no 1º trimestre de 2024,
em comparação ao 4º trimestre de 2023, enquanto os trabalhadores por conta própria sem
CNPJ diminuíram em 5,6% (ou 80 mil) no mesmo período de análise.
Na variação anual, empregadores com e sem CPNJ aumentaram em 44,0% (ou 66 mil) e
3,0% (ou 2 mil), respectivamente. Já os trabalhadores por conta própria com CNPJ
apresentaram aumento de 25,7% (ou 52 mil) de ocupados da categoria no 1º trimestre de
2024 em relação ao mesmo trimestre de 2023, e redução do número de ocupados no
trabalho por conta própria sem CNPJ (6,1% ou 173 mil) no mesmo período de comparação
(Tabela 1).
TABELA 1
Distribuição dos ocupados (em 1.000 pessoas) e variação % no período, segundo
a posição na ocupação e categoria do emprego,
Bahia, 1º e 4º trimestre de 2023, 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
Nota: Setor privado exclui os trabalhadores domésticos.
Variação setorial no primeiro trimestre de 2024
Em relação ao trimestre imediatamente anterior e mesmo trimestre do
ano anterior
Percebe-se que dois dos cinco grupamentos de atividades apresentaram maior número de
pessoas ocupadas no 4º trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior. O setor de
Serviços apresentou uma diminuição de 3,3% (ou 101 mil) no total de pessoas ocupadas ,
no 1º trimestre de 2024, frente ao trimestre anterior. No entanto, quando comparado com o
mesmo trimestre de 2023, o setor apresentou aumento de 6,7% (ou 187 mil) ocupados nos
primeiros três meses de 2024.
Comércio, reparação de veículo automotores e motocicletas, que concentrou 19,4% dos
ocupados no 1º trimestre de 2024, mostrou pouca variação trimestral (-0,8% ou 9 mil
ocupados). Em relação ao 1º trimestre de 2023, o setor registrou ampliação de 7,4% (ou 81
mil) no número de ocupados, no 1º trimestre de 2024. Quanto à Agricultura, pecuária,
produção florestal, pesca e aquicultura, que representou 15,4% dos ocupados no 1º
trimestre de 2024, houve ampliação de 3,6% (ou 32 mil) no total de ocupados do setor,
frente ao último trimestre de 2023, e redução de 12,1% (ou 128 mil) no número de
ocupados em comparação com o mesmo trimestre de 2024.
2024
1º trim. 4º trim. 1º trim.
Ocupados (mil pessoas) 5.893 6.128 6.038 -1,5 2,5
Empregado no setor privado 2.675 2.894 2.862 -1,1 7,0
com carteira 1.535 1.616 1.652 2,2 7,6
sem carteira 1.140 1.279 1.210 -5,4 6,1
Trabalhador doméstico 369 366 333 -9,0 -9,8
com carteira 87 63 62 -1,6 -28,7
sem carteira 282 303 271 -10,6 -3,9
Empregado no setor público 787 828 869 5,0 10,4
com carteira 76 89 72 -19,1 -5,3
sem carteira 264 292 297 1,7 12,5
militar e funcionário público
estatutário
447 447 500 11,9 11,9
Empregador 181 239 235 -1,7 29,8
Conta-própria 1.731 1.684 1.609 -4,5 -7,0
Trabalhador familair auxiliar 150 117 129 10,3 -14,0
Variação
Trimestral
(%)
Variação
Anual (%)
2023
Ocupados por posição e
categoria de emprego
A Indústria geral participou com 8,5% no total de ocupados, enquanto a Construção
representou 7,6% no total de ocupados do 1º trimestre de 2024. Porém, apresentaram
variações diferentes no período. A Indústria geral teve aumento de 1,6% (ou 8 mil) no total
de ocupados do setor, no 1º trimestre de 2024, frente ao trimestre anterior, e a Construção
teve redução de 3,8% (ou 18 mil) no total de ocupados do setor, no mesmo período de
comparação. Ao compará-los com o 1º trimestre de 2023, a Indústria geral registrou queda
de 2,6% (ou 14 mil) no total de ocupados no setor, no 1º trimestre de 2024, enquanto a
Construção apontou ampliação de 4,3% (ou 19 mil) no total de ocupados no setor, no
mesmo período de comparação.
Nos subsetores do setor de Serviços, destaca-se que apenas Administração pública,
defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentou
aumento de 2,7% (ou 154 mil) do número de ocupados, no 1º trimestre de 2024, frente ao
trimestre anterior. Ressalta-se que os subsetores Outros serviços e Serviços domésticos
apresentaram as maiores variações negativas trimestrais de -10,6% (ou 37 mil) e -7,6% (ou
31 mil), respectivamente, no 1º trimestre de 2024.
Em relação ao 1º trimestre de 2023, destaca-se que Administração pública, defesa,
seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentou maior número
de ocupados no subsetor no 1º trimestre de 2024 (15,0% do total de ocupados do subsetor
ou 154 mil). Também ressalta-se o desempenho positivo de Outros serviços e
Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas que apontaram ampliação de 8,7% (ou 25 mil) e 8,5% (ou 41 mil),
respectivamente, no total de ocupados dos subsetores, no 1º trimestre de 2024, frente ao
mesmo trimestre de 2023. Serviços domésticos registrou a maior variação negativa, no 1º
trimestre de 2024, no mesmo período de comparação (-8,4% ou 28 mil ocupados).
TABELA 2
Distribuição dos ocupados (em 1.000 pessoas) e variação % no período, segundo
grupamentos de atividade econômica
Bahia, 1º e 4º trimestre de 2023, 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
Rendimento médio real habitual e efetivo no trabalho principal4
O rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho principal pelos
ocupados na Bahia, foi estimado em R$ 2.028,00, no 1º trimestre de 2024. Já o
rendimento médio real efetivamente recebido, foi estimado em R$ 2.187,00, no mesmo
período. Para os dois valores estimados, verifica-se que houve aumento do rendimento
desde o 2º trimestre de 2023 e continuou elevando-se ao longo de 2023.
De modo que, o rendimento real médio habitual dos ocupados elevou-se em 5,2%
(ou R$ 100,00) no 1º trimestre de 2024, frente ao 4º trimestre 2023, e o rendimento real
médio efetivo apresentou incremento de 9,6% (ou R$ 191,00) no mesmo período de
comparação. Já na comparação com o 1º trimestre de 2023, o rendimento real médio
habitual registrou aumento de 9,0% (ou R$ 167,00) e o rendimento real médio efetivo
apresentou elevação de 12,2% (ou R$ 238,00) no 1º trimestre de 2024.
4
É o rendimento real médio habitual e efetivo recebido no trabalho principal que as pessoas ocupadas com
rendimento tinham na semana de referência, a preços médios do trimestre mais recente que está sendo
divulgado, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O rendimento habitual mensal não
inclui acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos, e não considera os descontos ocasionais (faltas,
antecipação de 13º salário, prejuízos etc.). Já o rendimento efetivo mensal consiste no rendimento de fato
recebido, incluindo todos os pagamentos que não tenham caráter contínuo e considerando os descontos por
ausências no trabalho.
Grupamento de atividade econômica 1º trim./2023
4º
trim./2023
1º
trim./2024
Var. (anual)
(%)
Var.
(trimestral)
(%)
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 1.058 898 930 -12,1 3,6
Indústria Geral 529 507 515 -2,6 1,6
Construção 440 477 459 4,3 -3,8
Comércio, reparação de veículo automotores e motocicletas 1.088 1.178 1.169 7,4 -0,8
Serviços 2.778 3.066 2.965 6,7 -3,3
Transporte, armazenagem e correio 274 285 278 1,5 -2,5
Alojamento e alimentação 337 357 331 -1,8 -7,3
Informação, comunicação e atividades financeiras,
imobiliárias, profissionais e administrativas
484 559 525 8,5 -6,1
Administração pública, defesa, seguridade social,
educação, saúde humana e serviços sociais
1.026 1.149 1.180 15,0 2,7
Outros serviços 287 349 312 8,7 -10,6
Serviços domésticos 370 367 339 -8,4 -7,6
GRÁFICO 5
Rendimento médio real, habitualmente e efetivamente recebido no trabalho
principal (em R$),
Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
Subocupação
Na conceituação da PnadC trimestral, as pessoas subocupadas por insuficiência de horas
trabalhadas são assim classificadas, na semana de referência, consoante as quatro
condições abaixo: tinham 14 anos ou mais de idade; trabalhavam habitualmente menos de
40 horas no seu único trabalho ou no conjunto de todos os seus trabalhos; gostariam de
trabalhar mais horas que as habitualmente trabalhadas; e estavam disponíveis para trabalhar
mais horas no período de 30 dias, contados a partir do primeiro dia da semana de referência.
A estimativa de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas na Bahia, foi
de 629 mil pessoas, no 1º trimestre de 2024, o que representou 10,4% do total de pessoas
ocupadas no estado. Esse contingente apresentou queda de 21,3% ou 170 mil pessoas em
relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o 1º trimestre do ano
anterior, esse contingente representou redução de 4,7% (ou 31 mil pessoas), visto que
anteriormente havia 660 mil pessoas subocupadas que representavam 11,2% dos ocupados
no trimestre.
GRÁFICO 6
Número absoluto de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas
(em 1.000 pessoas) e participação no total de ocupados (em %),
Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
População fora da força de trabalho
Segundo a PnadC, são classificadas como fora da força de trabalho na semana de referência
as pessoas de 14 anos ou mais que não estavam ocupadas nem desocupadas nessa semana.
O contingente fora da força de trabalho na Bahia foi estimado em 5.189 mil pessoas, no 1º
trimestre de 2024. Observa-se no Gráfico 7 que ocorreu estabilidade (0,1% ou 7 mil
pessoas), em relação ao 4º trimestre de 2023, quando a estimativa era de 5.182 mil pessoas.
Já na comparação com o 1º trimestre de 2023, houve redução de 0,5% (ou 27 mil pessoas).
GRÁFICO 7
Número absoluto da população fora da força de trabalho (em 1.000 pessoas),
Bahia, 4º trimestre de 2022 a 4º trimestre de 2023
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
População na força de trabalho potencial
O IBGE define essa população como o conjunto de pessoas com 14 anos ou mais de idade,
que não estavam na força de trabalho por uma série de motivos5
, considerando duas
situações: buscaram trabalho de forma efetiva nos últimos 30 dias, mas não estavam
disponíveis para trabalhar na semana de referência da pesquisa e não fizeram a busca
efetiva por trabalho no mesmo intervalo de tempo, mas tinham interesse e estavam
disponíveis para trabalhar na semana de referência.
Segundo o resultado da PnadC, referente ao 1º trimestre de 2024, o contingente na força de
trabalho potencial foi estimado em 938 mil pessoas na Bahia. Houve ampliação de 2,4%
(ou 22 mil pessoas), em relação ao trimestre imediatamente anterior, e incremento de 2,3%
(ou 21 mil pessoas) comparado ao 1º trimestre de 2023.
5
Para obter informações dos motivos consultar: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9171-
pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-mensal.html?edicao=27774&t=resultados. Acesso
em: 29/05/2020.
GRÁFICO 8
Número absoluto da população na força de trabalho potencial (em 1.000 pessoas),
Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
Desalento
Segundo a PnadC, o conceito de desalento compreende as pessoas de 14 anos ou mais fora
da força de trabalho na semana de referência, que estavam disponíveis para assumir um
trabalho nessa semana, mas não tomaram providência para conseguir trabalho no período
de referência de 30 dias, por não ter conseguido trabalho adequado, não ter experiência
profissional ou qualificação, não haver trabalho na localidade em que residia ou não
conseguir trabalho por ser considerado muito jovem ou muito idoso.
Sob este aspecto, o número total de pessoas no desalento na Bahia, foi estimado em 607
mil pessoas no 1º trimestre de 2023. Essa estimativa apresentou aumento de 0,8 % (ou 5
mil pessoas) em relação ao último trimestre de 2023 (Gráfico 9). Na comparação com o
mesmo trimestre do ano anterior, também houve elevação em 1,2% (ou 7 mil pessoas),
visto que o total de desalentados era 600 mil pessoas no 1º trimestre de 2023.
Ressalta-se que o número de pessoas desalentadas no 1º trimestre de 2024 (607 mil)
representava64,7% do total de pessoas na força de trabalho potencial. Uma participação
menor do que a verificado no 4º trimestre de 2023 (65,7%) e no 1º trimestre de 2023
(65,4%), mas ainda assim, bastante elevada. Um indicador importante para ser
acompanhado tanto para investigar os elementos estruturais do próprio mercado de
trabalho, quanto para a formulação de políticas públicas de geração de emprego e renda.
GRÁFICO 9
Número de pessoas desalentadas (em 1.000 pessoas) e participação de
desalentados na força de trabalho potencial (em %),
Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
Taxa composta de subutilização da força de trabalho
Essa taxa sintetiza as condições de precariedade e vulnerabilidade do trabalhador no
mercado de trabalho, ao revelar a proporção de pessoas na força de trabalho ampliada que
estão subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, desocupadas ou na força de
trabalho potencial.
No 1º trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho na Bahia
foi de 32,1%, menor em 0,7 p.p. em relação ao trimestre imediatamente anterior e menor
em 0,8 p.p. na comparação com o 1º trimestre de 2023 (Gráfico 10). No país, essa taxa
ficou em 17,9% no 1º trimestre de 2024.
Segundo o IBGE, a Bahia teve a segunda maior taxa de subutilização da força de trabalho
do país no trimestre, atrás apenas do Piauí (37,1%). Por outro lado, as menores taxas
compostas de subutilização foram registradas em Santa Catarina (6,9%), Rondônia (8,0%)
e Mato Grosso (10,3%).
GRÁFICO 10
Taxa composta de subutilização da força de trabalho (%),
Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
Taxa de informalidade
A taxa de informalidade, no 1° trimestre de 2024, reduziu em relação ao percentual
registrado no trimestre anterior. Ou seja, a taxa de informalidade foi 50,2% da população
ocupada no estado no 1º trimestre de 2024, enquanto havia sido de 52,1% da população
ocupada no último trimestre de 2023. A taxa inclui empregados no setor privado sem
carteira de trabalho assinada, empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada,
empregadores sem registro no CNPJ, trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ
e trabalhadores familiares auxiliares.
Estima-se que esses ocupados representavam um contingente de 3.034 mil trabalhadores
na Bahia, no 1º trimestre de 2024. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a taxa
de informalidade apresentou redução de 3,5 p.p. (53,7%) (Gráfico 11). Ainda comparando
os 1º trimestres de 2023 e 2024, observa-se que o total de trabalhadores na informalidade
apresentou uma redução de 4,2% (ou 132 mil), no 1º trimestre de 2024, frente ao total de
informais no mesmo trimestre do ano anterior.
No país, a taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada, no 1º trimestre de
2024. Com relação às demais Unidades da Federação e Distrito Federal, a Bahia apresentou
a sétima maior taxa de informalidade do país no trimestre. De modo que as seis primeiras
colocações ficaram com as seguintes Unidades da Federação: Maranhão (57,5%), Pará
(56,7%), Piauí (54,9%), Ceará (54,0%), Amazonas (53,3%) e Sergipe (51,2%). Já Santa
Catarina (27,4%), Distrito Federal (30,7%) e São Paulo (31,0%) destacaram-se com as
menores taxas.
GRÁFICO 11
Número absoluto de pessoas na informalidade (em 1.000 pessoas) e taxa de
informalidade (em %),
Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
GRÁFICO 12
Indicadores do mercado de trabalho na Bahia (em 1.000 pessoas),
1º trimestre de 2024
Fonte: IBGE, PnadC trimestral
Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia.
Consulte esse boletim e demais produtos desenvolvidos pelo Observatório do Trabalho da Bahia, acessando
o portal eletrônico do Observatório, através do site da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte
(SETRE).
Disponível em: http://geo.dieese.org.br/bahia/
Observatório do Trabalho da Bahia
POPULAÇÃO
TOTAL
15.092 mil
POPULAÇÃO EM
IDADE DE
TRABALHAR (14
ANOS OU MAIS)
12.212 mil
PESSOAS NA
FORÇA DE
TRABALHO
7.023 mil
OCUPADOS
6.038 mil
OCUPADOS QUE
TRABALHAM
HORAS
SUFICIENTES
5.409 mil
SUBOCUPADOS POR
INSUFICIÊNCIA DE
HORAS
TRABALHADAS
629 mil
DESOCUPADOS
986 mil
PESSOAS FORA
DA FORÇA DE
TRABALHO
5.189 mil
FORÇA DE
TRABALHO EM
POTENCIAL
938 mil
NÃO
DESALENTADOS
331 mil
DESALENTADOS
607 mil
FORÇA DE
TRABALHO NÃO
POTENCIAL
4.251 mil
POPULAÇÃO FORA DA
IDADE DE TRABALHAR
(ABAIXO DE 14 ANOS)
2.880 mil
POPULAÇÃO
SUBUTILIZADA
TOTAL 3.160 mil

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Observatório do Trabalho Ba - Boletim PnadC 1º trimestre 2024.pdf

  • 1. OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA BOLETIM DA PNADC – ANÁLISE 1º TRIMESTRE DE 2024 Integra o Produto 2.1 do Plano de Trabalho Contrato de Prestação de Serviços Nº. 025/2023 – SETRE-BA e DIEESE MAIO DE 2024 SALVADOR/BA
  • 2. EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E ESPORTE DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA JERÔNIMO RODRIGUES Governador GERALDO JÚNIOR Vice-Governador DAVIDSON DE MAGALHÃES SANTOS Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte JUREMAR DE OLIVEIRA Chefe de Gabinete RUBENS DEUSDEDITH SANTIAGO FILHO Superintendente de Desenvolvimento do Trabalho WENCESLAU AUGUSTO DOS SANTOS JUNIOR Superintendente de Economia Solidária JÚLIO CEZAR PEREIRADOS REIS BATISTA Diretor-Geral FREDERICO FERNANDES Coordenador do Observatório do Trabalho da Bahia SETRE – Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte Endereço: 2ª Avenida, nº 200, Plataforma III - 3º andar, Sala 306 – CAB Salvador - Bahia – Brasil - CEP: 41.745-003 http://www.setre.ba.gov.br
  • 3. EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE Direção Técnica Fausto Augusto Jr – Diretor Técnico Patrícia Toledo Pelatieri – Diretora Técnica Adjunta Victor Gnecco Pagani – Diretor Técnico Adjunto Coordenação Geral do Projeto Patrícia Toledo Pelatieri – Diretora Técnica Adjunta Ana Georgina da Silva Dias – Supervisora do Escritório Regional do DIEESE na Bahia Ludmila Giuli Pedroso – Técnica Responsável pelo Projeto Técnica Responsável pelo Estudo Ludmila Giuli Pedroso DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Aurora, 957 – Centro – São Paulo – SP – CEP 01209-001 Fone: (11) 3821 2199 – Fax: (11) 3821 2179 – E-mail: institucional@dieese.org.br Site: http://www.dieese.org.br Observatório do Trabalho da Bahia Rua General Labatut, nº 65 – Barris Salvador - Bahia – Brasil - CEP: 40.070-100 Fone: (71) 98802 8349 – E-mail: observatorioba@dieese.org.br Site: http://www.portaldotrabalho.ba.gov.br
  • 4. Bahia registrou redução na desocupação, mas a subocupação ainda foi elevada no 4º trimestre de 2023 O IBGE divulgou no dia 17 de maio de 20241 os dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) trimestral, para um conjunto de indicadores relacionados à força de trabalho, referentes ao 1º trimestre de 2024, composto pelos meses de janeiro a março. O presente boletim traz a análise de vários desses indicadores do mercado de trabalho, para a Bahia, no 1º trimestre de 2024, com o objetivo de acompanhar, periodicamente, a movimentação no mercado de trabalho baiano. Nos dados divulgados para o estado, chama a atenção o aumento da taxa de desocupação no 1º trimestre de 2024 em 14,0%, logo, mais elevado que no último trimestre anterior que foi de 12,7%. Em comparação com o último trimestre de 2023, haviam 888 mil pessoas desocupadas e passou para um contingente de 986 mil pessoas desocupadas no 1º trimestre de 2024. Ou seja, um aumento de 98 mil pessoas desocupadas nos primeiros três meses de 2024. Com o aumento do número de pessoas na desocupação, consequentemente, ocorreu redução de 1,5% (ou 89 mil) do número de ocupados no mesmo período de comparação (Gráfico 1). Com a redução do número de ocupados no 1º trimestre de 2024, observa-se que o contingente de pessoas na subocupação também reduziu-se em 21,3% (ou 170 mil) na variação trimestral e 4,6% (ou 30 mil) na variação anual. Contudo, os subocupados representam ainda 10,4% do total de ocupados no 1º trimestre de 2024. Ressalta-se ainda o aumento do número de pessoas na força de trabalho potencial e entre os desalentados. No resultado do 1º trimestre de 2024, houve aumento de 2,4% (ou 22 mil) no número de pessoas na força de trabalho potencial em relação ao trimestre anterior e 2,3% (ou 21 mil) frente ao mesmo trimestre de 2023. Já o contingente de desalentados, que representaram 64,7% do total de pessoas na força de trabalho potencial, ampliou em 0,8% (ou 5 mil), no 1º trimestre de 2024, em relação ao 4º trimestre de 2023, enquanto aumentou 1,2% (ou 7 mil) em comparação com o 1º trimestre de 2023. A melhora em alguns indicadores do mercado de trabalho, no 1º trimestre 2024, pode ser verificada com a redução do número de ocupados na informalidade, bem como da taxa de informalidade que reduziu. Portanto, no 1º trimestre de 2024, foram registrados 3.034 mil trabalhadores na informalidade frente a 3.192 mil no trimestre anterior. Assim, a taxa de 1 Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de- noticias/releases/40106-pnad-continua-trimestral-desocupacao-cresce-em-oito-das-27-ufs-no-primeiro- trimestre-de-2024. Acesso em 17/05/2024.
  • 5. informalidade, que estava em 52,1% no último trimestre de 2023, passou para 50,2% no 1º trimestre de 2024. No entanto, a redução no número de ocupados na informalidade pode estar mais atrelada à redução do número de ocupados no trimestre do que, propriamente, a uma melhora na qualidade do emprego. Isso, porque houve uma redução de 1,5% (ou 90 mil) do número de ocupados, no 1º trimestre de 2024, em relação ao trimestre anterior. Principalmente, se observado a variação nas categorias empregado do setor privado sem carteira (-5,4% ou 69 mil), trabalhador doméstico sem carteira (-10,6% ou 32 mil) e com carteira (-1,6% ou 1 mil), e conta-própria sem CNPJ (-5,6% ou 80 mil), que apresentaram variações negativas no trimestre. Mesmo com redução de ocupados na informalidade, o contingente de trabalhadores informais ainda permaneceu elevado. Taxa de desocupação No 1º trimestre de 2024, observa-se que houve aumento da taxa de desocupação na Bahia, atingindo 14,0% das pessoas na força de trabalho. Essa taxa indica a proporção de pessoas de 14 anos ou mais no estado, que estavam desocupadas, em relação ao total da força de trabalho2 . O que significa dizer que de cada 100 pessoas na força de trabalho, cerca de 14 estavam desocupadas no período. Na comparação entre o 1º trimestre de 2024 e o trimestre imediatamente anterior, observa- se ampliação da taxa de desocupação em 1,3 ponto percentual (p.p.). Ou seja, a taxa de desocupação era de 12,7% no 4º trimestre de 2023 e passou para 14,0% no 1º trimestre de 2024. Quando observada a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2023, a redução foi apenas de 0,4 p.p., passando de 14,4% para 14,0% (Gráfico 1). 2 Segundo o IBGE, a força de trabalho representa o mercado de trabalho e é composto pelo total de pessoas ocupadas e desocupadas.
  • 6. GRÁFICO 1 Evolução da taxa trimestral de desocupação Bahia, 1º trimestre de 2022, 1º a 4º trimestre de 2023, 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia Evolução do rendimento médio real e média de horas habitualmente trabalhadas Outro destaque positivo foi em relação ao rendimento médio real no trabalho principal. O resultado do 1º trimestre de 2024 apresentou aumento de 5,2% (ou R$ 100,00) no rendimento médio real recebido do trabalho principal em comparação ao trimestre anterior e aos quatro trimestres anteriores (Gráfico 2). O que reforça a importância da Política de Valorização do Salário Mínimo, sancionada em agosto de 2023 e que passou a vigorar em maio de 20243 . Contudo, a média de horas semanais habituais teve aumento 1,9%, que se mostrou maior que a média estimada nos trimestres anteriores. 3 Disponível em: < https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2023/12/salario- minimo-de-2024-tera-ganho-real-e-crescera-3pp-alem-dos-3-85-da- inflacao#:~:text=VALORIZA%C3%87%C3%83O- ,Sal%C3%A1rio%20m%C3%ADnimo%20de%202024%20ter%C3%A1%20ganho%20real%20e%20cresc er%C3%A1%20tr%C3%AAs,dos%203%2C85%25%20da%20infla%C3%A7%C3%A3o&text=O%20Gov erno%20Federal%20confirmou%20nesta,novo%20sal%C3%A1rio%2Dm%C3%ADnimo%20em%202024. > Acesso em 19/05/2024.
  • 7. GRÁFICO 2 Evolução do rendimento médio real recebido no trabalho principal (em R$) e da média de horas semanais trabalhadas no principal (em horas), Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia Em resumo, o mercado de trabalho da Bahia apresentou, no 1º trimestre de 2024, aspectos que podem configurar em piora em alguns indicadores como aumento da taxa de desocupação, menor número de ocupados e aumento de desalentados. Porém, cabe lembrar que, nos primeiros três meses do ano, ocorre maior encerramento de postos de trabalho, com o fim do período de contratações temporárias referentes ao final do ano anterior, do verão e das festas do período, como o Carnaval, principalmente nos setores de Serviços e Comércio. Contudo, cabe acompanhar o desempenho nos indicadores do mercado de trabalho nos próximos meses para verificar se apresentam um comportamento mais positivo ao longo do ano. Distribuição estadual da taxa de desocupação Na comparação com as demais Unidades da Federação e Distrito Federal, a taxa de desocupação da Bahia foi a maior entre os estados no 1º trimestre de 2024. Os outros estados com as maiores taxas de desocupação no trimestre foram: Pernambuco (12,4%), Amapá (10,9%) e Rio de Janeiro (10,3%). Já as menores taxas foram registradas em Rondônia e Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%) (Gráfico 3). Verifica-se que em sete estados houve queda na taxa de desocupação, em comparação com 4º trimestre de 2023, com o destaque para Amapá (- 3,3 p.p.), Sergipe (- 1,2 p.p.) e Piauí
  • 8. (-0,6 p.p.). Considerando os estados que apresentaram aumento na taxa de desocupação, ressalta-se Acre (2,2 p.p.) Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte (1,3 p.p.) GRÁFICO 3 Taxa de desocupação Unidades da Federação e DF, 4º trimestre de 2023 e 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia População desocupada No 1º trimestre de 2024, estimou-se um contingente de 986 mil pessoas desocupadas na Bahia. Esse contingente foi maior em 11,0% (ou 98 mil pessoas) em relação ao total de desocupados no trimestre imediatamente anterior. Na comparação com igual período no ano passado, o resultado atual também chama atenção ao ter apresentado uma variação negativa, mesmo pequena, de -0,8% (ou 8 mil) pessoas (Gráfico 4).
  • 9. GRÁFICO 4 Número absoluto da população desocupada (em 1.000 pessoas), Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia Variação nas posições ocupacionais no 1º trimestre de 2024 Em relação ao trimestre imediatamente anterior e mesmo trimestre do ano anterior No 1º trimestre de 2024, observa-se que o mercado de trabalho da Bahia apresentou variação negativa (1,5% ou 90 mil) no número de ocupados em relação ao 4º trimestre de 2023. Embora, na comparação com o 1º trimestre de 2023, tenha ocorrido ampliação de 2,5% (ou 145 mil) no total de ocupados no estado. Em relação ao total de ocupados no 1º trimestre de 2024, a composição era formada por 2.862 mil trabalhadores no setor privado (exclusive trabalhador doméstico), que equivaliam a 47,4% do total de ocupados, 1.609 mil trabalhadores por conta-própria (26,6%) e 869 mil empregados no setor público (14,4%) (Tabela 1). Nota-se, ainda Tabela 1, que houve queda do número de ocupados no setor privado (exclusive trabalhador doméstico) em 1,1% (ou 32 mil) no 1º trimestre de 2024 frente ao trimestre anterior. Outras categorias que destacaram-se ao apresentarem redução do número de ocupados foram trabalhadores domésticos (-9,0% ou 33 mil), conta-própria (-4,5% ou 75 mil) e empregadores (-1,7% ou 4 mil), no mesmo período de comparação. Já as categorias de emprego que apresentaram ampliação do número de ocupados na comparação trimestral foram: empregados do setor público, que registrou aumento de 5,0% (ou 41 mil) no total de ocupados da categoria, e trabalhador auxiliar familiar com 10,3% (ou 12 mil) dos ocupados da categoria.
  • 10. Entre as categorias de emprego com e sem carteira assinada, houve aumento no número de trabalhadores do setor privado com carteira (2,2% ou 36 mil) e queda do número de trabalhadores sem carteira (-5,4% ou 69 mil), no 1º trimestre de 2024, em relação ao trimestre anterior. Porém, em relação ao 1º trimestre de 2023, houve aumento tanto para os empregados do setor privado com carteira (7,6% ou 117 mil) quanto para os sem carteira (6,1% ou 70 mil) no 1º trimestre de 2024 (Tabela 1). Os trabalhadores domésticos com e sem carteira apresentaram redução tanto na variação trimestral quanto anual. Ressalta-se a redução de 28,7% (ou 25 mil) no número de trabalhadores domésticos com carteira, no 1º trimestre de 2024, em comparação com o mesmo trimestre de 2023. Já os empregados do setor público com carteira houve redução, no 1º trimestre de 2024, tanto na comparação com o 4º trimestre de 2023 quanto em relação ao 1º trimestre de 2023. Onde, ocorreu redução de 19,1% (ou 17 mil) empregados do setor público com carteira na variação trimestral e 5,3% (ou 4 mil) na variação anual. Os empregados do setor público com carteira apresentaram variação trimestral e anual positivas de 1,7% (ou 5 mil) e 12,5% (ou 33 mil), respectivamente, no 1º trimestre de 2024. Ainda na Tabela 1, o resultado da PnadC, referente ao 1º trimestre de 2024, aponta que o número de empregadores com CNPJ diminuiu em 8,2% (ou 15 mil) no 1º trimestre de 2024 frente a 4º trimestre de 2023. Ao mesmo tempo que, empregadores sem CNPJ ampliaram em 19,3% (ou 11 mil) ocupados no mesmo período de referência. Quanto aos ocupados por conta própria com CNPJ houve aumento de 2,8% (ou 7 mil), no 1º trimestre de 2024, em comparação ao 4º trimestre de 2023, enquanto os trabalhadores por conta própria sem CNPJ diminuíram em 5,6% (ou 80 mil) no mesmo período de análise. Na variação anual, empregadores com e sem CPNJ aumentaram em 44,0% (ou 66 mil) e 3,0% (ou 2 mil), respectivamente. Já os trabalhadores por conta própria com CNPJ apresentaram aumento de 25,7% (ou 52 mil) de ocupados da categoria no 1º trimestre de 2024 em relação ao mesmo trimestre de 2023, e redução do número de ocupados no trabalho por conta própria sem CNPJ (6,1% ou 173 mil) no mesmo período de comparação (Tabela 1).
  • 11. TABELA 1 Distribuição dos ocupados (em 1.000 pessoas) e variação % no período, segundo a posição na ocupação e categoria do emprego, Bahia, 1º e 4º trimestre de 2023, 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia Nota: Setor privado exclui os trabalhadores domésticos. Variação setorial no primeiro trimestre de 2024 Em relação ao trimestre imediatamente anterior e mesmo trimestre do ano anterior Percebe-se que dois dos cinco grupamentos de atividades apresentaram maior número de pessoas ocupadas no 4º trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior. O setor de Serviços apresentou uma diminuição de 3,3% (ou 101 mil) no total de pessoas ocupadas , no 1º trimestre de 2024, frente ao trimestre anterior. No entanto, quando comparado com o mesmo trimestre de 2023, o setor apresentou aumento de 6,7% (ou 187 mil) ocupados nos primeiros três meses de 2024. Comércio, reparação de veículo automotores e motocicletas, que concentrou 19,4% dos ocupados no 1º trimestre de 2024, mostrou pouca variação trimestral (-0,8% ou 9 mil ocupados). Em relação ao 1º trimestre de 2023, o setor registrou ampliação de 7,4% (ou 81 mil) no número de ocupados, no 1º trimestre de 2024. Quanto à Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que representou 15,4% dos ocupados no 1º trimestre de 2024, houve ampliação de 3,6% (ou 32 mil) no total de ocupados do setor, frente ao último trimestre de 2023, e redução de 12,1% (ou 128 mil) no número de ocupados em comparação com o mesmo trimestre de 2024. 2024 1º trim. 4º trim. 1º trim. Ocupados (mil pessoas) 5.893 6.128 6.038 -1,5 2,5 Empregado no setor privado 2.675 2.894 2.862 -1,1 7,0 com carteira 1.535 1.616 1.652 2,2 7,6 sem carteira 1.140 1.279 1.210 -5,4 6,1 Trabalhador doméstico 369 366 333 -9,0 -9,8 com carteira 87 63 62 -1,6 -28,7 sem carteira 282 303 271 -10,6 -3,9 Empregado no setor público 787 828 869 5,0 10,4 com carteira 76 89 72 -19,1 -5,3 sem carteira 264 292 297 1,7 12,5 militar e funcionário público estatutário 447 447 500 11,9 11,9 Empregador 181 239 235 -1,7 29,8 Conta-própria 1.731 1.684 1.609 -4,5 -7,0 Trabalhador familair auxiliar 150 117 129 10,3 -14,0 Variação Trimestral (%) Variação Anual (%) 2023 Ocupados por posição e categoria de emprego
  • 12. A Indústria geral participou com 8,5% no total de ocupados, enquanto a Construção representou 7,6% no total de ocupados do 1º trimestre de 2024. Porém, apresentaram variações diferentes no período. A Indústria geral teve aumento de 1,6% (ou 8 mil) no total de ocupados do setor, no 1º trimestre de 2024, frente ao trimestre anterior, e a Construção teve redução de 3,8% (ou 18 mil) no total de ocupados do setor, no mesmo período de comparação. Ao compará-los com o 1º trimestre de 2023, a Indústria geral registrou queda de 2,6% (ou 14 mil) no total de ocupados no setor, no 1º trimestre de 2024, enquanto a Construção apontou ampliação de 4,3% (ou 19 mil) no total de ocupados no setor, no mesmo período de comparação. Nos subsetores do setor de Serviços, destaca-se que apenas Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentou aumento de 2,7% (ou 154 mil) do número de ocupados, no 1º trimestre de 2024, frente ao trimestre anterior. Ressalta-se que os subsetores Outros serviços e Serviços domésticos apresentaram as maiores variações negativas trimestrais de -10,6% (ou 37 mil) e -7,6% (ou 31 mil), respectivamente, no 1º trimestre de 2024. Em relação ao 1º trimestre de 2023, destaca-se que Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentou maior número de ocupados no subsetor no 1º trimestre de 2024 (15,0% do total de ocupados do subsetor ou 154 mil). Também ressalta-se o desempenho positivo de Outros serviços e Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas que apontaram ampliação de 8,7% (ou 25 mil) e 8,5% (ou 41 mil), respectivamente, no total de ocupados dos subsetores, no 1º trimestre de 2024, frente ao mesmo trimestre de 2023. Serviços domésticos registrou a maior variação negativa, no 1º trimestre de 2024, no mesmo período de comparação (-8,4% ou 28 mil ocupados).
  • 13. TABELA 2 Distribuição dos ocupados (em 1.000 pessoas) e variação % no período, segundo grupamentos de atividade econômica Bahia, 1º e 4º trimestre de 2023, 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia Rendimento médio real habitual e efetivo no trabalho principal4 O rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho principal pelos ocupados na Bahia, foi estimado em R$ 2.028,00, no 1º trimestre de 2024. Já o rendimento médio real efetivamente recebido, foi estimado em R$ 2.187,00, no mesmo período. Para os dois valores estimados, verifica-se que houve aumento do rendimento desde o 2º trimestre de 2023 e continuou elevando-se ao longo de 2023. De modo que, o rendimento real médio habitual dos ocupados elevou-se em 5,2% (ou R$ 100,00) no 1º trimestre de 2024, frente ao 4º trimestre 2023, e o rendimento real médio efetivo apresentou incremento de 9,6% (ou R$ 191,00) no mesmo período de comparação. Já na comparação com o 1º trimestre de 2023, o rendimento real médio habitual registrou aumento de 9,0% (ou R$ 167,00) e o rendimento real médio efetivo apresentou elevação de 12,2% (ou R$ 238,00) no 1º trimestre de 2024. 4 É o rendimento real médio habitual e efetivo recebido no trabalho principal que as pessoas ocupadas com rendimento tinham na semana de referência, a preços médios do trimestre mais recente que está sendo divulgado, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O rendimento habitual mensal não inclui acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos, e não considera os descontos ocasionais (faltas, antecipação de 13º salário, prejuízos etc.). Já o rendimento efetivo mensal consiste no rendimento de fato recebido, incluindo todos os pagamentos que não tenham caráter contínuo e considerando os descontos por ausências no trabalho. Grupamento de atividade econômica 1º trim./2023 4º trim./2023 1º trim./2024 Var. (anual) (%) Var. (trimestral) (%) Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 1.058 898 930 -12,1 3,6 Indústria Geral 529 507 515 -2,6 1,6 Construção 440 477 459 4,3 -3,8 Comércio, reparação de veículo automotores e motocicletas 1.088 1.178 1.169 7,4 -0,8 Serviços 2.778 3.066 2.965 6,7 -3,3 Transporte, armazenagem e correio 274 285 278 1,5 -2,5 Alojamento e alimentação 337 357 331 -1,8 -7,3 Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas 484 559 525 8,5 -6,1 Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais 1.026 1.149 1.180 15,0 2,7 Outros serviços 287 349 312 8,7 -10,6 Serviços domésticos 370 367 339 -8,4 -7,6
  • 14. GRÁFICO 5 Rendimento médio real, habitualmente e efetivamente recebido no trabalho principal (em R$), Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia Subocupação Na conceituação da PnadC trimestral, as pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas são assim classificadas, na semana de referência, consoante as quatro condições abaixo: tinham 14 anos ou mais de idade; trabalhavam habitualmente menos de 40 horas no seu único trabalho ou no conjunto de todos os seus trabalhos; gostariam de trabalhar mais horas que as habitualmente trabalhadas; e estavam disponíveis para trabalhar mais horas no período de 30 dias, contados a partir do primeiro dia da semana de referência. A estimativa de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas na Bahia, foi de 629 mil pessoas, no 1º trimestre de 2024, o que representou 10,4% do total de pessoas ocupadas no estado. Esse contingente apresentou queda de 21,3% ou 170 mil pessoas em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o 1º trimestre do ano anterior, esse contingente representou redução de 4,7% (ou 31 mil pessoas), visto que anteriormente havia 660 mil pessoas subocupadas que representavam 11,2% dos ocupados no trimestre.
  • 15. GRÁFICO 6 Número absoluto de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas (em 1.000 pessoas) e participação no total de ocupados (em %), Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia População fora da força de trabalho Segundo a PnadC, são classificadas como fora da força de trabalho na semana de referência as pessoas de 14 anos ou mais que não estavam ocupadas nem desocupadas nessa semana. O contingente fora da força de trabalho na Bahia foi estimado em 5.189 mil pessoas, no 1º trimestre de 2024. Observa-se no Gráfico 7 que ocorreu estabilidade (0,1% ou 7 mil pessoas), em relação ao 4º trimestre de 2023, quando a estimativa era de 5.182 mil pessoas. Já na comparação com o 1º trimestre de 2023, houve redução de 0,5% (ou 27 mil pessoas).
  • 16. GRÁFICO 7 Número absoluto da população fora da força de trabalho (em 1.000 pessoas), Bahia, 4º trimestre de 2022 a 4º trimestre de 2023 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia População na força de trabalho potencial O IBGE define essa população como o conjunto de pessoas com 14 anos ou mais de idade, que não estavam na força de trabalho por uma série de motivos5 , considerando duas situações: buscaram trabalho de forma efetiva nos últimos 30 dias, mas não estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência da pesquisa e não fizeram a busca efetiva por trabalho no mesmo intervalo de tempo, mas tinham interesse e estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência. Segundo o resultado da PnadC, referente ao 1º trimestre de 2024, o contingente na força de trabalho potencial foi estimado em 938 mil pessoas na Bahia. Houve ampliação de 2,4% (ou 22 mil pessoas), em relação ao trimestre imediatamente anterior, e incremento de 2,3% (ou 21 mil pessoas) comparado ao 1º trimestre de 2023. 5 Para obter informações dos motivos consultar: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9171- pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-mensal.html?edicao=27774&t=resultados. Acesso em: 29/05/2020.
  • 17. GRÁFICO 8 Número absoluto da população na força de trabalho potencial (em 1.000 pessoas), Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia Desalento Segundo a PnadC, o conceito de desalento compreende as pessoas de 14 anos ou mais fora da força de trabalho na semana de referência, que estavam disponíveis para assumir um trabalho nessa semana, mas não tomaram providência para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias, por não ter conseguido trabalho adequado, não ter experiência profissional ou qualificação, não haver trabalho na localidade em que residia ou não conseguir trabalho por ser considerado muito jovem ou muito idoso. Sob este aspecto, o número total de pessoas no desalento na Bahia, foi estimado em 607 mil pessoas no 1º trimestre de 2023. Essa estimativa apresentou aumento de 0,8 % (ou 5 mil pessoas) em relação ao último trimestre de 2023 (Gráfico 9). Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, também houve elevação em 1,2% (ou 7 mil pessoas), visto que o total de desalentados era 600 mil pessoas no 1º trimestre de 2023. Ressalta-se que o número de pessoas desalentadas no 1º trimestre de 2024 (607 mil) representava64,7% do total de pessoas na força de trabalho potencial. Uma participação menor do que a verificado no 4º trimestre de 2023 (65,7%) e no 1º trimestre de 2023 (65,4%), mas ainda assim, bastante elevada. Um indicador importante para ser acompanhado tanto para investigar os elementos estruturais do próprio mercado de trabalho, quanto para a formulação de políticas públicas de geração de emprego e renda.
  • 18. GRÁFICO 9 Número de pessoas desalentadas (em 1.000 pessoas) e participação de desalentados na força de trabalho potencial (em %), Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia Taxa composta de subutilização da força de trabalho Essa taxa sintetiza as condições de precariedade e vulnerabilidade do trabalhador no mercado de trabalho, ao revelar a proporção de pessoas na força de trabalho ampliada que estão subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, desocupadas ou na força de trabalho potencial. No 1º trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho na Bahia foi de 32,1%, menor em 0,7 p.p. em relação ao trimestre imediatamente anterior e menor em 0,8 p.p. na comparação com o 1º trimestre de 2023 (Gráfico 10). No país, essa taxa ficou em 17,9% no 1º trimestre de 2024. Segundo o IBGE, a Bahia teve a segunda maior taxa de subutilização da força de trabalho do país no trimestre, atrás apenas do Piauí (37,1%). Por outro lado, as menores taxas compostas de subutilização foram registradas em Santa Catarina (6,9%), Rondônia (8,0%) e Mato Grosso (10,3%).
  • 19. GRÁFICO 10 Taxa composta de subutilização da força de trabalho (%), Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia Taxa de informalidade A taxa de informalidade, no 1° trimestre de 2024, reduziu em relação ao percentual registrado no trimestre anterior. Ou seja, a taxa de informalidade foi 50,2% da população ocupada no estado no 1º trimestre de 2024, enquanto havia sido de 52,1% da população ocupada no último trimestre de 2023. A taxa inclui empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, empregadores sem registro no CNPJ, trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares. Estima-se que esses ocupados representavam um contingente de 3.034 mil trabalhadores na Bahia, no 1º trimestre de 2024. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a taxa de informalidade apresentou redução de 3,5 p.p. (53,7%) (Gráfico 11). Ainda comparando os 1º trimestres de 2023 e 2024, observa-se que o total de trabalhadores na informalidade apresentou uma redução de 4,2% (ou 132 mil), no 1º trimestre de 2024, frente ao total de informais no mesmo trimestre do ano anterior. No país, a taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada, no 1º trimestre de 2024. Com relação às demais Unidades da Federação e Distrito Federal, a Bahia apresentou a sétima maior taxa de informalidade do país no trimestre. De modo que as seis primeiras colocações ficaram com as seguintes Unidades da Federação: Maranhão (57,5%), Pará (56,7%), Piauí (54,9%), Ceará (54,0%), Amazonas (53,3%) e Sergipe (51,2%). Já Santa
  • 20. Catarina (27,4%), Distrito Federal (30,7%) e São Paulo (31,0%) destacaram-se com as menores taxas. GRÁFICO 11 Número absoluto de pessoas na informalidade (em 1.000 pessoas) e taxa de informalidade (em %), Bahia, 1º trimestre de 2023 a 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia
  • 21. GRÁFICO 12 Indicadores do mercado de trabalho na Bahia (em 1.000 pessoas), 1º trimestre de 2024 Fonte: IBGE, PnadC trimestral Elaboração: DIEESE. Observatório do Trabalho da Bahia. Consulte esse boletim e demais produtos desenvolvidos pelo Observatório do Trabalho da Bahia, acessando o portal eletrônico do Observatório, através do site da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE). Disponível em: http://geo.dieese.org.br/bahia/ Observatório do Trabalho da Bahia POPULAÇÃO TOTAL 15.092 mil POPULAÇÃO EM IDADE DE TRABALHAR (14 ANOS OU MAIS) 12.212 mil PESSOAS NA FORÇA DE TRABALHO 7.023 mil OCUPADOS 6.038 mil OCUPADOS QUE TRABALHAM HORAS SUFICIENTES 5.409 mil SUBOCUPADOS POR INSUFICIÊNCIA DE HORAS TRABALHADAS 629 mil DESOCUPADOS 986 mil PESSOAS FORA DA FORÇA DE TRABALHO 5.189 mil FORÇA DE TRABALHO EM POTENCIAL 938 mil NÃO DESALENTADOS 331 mil DESALENTADOS 607 mil FORÇA DE TRABALHO NÃO POTENCIAL 4.251 mil POPULAÇÃO FORA DA IDADE DE TRABALHAR (ABAIXO DE 14 ANOS) 2.880 mil POPULAÇÃO SUBUTILIZADA TOTAL 3.160 mil