A DRE tem como objetivo evidenciar o lucro ou prejuízo de uma entidade. Ela mostra a receita bruta, deduções, receita líquida, custos, lucro bruto, despesas e resultados operacionais, não operacionais, antes e depois de impostos e participações, chegando ao lucro líquido final.
Podemos acrescentar mais um grupo de usuário:
cliente. Rentabilidade? Capacidade de entrega
dos produtos / serviços contratados?
• Qualquer que seja a necessidade do usuário, a
análise das demonstrações financeiras permite
avaliar:
Gestão financeira:
GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS.
I. Balanço Patrimonial;
II. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
III. Demonstração do Resultado do Exercício;
IV. Demonstração dos Fluxos de Caixa e (redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007);
Semelhante a Demonstração do Resultado do Exercicio (20)
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Demonstração do Resultado do Exercicio
1. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A DRE (Demonstração do Resultado Exercício) é a demonstração contábil que
tem por objetivo evidenciar a situação econômica da entidade, isto é, apuração do lucro
ou prejuízo.
1 – MODELO DE DRE
Abaixo temos um exemplo de uma DRE simplificada de uma empresa.
CUECAS GENUÍNAS – S/A.
DRE De 30-1-x1
a 31-12-x1
RECEITA BRUTA 800.000
(-) DEDUÇÕES E ABATIMENTOS
Impostos s/ vendas (ICMS ou ISS,CONFINS, PIS), Vendas anuladas e
descontos incondicionais concedidos.
(105.000)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 695.000
(-) CUSTOS OPERACIONAIS
CMV E CSP (48.900)
LUCRO BRUTO 646.100
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
• de Vendas (51.200)
• Administrativas (23.200)
• Financeiras (8.000)
• (+) Receitas Financeiras
• Outras Despesas Operacionais
Multas fiscais
(+) OUTRAS RECEITAS OPERAC.
Aluguéis Ativos
LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL 563.700
(+) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
Ganhos em transações do Ativo Per.
(-) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
Perdas em transações do Ativo Permanente. (20.000)
RESULTADO ANTES DA PROVISÃO DO IMPOSTO DE RENDA
543.700
(-) PROV. P/ CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (32.000)
(-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA
(97.495)
RESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS O IMPOSTO DE RENDA CSLL
414.205
(-) PARTICIPAÇÕES (169.619)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 244.586
2. 2 – DISCRIMINAÇÃO DAS CONTAS
2.1 RECEITA BRUTA
A Receita Bruta é o total bruto vendido no período. Nela estão inclusos os
impostos sobre vendas (os quais pertencem ao governo) e dela não foram subtraídas as
devoluções (vendas canceladas) e os abatimentos (descontos) ocorridos no período. As
devoluções e os abatimentos correspondem as deduções.
Impostos e taxas sobre vendas são aqueles gerados no momento da venda;
variam proporcionalmente à venda, ou seja, quanto maior for o total de vendas, maior
será o imposto, fazem parte também das deduções .
2.2 LUCRO BRUTO
Lucro Bruto é a diferença entre a receita líquida de vendas de bens ou serviços e
o custo de mercadorias vendidas ou dos serviços prestados.
Resumindo, subtrai-se da receita o custo da mercadoria ou do produto, ou o do
serviço para ser colocado à disposição do consumidor, desprezando-se as despesas
administrativas, financeiras e de vendas.
O Lucro Bruto, após cobrir o custo da fabricação do produto (ou o custo da
mercadoria adquirida para revenda, ou o custo do serviço prestado), é destinado a
remuneração das despesas de vendas, administrativas e financeiras, bem como à
remuneração do governo (Imposto de renda) e dos proprietários da empresa (Lucro
Líquido).
Obs.:
1) Nas empresas comerciais o Lucro Bruto é conhecido também como Resultado da
Conta Mercadorias.
2) O Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) , extracontábilmente, é apurado através
da seguinte fórmula:
CMV = EI + C - EF
Onde:
EI = Estoque Inicial de mercadorias
C = Compras de mercadorias
EF = Estoque Final de mercadorias
2.3 - LUCRO OPERACIONAL
O Lucro Operacional é obtido através da diferença entre o Lucro Bruto e as
despesas operacionais.
2.4 - DESPESAS OPERACIONAIS
As despesas operacionais são aquelas decorrentes do desenvolvimento das
atividades normais da empresa, isto é; são as necessárias para vender os produtos,
administrar a empresa e financiar as operações. Os principais grupos de despesas
Operacionais são especificados a seguir:
a) Despesas de vendas
Abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto ao consumidor
(comercialização e distribuição). São despesas com o pessoal da área de venda, salários,
comissões sobre vendas, encargos sociais, propaganda e publicidade, Marketing,
3. estimativa de perdas com duplicatas derivadas de vendas a prazo (provisão para
devedores duvidosos) etc. Outras despesas: Fretes e carretos, material de embalagens
etc.
b) Despesas administrativas
São aquelas necessárias para administrar (dirigir) a empresas. De maneira geral,
são gastos nos escritórios que visam à direção ou à gestão da empresa.
Pode-se citar como exemplos: honorários administrativos, salários e encargos
sociais do pessoal administrativo, aluguéis de escritórios, materiais de escritório, seguro
de escritório, depreciação de móveis e utensílios, assinaturas de jornais etc.
c) Despesas financeiras
São as remunerações aos capitais de terceiros, tais como: juros pagos ou
incorridos, comissões bancárias, correção monetária prefixada sobre empréstimos,
descontos concedidos, juros de mora pagos etc.
2.5 - RECEITAS OPERACIONAIS
Receitas Operacionais são também aquelas decorrentes do desenvolvimento das
atividades normais da empresa.
As mais comuns são:
RECEITA BRUTA
• vendas de mercadorias
• receitas de serviços
RECEITAS FINANCEIRAS
• descontos obtidos
• juros ativos
• rendimentos sobre aplicações financeiras
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
• aluguéis ativos
• perdas recuperadas
• variações monetárias ativas
• receitas eventuais
2.6 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
Despesas Não-operacionais são aquelas decorrentes de transações não incluídas
nas atividades principais ou acessórias da empresa, como, por exemplo, o custo (valor
contábil) de bem do Ativo Permanente que deve ser apurado quando este for alienado,
baixado ou liquidado.
2.7 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
Receitas não operacionais são aquelas provenientes de transações não incluídas
nas atividades principais ou acessórios que constituem objeto da empresa, como, por
exemplo, o montante obtido na alienação de bens ou Direitos integrantes do Ativo
Permanente.
4. 2.8 - APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (CSLL) E DO IMPOSTO DE
RENDA (IR)
Neste momento, o resultado parcial é ajustado num livro à parte – LALUR (livro
de apuração de Imposto de Renda – onde são feitas exclusões e adições ao lucro
apurado até então. O novo saldo, já ajustado, é denominado lucro real, onde são
aplicadas as alíquotas previstas pela Legislação do Imposto de Renda.
A subtração da CSLL e do IR do Resultado antes da provisão do IR propicia o
lucro após o IR.
2.9 - PARTICIPAÇÕES
Após apurado o Resultado do Exercício e calculado as provisões para
Contribuição Social e para pagamento do Imposto de Renda, deverão ser calculadas e
contabilizadas as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou
previdência de empregados; caso sejam previstas no estatuto das empresas. Essas
participações funcionam como um prêmio, retirado do lucro das empresas.
Notas:
• Debêntures são títulos de crédito, emitidos por Sociedades Anônimas, que
conferem a seus titulares direitos de créditos junto a elas, nas condições constantes
das escrituras de emissão ou dos certificados. Normalmente rendem juros e correção
monetária e participação nos lucros. São garantidas pelo Ativo da empresa emissora
e asseguram preferência no resgate sobre os demais títulos da empresa. Quando a
empresa vende esses títulos, cria para si uma obrigação geralmente a longo prazo,
podendo registrar tal obrigação através da conta Debêntures a pagar.
• Partes Beneficiárias são títulos negociáveis sem valor nominal e estranhos ao
capital social que podem ser criados pela Sociedade por Ações, em qualquer tempo.
Esses títulos podem ser negociados pela empresa ou cedidos gratuitamente a
empregados, clientes etc., de acordo com a vontade da empresa. O único Direito que
o detentor desses títulos tem é a participação nos lucros, que não poderá ser superior
a um décimo do lucro apurado.
3. LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Após subtraídas as participações, chegamos ao último lucro da DRE: O Lucro
Líquido do Exercício.
O LLE (ou prejuízo do exercício) deverá ser transferido para a conta Lucros ou
Prejuízos Acumulados para serem efetuadas as respectivas destinações: Reservas e
dividendos.