Este documento descreve as principais aplicações da medicina nuclear nos exames renais e do trato urinário. Ele explica como os radiofármacos são usados para avaliar a perfusão, morfologia e função renal através de exames dinâmicos e estáticos. Além disso, detalha como esses exames podem diagnosticar condições como infecção renal, obstrução do trato urinário e avaliar a função de rins transplantados.
1. APLICAÇÕES CLÍNICAS
DA MEDICINA NUCLEAR
NAS DOENÇAS RENAIS E DO TRATO URINÁRIO
CLAUDIO TINOCO MESQUITA
Serviço de Medicina Nuclear
2. O Exame
+
Material Radioativo Medicamento
(Radioisótopo ou Marcador) (Fármaco)
Radiofármaco
O papel da medicina nuclear
3. PRINCÍPIOS BÁSICOS
Isótopo (99mTc) marcado com fármaco específico:
Filtração glomerular;
Secreção tubular;
Ligado aos túbulos renais por longo tempo para
permitir imagem da anatomia cortical.
5. O componente funcional renal: o néfron
modificado de “Physiology of the kidney”, L. P. Sullivan, 2002 (livro on-line na íntegra):
http://www2.kumc.edu/ki/physiology/index.htm
6. Função renal
• Fluxo sanguíneo- 20% do débito cardíaco para rins (1200
ml/min de sangue, ou 600 ml/min de plasma)
• Filtração - 20% fluxo plasmático renal é filtrado pelos
glomérulos (120 ml/min, 170 L/dia)
• Secreção tubular
• Reabsorção tubular (1% ultrafiltrado - urina)
• Funções endócrinas
9. TFG depende do diâmetero das arteríolas aferente e eferente
Glomérulo
Arteríola Aferente Arteríola Eferente
TFG TFG
Filtrado
Glomerular
Dilatação da Art. Constricção Art. Constricção da Dilatação da Art.
Aferente Eferente Art. Aferente Eferente
Prostaglandinas, Angiotensina II Ang II (alta dose), Bloqueio da
Dopamina (baixa (baixa dose) Noradrenalina, Angiotensina II
dose), ANP, NO Endotelina, ADH,
Bloqueio da
Prostaglandina
10. Reabsorção Tubular
• Capilares peritubulares
reabsorvem parte do
ultrafiltrado.
• Reabsorvem 99% H2O, 100%
glicose, 99,5% Na+ e 50% da
uréia. A maior parte no Túbulo
contornado proximal.
14. Escolha do Radiotraçador Renal
Questão Clínica Agente
Perfusão MAG3, DTPA, GHA
Morfologia DMSA, GHA
Obstrução MAG3, DTPA, OIH
Função Renal Relativa Todos
Quantificação da TFG I-125 iothalamate, Cr-51 EDTA, DTPA
Quantificação do FPRE MAG3, OIH
15. AGENTE DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
99m Tc DTPA (ácido dietilenotriaminopentacético)
Estudo DINÂMICO da perfusão renal, capacidade
de concentração e fluxo urinário para o sistema
pielocaliciano, ureteres e bexiga.
5-10% se liga às ptn plasmáticas.
Fornece avaliação acurada da TFG de cada rim.
16. AGENTE DE SECREÇÃO TUBULAR
99mTc-EC ( etilenodicisteína )
Estudo DINÂMICO da perfusão renal, capacidade de
concentração e fluxo urinário para o sistema
pielocalicial, ureteres e bexiga;
30% se liga às ptn plasmáticas;
Estima o Fluxo Plasmático Renal Efetivo;
Fornece melhores imagens renais que o DTPA na
insuficiência renal.
17. Principais indicações da Cintilografia Renal Dinâmica
( DTPA e EC )
Avaliação do fluxo sangüíneo renal;
Medidas de parâmetros quantitativos, tais como taxa de
filtração glomerular;
Diagnóstico e avaliação evolutiva da NTA e IRC;
Avaliação da hipertensão renovascular;
Avaliação da uropatia obstrutiva;
Avaliação do rim transplantado;
Avaliação da função renal diferencial;
18. AGENTE RENAL CORTICAL
99mTc-DMSA (ácido dimercaptossuccínico)
Estudo ESTÁTICO do córtex renal e quantificação da função
parenquimatosa relativa (massa renal funcionante);
Agente de escolha para imagem do parênquima renal devido
ao seu alto acúmulo cortical;
Não há visualização do sistema excretor, se acumula
principalmente nos túbulos contornados proximais;
90% se liga às ptn plasmáticas (limita a filtração glomerular).
19. Principais indicações clínicas da Cintilografia Renal Estática
(DMSA)
diagnóstico de pielonefrite aguda e eventual seqüela (cicatriz)
quantificação relativa do córtex funcionante de cada rim
avaliação das doenças císticas do rim;
diagnóstico do rim multicístico displásico;
diagnóstico de ectopia renal ou rim único;
avaliação do envolvimento renal por tumores
diagnóstico do infarto renal
diagnóstico do rim em ferradura.
20. INDICAÇÕES
• Perfusão renal
• HAS renovascular (Nefrograma com Captopril)
• Infecção (cintilografia cortical renal)
• Avaliação pré-cirúrgica (nefrectomia)
• Transplante renal
• Anomalias congênitas, massas e função
• Obstrução (nefrograma com diurético)
22. Cintilografia renal
Preparo do paciente
• Hidratação adequada
• Beber 5-10 ml/kg água (2-4 copos) 30-60 min. pre-injeção
• Urinar antes do exame
• Unrinar ao terminar o exame
Int‟l Consens. Comm.
Semin NM „99:146-159
23. Aquisição das Imagens
• Deitado em supino
• Fluxo (angiograma) : 2-3 seg / frames x 1 min
• Dinâmica: 15-30 seg / frames x 20-30 min
(disposto a 1-3 minutos /frame)
27. Captação relativa
• Contirbuição de cada rim para função renal completa
cts no rim esquerdo
% rim esq = ------------------------------------------------------ x 100%
cts no rim esquerdo + contagens no rim direito
• Normal 50/50 - 56/44
• Borderline 57/43 - 59/41
• Anormal > 60/40
Taylor, SeminNM Apr 99
28. Cintilografia Renal Básica
Processamento
• Tempo para Pico
• Normal < 5 min
• Atividade Residual Cortical (RCA20 or 30)
• Taxa de cts após 20 ou 30 min / cts do pico
• Normal RCA20 para MAG3 < 0.3
• Volume Urinário Residual
• (cts pós-miccional x vol. urinado) (cts pré-miccional- cts pós-miccional)
37. Obstrução
Obstrução ao fluxo urinário causa
uropatia obstrutiva
(hidronefrose, hidroureter)
e
pode levar à
nefropatia obstrutiva
(perda da função renal).
38. Estudo Renal Dinâmico com Diurético
Princípios
• Hidronefrose – o traçador se acumula na pelve renal
• Lasix >>>> aumento do fluxo urinário
• Caso obstruído >>> o traçador não será lavado da pelve (wash out)
• Se apenas dilatado, mas não obstruído >>> traçador será lavado
• O washout é quantificado pelo T1/2
39. Estudo Renal Dinâmico com Diurético
Indicações
• Avaliar o significado funcional da hidronefrose
• Determinar necessidade de cirurgia
• Hidronefrose obstrutiva – Tto. Cirúrgico
• Hidronefrose não-obstrutiva – Ttto. Clínico
• Monitorar efeito do tratamento
40. Estudo Renal Dinâmico com Diurético
Procedimento
• Preparo do paciente:
• Hidratar
adultos - oral 360ml/m2 em 30 min
pediatria - 10-15 ml/kg
• Urinar antes da injeção
• Cateter vesical ?
41. Estudo Renal Dinâmico com Diurético
Procedimento
• Lasix: 40mg adulto, 1mg/kg criança
~10-20 min (quando pelve cheia)
ou -15min (método “F-15”)
• Aquisição por mais 30 min pós Lasix
42. Estudo Renal Dinâmico com Diurético
Procedimento
• Não administrar lasix
• Sistema coletor ainda está enchendo
• Sistema coletor não encheu até 60 min
• Sistema coletor esvazia espontaneamente
• Função renal ipsilateral pobre (< 20%)
50. Estudo Renal Dinâmico com Diurético
Avaliando Washout
T1/2
tempo necessário para 50% do traçador deixar
a unidade dilatada,
i.e. tempo para atividade
cair até 50% do pico.
52. Valor do T1/2
• Variáveis que influenciam o T1/2:
• Traçador
• Hidratação
• Volume da pelve dilatada
• Cateter na bexiga
• Dose de Lasix
• Função renal (resposta ao Lasix)
53. T1/2
• Normal < 10 min
• Obstruído > 20 min
• Indeterminado 10 - 20 min
54. Estudo Renal Dinâmico com Diurético
Pitfalls
• Falso positivo para obstrução
• Bexiga distendida
• Hidronefrose grosseira
T(tempo de trânsito) = V (volume) F (fluxo)
• Rim com deficit funcional ou imaturo
• Desidratação
• Falso negativo
• Obstrução de baixo grau
• Rim com deficit funcional ou imaturo
59. DEFINIÇÃO
• A definição mais rigorosa requer a demonstração de
cura ou melhora da hipertensão arterial após
revascularização da estenose de artéria renal.
• É um diagnóstico retrospectivo.
60. PROBLEMAS
• Nem toda EAR é associada a HRV
• A EAR é necessária mas não é suficiente para HRV!
• Pacientes com HAS essencial podem desenvolver EAR e
HRV.
• Quais pacientes devem ser estudados?
• Quais exames?
• Que tratamento?
• Qual o risco?
61. FISIOPATOLOGIA
• 1934 - Harry Goldblatt demonstrou que clampeando a
artéria renal de um cão pode-se reproduzir hipertensão
persistente.
• Hipertensão chamada de Goldblatt.
• 1938 1ª cura de hipertensão após nefrectomia.
62. ANGIOTENSINOGÊNIO ANGIOTENSINA I ANGIOTENSINA II
ECA
RENINA
FILTRAÇÃO
glomérulo
Art. aferente Art. eferente
VASOCONSTRIÇÃO
RETENÇÃO Na e H2O
túbulo
64. ATEROSCLEROSE
• 90 % dos casos.
• É uma manifestação de ateroesclerose generalizada
associada com idade avançada e diagnosticada
incidentalmente.
• 30% dos pacientes com doença coronariana.
• 50 % com doença vascular periférica.
• Mais proximal.
67. CLÍNICA
# Início < 30 a ou recente > 50a;
# Sopro abdominal;
# Hipertensão acelerada ou resistente;
# Edema pulmonar recorrente;
# Coexistência de doença aterosclerótica difusa;
# Insuficiência renal aguda precipitada por IECA ou
antagonistas do receptor da angiotensina II
68. TRATAMENTO
DISPLASIA • ARTP
FIBROMUSCULAR • A maioria melhora o controle da
pressão arterial.
ATEROSCLEROSE
69. ATEROSCLEROSE
• Parte de processo difuso
•Objetivos do tratamento :
Manutenção da função renal, prevenir atrofia
Prevenção da IRC dialítica
Controle da HAS
Melhora da co-morbildade cardíacas
70. TRATAMENTO
• Cirurgia angioplastia.
• Estudos retrospectivos demonstraram que angioplastia
renal transluminal percutânea (PTRA) pode melhorar o
controle pressórico e preservar a função renal em
pacientes com estenose de artéria renal .
71. • ASTRAL
• PTRA x tratamento clínico
• 806 pacientes
• Randomizado
• A angioplastia não melhora a função renal em pacientes
com ateroesclerose
Vasc Med Levy 2010
72. Original Article
Revascularization versus Medical Therapy for
Renal-Artery Stenosis
The ASTRAL Investigators
N Engl J Med
Volume 361(20):1953-1962
November 12, 2009
73. Study Overview
• In a clinical trial, 806 patients with renovascular disease were randomly
assigned either to undergo percutaneous revascularization with medical
therapy or to receive medical therapy alone
• At a median follow-up of 34 months, the rate of decline in renal function
(the primary end point) did not differ significantly between the two groups
• Serious complications of revascularization occurred in 23 patients
75. Renal Function in Patients with Renal-Artery Stenosis Treated with Revascularization or
Medical Therapy Alone
The ASTRAL Investigators. N Engl J Med 2009;361:1953-
1962
76. Systolic and Diastolic Blood Pressure
The ASTRAL Investigators. N Engl J Med 2009;361:1953-
1962
77. Kaplan-Meier Curves for the Time to the First Renal and Cardiovascular Events
The ASTRAL Investigators. N Engl J Med 2009;361:1953-
1962
78. Kaplan-Meier Curves for Overall Survival
The ASTRAL Investigators. N Engl J Med 2009;361:1953-
1962
79. Conclusion
• We found substantial risks but no evidence of a worthwhile clinical
benefit from revascularization in patients with atherosclerotic
renovascular disease
80. ULTRASSONOGRAFIA
• Velocidade de fluxo> 180cm/s
• Velocidade relativa- AR-Aorta: >3.5
• OBS: Não é um exame fácil !!!!
• 20 % dos pacientes sem sucesso.
• Altamente operador dependente
• Obesidade
• Vantagens:
• Informações do IR e tamanho renal
• Intra-renal- Formato da onda – Tardus-parvus
81. IMAGEM EM RESSONANCIA MAGNÉTICA
• É útil para avaliar os vasos renais proximais e Aorta.
• Sensibilidade de 83-100%
• Especificidade 92-97 %
• Para avaliar EAR
• Displasia fibromuscular?
• Fibrose sistêmica nefrogênica
82. ANGIO TOMOGRAFIA
• A acurácia é alta semelhante a RM
• Limitações:
• Insuficiência renal,
• Nefrotoxicidade
• Radiação
• Alergia
83. Métodos p/ detecção das alterações hemodinâmicas e funcionais
• Doppler
• Renina
• Cintilografia
84. ULTRASSONOGRAFIA
• Quais pacientes em que a função renal ou a PA não
apresentariam melhora após correção da estenose?
• Índice de resistividade- ([1 - velocidade diastólica final/
velocidade sistólica máxima] x 100).
• IR > 80-pacientes com estenose de artéria renal que
não se beneficiarão com intervenção.
•N Engl J Med Radermarcher
2001
85. ULTRASSONOGRAFIA
• IR - alguns estudos confirmaram sua utilidade para na
avaliação de resultados após revascularização.
• Entretanto a medida do IR é sabidamente operador
dependente e não se sabe se a técnica pode ser
reproduzida em todos os centros.
86. Inibidor da enzima de conversão da
angiotensina
ANGIOTENSINA I ANGIOTENSINA II VASOCOSTRITOR
BRADICININA VASODILATADOR
PRESSÃO DE FILTRAÇÃO
FILTRAÇAO GLOMERULAR
ALTERAÇÃO NA
CINTILOGRAFIA
87. MEDICINA NUCLEAR
IECA Filtração glomerular
DTPA •TUBULARES
Alteração da captação Retenção do parênquima
• Qual o radiofármaco?
• DTPA E MAG3 são igualmente aceitos em pacientes
com função normal.
• Em pacientes com IR-MAG3 melhor
92. MEDICINA NUCLEAR
• Inibidor da ECA – TFG no rim afetado.
• Fluxo é mais variável.
• Meio fisiológico de avaliar o sistema renina –
angiotensina- demonstrar que a HRV está presente e é
potencialmente reversível.
• Avalia hipertensão renovascular e não estenose de
artéria renal.
93. PREPARO
Hidratação
Suspensão IECA/ bloqueadores dos receptores de
angiotensina II
captopril 2 dias e enalapril 3-5 dias
Diuréticos
Bloqueadores de canais de cálcio
Jejum
– Sensibilidade = 98 % sem IECA (39/40)
– Sensibilidade = 75 % com IECA (12/16)
Setaro; Hypertension; 1991
94. Qual a dose?
Captopril 25 a 50 mg v.o. 1h antes do estudo
• Enalapril- 40µg/K 3-5 min- RF aos 15 min
• Manter acesso venoso para ptes de risco
( angina ou IAM recente, TIA ou AVC recente )
• Monitorar PA-Hipotensão sintomática = 1%
• Elevação membros inferiores e salina
• Furosemida
95. Protocolo 1ou 2 dias ?
• O critério mais específico para HRV é a alteração do
renograma pós IECA.
• O protocolo de 1 dia.
• 1-2 mCi basal
• IECA- 8-10mCi
• 2 dias
• Renograma com IECA normal-não é necessário o
basal.
96. Critérios Diagnósticos
1- Padrão visual
2- Piora no padrão das curvas
3- Parâmetros quantitativos
98. Padrão de Curvas
• 0- Normal
• 1-Menores anormalidades
• 2- demora na exceção mas clareamento preservado
• 3-Sem clareamento- curva de acúmulo
• 4- IR com captação
• 5-IR rim sem captação
100. MAG3
• Retenção unilateral
• Quantitativamente:
• Atividade aos 20 / pico de atividade-aumento de 0,15
• Captação relativa de 10 %
101. DTPA
• Redução da captação relativa maior que 10 %
• 5-9% intermediário
• Retenção do parênquima
102.
103.
104. CINTILOGRAFIA COM CAPTOPRIL
• 51 pacientes hipertensos -procedimento.
• Acompanhamento 6 e 12 meses- PA
• S-86.5%
• E-93%.
• Uma cintilografia com captopril positiva no pré operatório
é um forte preditor da curabilidade da hipertensão com
intervenção.
J Nucl Med. 1992 Dondi
105. CINTILOGRAFIA RENAL COM CAPTOPRIL
• 50 pacientes-intervenção
• 29 pcts exame positivo -26 cura ou melhora da HAS.
• A cintilografia com captopril é um preditor de boa
resposta a revascularização.
J Vasc Surg Meier 1993
106. CINTILOGRAFIA COM CAPTOPRIL
• Sensibilidade e especificidade de cerca de 90 % para
pacientes com função normal adequada.
• Dificuldades:
• Diferenças nos protocolos, critérios de interpretação
• Disfunção renal e estudos basais alterados.
Piores resultados
Ao comparar com achado anatômico
em pacientes com função renal reduzida
107. Renograma com captopril
Preparo do Paciente
• Interromper IECA e ATII por 3-7 dias
• Interromper diuréticos 5-7dias
• Jejum de alimentos sólidos 4 horas
• Boa hidratação
• 10 ml/kg de água 30-60 min pre e durante teste
• IECA
• Captopril 25-50 mg po (macerado), 1 hora pre-scan
• Monitorar PA a cada 15 min
110. Renograma com IECA
Critérios Diagnósticos
• MAG3: retenção parenquimatosa ipsilateral
• Mudança a curva em 1 grau
• RCA20 aumento de 15% (p.ex. de 30% para 45%)
• Tpico iaumento em mais de 2 min ou de 40% (p.ex. de 5 para 7 min)
• DTPA: captação diminuída ipsilateral
• Redução da captação relativa 10%
(p. ex. de 50/50 para 40/60), uma mudança de 5-9% - intermediária
• Mudança no renograma 2 graus
Consens. report JNM „96:1876
Semin NM 4/99:128-145
111. Probabilidade de HARV
• Alta (>90%): deterioração da curva ou mudança na
função relativa após captopril
• Intermediária (indeterminada): estudo basal alterado
mantido após captopril
• baixa (<10%): Cintilografia c/ IECA normal ou melhora
pós captopril
124. Indicações
• Avaliação de crianças com ITU recorrentes
• 30-50% tem refluxo vesicoureteral
• Follow up após urografia excretora
• Avaliar efeito do tratamento ou cirurgia
• Rastreamento de refluxo
125. Métodos
Direta Indireta
• Tc-99m S.C. ou TcO4 • Tc-99m DTPA or Tc-
99m MAG3
• via Foley
• i.v.
Vantagens
• Qualquer idade • Sem cateter
• Refluxo durante • info dos rins
enchimento da bexiga
Desvantagens
• cateter • Precisa cooperação
• Precisa boa função
renal
126. Cistografia Radionuclídica x Urografia
Vantagens Desvantagens
• Menor dose de radiação • Não detecta refluxo no ureter
(5 vs 300 mrad para os distal
ovários) • Sem detalhes anatômicos
• Detecta menor quantidade de • Não gradua com facilidade
refluxo
• Quantifica volume pos
residual
133. CASO CLÍNICO 01
HSG, 79 a, masc, hipertenso;
IRC leve em tratamento conservador ( Scr 1,8);
PO aneurismectomia Ao Abd e RV art renal E, complicou
com hemoperitônio, rabdomiólise e IRA.
Evoluiu com choque séptico, evisceração, hemorragias.
Iniciou tratamento dialítico e realizou Ctg renal com EC e
DTPA após 25 dias.
Conduta: instalar acesso de longa permanência / e/ou
definitivo para DER.
134.
135.
136. CASO CLÍNICO 02
MLBCL, 75a, F, HAS e DMNID, admitida por sepse urinária,
com pionefrose e submetida a nefrectomia E.
Evoluiu após 22 dias de internação com IRA por NTA.
Tratada com HDD, anúrica, realizou ctg renal com DTPA e
DMSA; e após intervalo de 10 dias repetiu ctg renal com EC.
Conduta : suspenso temporariamente os anti-hipertensivos e
a HD. A paciente evoluiu com recuperação do débito urinário
e da função renal gradativamente.
Ctg renal com EC pré alta confirmou curva com tendência
ascendente.
Follow up: recuperação completa da função.
137.
138.
139. CASO CLÍNICO 03
MCG, fem, 65a, diabética, dislipidêmica, coronariopata;
Admitida com arritmia ventricular e posteriormente
submetida a RVM;
US rins normais. Evoluiu com IRA por NTA após 10 dias de
internação;
Realizou CVVH, EDD, HD intermitente;
Realizada ctg renal com EC com 33 dias de anúria;
Conduta: detectada hematúria macroscópica por
cateterismo de alívio e realizada RM.
142. CASO CLÍNICO 04
MODTM, fem, 77a, hipertensa, diabética, dislipidêmica,
coronariopata;
Internada pós RCP por EAP devido a IAM inferior.
Tratada com PTCA de CD, evoluiu com choque séptico e IRA.
US rins normais; hematúria microscópica, evoluiu com
anúria, dependente de EDD, HD.
Trinta dias após iniciada DER solicitad Ctg renal com DMSA e
DTPA.
Conduta: instalar acesso definitivo para DPA.
143.
144. CONCLUSÕES
• A medicina nuclear contribui como método de
avaliação não invasiva da função renal
corroborando para o diagnóstico diferencial e
evolução prognóstica de diversas afecções renais.