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A bioética, o início e o fim da vida: o aborto e a
eutanásia
Ms. Luiza Colmán
Princípios Morais
• Princípio da sacralidade da vida (PSV)
• Princípio do respeito à autonomia da pessoa (PRA)
Elementos essenciais às discussões morais acerca do fim
da vida
Princípios Morais
• Princípio da sacralidade da vida (PSV):
▫ A vida consiste em um bem – concessão da divindade ou
manifestação de um finalismo intrínseco da natureza;
▫ Tem um estatuto sagrado;
▫ A vida é sempre digna de ser vivida, isto é, estar vivo é sempre um
bem, independentemente das condições em que a existência se
apresente.
A sacralidade da vida é considerada um das mais contundentes
objeções ao aborto e à eutanásia, mormente nas éticas cristãs e na
tradição hiprocrática.
Princípios Morais
• Porquê se considera sagrada apenas a vida humana? Por que não
tratar todas as formas de vida como sagrada?
▫ Peter Singer considera discriminatório esse posicionamento,
denominando-o de especismo – discriminação pela espécie animal.
▫ Termos Cristãos: possível sustentar a primazia da vida humana
sobre as demais com base no excerto bíblico;
▫ Para os não cristãos ou panteístas: se não se reconhece que a vida
humana tem estatuto “à imagem e a semelhança de Deus”, duas
perspectivas podem ser adotadas:
 Nenhuma vida é plenamente sagrada;
 Todas as vidas são.
Princípios Morais
• Princípio do respeito à autonomia da pessoa (PRA):
▫ Pressupõe que se considerem, definitivamente, as livres
escolhas dos sujeitos quando se tratar de questões morais;
 Cada pessoa tem o direito de dispor de sua vida da maneira que
melhor lhe aprouver.
▫ Reconhece que a moralidade implica o estabelecimento de
relações entre sujeitos autônomos – ou, ao menos, que um dos
implicados seja autônomo.
Princípios Morais
Indivíduo que age livremente de acordo com um pano escolhido por
ele mesmo, da mesma forma que um governo independente
administra seu território e define suas políticas.
Autonomia
Bioética e o início da vida: o Aborto
• Aborto
▫ Tema mais polêmicos da atualidade e tem fomentado múltiplos debates,
mormente nos âmbitos políticos, médico, jurídico e filosófico;
▫ Antigamente:
 Aborto era aceito e praticado por membros de diferentes culturas;
 Passou a ser condenado bem mais recentemente, (1869), pela Igreja
Católica;
▫ De modo geral:
 Passou a ser repudiado no momento de declínio da taxa de natalidade,
como no período de derrocada do império romano e nos países da Europa
Ocidental.
Bioética e o início da vida: o Aborto
• Hemisfério norte:
▫ O espaço definitivo para a colocação do aborto em pauta, consolidou-se a
partir das transformações sociais (1960);
▫ Se relacionaram intimamente às lutas políticas das feministas em prol da
liberdade sexual e reprodutiva e ao surgimento da “pílula
anticoncepcional”, que tornou possível reduzir enormemente o risco de
que um ato sexual se transformasse em uma ação reprodutiva.
• Latino-americano:
▫ Ganhou força com um atraso de 20 anos, em decorrência do período
autoritário e arbitrário que vigorou na maior parte do país.
Bioética e o início da vida: o Aborto
• O fato de ser considerado um crime no Brasil não impede que o aborto
seja amplamente utilizado para impedir a concretização da maternidade;
▫ Consequência: “aborto provocado” – sério problema de saúde , na
maioria das vezes realizado de forma velada e com resultados
catastróficos.
• Considerar o aborto apenas do ponto de vista legal é fechar os olhos para
um problema que insiste em se colocar, diurnamente, nos serviços de
saúde e no âmbito mais amplo da sociedade brasileira.
Bioética e o início da vida: o Aborto
• Atualidade:
▫ Maior liberdade para se interrogar e discutir acerca dos aspectos
(bio)éticos do aborto e do seu impacto social e sanitário;
▫ Pouco avanço na caracterização mais clara do problema:
 As múltiplas e díspares realidades e ordens discursivas albergadas pelo
conceito, na medida em que uma série de motivações e contextos
diferentes podem se tornar manifestos na decisão de interromper uma
gravidez em curso.
 A dificuldade em manter um debate de alto nível e embasado em
argumentação legítima – e não em espúrios “enredamentos retóricos”,
os quais têm muito mais o intuito de confundir do que esclarecer.
Bioética e o início da vida: o Aborto
• Definição de Aborto:
▫ De modo geral:
 Interrupção da gestação antes de ser possível ao concepto manter-se vivo
no ambiente extrauterino.
▫ Diniz e Almeirda (1998):
 Interrupção voluntária da gravidez:
 Realizada em nome da autonomia reprodutiva da grávida, ou seja, por
falta do desejo de levar a gestação a termo (quer esta seja fruto de um
estupro ou de uma relação consensual);
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compromisso com a maternidade/paternidade em um dado momento.
Bioética e o início da vida: o Aborto
• Diniz e Almeirda (1998):
▫ Interrupção terapêutica da gravidez:
 Praticada com o intuito último de salvar a mãe gravemente enferma,
para quem a continuação do ciclo gravídico acabará desencadeando a
morte;
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▫ Interrupção eugênica da gravidez:
 Executada com base em princípios da eugenia, tais como valores
racistas, sexistas, étnicos;
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Bioética e o início da vida: o Aborto
• Diniz e Almeirda (1998):
▫ Interrupção seletiva da gravidez:
 Motivada pela existência de graves lesões fetais, muitas das quais
incompatíveis com a vida;
 Ex: anencefalia.
Importante distinguir o aborto segundo sua gênese: espontâneo ou
provocado.
Bioética e o início da vida: o Aborto
• Código penal brasileiro:
▫ Aborto um crime contra a vida;
▫ Artigo 128: não punir o aborto praticado por médico em algumas
circunstâncias específicas:
 Se não houver outra forma de salvar a vida da gestante;
 Se a gravidez for o resultado de estupro e o aborto for procedido
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representante legal.
Atualmente se discute essa ideia!
Bioética e o início da vida: o Aborto
• O debate bioético situa-se em dois extremos:
▫ PSV: assume a ideia de que a vida é sagrada, e consequentemente, o
aborto NUNCA é bioeticamente defensável.
 Considera que a embrião/feto é, desde a fecundação, uma pessoa em
ato ou em potência.
▫ PRA: preconiza que a mulher é livre para decisões sobre a própria
vida, incluindo sua sexualidade e reprodução.
 O aborto aqui é visto como bioeticamente defensável, exceto
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Bioética e o início da vida: a Eutanásia
• Considerado crime, seguindo o artigo 121 do Código Penal;
• Ainda se observa um pacto de silêncio nas unidades de cuidado
da saúde, nas quais a decisão por interromper, ou não, a
terapêutica acaba por ser tomada às escuras, por profissionais
habitualmente sem qualquer preparação para isso e, pior, muitas
vezes à revelia dos familiares e do próprio enfermo.
Bioética e o Final da vida: a Eutanásia
• Distinção quanto ao ato:
▫ Eutanásia ativa:
 Ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente, por fins
humanitários;
 Ex: injeção letal.
▫ Eutanásia passiva:
 Quando a morte ocorre por omissão proposital em se iniciar uma ação
médica que garantiria a perturbação da sobrevida;
 Ex: deixar de iniciar aminas vasoativas no caso de choque não responsivo à
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Bioética e o Final da vida: a Eutanásia
• Distinção quanto ao ato:
▫ Eutanásia de duplo efeito:
 Nos casos em que a morte é acelerada como consequência de ações
médicas não visando ao êxito letal, mas sim ao alívio do sofrimento de um
paciente;
 Ex: emprego de morfina para controle da dor, gerando, secundariamente,
depressão respiratória e óbito.
Bioética e o início da vida: a Eutanásia
• Distinção quanto ao consentimento do enfermo:
▫ Eutanásia voluntária:
 Em resposta à vontade expressa do doente, o que seria um sinônimo de
suicídio assistido.
▫ Eutanásia involuntária:
 Quando o ato é realizado contra a vontade do enfermo, o que, em linhas
gerais, pode ser igualado a homicídio.
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Bioética e o início da vida: a Eutanásia
• Dispositivos legais:
▫ Código Penal:
 Penaliza a eutanásia por entendê-la como homicídio;
 Artigo 121: é crime matar alguém.
 Entretanto, em seu primeiro parágrafo determina que se o agente cometer
o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
▫ Projeto de Lei 125/96, de 1995:
 Pessoas com sofrimento físico ou psíquico poderiam solicitar a realização
de procedimentos que visem à própria morte, desde que autorizadas por
uma junta médica e que haja expressa anuência do enfermo.
Bioética e o início da vida: a Eutanásia
• PSV:
▫ É imoral lançar mão de medidas para abreviar o processo de morrer.
• PRA:
▫ Se o sujeito autônomo é capaz de tomar inúmeras decisões ao longo da
própria existência, torna-se plenamente justificável que ele tenha,
igualmente, a possibilidade de decidir sobre o fiz de sua vida.
Bioética e o início da vida: a Eutanásia
• Dois elementos importantes para a argumentação a favor da eutanásia:
▫ O princípio da qualidade da vida (PQV), princípio prima facie:
 Aplicável somente em determinadas circunstâncias, destituído,
portanto, de um valor universal e inatacável.
▫ O conceito de compaixão laica:
 Entendido não como julgamento do outro, mas, tão somente sua
aceitação, o amparo à sua condição de vivente.
 Torna-se significativo adotar uma atitude, em relação ao enfermo
inserido no processo de morrer, de respeito a esse seu momento,
dispondo-se a atender seu desejo de morrer, sem julgá-lo e sem tomar
arbitrariamente decisões tão importantes em seu lugar.
Portanto...
• Nascer e morrer são pontos extremos na existência humana,
reconhecendo, no âmbito da cultura, um grandioso esforço para
atribuir-lhes sentido, seja por meio da religião, filosofia, ciência ou
de outras manifestações do espírito;
• Essas tentativas incluem ações capazes de trazer significativos
problemas éticos (aborto e eutanásia) – os quais deverão ser
apreciados pelo profissional da saúde, sujeito que habitualmente
precisará tomar decisões sobre a vida e a morte de outrem.
A bioética, o início e o fim da vida: o aborto e a
eutanásia
Ms. Luiza Colmán

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Bioética, aborto e eutanásia: princípios morais e debates éticos

  • 1. A bioética, o início e o fim da vida: o aborto e a eutanásia Ms. Luiza Colmán
  • 2. Princípios Morais • Princípio da sacralidade da vida (PSV) • Princípio do respeito à autonomia da pessoa (PRA) Elementos essenciais às discussões morais acerca do fim da vida
  • 3. Princípios Morais • Princípio da sacralidade da vida (PSV): ▫ A vida consiste em um bem – concessão da divindade ou manifestação de um finalismo intrínseco da natureza; ▫ Tem um estatuto sagrado; ▫ A vida é sempre digna de ser vivida, isto é, estar vivo é sempre um bem, independentemente das condições em que a existência se apresente. A sacralidade da vida é considerada um das mais contundentes objeções ao aborto e à eutanásia, mormente nas éticas cristãs e na tradição hiprocrática.
  • 4. Princípios Morais • Porquê se considera sagrada apenas a vida humana? Por que não tratar todas as formas de vida como sagrada? ▫ Peter Singer considera discriminatório esse posicionamento, denominando-o de especismo – discriminação pela espécie animal. ▫ Termos Cristãos: possível sustentar a primazia da vida humana sobre as demais com base no excerto bíblico; ▫ Para os não cristãos ou panteístas: se não se reconhece que a vida humana tem estatuto “à imagem e a semelhança de Deus”, duas perspectivas podem ser adotadas:  Nenhuma vida é plenamente sagrada;  Todas as vidas são.
  • 5. Princípios Morais • Princípio do respeito à autonomia da pessoa (PRA): ▫ Pressupõe que se considerem, definitivamente, as livres escolhas dos sujeitos quando se tratar de questões morais;  Cada pessoa tem o direito de dispor de sua vida da maneira que melhor lhe aprouver. ▫ Reconhece que a moralidade implica o estabelecimento de relações entre sujeitos autônomos – ou, ao menos, que um dos implicados seja autônomo.
  • 6. Princípios Morais Indivíduo que age livremente de acordo com um pano escolhido por ele mesmo, da mesma forma que um governo independente administra seu território e define suas políticas. Autonomia
  • 7. Bioética e o início da vida: o Aborto • Aborto ▫ Tema mais polêmicos da atualidade e tem fomentado múltiplos debates, mormente nos âmbitos políticos, médico, jurídico e filosófico; ▫ Antigamente:  Aborto era aceito e praticado por membros de diferentes culturas;  Passou a ser condenado bem mais recentemente, (1869), pela Igreja Católica; ▫ De modo geral:  Passou a ser repudiado no momento de declínio da taxa de natalidade, como no período de derrocada do império romano e nos países da Europa Ocidental.
  • 8. Bioética e o início da vida: o Aborto • Hemisfério norte: ▫ O espaço definitivo para a colocação do aborto em pauta, consolidou-se a partir das transformações sociais (1960); ▫ Se relacionaram intimamente às lutas políticas das feministas em prol da liberdade sexual e reprodutiva e ao surgimento da “pílula anticoncepcional”, que tornou possível reduzir enormemente o risco de que um ato sexual se transformasse em uma ação reprodutiva. • Latino-americano: ▫ Ganhou força com um atraso de 20 anos, em decorrência do período autoritário e arbitrário que vigorou na maior parte do país.
  • 9. Bioética e o início da vida: o Aborto • O fato de ser considerado um crime no Brasil não impede que o aborto seja amplamente utilizado para impedir a concretização da maternidade; ▫ Consequência: “aborto provocado” – sério problema de saúde , na maioria das vezes realizado de forma velada e com resultados catastróficos. • Considerar o aborto apenas do ponto de vista legal é fechar os olhos para um problema que insiste em se colocar, diurnamente, nos serviços de saúde e no âmbito mais amplo da sociedade brasileira.
  • 10. Bioética e o início da vida: o Aborto • Atualidade: ▫ Maior liberdade para se interrogar e discutir acerca dos aspectos (bio)éticos do aborto e do seu impacto social e sanitário; ▫ Pouco avanço na caracterização mais clara do problema:  As múltiplas e díspares realidades e ordens discursivas albergadas pelo conceito, na medida em que uma série de motivações e contextos diferentes podem se tornar manifestos na decisão de interromper uma gravidez em curso.  A dificuldade em manter um debate de alto nível e embasado em argumentação legítima – e não em espúrios “enredamentos retóricos”, os quais têm muito mais o intuito de confundir do que esclarecer.
  • 11. Bioética e o início da vida: o Aborto • Definição de Aborto: ▫ De modo geral:  Interrupção da gestação antes de ser possível ao concepto manter-se vivo no ambiente extrauterino. ▫ Diniz e Almeirda (1998):  Interrupção voluntária da gravidez:  Realizada em nome da autonomia reprodutiva da grávida, ou seja, por falta do desejo de levar a gestação a termo (quer esta seja fruto de um estupro ou de uma relação consensual);  Ex: Pais que optam por interrupções por impossibilidade de assumir o compromisso com a maternidade/paternidade em um dado momento.
  • 12. Bioética e o início da vida: o Aborto • Diniz e Almeirda (1998): ▫ Interrupção terapêutica da gravidez:  Praticada com o intuito último de salvar a mãe gravemente enferma, para quem a continuação do ciclo gravídico acabará desencadeando a morte;  Ex: casos de eclampsia. ▫ Interrupção eugênica da gravidez:  Executada com base em princípios da eugenia, tais como valores racistas, sexistas, étnicos;  Ex: práticas nazistas.
  • 13. Bioética e o início da vida: o Aborto • Diniz e Almeirda (1998): ▫ Interrupção seletiva da gravidez:  Motivada pela existência de graves lesões fetais, muitas das quais incompatíveis com a vida;  Ex: anencefalia. Importante distinguir o aborto segundo sua gênese: espontâneo ou provocado.
  • 14. Bioética e o início da vida: o Aborto • Código penal brasileiro: ▫ Aborto um crime contra a vida; ▫ Artigo 128: não punir o aborto praticado por médico em algumas circunstâncias específicas:  Se não houver outra forma de salvar a vida da gestante;  Se a gravidez for o resultado de estupro e o aborto for procedido por consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Atualmente se discute essa ideia!
  • 15. Bioética e o início da vida: o Aborto • O debate bioético situa-se em dois extremos: ▫ PSV: assume a ideia de que a vida é sagrada, e consequentemente, o aborto NUNCA é bioeticamente defensável.  Considera que a embrião/feto é, desde a fecundação, uma pessoa em ato ou em potência. ▫ PRA: preconiza que a mulher é livre para decisões sobre a própria vida, incluindo sua sexualidade e reprodução.  O aborto aqui é visto como bioeticamente defensável, exceto quando é realizado contra a vontade da mulher
  • 16. Bioética e o início da vida: a Eutanásia • Considerado crime, seguindo o artigo 121 do Código Penal; • Ainda se observa um pacto de silêncio nas unidades de cuidado da saúde, nas quais a decisão por interromper, ou não, a terapêutica acaba por ser tomada às escuras, por profissionais habitualmente sem qualquer preparação para isso e, pior, muitas vezes à revelia dos familiares e do próprio enfermo.
  • 17. Bioética e o Final da vida: a Eutanásia • Distinção quanto ao ato: ▫ Eutanásia ativa:  Ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente, por fins humanitários;  Ex: injeção letal. ▫ Eutanásia passiva:  Quando a morte ocorre por omissão proposital em se iniciar uma ação médica que garantiria a perturbação da sobrevida;  Ex: deixar de iniciar aminas vasoativas no caso de choque não responsivo à reposição volêmica.
  • 18. Bioética e o Final da vida: a Eutanásia • Distinção quanto ao ato: ▫ Eutanásia de duplo efeito:  Nos casos em que a morte é acelerada como consequência de ações médicas não visando ao êxito letal, mas sim ao alívio do sofrimento de um paciente;  Ex: emprego de morfina para controle da dor, gerando, secundariamente, depressão respiratória e óbito.
  • 19. Bioética e o início da vida: a Eutanásia • Distinção quanto ao consentimento do enfermo: ▫ Eutanásia voluntária:  Em resposta à vontade expressa do doente, o que seria um sinônimo de suicídio assistido. ▫ Eutanásia involuntária:  Quando o ato é realizado contra a vontade do enfermo, o que, em linhas gerais, pode ser igualado a homicídio. ▫ Eutanásia não voluntária:  Quando a vida é abreviada sem que se conheça a vontade do paciente.
  • 20. Bioética e o início da vida: a Eutanásia • Dispositivos legais: ▫ Código Penal:  Penaliza a eutanásia por entendê-la como homicídio;  Artigo 121: é crime matar alguém.  Entretanto, em seu primeiro parágrafo determina que se o agente cometer o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. ▫ Projeto de Lei 125/96, de 1995:  Pessoas com sofrimento físico ou psíquico poderiam solicitar a realização de procedimentos que visem à própria morte, desde que autorizadas por uma junta médica e que haja expressa anuência do enfermo.
  • 21. Bioética e o início da vida: a Eutanásia • PSV: ▫ É imoral lançar mão de medidas para abreviar o processo de morrer. • PRA: ▫ Se o sujeito autônomo é capaz de tomar inúmeras decisões ao longo da própria existência, torna-se plenamente justificável que ele tenha, igualmente, a possibilidade de decidir sobre o fiz de sua vida.
  • 22. Bioética e o início da vida: a Eutanásia • Dois elementos importantes para a argumentação a favor da eutanásia: ▫ O princípio da qualidade da vida (PQV), princípio prima facie:  Aplicável somente em determinadas circunstâncias, destituído, portanto, de um valor universal e inatacável. ▫ O conceito de compaixão laica:  Entendido não como julgamento do outro, mas, tão somente sua aceitação, o amparo à sua condição de vivente.  Torna-se significativo adotar uma atitude, em relação ao enfermo inserido no processo de morrer, de respeito a esse seu momento, dispondo-se a atender seu desejo de morrer, sem julgá-lo e sem tomar arbitrariamente decisões tão importantes em seu lugar.
  • 23. Portanto... • Nascer e morrer são pontos extremos na existência humana, reconhecendo, no âmbito da cultura, um grandioso esforço para atribuir-lhes sentido, seja por meio da religião, filosofia, ciência ou de outras manifestações do espírito; • Essas tentativas incluem ações capazes de trazer significativos problemas éticos (aborto e eutanásia) – os quais deverão ser apreciados pelo profissional da saúde, sujeito que habitualmente precisará tomar decisões sobre a vida e a morte de outrem.
  • 24. A bioética, o início e o fim da vida: o aborto e a eutanásia Ms. Luiza Colmán