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Historicamente, é possível identificar 4 fases
distintas sobre os deficientes na/para a
sociedade...
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Marcos José Silveira MAZZOTTA Educação especial
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 [...] os ideais da Revolução Francesa
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“Escolas regulares com orientação inclusiva
constituem os meios mais eficazes de
combater atitudes discriminatórias
criando comunidades acolhedoras,
construindo uma sociedade inclusiva e
alcançando educação para todos.”
(Declaração de Salamanca, 1994)
LEGISLAÇÃO FEDERAL
Tem, aproximadamente, 35 documentos
legais que tratam, em suas disposições,
de questões referentes aos deficientes.
14 LEIS
09 DECRETOS
05 PORTARIAS
06 RESOLUÇÕES
01 PARECER
LEGISLAÇÃO FEDERAL (mais relevantes)
Constituição Federal de 1988
 a cidadania e a dignidade da pessoa humana
(art. 1º, incisos II e III)
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origem, raça, sexo,cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação (art. 3º, inciso IV)
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 direito de todos à educação – visa o “pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a
cidadania e sua qualificação para o trabalho”
(art. 205).
(Constituição Federal de 1988)
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condições de acesso e permanência na escola”
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 dever do Estado com a educação – “a garantia
de acesso aos níveis mais elevados do ensino,
da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um”(art. 208, inciso V).
 direito à educação e ao acesso à escola - não
aceita excluir nenhuma pessoa em razão de
sua origem, raça, sexo, cor, idade ou
deficiência.
Apenas esses dispositivos já bastariam para
que não se negasse a qualquer pessoa,
com ou sem deficiência, o acesso à mesma
sala de aula que qualquer outro aluno...
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educação para todos e isso significa que é
para todos mesmo.
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e o preparo para a cidadania,
essa educação não pode se realizar em
ambientes segregados.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
Lei no 9.394/96
Criou uma modalidade específica destinada a
educação especial (cap. 5)
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica CEB 017/2001
Estabelecem os parâmetros nacionais a serem
implementados nos Sistemas de Ensino no que
tange a escolarização aos alunos com
deficiência.
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constituição que:
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Educação”;
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das Políticas Educacionais no âmbito da
Educação Especial;
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aparece como sinônimo ou
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deficiência em âmbitos nacional,
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equidade,
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Transcrição de parte de um artigo:
STRULLY, J. e STRULLY, C. As Amizades
como um Objetivo Educacional: O que
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In: STAINBACK, S. e STAINBACK, W. (org.).
Inclusão: um guia para educadores. p.
169-183. Porto Alegre: ARTMED, 1999.
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STRULLY, J. e STRULLY, C. As Amizades
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169-183. Porto Alegre: ARTMED, 1999.
NÓS DESCREVEMOS SHAWNTELL ASSIM:
•Ela tem 22 anos de idade;
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uma menininha de seus pais.
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que está vivendo: ter amigos, viver em seu
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ela é e o que quer fazer da sua vida.
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Bases legais educação inclusiva

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  • 2. Historicamente, é possível identificar 4 fases distintas sobre os deficientes na/para a sociedade... •Era da negligência; •Era da institucionalização; •Era da educação; •Era da inclusão. Marcos José Silveira MAZZOTTA Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005
  • 3. Era da Negligência: Até o Século XVII... Segregação. (no Brasil até o início da década de 50 ) •A omissão, a estagnação, o ocultismo e o misticismo marcaram o tratamento ao deficiente; •O direito de viver, o castigo, a maldição; •O desconhecimento, o medo e a exclusão.
  • 4. Era da Negligência – não havia nenhum tipo de atendimento, as pessoas com deficiência eram abandonadas, perseguidas e eliminadas devido à suas condições “anormais”.
  • 5. Era da Institucionalização:Séculos XVIII e XIX... Segregação. •Deficiência no discurso da clínica • Explicações - caráter médico e organicista (não discriminatória mas que privilegia as pessoas sem deficiência); •Primeiros cuidados com o deficiente, baseado em modelo clínico, tratamentos em hospitais e hospícios. No Brasil, este movimento ocorre, expressivamente, na primeira metade do séc. XX.
  • 6.  [...] os ideais da Revolução Francesa exerceram forte influência sobre a “Educação Especial”, em função da difusão de [seus] princípios, que mobilizaram sociedades do mundo todo ao reconhecimento dos direitos universais de “todos os seres humanos”. No entanto os “anormais” não foram incluídos neste “todos”, e continuaram expostos à exclusão social e relegados a modelos manicomiais de tratamento.
  • 7. Era da Educação: Final do Século XIX e o Século XX... •Criação de escolas especiais e classes especiais; •Atendimento centrado em intervenções didático- pedagógicas; •Visão segregacionista, separa os “especiais” dos ditos normais; •É marcada por um movimento centrado no processo educacional... •Marca um processo de mudança paradigmática - declínio dos modelos de segregação e início da caminhada rumo à integração. Início da transição para a inclusão
  • 8. Era da Inclusão: Década de 60/70 do Século XX... Surgimento da filosofia da Normalização... Toda pessoa com deficiência teria o direito inalienável de experimentar um estilo ou padrão de vida que seria comum ou normal em sua cultura.
  • 9. Era da Inclusão •E da Integração... Mais voltado para a educação Diferentes níveis ou graus de integração: 1.classe comum, com ou sem apoio; 2.classe comum associada a serviços suplementares; 3.classe especial em tempo parcial; 4.classe especial em tempo integral; 5.escolas especiais, 6.lares; 7.ambientes hospitalares ou instituições residenciais.
  • 10. •Movimentos de âmbito mundial para combate à postura de exclusão; •Adota-se o termo “Inclusão”, substituindo o termo “integração”; •A ideia de colocação dos alunos deficientes, prioritariamente, em classes comuns.
  • 11. Reflexões sobre as legislações que abordam os deficientes As Leis e a realidade...
  • 12. Documentos internacionais mais relevantes •Salamanca/1994 -Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais –UNESCO •Carta para o Terceiro Milênio - Londres, Grã-Bretanha e a Convenção da Guatemala em 1999 – que trataram da eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência •Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão /2001–aprovada pelo Congresso Internacional “Sociedade Inclusiva” em Montreal, Quebec, Canadá O BRASIL É SIGNATÁRIO E APROVOU, POR MEIO DE LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES TODOS ESTES ACORDOS INTERNACIONAIS
  • 13. “Escolas regulares com orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos.” (Declaração de Salamanca, 1994)
  • 14. LEGISLAÇÃO FEDERAL Tem, aproximadamente, 35 documentos legais que tratam, em suas disposições, de questões referentes aos deficientes. 14 LEIS 09 DECRETOS 05 PORTARIAS 06 RESOLUÇÕES 01 PARECER
  • 15. LEGISLAÇÃO FEDERAL (mais relevantes) Constituição Federal de 1988  a cidadania e a dignidade da pessoa humana (art. 1º, incisos II e III)  a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, inciso IV)  o direito à igualdade (art. 5º.)  direito de todos à educação – visa o “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho” (art. 205).
  • 16. (Constituição Federal de 1988)  princípios para o ensino “a igualdade de condições de acesso e permanência na escola” (art. 206, inciso I)  dever do Estado com a educação – “a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”(art. 208, inciso V).  direito à educação e ao acesso à escola - não aceita excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade ou deficiência.
  • 17. Apenas esses dispositivos já bastariam para que não se negasse a qualquer pessoa, com ou sem deficiência, o acesso à mesma sala de aula que qualquer outro aluno... A Constituição, contudo, garante a educação para todos e isso significa que é para todos mesmo.
  • 18. Para atingir o pleno desenvolvimento humano e o preparo para a cidadania, essa educação não pode se realizar em ambientes segregados.
  • 19. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei no 9.394/96 Criou uma modalidade específica destinada a educação especial (cap. 5) Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica CEB 017/2001 Estabelecem os parâmetros nacionais a serem implementados nos Sistemas de Ensino no que tange a escolarização aos alunos com deficiência.
  • 20. São legislações complementares a constituição que: Reafirmam os preceitos constitucionais de Garantia do “Direito de Todos à Educação”; Determinam os princípios norteadores das Políticas Educacionais no âmbito da Educação Especial; •Abordam a Educação Especial como Modalidade transversal de Ensino;
  • 21. MAS, É PRECISO... REVER AS CONTRADIÇÕES EXISTENTES Os textos das leis são contraditórios a respeito dos termos integração e inclusão; O uso de termos como “sempre que possível”, “preferencialmente”, a menos que existam fortes razões para agir de outra forma abre exceção; Nos processos do CNE o termo integrar aparece como sinônimo ou correspondente ao incluir;
  • 22. MAS, É PRECISO... APLICAR A LEGISLAÇÃO CONQUISTADA A legislação brasileira apoia alunos com deficiência em âmbitos nacional, estadual e municipal; Os estados e municípios normatizam o sistema e as escolas; É necessário cada governo assumir as responsabilidades de oferta e manutenção; É preciso exigir o exercício das responsabilidades políticas A DIFICULDADE É TIRAR AS LEGISLAÇÕES DO PAPEL PARA O PLANO PRÁTICO
  • 23. A inclusão abrange conceitos como respeito mútuo, compreensão, apoio e equidade, não é uma tendência, um processo ou um conjunto de procedimentos educacionais. Inclusão é um valor social !!!
  • 24. Para refletir... Transcrição de parte de um artigo: STRULLY, J. e STRULLY, C. As Amizades como um Objetivo Educacional: O que aprendemos e para onde caminhamos. In: STAINBACK, S. e STAINBACK, W. (org.). Inclusão: um guia para educadores. p. 169-183. Porto Alegre: ARTMED, 1999.
  • 25. ... DESCREVENDO NOSSA FILHA... Dependendo de quem está fornecendo a descrição, poderia parecer que temos duas filhas adultas. Poderíamos descrever nossa filha das seguintes maneiras:
  • 26. Transcrição de parte de um artigo: STRULLY, J. e STRULLY, C. As Amizades como um Objetivo Educacional: O que aprendemos e para onde caminhamos. In: STAINBACK, S. e STAINBACK, W. (org.). Inclusão: um guia para educadores. p. 169-183. Porto Alegre: ARTMED, 1999.
  • 27. NÓS DESCREVEMOS SHAWNTELL ASSIM: •Ela tem 22 anos de idade; •Mora em sua própria casa com amigas e companheiras de quarto; •Frequenta aulas na Colorado State University e muda constantemente de especialização; •Faz trabalho voluntário no campus e na comunidade; •Trabalha no centro recreativo da universidade; • Viaja para o México, para a Califórnia e para a Flórida nas férias do inverno e da primavera; •Gosta da liberdade de andar em seu próprio carro; •Está tornando-se ela mesma, com seus próprios interesses, gostos e desejos; •Tem um namorado; •Fala sobre questões que a preocupam; •Está tornando-se uma adulta de verdade e não mais uma menininha de seus pais.
  • 28. Dificilmente passamos um dia sem que pensemos sobre o tipo de futuro que gostaríamos para nossa filha. Nossos sonhos para ela são próximos ao que está vivendo: ter amigos, viver em seu próprio apartamento, trabalhar fazer trabalho voluntário, ter alguém com quem se preocupar, aprender, descobrir quem ela é e o que quer fazer da sua vida. É ótimo ser uma jovem de 22 anos. Sua jornada é rica com muitas possibilidades diferentes e um futuro feliz.
  • 29. OS OUTROS DESCREVEM SHAWNTELL ASSIM: •Tem 22 anos de idade; •Tem um retardo mental grave e profundo; •Tem deficiência na audição; •Tem deficiência visual; •Tem paralisia cerebral; •Sofre de epilepsia grave; •Não mastiga a sua comida e às vezes sufoca; •Não controla suas funções esfincterianas; •Não tem comunicação verbal; •Não tem um sistema de comunicação confiável; •Ela se auto-estimula (mão no olho, mão na boca); •Tem uma idade desenvolvimental de 17-24 meses; •Adora brinquedos; •Adora músicas infantis.
  • 30. A maioria das pessoas tem dificuldades de imaginar um futuro desejável para Shawntell. Podem imaginá-la no futuro vivendo em um lar comunitário com seis ou oito pessoas na mesma situação que ela e passando seus dias em um centro de atividades protegido. Em termos de recreação, estaria envolvida na Olimpíada Especial, e como atividades sociais faria viagens em grupo com amigos "iguais a ela". Precisaria de uma programação contínua e poderia ter voluntários para "trabalhar" com ela nesses programas.
  • 31. Como é possível que uma pessoa possa ser descrita de maneiras tão diferentes? Como determinamos o que um futuro individual deve incluir?

Notas do Editor

  1. história da educação especial no Brasil (excertos) - Marcos J.S. Mazzotta.txt (C:\pessoal\helena\referencias\a inclusão\FELIPE)