1. Especialização em Administração, Supervisão, Orientação Educacional e Pedagógica.
ALUNOS: Arlindo Rocha; Fernanda Santos e Rosinea Dantas.
“A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL”
RÉUS, Núbia Rosemari Miraia
CAVALARI, Nilton
Fev. 2010
2. Resumo/objetivos:
Apontar alguns aspectos históricos sobre a Educação Inclusiva no Brasil e as
suas características;
Apontar as políticas públicas e econômicas relacionadas à Educação
Inclusiva no Brasil.
Divulgar, sensibilizar e conscientizar a comunidade escolar sobre a Educação
Inclusiva no Brasil.
Desafios que se coloca a escola inclusiva:
Interação e conscientização da equipe pedagógica;
Formação de professores, para uma melhor qualificação dos mesmos.
Procedimentos metodológicos:
Pesquisas bibliográficas: livros, revistas, internet e informações sobre a
educação inclusiva no Brasil.
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3. 1. Introdução
“O direito do aluno com NEE e de todos os cidadãos à
educação é um direito constitucional.”
Uma Educação de qualidade não consiste somente na aceitação,
mas também na valorização das diferenças.
Pelo resgate dos valores, que fortalecem a
identidade individual e coletiva, e, pelo respeito do
aprender e construir em conjunto;
Cada aluno representa um conjunto de valores e
informações que os tornam especiais, então, a escola
deve trabalhar essas diversidades e construir um novo
conceito do processo ensino-aprendizagem de modo
que todos sejam incluídos.
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4. Silva (1999) vê as teorias do currículo como um discurso, e
afirma que o currículo depende da forma como é definido
pelos autores e teorias.
A questão central para qualquer teoria do currículo é determinar
o que deve ser ensinado, o seja:
O que os alunos devem saber? Isto é, qual o
conhecimento importante ou válido para integrar no
currículo?
Cada modelo de ser humano e de sociedade, corresponderá um
tipo de conhecimento a ser transmitido, e um tipo de currículo.
Os currículos tendem a moldar a identidade dos alunos, por isso,
não é difícil verificar como a escola contribui para o
sucesso/insucesso do aluno.
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5. Para a inclusão dos alunos com NEE, deve-se:
Inteirar sobre o funcionamento da instituição, o currículo,
a pedagogia que orienta a ação educativa e o tipo de
avaliação, e sugerir as modificações para reduzir as
diferenças e o insucesso escolar .
A Educação Especial visa oferecer escolaridade, apesar de
segregar os indivíduos com NEE.
A Educação Inclusiva, significa a criação de uma escola onde
alunos com e sem deficiência possam conviver/estudar em
ambientes onde os indivíduos aprendem a lidar com a
diversidade com a diferença.
O aspecto segregador da Educação Especial dá espaço
Escola Inclusiva, onde crianças, jovens e adultos portadores
de deficiência sejam admitidos em classes normais, em
contato com alunos sem deficiências, com intuito de aprender
e situar a deficiência no meio dos outros (MOTA, 1999 p. 34).
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6. 3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
3.1 Conceito de inclusão
Segundo Mazzotta (1996) a preocupação com a educação dos portadoras NEE no
Brasil é recente, (séc XIX) inspirado em experiências norte-americanas e europeias.
O histórico pode ser dividido em quatro grandes períodos:
Até 1854 os portadores de deficiências – física, mental ou sensorial –
eram excluídos da família e da sociedade, sendo acolhidos em asilos e
instituições de cunho filantrópico e/ou religioso.
Entre 1854 e 1956 surgiu algumas escolas especiais privados, com
atendimento clínico especializado. A sociedade começava a compreender que
os portadores de deficiência poderiam ser produtivos, e o atendimento foi
migrando lentamente do âmbito da saúde para o da educação.
De 1957 a 1993 período marcado por ações de âmbito nacional. A Educação
Especial se estabeleceu como uma modalidade, que assegurava um conjunto de
serviços especiais, organizados nas diferentes instituições de ensino, sendo:
Apoiar, complementar, suplementar e, substituir os serviços
educacionais comuns. O objetivo era de garantir o acesso a educação
formal e desenvolver as potencialidades dos alunos.
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7. Em 1990, com a participação do Brasil na Conferência Mundial sobre Educação
para Todos em Tailândia, estabeleceu-se os primeiros ensaios da política de Educação
Inclusiva. E desde 1994, a Educação Inclusiva substituiu o conceito de Educação
Especial com base na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), que:
Ampliou o conceito de necessidade educacional especial e defendeu a
necessidade de inclusão dos alunos especiais no sistema regular de ensino,
tendo por princípio uma “Educação para Todos”.
A Educação Inclusiva baseia-se na adaptação curricular, por uma equipe
multidisciplinar que oferece suporte ao professor e ao portador de NEE, pelo
acompanhamento, de modo a inseri-lo e mantê-lo na rede de .
A Escola Inclusiva defende os princípios e valores éticos, os ideais de
cidadania e justiça, para todos, em contraposição aos sistemas
hierarquizados de inferioridade e desigualdade. Para SASSAKI (1997, p.
41).
Inclusão é um processo em que a sociedade se adapta para poder incluir
os jovens com NEE e, estas se preparam para assumir seus papeis na
sociedade. (... )
Incluir é trocar, entender, respeitar, valorizar, lutar contra exclusão, transpor
barreiras, é oferecer o desenvolvimento da autonomia, de modo a poder decidir,
por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da via.
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8. 3.2. Os contextos político, econômico e social
No Brasil ainda as propostas que surgiram em relação aos portadores de
necessidades especiais são muito difíceis porque temos ainda um pensamento
assistencialista .
A Núbia cita também a constituição Federal em seu artigo 5º que preconiza o
direito à igualdade e a educação para todos e ainda devem visar o pleno
desenvolvimento da pessoa, a LDB art. 58 que nos mostra que a educação
especial será oferecida preferencialmente nas redes regulares de ensino, porém
as Políticas públicas desconsideram que os ambientes físicos não estão
preparados para receberem esses indivíduos e que a adequação desses espaços
vai exigir uma disponibilidade de investimentos e que não há verbas .
Ela destaca também o despreparo dos profissionais do ensino regular que
geralmente já tem uma sala repleta de alunos cada qual com as suas
especificidades.
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9. No entendimento da autora a Educação Inclusiva não deixa de ser um
grande desafio diante da nossa realidade ela destaca que na visão de
Perrenoud (2000) para que haja uma transformação escolar ele elenca três
aspectos : a responsabilidade; o investimento e; a criatividade.
No item 3.3 destaca-se que, a educação inclusiva parte do princípio que ainda se
faz necessário repensar e refletir sobre o modo de funcionamento institucional isso
também está ligado ao currículo.
Para haver um projeto escolar inclusivo são necessários mudanças nas
propostas educacionais:
Mudança de atitude diante do outro, esse alguém que é especial e requer do
educador ir além;
Núbia aponta também uma questão interessante apontada por Freire(1997),
que diz que uma das virtudes do educador democrático é saber ouvir as
diferentes vozes com suas linguagens específicas, construídas a partir de um
contexto sociocultural.
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10. 3.4. A Formação de professores para a educação inclusiva
Para uma reforma pedagógica de fato ocorrer é fundamental o investimento
na formação de professor, este precisa estar muito bem preparado para o
desempenho profissional com qualidade e segurança, principalmente ao
trabalhar com alunos de necessidade educacional especial.
Na formação deste profissional existem dois problemas que precisam
ser combatidos:
◦ 1. Desvalorização social do corpo docente primário e secundário -
opinião publica, levando ao desinteresse pela profissão;
◦ 2. Formação intelectual e moral do corpo docente (vocação para o
exercício da profissão).
Uma possível solução para estes dois problemas seria a formação
universitária completa para mestres de todos os níveis.
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11. Este profissional deve construir uma autonomia individual e
liderança na gestão de sala de aula. Como agente reflexivo,
utilização de habilidades para identificar, definir, projetar,
avaliar desafios.
Na perspectiva da educação inclusiva, visando o ensino de
qualidade para crianças com necessidades especiais,
envolveria dois tipos de formação profissional docente:
1. Professores ‘’generalistas’’ do ensino regular, com mínimo
conhecimento e pratica sobre alunado diversificado;
2. Professores ‘’especialistas’’, atendendo os alunos de diferente
‘’necessidades educacionais especiais’’ ou apoiando o trabalho
realizado pelos profissionais de classes regulares que integram os
alunos especiais.
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12. 3.5. Inclusão e inclusão social
Conceito relativo a pessoa com necessidades educacionais
especiais.
‘’Inclusão’’ - estar com o outro e cuidar uns dos outros. Neste
contexto significa convidar pais, estudantes e membros da
comunidade para ser parte de uma nova cultura, nova
realidade, juntar-se a novos conceitos educacionais (tecnologia
de informática, pensamento critico, educação corporativa).
‘’Inclusão Social’’ - caminho ideal para se construir uma
sociedade para todos e que por ela lutam para que possamos
juntos na diversidade humana – cumprir nossos deveres de
cidadania e nos beneficiar dos direitos civis, políticos,
econômicos, sociais, culturais e de desenvolvimento.
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13. O docente que atua com portadores de necessidades educativas
especiais deve desenvolver o aspecto profissional e o
intelectual (capacidade de elaborar conhecimentos);
A profissionalização do educador acontece quando lhe é
permitido racionalizar e analisar a própria pratica (criticar,
revisar, fundamentar, etc.);
A figura do professor é fundamental no processo de inclusão,
mas precisa ser apoiado e valorizado;
Para a promoção e progresso das escolas inclusivas é
necessário a preparação de todo pessoal que constitui a
educação e a provisão de serviços de apoio para que ocorra o
sucesso das políticas educacionais inclusivas.
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14. 4. Conclusão
Na reforma da educação para a cidadania é fundamental que ocorra a
reforma dos educadores, tornando-se pessoas mais informadas e preparadas
para transformar a sociedade.
A educação especial faz parte da educação como um todo, acontecendo nas
escolas regulares, como sinal de qualidade no ensino oferecido a qualquer
aluno que dela necessite.
A educação inclusiva atual é um desafio que leva a repensar a escola, sua
cultura, política e praticas pedagógicas, para que possa não só atender
aqueles com deficiência, mas todos que estão marcados pelo ciclo da
exclusão e fracasso escolar.
Inclusão é um processo histórico que não se iniciou e nem terminara aqui,
ela não tem fim, entendida sobre um enfoque dinâmico, processual e
sistêmico de resgate da cidadania e ampliação das perspectivas existenciais.
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