O documento discute o autocuidado apoiado, uma técnica utilizada na Atenção Primária e Secundária para apoiar pacientes com fatores de risco ou condições crônicas. A técnica baseia-se em avaliação, aconselhamento, acordo e acompanhamento do paciente para gerenciar sua saúde. O documento descreve os objetivos, etapas e estágios de motivação para mudança de comportamento do paciente no âmbito do autocuidado apoiado.
Anatomia e Fisiologia do sistema Reprodutor Feminino.pptx
Autocuidado Apoiado
1. Autocuidado
Apoiado
Renata
Cris1ne
de
Oliveira
Consultora
do
Centro
Integrado
de
Referência
Secundária
Viva
Vida
Hiperdia/
Fundação
de
Saúde/Santo
Antônio
do
Monte
-‐
MG
Docente
e
Supervisora
de
Estágios
do
Curso
de
Psicologia
da
Faculdade
de
Educação
de
Bom
Despacho
-‐
MG
Especialista
em
Saúde
Pública
e
Mestra
em
Educação,
Cultura
e
Organizações
Sociais
(Linha
de
Pesquisa
em
Saúde
Cole1va)
2. Definição
e
Indicação
ü É
uma
tecnologia
que
visa
ampliar
a
habilidade
e
a
confiança
do
usuário
em
gerenciar
suas
condições
de
saúde.
Baseia-‐se
em
intervenções
educacionais
e
de
apoio
efetuadas
pela
equipe
inter
e
mul1disciplinar.
ü Indicada
ao
usuário
com
fatores
de
risco
ou
condições
crônicas
e
que
apresente
habilidade
e
interesse
para
mudar
os
seus
hábitos
de
vida.
3. Jus1fica1va
ü O
usuário
do
serviço
de
saúde,
tendo
em
vista
o
seu
processo
de
cura
ou
controle
da
condição
crônica,
deixará
de
ser
passivo
e
será
agente
a1vo
por
meio
de
adesão
às
mudanças
necessárias
ao
seu
es1lo
de
vida,
favorecida
por
essa
tecnologia.
4. Obje1vos
ü Preparar
e
empoderar
o
usuário
para
autogerenciar
sua
saúde
e
a
atenção
que
lhe
é
prestada;
ü Gerar
conhecimentos
e
habilidades
para
que
o
usuário
conheça
seus
problemas,
decida
e
escolha
seu
tratamento;
ü Instrumentalizar
o
usuário
para
u1lização
dos
recursos
necessários
à
mudança
de
comportamento
e
à
superação
das
barreiras
existentes.
5. Etapas
fundamentais
do
Autocuidado
Apoiado
A
Técnica
dos
5
A’s
A-‐
Avalie
Avaliação
do
conhecimento
que
o
usuário
possui
sobre
o
seu
estado
de
saúde.
Avaliação
do
processo
de
mo1vação
para
mudança
(estágios).
Aplicação
da
abordagem
mo1vacional
ao
usuário,
também,
com
o
obje1vo
de
avaliar
a
pron1dão
para
a
mudança.
Apoio
à
resolução
da
ambivalência
do
usuário.
Fortalecimento
da
responsabilização
e
do
compromisso
com
a
mudança
e
a
prevenção
de
recaídas.
6. Etapas
fundamentais
do
Autocuidado
Apoiado
A
Técnica
dos
5
A’s
ü Aconselhe
Aconselhamento
e
orientação
do
usuário,
considerando
o
conhecimento
que
possui
sobre
sua
condição
de
saúde,
por
meio
das
técnicas
de
abordagem
mo1vacional
e
educação
autodirigida.
ü Acorde
Elaboração
com
o
usuário
de
um
acordo
efe1vado
por
meio
de
um
plano
de
ação
com
metas
mensuráveis
e
de
curto
prazo,
tendo
em
vista
o
estágio
de
mo1vação.
Nos
demais
itens
os
responsáveis
são
os
profissionais
da
equipe
de
assistência
à
saúde.
Neste
item
(acordo)
o
usuário
entre
em
cena
(a
responsabilidade
é
par1lhada).
7. Etapas
fundamentais
do
Autocuidado
Apoiado
A
Técnica
dos
5
A’s
ü Assista
ü Acompanhe
Assistência
e
acompanhamento
periódico
do
processo
de
mudança,
contribuindo
significa1vamente
na
aquisição
de
habilidades
para
o
reconhecimento
e
resolução
dos
problemas,
readequações
e
redefinição
de
metas
do
plano
de
ação,
automonitoramento
e
prevenção
de
recaídas.
8. Estágios
de
mo1vação
para
a
mudança
ü Pré-‐contemplação/Pré-‐Ponderação
O
usuário
não
pensa
de
forma
sistemá1ca
na
mudança
e
não
está
pronto
para
mudar.
Seu
comportamento
não
é
entendido
como
um
problema
ou
um
risco,
mesmo
quando
os
outros
percebem
como
tal.
ü Contemplação/Ponderação
Ao
mesmo
tempo
em
que
existe
consciência
dos
riscos
e
problemas
advindos
do
comportamento,
há
o
desejo
de
mudar,
mas
não
neste
momento.
O
usuário
devido
à
ambivalência,
tornar-‐se
um
“contemplador
crônico”.
9. Estágios
de
mo1vação
para
a
mudança
ü Preparação/Determinação
A
ambivalência
reduz
e
tanto
o
desejo
de
mudar
neste
momento
como
o
comportamento
para
tal
estão
visíveis.
O
usuário
denota
estar
pronto
para
comprometer-‐se
com
a
ação,
mas
isso
não
significa
que
toda
a
ambivalência
esteja
resolvida.
ü Ação
O
usuário
engaja-‐se
na
mudança
de
comportamento
e
assume
a1tudes
específicas
para
alcançá-‐la.
Este
processo
é
muitas
vezes
reconhecido
pelos
familiares
e
amigos.
10. Estágios
de
mo1vação
para
a
mudança
ü Manutenção
Seis
meses
após
a
adoção
do
novo
comportamento,
pode-‐se
considerar
o
usuário
em
manutenção.
O
desafio
é
o
de
persis1r
no
novo
comportamento
e
evitar
ou
aprender
com
eventuais
deslizes
ou
recaídas.
ü Deslizes
e
recaídas
Revelam-‐se
como
eventos
esperados
quando
o
usuário
busca
a
mudança
de
qualquer
comportamento
de
longa
duração.
Revelam-‐se,
também,
como
oportunidades
de
aprendizagem
em
se
tratando
do
reconhecimento
de
situações-‐problema
e
do
exercício
de
elaboração
de
novos
planos
de
ação
mais
eficazes.
11. Abordagem
mo1vacional
ü O
que
você
sabe
sobre
a
sua
condição
de
saúde?
ü
Você
possui
algum
comportamento
que
gostaria
de
mudar
visando
obter
melhores
condições
de
saúde?
ü
Parabéns!
Você
tomou
a
decisão
certa.
Você
é
capaz
de
mudar
esse
comportamento
e
receberá
o
apoio
da
equipe.
Por
qual
mo1vo
você
gostaria
de
mudar
esse
comportamento?
ü
Qual
é
o
seu
nível
de
interesse/mo1vação
para
mudar?
De
0
a
10?
Conforme
a
resposta
efetuada
pelo
usuário
entrevistado,
convida-‐o
a
realizar
o
plano
de
autocuidado.
12. Periodicidade
ü O
autocuidado
apoiado
deve
ser
efe1vado
por
todo
o
período
em
que
o
usuário
cursar
com
o
fator
de
risco
ou
com
a
condição
crônica
de
saúde.
O
plano
de
autocuidado
apoiado
deverá
ser
elaborado
assim
que
as
fases
de
avaliação
e
aconselhamento
forem
concluídas,
o
que
deverá
ocorrer
de
forma
qualificada
e
o
mais
breve
possível.
ü A
periodicidade
das
fases
de
assistência
e
acompanhamento
deverá
observar
as
necessidades
em
saúde
do
usuário,
o
que
variará
com
a
estra1ficação
do
risco
desse
usuário
e
a
programação
do
cuidado
pela
equipe
inter
e
mul1disciplinar.
13. PLANO
DE
CUIDADOS
INDIVIDUALIZADO
Nome:
Data
de
nascimento:
/
/
Idade:
Data:
/
/
Ocupação
Responsável:
Endereço:
Município:
UAPS
de
origem:
ACS:
DIAGNÓSTICO
E
AVALIAÇÃO
CLÍNICA
(incluindo
aspectos
psicossociais)
Assinatura
e
Carimbo
SETOR
SETOR
SETOR
SETOR
SETOR
SETOR
14. ESTRATIFICAÇÃO
DE
RISCO
Hipertensão
Arterial
Sistêmica:
(
)
Baixo
(
)
Moderado
(
)
Alto
(
)
Muito
Alto
Diabetes
Mellitus:
(
)
Baixo
(
)
Moderado
(
)
Alto
(
)
Muito
Alto
Criança:
(
)
Baixo
(
)
Moderado
(
)
Alto
(
)
Muito
Alto
Gestante
(
)
Baixo
(
)
Moderado
(
)
Alto
(
)
Muito
Alto
METAS/OBJETIVOS
TERAPÊUTICOS
Assinatura
e
Carimbo
Condição
crônica
16. CONSIDERAÇÕES
SOBRE
LETRAMENTO
EM
SAÚDE
Assinatura
e
Carimbo
SETOR
RECOMENDAÇÕES
SOBRE
EDUCAÇÃO
EM
SAÚDE
Assinatura
e
Carimbo
SETOR
17. Laboratório de Inovação das Condições Crônicas
LIACC Santo Antônio do Monte
PLANO DE AUTOCUIDADO
Nome:
Ocupação:______________ Quantas horas diárias de trabalho:___________
Equipe de Saúde da família:
Profissionais que apoiarão:
O que é importante para mim (como quero estar nos próximos anos)
COMPORTAMENTOS
NECESSÁRIOS
Marque
um
X
ou
escreva,
nas
linhas
em
branco,
os
comportamentos
que
você
precisa
assumir
neste
momento
Qual
(X)
Interesse
Melhorar
a
alimentação
Aumentar
a
prá_ca
de
a_vidade
`sica
semanal
Parar
de
fumar
Tomar
medicamentos
conforme
orientação
da
equipe
de
saúde
Evitar
o
consumo
de
bebidas
alcoólicas
e/ou
outras
drogas
18. PACTUAÇÕES
DATA
Comportamento
(a_vidade)
O
que
fará
Quanto
Quantas
vezes
por
semana
Quando
e
Onde
Confiança
(0
a
10)
DATA
Comportamento
(a_vidade)
O
que
fará
Quanto
Quantas
vezes
por
semana
Quando
e
Onde
Confiança
(0
a
10)
DATA
Comportamento
(a_vidade)
O
que
fará
Quanto
Quantas
vezes
por
semana
Quando
e
Onde
Confiança
(0
a
10)
19. SÁBADO5
SÁBADO
SÁBADO
SEXTA
SEXTA
SEXTA
QUINTA
QUINTA
QUINTA
QUARTA
QUARTA
QUARTA
TERÇA
TERÇA
TERÇA
SEGUNDA
SEGUNDA
SEGUNDA
DOMINGO
DOMINGO
DOMINGO
PACTUAÇÃO
PACTUAÇÃO
PACTUAÇÃO
20. ü O
autocuidado
apoiado
é
u1lizado
na
Atenção
Primária,
em
todas
as
Unidades
Básicas
de
Saúde.
Na
Atenção
Secundária,
a
tecnologia
está
presente
no
Centro
Integrado
de
Referência
Secundária
Viva
Vida
e
Hiperdia.
Oficina
com
Dra .
Ana
M.
Cavalcan1
Profissionais
da
SES/MG
e
do
Centro
Integrado
de
Referência
Secundária
Viva
Vida
Hiperdia
Agosto
de
2014
21. ü O
autocuidado
apoiado
é
u1lizado
na
Atenção
Primária,
em
todas
as
Unidades
Básicas
de
Saúde.
Na
Atenção
Secundária,
a
tecnologia
está
presente
no
Centro
Integrado
de
Referência
Secundária
Viva
Vida
e
Hiperdia.
Reunião
do
Grupo
de
Apoiadores
com
a
presença
das
Gerentes
da
Atenção
Primária.
Suporte
Técnico:
Anna
Luísa
e
Renata
Julho
de
2014
22. Unidades
Básicas
de
Saúde
Ponte
Nova
e
São
José
dos
Rosas
Profissionais
e
Apoiadores
Julho
de
2014
Unidade
Básica
de
Saúde
Dom
Bosco
Profissionais
e
Apoiadores
Março
de
2014
23. Unidade
Básica
de
Saúde
Centro
Profissionais
e
Apoiadores
Março
de
2014
24. Unidade
Básica
de
Saúde
São
Lucas
Profissionais
e
Apoiadores
Março
de
2014
Unidade
Básica
de
Saúde
Maria
Angélica
de
Castro
Profissionais
e
Apoiadores
Julho
de
2014
25. Unidade
Básica
de
Saúde
São
Vicente
Profissionais
e
Apoiadores
Março
de
2014
Unidade
Básica
de
Saúde
Nossa
Senhora
de
Fá1ma
Profissionais
e
Apoiadores
Julho
de
2014
26. ü O
usuário,
em
casa,
con1nua
sendo
acompanhado
pelos
agentes
comunitários
de
saúde,
que
verificam
se
o
plano
pactuado
com
a
equipe
inter
e
mul1disciplinar
está
sendo
cumprido.
ü O
comprome1mento
com
as
metas
é
estabelecido
por
meio
de
uma
parceria:
os
profissionais
de
saúde
dividem
com
o
usuário
a
responsabilidade
pelo
sucesso
do
tratamento.
Unidade
Básica
de
Saúde
Ponte
Nova
Profissionais
e
Apoiadores
Julho
de
2014
27. ü O
usuário,
periodicamente,
par1cipa
de
a1vidades
cole1vas,
com
a
presença
de
familiares
e
da
equipe
inter
e
mul1disciplinar.
ü No
autocuidado
apoiado,
grupo
de
pares,
grupo
opera1vo
e
na
atenção
compar1lhada
em
grupo:
o
usuário
e
a
equipe
inter
e
mul1disciplinar
fazem
parte
de
um
único
1me,
com
o
mesmo
obje1vo:
enfrentar
as
condições
crônicas
de
maneira
inovadora.
Junho
de
2014
28. “Assim
como
as
flores
do
jardim,
através
dos
atendimentos
especializados
quero
tornar-‐me
cheio
de
vida
e
saúde.
Quero
viver
a
simplicidade
das
flores.
Quero
simplesmente
ser
feliz
ao
lado
das
pessoas
que
fazem
de
minha
vida
um
momento
único”.
-‐Sr.
Ildeu-‐
Gradualmente,
a
autoes1ma
foi
recuperada
e
o
desejo
de
viver
se
tornou
presente.
Sr.
Ildeu
encontrou
apoio
na
equipe
inter
e
mul1disciplinar
para
fazer
o
tratamento
e
conseguiu
curar
a
lesão
no
pé.
O
diabetes
está
sob
controle.
Ele
foi
contratado
como
porteiro,
por
meio
do
projeto
De
Volta
ao
Trabalho.
29. Referências
BRASIL.SECRETARIA
DE
ESTADO
DE
SAÚDE
DE
MINAS
GERAIS/
PREFEITURA
MUNICIPAL
DE
SANTO
ANTÔNIO
DO
MONTE.
Apos%la
da
Oficina
sobre
Tecnologias
de
Prevenção
de
Condições
Crônicas:
Abordagem
mo%vacional,
resolução
de
problemas,
prevenção
de
recaídas,
plano
de
autocuidado
e
cuidado
compar%lhado.
Consultora:
Dra.
Ana
Maria
Cavalcan1.
29
p.
BRASIL.
SECRETARIA
MUNICIPAL
DE
SAÚDE
DE
CURITIBA.
Autocuidado
Apoiado:
Manual
do
Profissional
de
Saúde.
Organização:
Ana
Maria
Cavalcan1
e
Ângela
Cris1na
Lucas
de
Oliveira.
Curi1ba:
2012,
92p.
30. Referências
BRASIL.
SECRETARIA
MUNICIPAL
DE
SAÚDE
DE
CURITIBA.
Autocuidado
Apoiado:
Cadernos
de
Exercícios.
Organização:
Ana
Maria
Cavalcan1
e
Ângela
Cris1na
Lucas
de
Oliveira.
Curi1ba:
2012,
36
p.
MENDES,
Eugênio
Vilaça.
O
cuidado
das
condições
crônicas
na
atenção
primária
à
saúde:
o
impera%vo
da
consolidação
da
estratégia
da
saúde
da
família.
Brasília:
Organização
Pan-‐Americana
da
Saúde,
2012.
512
p.
31. “O
problema
da
semente
é
fazer
brotar
uma
árvore”
-‐Pierre
Lévy-‐
Obrigada
pela
atenção!
renata.cris1ne@yahoo.com.br