2. Infecções relacionadas à
assistência à saúde (IRAS)
▶ Relacionado ao Paciente
▶ Relacionado à Equipe de Saúde
▶ Relacionado ao Material
▶ Relacionado ao Ambiente
3. Paciente
invasivos, doenças de base, fatores
idade, peso, imunidade, microbiota,
Procedimentos
predisponentes,
outros.
Negligência, imprudência ou imperícia. Mãos dos
profissionais como agentes de transmissão
EQUI
PE DE
SAÚDE
MATERIAL
AMBIENTE
Processamento inadequado ou indevido (limpeza,
desinfecção, esterilização, transporte, armazenamento)
Sobrevivência de microrganismos em matéria orgânica
ressecada em temperatura ambiente em objetos
inanimados.
4. DEFINIÇÃO - CME
É a área responsável pela limpeza e
processamento de artigos e instrumentais
médico-hospitalares.
É na CME que se realiza: controle, preparo,
esterilização, armazenamento e distribuição
dos materiais hospitalares.
6. Estrutura Física da CME
▶ Os pisos e paredes (laváveis, com o mínimo de juntas).
▶ Bancadas (fácil higienização e ergonômicas).
▶ Superfícies (impermeáveis, lisas, laváveis, de cor clara e de
fácil manutenção).
▶Ambiente (iluminado para favorecer a conferência da
limpeza. OBS: Armazenagem s/contato direto da luz solar.
▶ Janelas (telas).
▶ Ventilação mecânica ou natural (permitida na área suja e
evitada na área limpa e estéril.
7. Área Suja
▶ Recebimento e separação dos
materiais sujos.
▶ Limpeza, desinfecção e secagem
dos instrumentais.
▶ Acesso restrito ao fluxo de pessoas
▶ EPIs:gorro, máscara, luva de
borracha cano longo, avental de
brim manga longa, avental
impermeável, óculos de proteção e
sapato fechado.
8. Área Limpa
▶ Separação dos instrumentais,
conferência da limpeza,
funcionalidade e integridade dos
artigos, empacotamento,
selagem das embalagens e
esterilização.
▶ Local de acesso restrito ao fluxo
de pessoas
▶ EPI
s: gorro, avental, luva de
procedimento e sapato fechado.
9. Área Estéril
▶ Guarda dos instrumentais
esterilizados e dispensação dos
mesmos
▶ Fluxo restrito de pessoas
▶ Lavagem rigorosa das mãos para
manipulação dos materiais
esterilizados.
10. Uso de EPI de acordo com a área
EPI Sala/área Óculos de
Proteção
Máscara Luvas Avental
Impermeáve
l Manga
longa
Protetor
Auricula
r
Calçado
fechado
Recepção
(ÁREA
SUJA)
X X X X Impermeável
Antiderrapant
e
Limpeza e Preparo
(ÁREA SUJA)
X X Borracha
, cano
longo
X X Impermeável
Antiderrapant
e
Desinfecção
Química
(*Glutaraldeído
) (ÁREA SUJA)
X X
Com filtro
químico
Borracha
, cano
longo
X Impermeável
Antiderrapant
e
Inspeção (ÁREA
LIMPA)
X X Se
necessári
o
X
11. FLUXO UNIDIRECIONAL COM BARREIRAS FÍSICAS ENTRE AS
ÁREAS
Evitar cruzamento de
material sujo com limpo
e/ou esterilizado
Evitarque o trabalhador cruze
áreas limpas e contaminadas
12. Atribuições do Enfermeiro no CME
▶ planejar, organizar, coordenar, orientar, supervisionar as atividades de enfermagem
no setor;
▶ responsabilizar-se pela aplicação das normas e rotinas
▶ manter o Manual de Normas e Rotinas disponível para consulta dos profissionais;
▶ prever e solicitar os materiais/instrumentais necessários para as unidades
consumidoras;
▶ manter-se atualizado;
▶ zelar pela limpeza e organização;
▶ monitorar indicadores químicos e biológicos;
▶ conferir e assinar os impressos de controle dos ciclos da autoclave e indicadores
biológicos
▶ fazer escala mensal e de tarefas;
▶ realizar treinamento e educação permanente da equipe;
▶ realizar avaliação periódica dos profissionais do setor
13. ▶ Classificação de Artigos
Artigos ou produtos utilizados em
procedimentos invasivos com
penetração em pele e mucosas
adjacentes, tecidos epiteliais e sistema
vascular, incluindo também todos os
artigos e produtos conectados a estes
sistemas.
Artigos
Críticos
A esterilização é o processo obrigatório. Ex: Agulhas, catéteres
intravenosos, implantes, instrumental cirúrgico, campos, gazes.
14. Produto crítico de conformação
Complexa e Não Complexa:
▶COMPLEXA: Produtos com lúmem <
5mm ou com
fundo cego, espaços internos inacessíveis para a
fricção direta, reentrânciasou válvulas;
▶ NÃO COMPLEXA: Produtos cujas superfícies internas
e externas podem ser atingidas por escovação
durante o processo de limpeza e tenham diâmetros
>
5mm nas estruturastubulares;
15. Artigos Semi-
Críticos
Artigos ou produtos que entram
em contato com a pele não
íntegra, restritos às suas camadas
ou aqueles que entram em
contato com mucosas íntegras.
Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização para ter
garantida a qualidade do seu uso. Ex: sonda nasogástrica,
máscaras de oxigenoterapia, equipamentos respiratórios,
endoscópios, espéculo vaginal, circuitos respiratórios.
16. Artigos Não
Críticos
ou
Artigos
destinados
produtos
ao contato
com a pele íntegra e
também aqueles que não
entram em contato direto
com o paciente.
Requerem no mínimo limpeza ou desinfecção de baixo ou
médio nível, dependendo do uso a que se destinam ou do
último uso realizado. Exemplos: termômetros, comadres, sensor
do oxímetro de pulso, garrote pneumático, manguito do
esfigmomanômetro;
17. OBS:
O processamento de produtos não críticos
pode serrealizado em outras unidades do
serviço de saúde desde que de acordo
com Procedimento Operacional
Padronizado - POP definido pelo CME.
18. Classificação das CMEs
▶ § 1º O CME Classe Ié aquele que realiza o processamento
de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e
críticos de conformação não complexa, passíveis de
processamento.
▶ § 2º O CME Classe II é aquele que realiza o
processamento de produtos para a saúde não-críticos,
semicríticos e críticos de conformação complexa e não
complexa, passíveis de processamento. Nesta CME, o
processo de esterilização deve estar documentado de forma a
garantira rastreabilidade de cada lote processado.
19. Limpeza de artigos
▶ Remoção de sujidade visível
orgânica e inorgânica de um
artigo e, por conseguinte, a
retirada de sua carga
microbiana.
▶ Etapa indispensável no
processamento dos artigos
▶ Precede obrigatoriamente a
desinfecção e a esterilização.
21. Água Potável
umidifica a
sujidade úmida
mas não
remove sujeira
encrostada
Detergente neutro
facilita a retirada
de sujidade seca
e necessita de
remoção
mecânica
Limpador enzimático
remove a sujidade
sem ação mecânica
mas a efetividade da
limpeza depende da
concentração de
enzimas, temperatura
da solução e tempo
de contato
Soluções utilizadas
23. ▶ É o processo realizado através de equipamentos, tais
como lavadora ultrassônica, termodesinfetadora,
lavadora de descarga e lavadora pasteurizadora.
Limpeza Mecânica
26. Recomendações para Limpeza
▶ Desmontar as peças, sempre que possível para realizar a limpeza;
▶ Lavar peça porpeça (escova apropriada dentro de uma solução
detergente);
▶ Secar o material com pano ou compressa limpa que não deixe
fragmentos nos artigos.
▶ Não permitir que a água seque nosinstrumentais;
▶ Após limpeza e secagem, verificação visual da presença de
matéria orgânica, principalmente nos locais críticos dos materiais
(Ex: articulações e ranhuras).
29. Desinfecção de artigos
INDICAÇÃO
Artigos semi-críticos, ou seja aqueles que entram em contato com
membrana mucosa ou pele não íntegra
Exemplo: inaladores ,peack flow, extensões, lamina de
laringoscópio,espéculo otológico e para alguns artigos não críticos que se
contaminam maciçamente com matéria orgânica como comadre e
papagaio.
30. ▶ Desinfecção: processo físico ou químico para reduzir o nº de
microrganismos viáveis para um nível menos prejudicial.
▶ Desinfecção de alto nível: destrói todas as bactérias
vegetativas, mas não necessariamente todos os esporos
bacterianos. EX: gluteraldeído e ácido peracético.
▶ Desinfecção de nível intermediário: Tem ação virucida e
bactericida para formas vegetativas, inclusive contra o bacilo
da tuberculose, porém não destrói esporos. Ex:cloro.
▶ Desinfecção de baixo nível: elimina todas as bactérias na
forma vegetativa, porém não age contra esporos, vírus não
lipídicos e o bacilo da tuberculose. Tem ação relativa sobre os
fungos. Ex:Quartenário de amônia.
Terminologia
32. Métodos de Desinfecção
▶ Físico: Feita pelo calor. O calor úmido entre 70ºC e 100º por
mais de 5 min. É um método indicado para inativação de
microrganismos incluindo hepatite B, HIV e micobactérias.
▶ Químico: Utiliza-se agentes químico-desinfetantes.
33. Desinfetantes
Características
▶ Alta eficácia
▶ Atividade rápida
▶ Atóxico
▶ Não causar mancha
▶ Inodoro e fácil de usar
Recomendações
▶ Compatibilidade com o artigo
▶ Preparo da solução conforme orientação do fabricante
▶ Uso de EPIs
▶ Rotulação das soluções preparadas
34. Preparo e Empacotamento de
Produto
▶ Definição: Preparação e acondicionamento dos produtos
de acordo com o processamento escolhido em invólucro
compatível com o processo e com o próprio material.
▶ Objetivo: Manter a esterilidade, proteção apropriada para
transporte e armazenagem até a sua utilização e favorecer
a transferência asséptica, sem risco de contaminação.
35. Características da embalagem
▶ Possibilitar a identificação e a abertura asséptica pelo usuário.
▶ Funcionar como barreira microbiológica.
▶ Ser atóxica, flexível e resistente à tração e ao rasgo e
proteger o conteúdo do pacote de danos físicos.
▶ Permitirtermoselagem
36. ▶ Possibilitar que o agente esterilizante entre em contato
com o produto, permitir secagem do conteúdo e
permitir adequada remoção do ar.
▶ Identificar o produto esterilizado e possuir data de
validade do produto.
▶ Proteção para o transporte e armazenagem até a sua
utilização.
▶ Favorecer a transferência asséptica, sem risco de
contaminação.
42. Caixas metálicas
sua validade é relativa, pois depende da qualidade
da embalagem, data de esterilização, condições
de estocagem, transporte e manuseio.
Bom custo benefício!
43. Esterilização de artigos
INDICAÇÃO
Artigos críticos resistentes ao calor
.
▶ Métodos Físicos:
• Vapor úmido sob pressão (autoclave);
• Calor seco (estufa)*
PROIBIDO PELA ANVISA
• Radiação (raios gama - cobalto 60)
▶ Métodos Físico-químicos: Óxido de etileno (ETO); Plasma de
peróxido de hidrogênio (PPH); Paraformaldeído, Formaldeído
gasoso (VBTF) etc.
44. Tipos de Autoclave
▶ Gravitacional: injeção do vapor na
câmara força a saída do ar frio por
uma válvula localizada em sua
parte inferior
.
▶ Nesse processo pode formar bolhas
de ar no interiordospacotes, o
que impede a esterilização. Para
que o vapor penetre em todos os
materiais, o tempo deve sermais
longo, tornando o ciclo mais
demorado.
A ANVISA em 2009 passou a contraindicar
esse método!
45. Tipos de Autoclave
▶ Gravitacional: injeção do vapor na
câmara força a saída do ar frio por
uma válvula localizada em sua
parte inferior
.
▶ Nesse processo pode formar bolhas
de ar no interiordospacotes, o
que impede a esterilização. Para
que o vaporpenetre em todosos
materiais, o tempo deve sermais
longo, tornando o ciclo mais
demorado.
▶ A ANVISA, 2009 indica que esses
equipamentos não sejam mais
usados.
46. Esterilização por calor úmido - autoclave
▶ Calor úmido saturado sob pressão - é o processo de esterilização mais
utilizado. Deve ser a 1ªopção sempre;
▶ Vapor – destrói bactérias, porém os esporos bacterianos necessitam do
calor e pressão;
▶ T
emperatura –121ºa 132º;P:1 a 1,80 atm;
▶ T
empo de exposição:3 minutos a 30 minutos
▶ 15min: para materiais mais sensíveis ao calor como luvas, extensões de
borracha, entre outros;
▶ 30 min: para materiais mais resistentes ao calor como instrumentais,
vidros, roupas, entre outros.
48. Cuidados na autoclave
▶ Não apertar muitos os pacotes, para facilitar a penetração do vapor;
▶ Não encostar os pacotes nas laterais da máquina;
▶ Disposição vertical em cestos aramados
▶ Montar a carga da autoclave com materiais que tenham o mesmo
tempo de esterilização;
▶ Pacotes maiores na parte de baixo da autoclave e menores em cima;
▶ Utilizar somente 80 %
da capacidade do aparelho;
▶ Não colocar os pacotes em superfícies frias após esterilização
▶ Limpar câmara interna com água e sabão semanalmente
49.
50. Esterilização por Raios Gama
▶ É utilizado para esterilização de artigos críticos.
▶ Raios Gama – ondas eletromagnéticas de alta energia e
grande penetração, devido a ausência de matéria – age
produzindo radicais livres em partículas biológicas dos
microrganismos –RISCO OCUPACIONAL
51. PROCESSO FÍSICO QUÍMICO- Óxido de
Etileno (ETO)
▶ Utiliza o gás óxido de etileno. Realizar em autoclaves à
temperatura entre 50 a 60° C. Associar o gás, temperatura,
umidade e pressão.
protéica do
▶ Mecanismo de ação: inibe a síntese
microrganismo.
▶ Indicação de uso: materiais termossensíveis
52. ▶ A toxicidade é alta, sendo carcinogênico (serviço
geralmente terceirizado).
▶ Tempo de exposição do material: de 3 a 5h e mais 48 a
72h de aeração.
58. Referências
▶ Secretaria Municipal de Saúde de Campinas (2014)
MANUAL DE NORMAS E ROTI
NAS PARA O
PROCESSAMENTO DE MATERI
AISDE
ENFERMAGEM/MÉDICO/ODONTOLÓGICO
DISPONIBILIZADONO SGI
▶ RDC-15 de 15/03/2012
Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento
de produtos para saúde
DISPONIBILIZADONO SGI