2. É a área responsável pela limpeza e
processamento de artigos e instrumentais
médico-hospitalares.
É no CME que se realiza o controle, preparo,
esterilização , acondicionamento e distribuição
dos materiais utilizados dentro da instituição
hospitalar.
Central de Material
Esterilizados
3. Unidade de apoio técnico a todas as áreas
assistenciais, sendo responsável pela:
• Recepção
• Limpeza;
• Preparo;
• Esterilização;
• Acondicionamento;
• Distribuição de materiais para as unidades do estabelecimento
de saúde.
RDC 50/2002
• Revestimento que permita limpeza e desinfecção (ex: piso resistente
ao calor, à umidade; parede lisa e plana)
• Janela: ampla, alta e telada
• Porta de material lavável
• Bem iluminada (geral e direta nas bancadas)
CME
4.
5. Descentralizada : cada unidade é responsável
por preparar e esterilizar os materiais que
utiliza.
Semi-centralizada : cada unidade prepara o seu
material , mas o encaminha à central de
material para ser esterilizado.
Centralizada : os materiais de uso nas unidades
são totalmente processados na central.
PODE SER DIVIDIDA EM TRÊS TIPOS:
6. FLUXO DO PROCESSAMENTO
NO CME
Para que os materiais dos hospital sejam
limpos da maneira correta é necessário
que se tenha uma ordem correta de
recebimento e limpeza de cada material.
7. Áreas do CME
• Recepção
• Limpeza;
• Preparo;
• Esterilização;
• Acondicionamento;
• Distribuição de materiais para as unidades do estabelecimento de
saúde.
8. DEVE SER SEPARADA EM:
• Área contaminada: destinada a receber os artigos sujos e realizar
o processo de limpeza dos mesmos.
*recepção de artigos limpeza lavagem separação
• Área limpa: destinada ao preparo dos artigos.
*Área de preparo: análise e separação dos instrumentais, montagem
de caixas, pacotes, materiais especiais, etc.
*Área de esterilização: método de esterilização, montagem da carga,
acompanhamento do processo e desempenho do equipamento.
*Área de armazenamento: identificação dos artigos, data de preparo
e validade;
*Área de distribuição: define os horas para distribuição dos artigos
para as unidades do hospital, com exceção do CC.
*Área de recepção de roupas limpas: separação e dobradura.
Área Física
(RDCn0 50 de 2002)
9. O serviço de enfermagem em CME acredita na segurança da esterilização como
garantia de bom atendimento aos pacientes.
Atuar na conscientização da equipe;
No desenvolvimento das normas e rotinas, das técnicas corretas em todas as
atividades, à assistência prestada ao cliente;
Fornecer o material esterilizado a todo hospital;
Promover a interação entre as áreas;
Adequar as condições ambientais às necessidades do trabalho na área;
Planejar e implementar programas de treinamento e reciclagem que atendem às
necessidades da área junto à educação continuada;
Favorecer o bom relacionamento interpessoal;
Prover materiais e equipamentos que atendam às necessidades do trabalho na
àrea.
Objetivosda enfermagemno CME
10. ARTIGOS HOSPITALARES
DEFINIÇÃO – São materiais empregados na assistência à saúde;
PODEM SER:
– ARTIGOS DESCARTÁVEIS : seringas, abocath, agulhas,
eletrodos, etc.
–ARTIGOS PERMANENTES: aparelho de pressão, termômetro,
endoscópio, etc.
13. ARTIGOS CRÍTICOS
São aqueles que penetram através da pele, mucosas, atingindo os
tecidos sub-epiteliais, sistema vascular, bem como todos os que
estejam diretamente conectados com este sistema e que possuem
alto risco para aquisição de infecção;
Ex:
agulhas
instrumentais cirúrgicos
cateteres urinários
bisturi.
14. ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS
São artigos que entram em contato com a pele não-integra ou com
mucosas íntegras.
Ex:
endoscópios gastrointestinais;
equipamento de terapia respiratória;
espéculo vaginal;
15. ARTIGOS NÃO CRÍTICOS
São aqueles que entram em contato apenas com
pele íntegra ou não entram em contato com
pacientes e apresentam baixo risco de transmissão
de infecção;
Ex:
comadres
papagaios
aparelho de pressão
termômetro
cubas
16. Indicação
CRÍTICOS– Indicação de esterilização
SEMI-CRÍTICOS– Esterilização não obrigatória;
no mínimo desinfecção.
NÃO-CRÍTICOS– Dependendo do grau de
contaminação, podem ser submetidos à limpeza ou
desinfecção de baixo ou médio nível.
17. DESINFECÇÃO
Consiste na inativação ou redução dos micro-
organismos presentes num material inanimado ou
em superfícies com exceção de esporos
bacterianos, por meios físicos ou químicos.
.
A desinfecção não implica na eliminação de todos
os micro-organismos viáveis, porém elimina a
potencialidade infecciosa do objeto, superfície ou
local tratado.
18. CLASSIFICAÇÃO DA DESINFECÇÃO
Desinfecção de baixo nível: elimina bactérias,
vírus e fungos; não tem ação contra esporos, mas
não elimina micobactérias e o bacilo da
tuberculose;
O composto mais comumente utilizado é álcool
etílico, hipoclorito de sódio 0,025% - 30 minutos.
EPI
19.
20. Desinfecção de nível médio: elimina
bactérias, a maioria dos vírus, fungos e micobactérias; não
destrói esporos.
Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. EPI
Desinfecção de alto nível: destrói todas as
bactérias, micobactérias, fungos, vírus e parte dos esporos. O
enxágue deve ser feito com água estéril e a manipulação deve
seguir o uso de técnicas assépticas.
21. Glutaraldeído 2% (20 – 30 minutos). Portaria n0 3/2006.
EPI ( Máscara de filtro químico, avental impermeável, óculos,
luva de borracha cano longo, botas) – vapores: irritação nos
olhos, nariz e garganta/ corrosivo para alguns artigos de
metal. Validade 14 ou 28 dias.
Ácido Peracético 0,2% - 10 minutos. (Atóxico e sem efeito
residual) Não corrosivo/ EPI. Validade 30 dias.
22. LIMPEZA
Remoção de sujidade visível orgânica e inorgânica e por conseguinte de
sua carga microbiana.
A limpeza concorrente desta área deve ser realizada diariamente, no piso,
nas pias, nas mesas e nos balcões e, pelo menos uma vez por semana, a
Limpeza terminal deve ser feita incluindo os itens limpos diariamente e
mais as paredes, os armários, os vidros e as janelas.
OBJETIVOS
-Remover sujidades;
-Remover ou reduzir a quantidade de micro-organismos;
-Remover resíduos (químicos, orgânicos, endotoxinas – lipopolissacarídeos
Da parede celular de bactérias gram-negativas - biofilmes – cj. de células
microbianas associadas á superfície)
-Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização.
23. Limpeza manual
Fricção com escovas e dos uso de soluções de limpeza;
Restringir aos artigos delicados, desmontáveis;
Preferencial solução enzimática - constituem combinações de
detergentes e enzimas utilizados comumente em instrumentos
de difícil acesso e lumens estreitos;
Utilizar EPI apropriado: luva grossa de borracha
antiderrapante de cano longo, avental, bota, gorro, protetor
facial, máscara e óculos de proteção;
Friccionar artigos sob a água para evitar aerossóis.
Uso de EPIs :
É imprescindível o uso correto dos EPIs para o desenvolvimento das técnicas
de limpeza e desinfecção. São eles: aventais impermeáveis, luvas
anti-derrapantes de cano longo, óculos de proteção, máscaras.
24. Limpeza mecânica
Lavadora Ultra-Sônica: convertem ondas sonoras
de ultra-alta frequência em vibrações mecânicas que
se movem na água, criando bolhas microscópicas.
Ideal para artigos de conformação complexa
Lavadora Pasteurizadora: inativação de bactérias
patogênicas por meio de calor, relativamente a baixas
temperaturas (660C)
Lavadora Termodesinfetadora: limpam e
desinfetam, por meio térmico ou químico
(detergente é aplicado sob pressão por meio de bicos
ou braços rotativos)
25. Produtos utilizados
Limpadores enzimáticos
são compostos basicamente por enzimas, surfactantes e
solubilizantes. A combinação balanceada desses elementos faz com
produto possa remover a matéria orgânica do material em curto
período de tempo.
Soluções enzimáticas apresentam excelente ação de limpeza, mas
não possuem atividade bactericida e bacteriostática.
Enzimas
São substâncias produzidas que degradam a matéria orgânica
presente no material. Uma vez produzidas pelas células, uma
enzima pode ser isolada e irá manter suas propriedades. As enzimas
são classificadas em três maiores grupos funcionais dependendo do
tipo de substrato que irão afetar: proteases, lípases e amilases que
atuam em substratos protéicos, gorduras e carboidratos.
26. Tipos de embalagens
TECIDO DE ALGODÃO
• Estrutura produzida pelo entrelaçamento de um conjunto de fios dispostos
no sentido longitudinal, com outro no sentido transversal forma um ângulo
de 900
• Indicado: vapor saturado sob pressão ( validade 10 dias)
• Problema: baixa barreira microbiana, ausência de resistência à umidade,
padrão de alinhamento das fibras, baixa vida útil
PAPEL CREPADO
- Composto de 100% de celulose
- Eficiência diante da esterilização por vapor e óxido de etileno
- Validade: 60 dias no vapor e 12 meses no ETO
27. Embalagens
Permitir o transporte e o armazenamento do artigo odonto-médico-
hospitalar e mantê-lo estéril até o seu uso.
Saída do Ar
Entrada do Agente
esterilizante
Microrganismos
Embalagem
Produto
28. Penetrância
Dificuldades variadas
• tecido de
algodão
•papel grau
cirúrgico
•papel crepado
•manta de SMS
•filmes
•contêineres
rígidos
(válvula e filtro)
Validação a cada inserção ou troca de
embalagem
Qualificação de desempenho: a cada nova
configuração introduzida
•Tyvek
30. TIPOS DE EMBALAGENS
• Papel grau cirúrgico
• Permeável ao agente esterilizante e
impermeável aos microrganismos;
• Pode se apresentar com duas faces
de papel ou uma de papel e a outra
de filme transparente;
• Esterilização à vapor (30 dias) e
Óxido de Etileno
(01 ano)
TyveK
• Constituída de poliolefinas
expandidas e mylar (polietileno em
tripla camada)
• Não contém celulose ( não absorve
o peróxido de hidrogênio)
• Recomendado para o plasma de
peróxido de hidrogênio
(01 ano)
33. Esterilização
Esterilização é o processo pelo qual os micro-organismos são
mortos a tal ponto que não seja mais possível detectá-los no
meio de cultura padrão no qual previamente haviam
proliferado.
Um artigo é considerado estéril quando a probabilidade de
sobrevivência dos micro-organismos que contaminam é menor
do que 1:1.000.000 (GRAZIANO; SILVA; BIANCHI, 2000)
34. Fatores que afetam a eficácia da
esterilização
A atividade dos agentes esterilizantes depende de inúmeros
fatores:
- Número e localização de microrganismos
- Resistência inata dos microrganismos
- Concentração e potência do agente germicida
- Fatores físicos e químicos
- Matéria orgânica
- Duração da exposição
35. ESTERILIZAÇÃO
PODE SER REALIZADA POR:
Processos físicos:
–Vapor saturado sob pressão (autoclave)
–Calor seco (estufa)
–Radiação (raios gama - cobalto 60)
Processos químicos:
–Grupo dos aldeídos (glutaraldeído e formaldeído)
–Ácido peracético
Processos físico-químicos:
–Óxido de etileno (ETO)
–Plasma de peróxido de hidrogênio
–Paraformoldeído (pastilhas)
36. Esterilização
•
Processos físicos - Esterilização por vapor saturado
sob pressão
# Vapor: (esporos
necessitam de calor e
umidade), temperatura
e pressão (121ºC a
134ºC e o tempo (15 a
30 minutos)
37. PROCESSO FÍSICO
Calor seco (estufa) – Não
recomendável
Caiu em desuso, pois as pesquisas
colocam em dúvida a sua
efetividade.
O processo de esterilização ocorre
com o aquecimento dos artigos por
irradiação do calor das paredes
laterais e base da estufa, com
conseqüente destruição dos
microorganimospor desidratação
das células.
O calor seco tem baixo poder de
penetração, pois se faz de forma
irregular e vagarosa, necessitando
de longos ciclos de exposição.
38. Materiais: termo resistente, como: instrumentais, materiais
inoxidáveis, óleos e pós.
Embalagem: caixa de aço inoxidável de paredes finas ou de
alumínio. Lacrar as caixas com fita de indicador químico.
Temperatura e tempo de exposição: varia de acordo com o
tipo de material e com a validação especifica. Para
instrumentais recomenda-se 205° C por 120 min. e para óleos e
pós 160° C por 120 min.
Cuidados recomendados: evitar o centro da estufa (pontos
frios), deixar espaço entre as caixas e não encostá-las na
parede.
39. PROCESSO FÍSICO-AUTOCLAVE
É altamente eficiente pelo seu poder de penetração realizado por
autoclaves. O vapor saturado, ou seja, de temperatura
equivalente ao ponto de ebulição da água, na pressão atmosférica
de 1 a 1.8, é o meio de esterilização mais econômico para
materiais termo resistentes.
40. Mecanismo de ação: O processo baseia-se na transformação
de água em vapor, sob a mesma temperatura. A atividade de
esterilização tem como princípio de morte celular a termo
coagulação das proteínas bacterianas, através do calor, de
modo que o MO perde suas funções vitais e morre.
Embalagens: algodão cru, papel grau cirúrgico, não tecido,
papel crepado caixa metálica perfurada e Kraft. Dispor os
pacotes de modo vertical, para facilitar a entrada, circulação
do vapor, bem como a eliminação do ar.
Temperatura indicada: 121 a 132° C
Tempo de exposição: de acordo com a natureza do material
(15 a 30 min.); 15 min. para materiais mais sensíveis ao calor
como luvas, extensões de borracha, entre outros e 30 min.
para materiais mais resistentes ao calor como instrumentais,
vidros, roupas, entre outros.
41. Tipos de autoclave
Gravitacional: A
injeção do vapor na câmara
força a saída do ar frio por
meio de uma válvula
localizada na parte inferior.
Desvantagens: formação
de bolhas de ar no
interior do pacote e
tempo mais longo para
penetração do vapor
• Pré-vácuo: por meio de
uma bomba de vácuo
contida no equipamento,
o ar é removido do artigo
e da câmara. Pode ser um
pulso ou em três ciclos
pulsáteis – favorece a
penetração mais rápida
do vapor.
• Após a esterilização, a
bomba de vácuo faz a
sucção do vapor e da
umidade interna da água
para secagem maisrápida
42. Indicadores Químicos
Classe I:
• Indicadores de
processo: Tiras
impregnadas com tinta
termo-química que muda
de coloração quando
exposto a temperatura.
(fita zebrada) amarelo p/
marrom geralmente
• Informa que passou pela
esterilização
usados externamente em todos
os pacotes
evidenciam a passagem do
material pelo processo
43.
44. Indicadores Químicos
Teste de BOWIE & DICK – Indicadores para uso em testes
específicos - testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-
vácuo.
Classe II:
verifica a eficiência da bomba de vácuo
espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua extensão
recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia, com equipamento
pré-aquecido e com a câmara vazia.
caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão imediata do
equipamento
Teste OK Falha no teste
45. IndicadoresQuímicos
Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor.
Reagem com todos os parâmetros
Indicadores de simulação: Integrador mais preciso por oferecer
margem de segurança maior. Reage quando 95% do ciclo é
concluído.
46.
47. Indicadores Biológicos
Preparação padronizada de esporos bacterianos autocontidos,
com suspensões de 106 esporos por unidade de papel filtro.
Indicam se a esterilização foi efetiva
Esporos Geobacillus stearothermophilus
Primeira geração: tiras de papel com esporos microbianos, incubados em
laboratório de microbiologia com leitura em 7 dias.
48. Indicadores Biológicos
Segunda geração: autocontidos com leitura em 24 a 48 horas
pela mudança de cor decorrente da mudança de pH do meio.
Incubação na própria CME
Terceira geração: autocontidos com leitura em 1 a 3 horas a
560C. Interação de uma enzima associada ao esporo
bacteriano com um substrato no meio de cultura. Ausência de
fluorescência: esporo destruído
49. Esterilização físico-química
Esterilização por óxido de etileno (ETO)
Gás incolor, explosivo e inflamável
Termossensíveis
Portaria Interministerial n0482/1999
Parâmetros: temperatura (500C a 650C),
concentração do gás (450 a 1200mg/L) umidade
(45 a 85%), tempo de exposição e aeração (2 a 5
horas respectivamente) e pressão interna da
câmara.
50. ETO
Alta penetração, difusibilidade – esteriliza artigos estreitos,
longos (até 2 metros).
Objetivo: saída do ETO residual
• Etilenocloridrina - produto derivado da reação do óxido
de etileno com o cloro.
• Etilenoglicol - produto derivado da reação do óxido de
etileno com água.
51. Esterilização por plasma de peróxido
de hidrogênio
• Termossensíveis
Autoclave de peróxido de
hidrogênio - STERRAD®
52. Esterilização Química
Imersão dos artigos em germicida químico
Utilizar produtos autorizados e registrados na ANVISA
Ácido Peracético
Mistura entre ácido acético, peróxido de
hidrogênio e água;
Rápida ação contra todas as formas de
microorganismos, incluindo esporos
microbianos, mesmo em baixas concentrações
(0,001% a 0,2%) - 60 minutos;
Pode ser aplicado em artigos termossensíveis;
Cuidado: componentes metálicos que não sejam
de ácido inoxidável.
53. Glutaraldeído
Tempo de 10 a 12 horas de imersão do artigo na
solução
Para esterilização a frio de artigos críticos termossensíveis,
como cateteres, drenos, tubos. E para artigos
termoresistentes como pinças, instrumentos metálicos
endoscópios, laparoscópicos.
Não é recomendado:
- Monitoramento da concentração,
- Manipulação incorreta (contaminação bacteriana –
infecções pós cirúrgicas),
- Limpeza incorreta,
- Tempo de imersão por período inferior ao recomendado,
resistência microbiana ao produto,
- Diluição do produto durante a sua utilização ao longo do
tempo
55. Cuidados com os Artigos Esterilizados
Condições de estocagem do artigos esterilizados
• Quanto ao ambiente: deve ser limpo; arejado e seco; deve ser restrito à
equipe do setor.
• Quanto ao artigo: após o processo de esterilização, não colocá-lo em
superfície fria (pedra ou aço inoxidável ), utilizar cestos ou recipientes
vazados até que esfriem;
• invólucro (tecido de algodão cru, tecido não tecido, papel grau cirúrgico,
papel crepado, papel com filme, tyvec ou caixas metálicas perfuradas)
deve permanecer íntegro e ser pouco manuseado para evitar que os
pacotes rasguem ou solte o lacre;
• ser estocado em armários fechados com prateleiras;
• prateleiras identificadas de modo a facilitar a retirada do material;
• material deve ser estocado de acordo com a data de vencimento da
esterilização para facilitar a distribuição e não ficar material vencido no
estoque;
• estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de
contaminantes externos.
56. Tempo de validade de esterilização de
artigos
• A validade de esterilização vincula-se ao risco de recontaminação, tipo e
configuração do material de embalagem, número de vezes que é
manipulado antes do uso.
• Estocagem em prateleira aberta ou fechada, condições ambientais na área
de estocagem (limpeza, temperatura e umidade).
• Atualmente é um contra-senso estabelecer prazos genéricos por que os
fatores contaminantes do ambiente variam entre um serviço e outro.
• Devido às diferenças tanto em tipos de invólucros quanto em
características de estocagem é impossível recomendar tempos de
estocagem para itens estéreis que possam ser aplicados universalmente
(AORN)
57. Validação das embalagens-Vida de
prateleira
depende dos eventos relacionados
Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no chão?
Foi “apalpado”?
Foi aberto e fechado novamente?
Foi carregado debaixo dos braços?
Foi colocado elásticos, barbante?
Foi “amassado” colocando pesos ou
guardados em gavetas apertadas?
Indefinido tempo de esterilização ?
58. Manual de rotina e procedimentos;
Padronização dos processos adotados, limpeza,desinfecção e
esterilização;
Registro diário do processamento de artigos;
Programa de manutenção preventiva dos equipamentos;
Manual de funcionamento do equipamento;
Utilização de indicadores adequados ao processo empregado;
Barreira fixa até o teto da área suja e limpa.(Consultórios e Clinicas);
Bancada adequadas para o preparo do material;
Local de guarda dos material esterilizado (limpo e fechado);
Fluxo racional de operacionalização, sem cruzamento de artigo
contaminado e artigo limpo.
Aspectos a serem observados:
59. Baldes plásticos para desinfecção, enxágue.
Recipientes com as soluções ativadas rotulados.
Pias específicas para o material e lavagens das mãos com
sabão liquido e papel toalha.
Local separado para o material de limpeza.
Pisos, paredes laváveis.
Equipamentos (autoclave e estufa)em perfeitas condições
de funcionamento (registro de manutenção e testes
químicos e biológicos) – (para artigos não pode autoclave
vertical).
Cronograma de limpeza dos equipamentos (água e sabão)
Verificar a existência dos EPIs.
61. Referências Bibliográficas
1-SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERGEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO,
RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
(SOBBEC).Práticas Recomendadas.4ed. São Paulo, 2007.
2- POSSARI,J.F. Centro de material e esterilização: planejamento e gestão.3ed.São
Paulo, 2007.165p.
3-KAVANAGH,CMG. Elaboração do Manual de Procedimentos em Central de
Materiais e Esterilização.São Paulo: Atheneu, 2007.
4-OLIVEIRA, AC.Infecções Hospitalares: epidemiologia, prevenção e controle.Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
5- FERNANDES, AT.Infecção Hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São
Paulo: Atheneu, 2002.