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Analisando a Educação de Jovens e Adultos na Escola de Hoje
Dilza Netto
Evanice Gonçalves Coelho
Giovana Barbosa de Oliveira
Margarete Teresinha Madalosso
Tádia Regina Pelissari
Paulo Roberto Coelho
Schaiane Pasquali Machado
Solange Zarth
Resumo
Este artigo discute a situação atual da Educação de Jovens e Adultos no Brasil.
Iniciando a discussão por uma revisão histórica das políticas de educação de adultos nas
grandes reformas educacionais deste século, analisando como é a garantia de formação
dos EJA, quais dificuldades encontradas por eles, o compromisso que das diretrizes e o
sistema proporcionam a eles. Além disso, estaremos abordando, portanto a sua estrutura
organizacional pedagógica, seu suporte legal. Enfim buscaremos entender como são
trabalhados os conteúdos, avaliação dos mesmos e como é a formação do Educador que
faz presente na vida destes jovens. Finalizando com uma análise das possibilidades de
realizar uma educação de forma renovada para que não caia na repetição dos erros do
passado nem deixando os alunos a perecerem.
Palavras chave: Educação de Jovens e adultos e a formação do educador.
Introdução
Segundo a escola educação (2015) e a resolução CNE/CEB nº 3/2010, “A
Educação de Jovens e Adultos (EJA) se caracteriza como educação pública para pes-
soas com experiências diferenciadas de vida e de trabalho. É uma modalidade da Edu-
cação Básica que garante a jovens e adultos (a partir de 15 anos) o direito à formação na
especificidade de seu tempo humano e assegura-lhes a permanência e a continuidade
dos estudos ao longo da vida”.
Segundo consta no DCNEB (2013), considerada a prioridade de atendimento á
escolarização obrigatória, para que haja oferta capaz de contemplar o pleno atendimento
dos adolescentes, jovens e adultos na faixa dos 15 anos ou mais, com defasagem
idade/série, tanto no ensino regular, quanto em EJAs, assim como nos cursos destinados
á formação profissional torna-se necessário.
Mas para darmos continuidade devemos falar sobre a politica educacional no
Brasil, para podemos entender como tudo começou a ter tantas pessoas excluídas do
processo educacional. Assim essa denominação educação de jovens e adultos torna
moderna, com uma preocupação com os adultos que não poderiam ser escolarizados,
sendo assim percebemos que vem apresentando desde a colonização portuguesa, quando
tínhamos aqui os povos indígenas, sendo os primeiros povos a povoar a região.
Assim em 1827 no período imperial houve uma lei geral de educação do País
que tinha como objetivo segundo Neves (2003), “construir um sistema nacional de
Educação escolar composto por escolas elementares, secundárias e superiores”.
Segundo Neves (2003), em 1840 surge o ensino das primeiras letras ao adulto
nos cursos de ensino profissional oferecido pelo Arsenal de Guerra do Recife. Em 1869,
com a finalidade de apressar o processo de escolarização, atendendo a um maior número
possível de analfabetos, foram criadas escolas noturnas e, aos domingos e no período do
verão, criaram-se escolas temporárias e ambulantes. No período republicano, a
educação, de um modo geral, também não obteve melhorias, continuando estagnado e,
gradativamente aumentando o número de pessoas não escolarizadas.
Portanto, diversos educadores profissionais como Sampaio Dória (1923),
Lourenço Filho (1949), Carneiro Leão (1926) e Anísio Teixeira (1924), procuraram
estruturar um sistema educacional, com iniciativas de ampliar as condições de
educação, solicitando o aumento de escolas e melhorias na qualidade do ensino
brasileiro. Ainda assim, observa-se a fragilidade com que tocavam nos reais problemas
existentes no Brasil, não evidenciando as questões sociais, pelas grandes diferenças
entre as classes sociais.
Nos anos 1945 e 1947 – desencadeiam-se as campanhas de educação de jovens e
adultos, com o intuito de aumentar as bases eleitorais para a sustentação do governo
central e incrementar a produção nacional. Já em janeiro de 1947 foi aprovado o Plano
de Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, atendendo aos apelos da
UNESCO. Campanha feita por Lourenço Filho, seu idealizador e primeiro coordenador,
que atuou como um amplo movimento de mobilização nacional em favor da educação
de jovens e adultos analfabetos.
Assim, por meio destas transformações será possível reavaliar como as
estruturas do paradigma sócio-político atual estarão sendo gradativamente
reconsideradas. Torna-se indispensável também, reavaliar a própria educação para que
haja a ruptura deste paradigma de reprodução, exclusão e degradação. Somente através
das mudanças sociais no Brasil, a preocupação com o desenvolvimento da educação
tona-se cada vez mais evidente, possibilitando o acesso e permanência dos sujeitos na
escola, além de propiciar aqueles que se encontram a margem deste processo, condições
de ingressarem no âmbito escolar, através de uma educação permanente e adequada
para jovens, adultos e idosos.
Segundo Lourenço Filho aponta que é necessário,
”A recuperação de grandes massas da população que vivia praticamente à
margem da vida nacional (...), era necessário educar o adulto, antes de tudo,
para que esse marginalismo desaparecesse e o país pudesse ser homogêneo,
mais coeso e mais solidário e para que cada homem ou mulher melhor
pudesse ajustar-se à vida social e às preocupações do bem-estar e do
progresso social” Lourenço Filho (1949, p. 49).
Fica evidente para nós que é de suma importância o aprendizado dos jovens e
adultos para que o País possa colher bons frutos e prosperar. A educação de jovens e
adultos é um campo de práticas e reflexão que inevitavelmente transborda os limites da
escolarização em sentido estrito. Fundamentalmente, porque abarca processos
formativos diversos, onde podem ser incluídas iniciativas visando à qualificação
profissional, o desenvolvimento comunitário, a formação política e um sem número de
questões culturais pautadas em outros espaços que não o escolar.
Além disso, mesmo quando se enfocam os processos de escolarização de jovens
e adultos, o cânone da escola regular, com seus tempos e espaços rigidamente
delimitados, imediatamente se apresenta como problemático. Trata-se, de fato, de um
campo pedagógico que bem poderia ser aproveitado como solo fértil para a inovação
prática e teórica. Quando se adotam visões mais proibitivas sobre o fenômeno
educativo, entretanto, o lugar da educação de jovens e adultos pode ser entendido como
marginal ou secundário, sem maior interesse do ponto de vista da formulação política e
da reflexão pedagógica.
Segundo nos remete as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
(2013), “a Educação de jovens e adultos estão voltada para a garantia de formação
integral, abrange alfabetização ás diferentes etapas da escolarização ao longo da vida
inclusive aqueles em situação de privado de liberdade, sendo pautada pela inclusão e
pela qualidade social”. Podemos analisar se estiverem garantidas para os EJAs, aulas
que seja integral com qualidade.
Sabemos que o perfil e o papel docente são de fundamental na importância no
processo do reinício do aluno no EJA. Por isso cabe ao professor da EJA ser um
professor especial, capaz de identificar o potencial de cada aluno, compreender seus
anseios, além de saber lidar com seus sentimentos. O perfil do professor da EJA é muito
importante para o sucesso da aprendizagem do aluno adulto que vê seu professor como
um modelo a seguir deve ter consciência de sua força no desenvolvimento do aluno. Por
isso que devemos saber se este professor está preparado para lidar com as dificuldades
desta comunidade estudantil, pois sendo assim tem alunos que podem desistir devido à
falta de compreensão do seu educador.
É preciso que a sociedade compreenda que alunos de EJA vivenciam problemas
como preconceito, vergonha, discriminação, críticas dentre tantos outros. E que tais
questões são vivenciadas tanto no cotidiano familiar como na vida em comunidade. Pois
sabemos que muitos não tiveram ou tiveram as oportunidades e não soube aproveitar.
Fica evidente que a EJA é uma educação possível e capaz de mudar significativamente a
vida de uma pessoa, permitindo-lhe reescrever sua história de vida novamente.
Para nós educadores, educar é muito mais que reunir pessoas numa sala de aula e
conduzir um conteúdo pronto. É papel do professor, especialmente do professor que
atua na EJA, compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Enfim, é acreditar nas
possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional. A
qualidade do ensino está inteiramente ligada à preparação do professor, que terá de se
capacitar continuamente para estar atuando junto às turmas de educação de jovens e
adultos, tal capacitação deve ser reconhecida e valorizada, uma vez que esta modalidade
de ensino deve acolhe estes jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de
estudarem no período correto e a busca do reconhecimento da EJA para si vem eliminar
acima de tudo o analfabetismo e não o analfabeto.
Segundo expressa Oliveira e também Scortegagna (2012), desta maneira, a
Educação de Jovens e Adultos (EJA) deve configurar-se como uma nova possibilidade
para muitas pessoas, que por diversos motivos estiveram afastadas da escola ou não
tiveram a oportunidade de frequentá-la. Assim a EJA não deve se estruturar como uma
adaptação do sistema educacional vigente no Ensino Fundamental e Médio, uma vez
que, volta-se a uma camada socialmente desfavorecida, nos âmbito econômico, político
e social. Estes sujeitos, por muitas vezes, encontram-se a margem do processo
educacional, pois em sua realidade foram submetidos ao mercado de trabalho ou não
encontraram condições para se mantiver na escola.
Em outros contextos, também se destacamos a ausência de espaços escolares
adequados, para suprir a demanda e de profissionais preparados para lidar com essa
nova realidade. Pode-se também citar a própria falta de interesse de alguns alunos que
resultou na evasão escolar ou a falta de oportunidades de alguns que tiveram que
trabalhar para trazer o sustento familiar. A partir deste momento que se objetiva a
melhoria nas condições pessoais, sociais, financeiras e relacionadas à ascensão no
trabalho, ocorre novamente à busca pela escolarização.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), em seu artigo 37º § 1º
diz:
“É a legislação que regulamenta o sistema educacional (público ou
privado) do Brasil (da educação básica ao ensino superior). Na história do
Brasil, essa é a segunda vez que a educação conta com uma Lei de Diretrizes
e Bases da Educação, que regulamenta todos os seus níveis. A primeira LDB
foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61).”
“A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela
Constituição Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do
Estado em relação à educação escolar pública, definindo as
responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios. Segundo a LDB 9394/96, a educação
brasileira é dividida em dois níveis: a educação básica e o ensino superior.
Educação básica: Educação Infantil, Fundamental e Ensino Médio.”
A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação, que
perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas: Educação Especial,
Educação á distancia, Educação profissional e Tecnológica, Educação Indígena e
principalmente a Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram
acesso a educação na idade apropriada. Além dessas determinações, a LDB 9394/96
aborda temas como os recursos financeiros e a formação dos profissionais da
educação.
A Alfabetização de Jovens e Adultos não é uma ação recente, teve início desde a
colonização apesar de ter sido reconhecida oficialmente somente após o ano de 1945,
muitos motivos interferem o processo de alfabetização na infância de alguns jovens e
adultos, outros nem sequer iniciam esse processo nesta fase e ao longo dos anos
sentem a necessidade de alfabetizar-se. Segundo Moll (2004, p. 11):
“Nesse sentido, quando falamos “em adultos em processo de alfabetização”
no contexto social brasileiro, nos referimos a homens e mulheres marcados
por experiências de infância na qual não puderam permanecer na escola pela
necessidade de trabalhar, por concepções que as afastavam da escola como de
que “mulher não precisa aprender” ou “saber os rudimentos da escrita já é
suficiente”, ou ainda, pela seletividade construída internamente na rede
escolar que produz ainda hoje itinerários descontínuos de aprendizagens
formais. Referimo-nos a homens e mulheres que viveram e vivem situações
limite nas quais os tempos de infância foi, via de regra, tempo de trabalho e
de sustento das famílias.” Moll (2004).
Percebe-se que a EJA surge como uma esperança e possibilidade para que
muitos alunos que hoje estão nela inseridos que alcancem novos objetivos e tenham
outras perspectivas de futuro, com melhores condições de trabalho, as quais refletem
diretamente na qualidade de vida, participação social e busca por direitos.
Segundo expressa o MEC (2001), a população de jovens e adultos que se
encontra sem acesso à educação ou com baixa escolaridade constitui-se em um
segmento expressivo nos municípios brasileiros. Apesar dos esforços feitos pelos os
programas específicos dirigidos à redução do analfabetismo e à elevação da
escolaridade do brasileiro não têm alcançado os efeitos desejados. Alguns fatores são
responsáveis por essa situação, como: a descontinuidade das políticas, com sua
consequente falta de prioridade para essa modalidade de ensino; a falta de preparação
dos professores e a decorrente improvisação das práticas pedagógicas; a escassez de
recursos financeiros; a ausência de sistemas de acompanhamento, registro e análise dos
programas executados.
O reconhecimento das relações existentes entre a Educação de Jovens e Adultos
e o desenvolvimento social que pode ser identificados em inúmeras declarações
firmadas em eventos importantes tanto realizados no Brasil, quanto em diálogos
internacionais. Assim, é fundamental para o desenvolvimento social, humano e
econômico dos municípios do Brasil uma atenção especial na construção das condições
efetivas para a realização de programas voltados para esse segmento.
Nesse artigo o MEC deixa claro que não se pode deixar de considerar a
importante produção brasileira existente na área, a qual tem sua origem nos trabalhos de
Paulo Freire, nem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e
Adultos. Com base nesse referencial, o currículo deve ser orientado para o
desenvolvimento da capacidade pelo aluno de: posicionar-se; propor ideias; elaborar
projetos pessoais; participar de forma cooperativa de projetos coletivos; organizar-se em
função de metas eleitas; e participar da gestão de ações coletivas, com vistas à
construção da autonomia intelectual e social, como consequência do processo de
construção de conhecimentos e do desenvolvimento de valores. Também aqui o
processo de elaboração dos educadores, nas reuniões pedagógicas, em diálogo com a
Secretaria é fundamental para uma elaboração de planejamento que venha de encontro
com as necessidades dos jovens e adultos.
Considerando a amplitude e a complexidade do trabalho com jovens e adultos, é
preciso buscar parcerias entre os três níveis de governo, instituições públicas e privadas,
movimentos sociais e sociedade de uma maneira geral. Porém, é preciso que não se
perca de vista a responsabilidade política dos governos federal, estadual e municipal
para o cumprimento desse seu dever constitucional.
Ainda queremos expressar que os conteúdos tem que partir do conhecimento do
aluno, assim ir vinculando com o currículo das ciências humanas, ciências biológicas,
matemática e também com as de linguagens e suas tecnologias tudo interagindo e
levando os educandos a compreensão dos temas que estão sendo abordados durante o
período letivo. Sendo assim também a avaliação é compreendida como uma prática que
alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do
ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os
resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos
expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma
atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, na Educação de Jovens e Adultos, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
“Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
Contínua: permite a observação permanente do processo ensino-
aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola
do educando;
Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola”. Artigo 24, da LDBEN 9394/96.
Portanto cabe a cada educador investigar seu alunado para poder fazer uma
avaliação que atualmente a EJA tem objetivos maiores além da alfabetização por parte
dos alunos, da necessidade de estar capacitado para o mercado de trabalho, ser atuante
na sociedade e também o interesse político de reduzir o máximo a estatística de
analfabetismo no país, este fator favorecer com a pretensão de um dia o Brasil se tornar
uma grande potência mundial.
As primeiras formas de alcançar melhores condições de trabalho e ampliar
conhecimento é que faz com que muitos jovens e adultos que não se alfabetizaram na
infância ingressem em uma turma de EJA oferecida pelas escolas ou por grupos
comunitários que desenvolvem projetos de alfabetização, ser alfabetizados nestas fases
da vida depende de muita motivação e força de vontade, não basta apenas querer, a
alfabetização de jovens e adultos ocorre de maneira intencional e consciente, segundo
Pinto (2007, p.92):
Os conceitos de “necessitar saber” vêm da origem do interior do ser,
considerado em sua plena realidade, enquanto o de “saber” e “não saber”
(como fatos empíricos) coloca-se na superfície do ser humano, é um acidente
social, além de ser impossível definir com rigor absoluto os limites entre o
“saber e o não saber” (daí que não há uma fronteira exata entre o alfabetizado
e o analfabeto). Porque o “necessitar” é uma coisa que ou é satisfeita (se é
exigência interior) ou, se não é, não permite ao indivíduo subsistir como tal
entre (por exemplo: as necessidades biológicas). O “necessitar” ao qual se
referem à leitura e a escrita é de caráter social (uma vez que tem por
fundamento o trabalho). Pinto (2007).
Queremos ressaltar que o direito a educação de Jovens e Adultos é assegurado
por lei e as instituições de ensino devem realizá-la de maneira que atenda a clientela
sem ignorar suas limitações. Alfabetizar jovens e adultos é muito mais que transferir-
lhes noções de leitura e escrita, o jovem ou adulto ao ingressar em uma escola ele tem
um objetivo delimitado e compreende a escola como um meio para alcançar tal objetivo,
o professor alfabetizador se torna então um mediador entre o aluno e o conhecimento,
por isso ele precisa estar bem informado, motivado e querendo realizar um trabalho de
construção.
Há algumas décadas eram comuns grupos de pessoas adultas se reunirem para
aprender escrever o nome e conhecer as letras do alfabeto, tais pessoas ficavam
extremamente maravilhadas, pois dentro do contexto delas tal aprendizado era
suficientemente satisfatório. Atualmente grupos ainda se reúnem, mas as expectativas
são outras, só o aprendizado do próprio nome não é suficiente, o mercado de trabalho
exige mais, até mesmo o simples fato de precisar identificar o itinerário do ônibus
requer leitura. Segundo Libâneo (2003, p.53):
“A escola de hoje precisa não apenas conviver com outras modalidades de
educação não formal, informal e profissional, mas também articular-se e
integrar-se a elas, a fim de formar cidadãos mais preparados e qualificados
para um novo tempo. Para isso o ensino escolar deve contribuir para: Formar
indivíduos capazes de pensar e de aprender permanentemente; Prover
formação global para atender à necessidade de maior e melhor qualificação
profissional; Desenvolver conhecimentos, capacidades e qualidades para o
exercício consciente da cidadania; Formar cidadãos éticos e solidários.”
A motivação é a chave para o sucesso da educação de jovens e adultos,
desmotivados eles não conseguirão enfrentar as barreiras cotidianas, tudo se tornará
mais difícil, cabe a nossos educadores fazermos nossa parte e a escola em geral
incentivá-los para que não desistam. Podemos enxergar os anseios de pessoas que não
tiveram oportunidades de estudar em tempo escolar e muitos que tiveram, porém não
demonstraram interesse em estudar na infância e hoje se arrependem de não ter
aproveitado as oportunidades que a vida lhes ofereceu.
Bacana ao percebemos que nossos alunos EJA querem continuar estudando e por
meio do convívio que existem pessoas que mesmo após um longo dia de trabalho
sentem prazer em frequentar as aulas e expor sua opinião. Também ao longo de nossa
caminhada trabalhando com os EJAs, tivemos a certeza que os professores não se
prendem a um único método, o que favorece o aprendizado, estão sempre buscando
várias maneiras de qualificar-se para poder servir.
Podemos concluir que a EJA evoluiu significativamente nos últimos anos,
considerando-se que o número de alunos atendidos vem aumentando. Entretanto, ainda
são necessárias Políticas Públicas especificas que atendam essa modalidade de ensino,
propiciando uma educação de qualidade para jovens, adultos e idosos que não tiveram
acesso de frequentar a escola no período regular.
Também, faz-se necessário uma política nos âmbitos Federal, Estadual e
Municipal, que viabilize recursos para que seja realizado um trabalho de melhor
qualidade. O estudo, a pesquisa e a produção de material didático-pedagógico são
importantes para a realização de trabalho com os EJAs, apesar de que estamos bem
evoluídos, pois já este vindo livros didáticos específicos a essa modalidade.
Superar todo esse contexto no qual se construiu a Educação de Jovens e Adultos
que se apresenta hoje não é fácil. É preciso, antes de tudo, entender a escolarização
desses alunos como de fundamental importância, pois eles são os pais, as mães, os
trabalhadores, aqueles que constroem, com seu trabalho, os meios necessários à
sobrevivência e que na história deixam a sua contribuição. Repensar desta forma é
importante para o processo de nosso desenvolvimento histórico, sendo necessário
promover debates acadêmicos, elaboração de pesquisas e propostas que visem superar a
situação de extrema desigualdade social e educacional vigentes no Brasil.
REFERÊNCIAS
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______. LDBEN. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei
9394/96. Brasília: MEC, 1996.
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 BRASIL. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em:
<http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 12 outubro 2006.
 _______. Plano Nacional de Educação. Disponível em:
<http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 12 outubro 2006.
 _______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 5692 de 11.08.71, capítulo
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acessado 28/07/2015.
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dpuf acessado 28/07/2015.
 http://pedagogiaaopedaletra.com/eja-educacao-de-jovens-e-adultos-um-breve-
historico/ acessado 28/07/2015.

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Analisando a educação de jovens e adultos na escola de hoje 2015

  • 1. Analisando a Educação de Jovens e Adultos na Escola de Hoje Dilza Netto Evanice Gonçalves Coelho Giovana Barbosa de Oliveira Margarete Teresinha Madalosso Tádia Regina Pelissari Paulo Roberto Coelho Schaiane Pasquali Machado Solange Zarth Resumo Este artigo discute a situação atual da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Iniciando a discussão por uma revisão histórica das políticas de educação de adultos nas grandes reformas educacionais deste século, analisando como é a garantia de formação dos EJA, quais dificuldades encontradas por eles, o compromisso que das diretrizes e o sistema proporcionam a eles. Além disso, estaremos abordando, portanto a sua estrutura organizacional pedagógica, seu suporte legal. Enfim buscaremos entender como são trabalhados os conteúdos, avaliação dos mesmos e como é a formação do Educador que faz presente na vida destes jovens. Finalizando com uma análise das possibilidades de realizar uma educação de forma renovada para que não caia na repetição dos erros do passado nem deixando os alunos a perecerem. Palavras chave: Educação de Jovens e adultos e a formação do educador. Introdução Segundo a escola educação (2015) e a resolução CNE/CEB nº 3/2010, “A Educação de Jovens e Adultos (EJA) se caracteriza como educação pública para pes- soas com experiências diferenciadas de vida e de trabalho. É uma modalidade da Edu- cação Básica que garante a jovens e adultos (a partir de 15 anos) o direito à formação na especificidade de seu tempo humano e assegura-lhes a permanência e a continuidade dos estudos ao longo da vida”.
  • 2. Segundo consta no DCNEB (2013), considerada a prioridade de atendimento á escolarização obrigatória, para que haja oferta capaz de contemplar o pleno atendimento dos adolescentes, jovens e adultos na faixa dos 15 anos ou mais, com defasagem idade/série, tanto no ensino regular, quanto em EJAs, assim como nos cursos destinados á formação profissional torna-se necessário. Mas para darmos continuidade devemos falar sobre a politica educacional no Brasil, para podemos entender como tudo começou a ter tantas pessoas excluídas do processo educacional. Assim essa denominação educação de jovens e adultos torna moderna, com uma preocupação com os adultos que não poderiam ser escolarizados, sendo assim percebemos que vem apresentando desde a colonização portuguesa, quando tínhamos aqui os povos indígenas, sendo os primeiros povos a povoar a região. Assim em 1827 no período imperial houve uma lei geral de educação do País que tinha como objetivo segundo Neves (2003), “construir um sistema nacional de Educação escolar composto por escolas elementares, secundárias e superiores”. Segundo Neves (2003), em 1840 surge o ensino das primeiras letras ao adulto nos cursos de ensino profissional oferecido pelo Arsenal de Guerra do Recife. Em 1869, com a finalidade de apressar o processo de escolarização, atendendo a um maior número possível de analfabetos, foram criadas escolas noturnas e, aos domingos e no período do verão, criaram-se escolas temporárias e ambulantes. No período republicano, a educação, de um modo geral, também não obteve melhorias, continuando estagnado e, gradativamente aumentando o número de pessoas não escolarizadas. Portanto, diversos educadores profissionais como Sampaio Dória (1923), Lourenço Filho (1949), Carneiro Leão (1926) e Anísio Teixeira (1924), procuraram estruturar um sistema educacional, com iniciativas de ampliar as condições de educação, solicitando o aumento de escolas e melhorias na qualidade do ensino brasileiro. Ainda assim, observa-se a fragilidade com que tocavam nos reais problemas existentes no Brasil, não evidenciando as questões sociais, pelas grandes diferenças entre as classes sociais. Nos anos 1945 e 1947 – desencadeiam-se as campanhas de educação de jovens e adultos, com o intuito de aumentar as bases eleitorais para a sustentação do governo central e incrementar a produção nacional. Já em janeiro de 1947 foi aprovado o Plano
  • 3. de Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, atendendo aos apelos da UNESCO. Campanha feita por Lourenço Filho, seu idealizador e primeiro coordenador, que atuou como um amplo movimento de mobilização nacional em favor da educação de jovens e adultos analfabetos. Assim, por meio destas transformações será possível reavaliar como as estruturas do paradigma sócio-político atual estarão sendo gradativamente reconsideradas. Torna-se indispensável também, reavaliar a própria educação para que haja a ruptura deste paradigma de reprodução, exclusão e degradação. Somente através das mudanças sociais no Brasil, a preocupação com o desenvolvimento da educação tona-se cada vez mais evidente, possibilitando o acesso e permanência dos sujeitos na escola, além de propiciar aqueles que se encontram a margem deste processo, condições de ingressarem no âmbito escolar, através de uma educação permanente e adequada para jovens, adultos e idosos. Segundo Lourenço Filho aponta que é necessário, ”A recuperação de grandes massas da população que vivia praticamente à margem da vida nacional (...), era necessário educar o adulto, antes de tudo, para que esse marginalismo desaparecesse e o país pudesse ser homogêneo, mais coeso e mais solidário e para que cada homem ou mulher melhor pudesse ajustar-se à vida social e às preocupações do bem-estar e do progresso social” Lourenço Filho (1949, p. 49). Fica evidente para nós que é de suma importância o aprendizado dos jovens e adultos para que o País possa colher bons frutos e prosperar. A educação de jovens e adultos é um campo de práticas e reflexão que inevitavelmente transborda os limites da escolarização em sentido estrito. Fundamentalmente, porque abarca processos formativos diversos, onde podem ser incluídas iniciativas visando à qualificação profissional, o desenvolvimento comunitário, a formação política e um sem número de questões culturais pautadas em outros espaços que não o escolar. Além disso, mesmo quando se enfocam os processos de escolarização de jovens e adultos, o cânone da escola regular, com seus tempos e espaços rigidamente delimitados, imediatamente se apresenta como problemático. Trata-se, de fato, de um campo pedagógico que bem poderia ser aproveitado como solo fértil para a inovação prática e teórica. Quando se adotam visões mais proibitivas sobre o fenômeno educativo, entretanto, o lugar da educação de jovens e adultos pode ser entendido como
  • 4. marginal ou secundário, sem maior interesse do ponto de vista da formulação política e da reflexão pedagógica. Segundo nos remete as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (2013), “a Educação de jovens e adultos estão voltada para a garantia de formação integral, abrange alfabetização ás diferentes etapas da escolarização ao longo da vida inclusive aqueles em situação de privado de liberdade, sendo pautada pela inclusão e pela qualidade social”. Podemos analisar se estiverem garantidas para os EJAs, aulas que seja integral com qualidade. Sabemos que o perfil e o papel docente são de fundamental na importância no processo do reinício do aluno no EJA. Por isso cabe ao professor da EJA ser um professor especial, capaz de identificar o potencial de cada aluno, compreender seus anseios, além de saber lidar com seus sentimentos. O perfil do professor da EJA é muito importante para o sucesso da aprendizagem do aluno adulto que vê seu professor como um modelo a seguir deve ter consciência de sua força no desenvolvimento do aluno. Por isso que devemos saber se este professor está preparado para lidar com as dificuldades desta comunidade estudantil, pois sendo assim tem alunos que podem desistir devido à falta de compreensão do seu educador. É preciso que a sociedade compreenda que alunos de EJA vivenciam problemas como preconceito, vergonha, discriminação, críticas dentre tantos outros. E que tais questões são vivenciadas tanto no cotidiano familiar como na vida em comunidade. Pois sabemos que muitos não tiveram ou tiveram as oportunidades e não soube aproveitar. Fica evidente que a EJA é uma educação possível e capaz de mudar significativamente a vida de uma pessoa, permitindo-lhe reescrever sua história de vida novamente. Para nós educadores, educar é muito mais que reunir pessoas numa sala de aula e conduzir um conteúdo pronto. É papel do professor, especialmente do professor que atua na EJA, compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Enfim, é acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional. A qualidade do ensino está inteiramente ligada à preparação do professor, que terá de se capacitar continuamente para estar atuando junto às turmas de educação de jovens e adultos, tal capacitação deve ser reconhecida e valorizada, uma vez que esta modalidade de ensino deve acolhe estes jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de
  • 5. estudarem no período correto e a busca do reconhecimento da EJA para si vem eliminar acima de tudo o analfabetismo e não o analfabeto. Segundo expressa Oliveira e também Scortegagna (2012), desta maneira, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) deve configurar-se como uma nova possibilidade para muitas pessoas, que por diversos motivos estiveram afastadas da escola ou não tiveram a oportunidade de frequentá-la. Assim a EJA não deve se estruturar como uma adaptação do sistema educacional vigente no Ensino Fundamental e Médio, uma vez que, volta-se a uma camada socialmente desfavorecida, nos âmbito econômico, político e social. Estes sujeitos, por muitas vezes, encontram-se a margem do processo educacional, pois em sua realidade foram submetidos ao mercado de trabalho ou não encontraram condições para se mantiver na escola. Em outros contextos, também se destacamos a ausência de espaços escolares adequados, para suprir a demanda e de profissionais preparados para lidar com essa nova realidade. Pode-se também citar a própria falta de interesse de alguns alunos que resultou na evasão escolar ou a falta de oportunidades de alguns que tiveram que trabalhar para trazer o sustento familiar. A partir deste momento que se objetiva a melhoria nas condições pessoais, sociais, financeiras e relacionadas à ascensão no trabalho, ocorre novamente à busca pela escolarização. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), em seu artigo 37º § 1º diz: “É a legislação que regulamenta o sistema educacional (público ou privado) do Brasil (da educação básica ao ensino superior). Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a educação conta com uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta todos os seus níveis. A primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61).” “A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a educação básica e o ensino superior. Educação básica: Educação Infantil, Fundamental e Ensino Médio.” A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação, que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas: Educação Especial, Educação á distancia, Educação profissional e Tecnológica, Educação Indígena e
  • 6. principalmente a Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram acesso a educação na idade apropriada. Além dessas determinações, a LDB 9394/96 aborda temas como os recursos financeiros e a formação dos profissionais da educação. A Alfabetização de Jovens e Adultos não é uma ação recente, teve início desde a colonização apesar de ter sido reconhecida oficialmente somente após o ano de 1945, muitos motivos interferem o processo de alfabetização na infância de alguns jovens e adultos, outros nem sequer iniciam esse processo nesta fase e ao longo dos anos sentem a necessidade de alfabetizar-se. Segundo Moll (2004, p. 11): “Nesse sentido, quando falamos “em adultos em processo de alfabetização” no contexto social brasileiro, nos referimos a homens e mulheres marcados por experiências de infância na qual não puderam permanecer na escola pela necessidade de trabalhar, por concepções que as afastavam da escola como de que “mulher não precisa aprender” ou “saber os rudimentos da escrita já é suficiente”, ou ainda, pela seletividade construída internamente na rede escolar que produz ainda hoje itinerários descontínuos de aprendizagens formais. Referimo-nos a homens e mulheres que viveram e vivem situações limite nas quais os tempos de infância foi, via de regra, tempo de trabalho e de sustento das famílias.” Moll (2004). Percebe-se que a EJA surge como uma esperança e possibilidade para que muitos alunos que hoje estão nela inseridos que alcancem novos objetivos e tenham outras perspectivas de futuro, com melhores condições de trabalho, as quais refletem diretamente na qualidade de vida, participação social e busca por direitos. Segundo expressa o MEC (2001), a população de jovens e adultos que se encontra sem acesso à educação ou com baixa escolaridade constitui-se em um segmento expressivo nos municípios brasileiros. Apesar dos esforços feitos pelos os programas específicos dirigidos à redução do analfabetismo e à elevação da escolaridade do brasileiro não têm alcançado os efeitos desejados. Alguns fatores são responsáveis por essa situação, como: a descontinuidade das políticas, com sua consequente falta de prioridade para essa modalidade de ensino; a falta de preparação dos professores e a decorrente improvisação das práticas pedagógicas; a escassez de recursos financeiros; a ausência de sistemas de acompanhamento, registro e análise dos programas executados. O reconhecimento das relações existentes entre a Educação de Jovens e Adultos e o desenvolvimento social que pode ser identificados em inúmeras declarações firmadas em eventos importantes tanto realizados no Brasil, quanto em diálogos
  • 7. internacionais. Assim, é fundamental para o desenvolvimento social, humano e econômico dos municípios do Brasil uma atenção especial na construção das condições efetivas para a realização de programas voltados para esse segmento. Nesse artigo o MEC deixa claro que não se pode deixar de considerar a importante produção brasileira existente na área, a qual tem sua origem nos trabalhos de Paulo Freire, nem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Com base nesse referencial, o currículo deve ser orientado para o desenvolvimento da capacidade pelo aluno de: posicionar-se; propor ideias; elaborar projetos pessoais; participar de forma cooperativa de projetos coletivos; organizar-se em função de metas eleitas; e participar da gestão de ações coletivas, com vistas à construção da autonomia intelectual e social, como consequência do processo de construção de conhecimentos e do desenvolvimento de valores. Também aqui o processo de elaboração dos educadores, nas reuniões pedagógicas, em diálogo com a Secretaria é fundamental para uma elaboração de planejamento que venha de encontro com as necessidades dos jovens e adultos. Considerando a amplitude e a complexidade do trabalho com jovens e adultos, é preciso buscar parcerias entre os três níveis de governo, instituições públicas e privadas, movimentos sociais e sociedade de uma maneira geral. Porém, é preciso que não se perca de vista a responsabilidade política dos governos federal, estadual e municipal para o cumprimento desse seu dever constitucional. Ainda queremos expressar que os conteúdos tem que partir do conhecimento do aluno, assim ir vinculando com o currículo das ciências humanas, ciências biológicas, matemática e também com as de linguagens e suas tecnologias tudo interagindo e levando os educandos a compreensão dos temas que estão sendo abordados durante o período letivo. Sendo assim também a avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.
  • 8. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta. A avaliação educacional, na Educação de Jovens e Adultos, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios: “Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos; Contínua: permite a observação permanente do processo ensino- aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica; Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando; Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola”. Artigo 24, da LDBEN 9394/96. Portanto cabe a cada educador investigar seu alunado para poder fazer uma avaliação que atualmente a EJA tem objetivos maiores além da alfabetização por parte dos alunos, da necessidade de estar capacitado para o mercado de trabalho, ser atuante na sociedade e também o interesse político de reduzir o máximo a estatística de analfabetismo no país, este fator favorecer com a pretensão de um dia o Brasil se tornar uma grande potência mundial. As primeiras formas de alcançar melhores condições de trabalho e ampliar conhecimento é que faz com que muitos jovens e adultos que não se alfabetizaram na infância ingressem em uma turma de EJA oferecida pelas escolas ou por grupos comunitários que desenvolvem projetos de alfabetização, ser alfabetizados nestas fases da vida depende de muita motivação e força de vontade, não basta apenas querer, a alfabetização de jovens e adultos ocorre de maneira intencional e consciente, segundo Pinto (2007, p.92): Os conceitos de “necessitar saber” vêm da origem do interior do ser, considerado em sua plena realidade, enquanto o de “saber” e “não saber” (como fatos empíricos) coloca-se na superfície do ser humano, é um acidente social, além de ser impossível definir com rigor absoluto os limites entre o “saber e o não saber” (daí que não há uma fronteira exata entre o alfabetizado e o analfabeto). Porque o “necessitar” é uma coisa que ou é satisfeita (se é exigência interior) ou, se não é, não permite ao indivíduo subsistir como tal entre (por exemplo: as necessidades biológicas). O “necessitar” ao qual se
  • 9. referem à leitura e a escrita é de caráter social (uma vez que tem por fundamento o trabalho). Pinto (2007). Queremos ressaltar que o direito a educação de Jovens e Adultos é assegurado por lei e as instituições de ensino devem realizá-la de maneira que atenda a clientela sem ignorar suas limitações. Alfabetizar jovens e adultos é muito mais que transferir- lhes noções de leitura e escrita, o jovem ou adulto ao ingressar em uma escola ele tem um objetivo delimitado e compreende a escola como um meio para alcançar tal objetivo, o professor alfabetizador se torna então um mediador entre o aluno e o conhecimento, por isso ele precisa estar bem informado, motivado e querendo realizar um trabalho de construção. Há algumas décadas eram comuns grupos de pessoas adultas se reunirem para aprender escrever o nome e conhecer as letras do alfabeto, tais pessoas ficavam extremamente maravilhadas, pois dentro do contexto delas tal aprendizado era suficientemente satisfatório. Atualmente grupos ainda se reúnem, mas as expectativas são outras, só o aprendizado do próprio nome não é suficiente, o mercado de trabalho exige mais, até mesmo o simples fato de precisar identificar o itinerário do ônibus requer leitura. Segundo Libâneo (2003, p.53): “A escola de hoje precisa não apenas conviver com outras modalidades de educação não formal, informal e profissional, mas também articular-se e integrar-se a elas, a fim de formar cidadãos mais preparados e qualificados para um novo tempo. Para isso o ensino escolar deve contribuir para: Formar indivíduos capazes de pensar e de aprender permanentemente; Prover formação global para atender à necessidade de maior e melhor qualificação profissional; Desenvolver conhecimentos, capacidades e qualidades para o exercício consciente da cidadania; Formar cidadãos éticos e solidários.” A motivação é a chave para o sucesso da educação de jovens e adultos, desmotivados eles não conseguirão enfrentar as barreiras cotidianas, tudo se tornará mais difícil, cabe a nossos educadores fazermos nossa parte e a escola em geral incentivá-los para que não desistam. Podemos enxergar os anseios de pessoas que não tiveram oportunidades de estudar em tempo escolar e muitos que tiveram, porém não demonstraram interesse em estudar na infância e hoje se arrependem de não ter aproveitado as oportunidades que a vida lhes ofereceu. Bacana ao percebemos que nossos alunos EJA querem continuar estudando e por meio do convívio que existem pessoas que mesmo após um longo dia de trabalho sentem prazer em frequentar as aulas e expor sua opinião. Também ao longo de nossa
  • 10. caminhada trabalhando com os EJAs, tivemos a certeza que os professores não se prendem a um único método, o que favorece o aprendizado, estão sempre buscando várias maneiras de qualificar-se para poder servir. Podemos concluir que a EJA evoluiu significativamente nos últimos anos, considerando-se que o número de alunos atendidos vem aumentando. Entretanto, ainda são necessárias Políticas Públicas especificas que atendam essa modalidade de ensino, propiciando uma educação de qualidade para jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso de frequentar a escola no período regular. Também, faz-se necessário uma política nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal, que viabilize recursos para que seja realizado um trabalho de melhor qualidade. O estudo, a pesquisa e a produção de material didático-pedagógico são importantes para a realização de trabalho com os EJAs, apesar de que estamos bem evoluídos, pois já este vindo livros didáticos específicos a essa modalidade. Superar todo esse contexto no qual se construiu a Educação de Jovens e Adultos que se apresenta hoje não é fácil. É preciso, antes de tudo, entender a escolarização desses alunos como de fundamental importância, pois eles são os pais, as mães, os trabalhadores, aqueles que constroem, com seu trabalho, os meios necessários à sobrevivência e que na história deixam a sua contribuição. Repensar desta forma é importante para o processo de nosso desenvolvimento histórico, sendo necessário promover debates acadêmicos, elaboração de pesquisas e propostas que visem superar a situação de extrema desigualdade social e educacional vigentes no Brasil. REFERÊNCIAS  BRASIL. Constituição. Constituição Federal do Brasil. Brasília, 1998. ______. LDBEN. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/96. Brasília: MEC, 1996. ______. Plano Nacional de Educação. Lei 10172/01. Brasília: MEC, 2001.  BRASIL. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 12 outubro 2006.  _______. Plano Nacional de Educação. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 12 outubro 2006.  _______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 5692 de 11.08.71, capítulo IV. Ensino Supletivo. Legislação do Ensino Supletivo, MEC, DFU, Departamento de Documentação e Divulgação, Brasília, 1974.  _______. PARECER nº 699/71. Regulamenta o capítulo IV da Lei 5.692/71. 06 de julho de 1972. Constituição Federal de Educação. Rio de Janeiro.
  • 11.  _______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos; Apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC /SEF, 1998, [Versão disponibilizada na internet pelo Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (Sinepe/SC): www.sinepe- sc.org.br/5a8tt.html].  DI PIERRO, M.C., JÓIA, O., RIBEIRO, V. M. Visões da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Caderno Cedes, Campinas, ano XXI, nº. 55, novembro/2001, p. 58-77.  FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. ______. Educação e mudança. São Paulo: Paz e Terra, 30ª ed., 2002. _____. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. ______. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 45ª ed., 2005.  GADOTTI, M. Educação e ordem classista. Rio de Janeiro: Cortez, 1979.  GADOTTI, M. ROMÃO, J. E. (orgs). Educação de jovens e adultos: teoria, prática e proposta. 7.ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2005.  LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5.ed. Goiânia: Alternativa, 2004.  LUZURIAGA, L. História da Educação e da Pedagogia. São Paulo: Nacional, 1973.  MOLL, Jaqueline. Educação de Jovens e Adultos / Jaqueline Moll, (org.) Sita Maria Lopes Sant’Anna …[et. al.]- Porto Alegre: mediação, 2004. 144 p. – (Série Projetos e Práticas Pedagógicas)  NOVA ESCOLA. O mentor da educação para consciência. Edição especial. São Paulo. p.72, ed. abril, 2008.  PINTO, Álvaro Vieira sete lições sobre educação de adultos/ introdução e entrevista de Dermeval Saviani e Betty Antunes de Oliveira: versão final revista pelo autor. – 15ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.  OLIVEIRA, I. B. PAIVA, J. Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.  PAIVA, V. Educação Popular e Educação de Adultos. São Paulo: Loyola, 1987.  PICONEZ, S. C. B. Educação escolar de jovens e adultos. 2.ed. Campinas: Papirus, 2003.  PINTO, A. V. Sete lições para a educação de adultos. São Paulo: Cortez, 1994.  SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.  SCHÖN, D. Formar professores como profissionais reflexivos. IN: A. NÓVOA. Os professores e a sua formação. Lisboa: D. Quixote, 1992.  HTTP://PORTAL.MEC.GOV.BR/SEB/ARQUIVOS/PDF/PRADIME/CADE R_TEX_3.PDF - ACESSADO 28/07/2015.  http://br.monografias.com/trabalhos3/educacao-jovens/educacao-jovens2.shtml acessado 28/07/2015.
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