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FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Adriana Lima Leão de Moura1
Cleide Aparecida de Freitas Meira2
Erika Karla Barros da Costa3
Eixo temático: Formação de Professores: Repensando o currículo e prática pedagógica
Categoria: Comunicação Oral
RESUMO
O presente estudo apresenta uma reflexão sobre a formação de educadores da Educação de
Jovens e Adultos, as contribuições partem de professores da EJA, Coordenadores e Diretores
escolares de duas escolas de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, sendo uma da rede
municipal e a outra da rede estadual. Em um primeiro momento foi realizado um estudo
literário sobre o tema. Em um segundo momento, foram criadas diferentes questões
apropriadas para cada grupo profissional e aplicado aos mesmos. Depois de coletado o
questionário pode-se observar o padrão de ensino de cada rede, podendo então analisar e
comparar os dados da pesquisa em conformidade com cada individualidade, contribuindo para
o desenvolvimento de nosso estudo com uma rica concepção de saberes para a formação e
atuação docente na EJA.
Palavras-Chave: EJA, Formação de professores e aprendizagem.
1 Graduanda de Pedagogia do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande /UNAES, email:
dricalemoura@hotmail.com
2 Graduanda de Pedagogia do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande/UNAES, email:
cleideapmeira@gmail.com
3 Professora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande/UNAES e FUNLEC,
email: erika.barroscosta@anhanguera.com
INTRODUÇÃO
A formação de professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA) vem se tornando
uma prioridade nas políticas públicas, visto que Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) coletados em 2012 mostram que a taxa de analfabetismo da população com
15 anos ou mais teve leve alta entre 2011 e 2012, passando de 8,6% para 8,7% (VARGAS e
FANTINATO, 2011. PNAD, 2012).
Os professores que geralmente são preparados para atuar em ensino regular iniciam
sua jornada na EJA pelos mais diversos motivos: como conveniência do horário noturno,
localidade das escolas – por vezes mais perto de suas residências, e até mesmo acréscimo de
percentual ao salário (VARGAS e FANTINATO, 2011).
Ressaltamos que da mesma forma que a grande maioria não tem se identificado com o
trabalho da EJA, há uma minoria da qual o faz com muitas honras, dedicando-se em fazer a
diferença, preocupado e empenhado em retribuir o sacrifício que cada aluno faz, preocupado
em mudar as estatísticas de nosso país, empenhado acima de tudo em proporcionar dignidade
aos cidadãos.
Para tanto, entendemos que é de suma importância que haja Formação continuada para
obter qualidade de ensino, reconhecendo a necessidade de se fazer o ensino em prioridade
para que tenhamos um País alfabetizado.
O objetivo geral do presente estudo é analisar a formação dos professores que atuam
na EJA, visto que como já exposto acima, a formação do professor é um fator importante para
um possível sucesso das políticas de acesso e permanência para essa modalidade de ensino;
levantando os principais problemas e dificuldades vivenciadas pelos docentes na Educação de
Jovens e Adultos; identificando o impacto da formação inicial do docente no cotidiano da
prática; reconhecendo as particularidades do ensino da EJA; além de verificar o atual método
de ensino e investigar a Formação continuada da EJA em Mato Grosso do Sul.
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A necessidade de ter uma formação escolar torna-se imprescindível para a participação
direta e indireta do homem na vida em sociedade, que envolve vários fatores como: política,
economia, cumprimento de direitos e deveres, intimamente associados à cidadania.
A sociedade exige que sejamos letrados, pois no cotidiano todas as pessoas se deparam
com a necessidade de ler e escrever, estamos cercados pela palavra escrita. A escrita é uma
das principais ferramentas utilizadas para a comunicação entre as pessoas. Assim faz-se
necessário o estudo para que as pessoas possam ter autonomia, independência e tornar-se um
cidadão crítico.
A realidade da leitura e da escrita é para todos, sem exceção e, ainda assim, mesmo
sabendo o quanto é essencial para todos, continua sendo enorme o número de brasileiros de
15 anos ou mais que não a domina.
Para que essa realidade seja transformada, exige esforço de todos, principalmente do
governo, na implantação de políticas públicas sociais e algumas ações que promovam uma
educação de qualidade, que venha atingir todos os brasileiros, inclusive a classe mais pobre,
que são os mais desfavorecidos quando se trata de educação, e então é essencial que essas
ações possam combater a pobreza, devido essa ser uma das principais causas do
analfabetismo.
De acordo com a Lei Federal Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 (LDB) a EJA passa
a ser uma modalidade da educação básica, que tem como fundamento no art. 37: “oferecer
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do aluno do, seus
interesses, condições de vida e de trabalho”.
Freire (1983 apud SCARAMUSSA e ÁLVARO, 2006) salienta que a EJA não se
baseia em um processo simples apenas com técnicas mecânicas de ler e escrever, visto que os
perfis dos alunos da EJA, segundo Souza (2011), são de pessoas que buscam alternativas de
melhorar a condição de emprego, ou aqueles que anseiam conquistar o primeiro emprego,
outros possuem como objetivo acelerar a obtenção do diploma escolar. Dessa forma,
atualmente os sujeitos da EJA são os trabalhadores experientes e os jovens com outro tipo de
experiência no mundo.
HISTÓRIA DA EJA NO BRASIL
A educação de Jovens e Adultos decorre de várias etapas da educação Brasileira.
Observada desde o Brasil colônia, quando se falava em educação para a população não
infantil, que precisava ser catequizada para as causas da religiosidade (SOUZA, 2011.
COLAVITTO e ARRUDA, 2014).
Souza (2011) destaca que no Brasil, a EJA em outra perspectiva era chamada de
educação básica de adultos e começou a se estabelecer a partir da década de 1930, onde o
crescimento da industrialização passou a exigir mais da população. Todo esse crescimento e
mudanças fizeram com que uma grande parte da população se interessasse mais pela
educação.
A década de 1940 foi um período em que ocorreram muitas mudanças na educação de
jovens e adultos, período este que houve grandes iniciativas políticas e pedagógicas
(COLAVITTO e ARRUDA, 2014).
Segundo Souza (2011), a primeira Campanha de Educação de Adultos (CEA) foi
lançada em 1947 com o objetivo de alfabetização. A CEA ficou caracterizada pelo seu
aspecto extensivo. Previa a alfabetização em três meses, para depois seguir uma etapa de ação
voltada para a capacitação profissional e para o desenvolvimento comunitário. Tendo em vista
que os analfabetos não possuíam direitos políticos, econômicos e jurídicos, sem direito ao
voto, sujeitos à exploração no trabalho e sem conhecimento e sem cultura.
Também observa-se outras campanhas desenvolvidas neste período, como a
Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) em 1950; e a criação em 1957 do Sistema de
Rádio Educativo Nacional (Sirena) como parte da CEA. A segunda campanha, o Congresso
Nacional de Educação de Adultos, acontecia em 1958, com o objetivo de buscar novas
diretrizes e perspectivas teóricas para a educação de adultos. No final da década de 1950 foi
lançada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA) (SOUZA, 2011).
Colavitto e Arruda (2014) ressaltam que ainda neste período, a CEA foi duramente
criticada em todos os seus aspectos, contribuindo para uma nova perspectiva de proposta
pedagógica para a EJA, sendo Paulo Freire o principal educador. Em 1964 acontecia o golpe
militar com consequente ruptura deste trabalho visto como ameaça de “revolução”.
O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi lançado em 1967, cujas
características eram: a independência financeira e institucional, centralização das orientações
do processo educativo e gerencia pedagógica (SOUZA, 2011).
Na década de 1970 surgiu o Ensino Supletivo complementando a atuação do
MOBRAL que teve seu fim em 1985 dando lugar à Fundação Educar. A fundação era
vinculada ao Ministério de Educação (MEC) recebendo apoio municipal, associações e da
sociedade civil. Com o governo Collor, em 1990, a Fundação Educar foi extinta, havendo o
lançamento do Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania (PNAC) (SOUZA, 2011.
COLAVITTO e ARRUDA, 2014).
É então na década de 90 que se estabelece uma nova política de Educação de Jovens
e Adultos, obtendo novos métodos para trabalhar, oportunizando aos jovens e adultos a
inserção na educação, no mercado de trabalho e na sociedade (COLAVITTO e ARRUDA,
2014).
Em 1996 é então estabelecido a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB) nº 9394 que dispõe sobre a organização e o funcionamento do sistema escolar
brasileiro, as responsabilidades dos entes federados, das escolas, dos pais e dos educadores, os
níveis de modalidades do ensino, os requisitos para a formação e a valorização do magistério;
o financiamento da educação. Os artigos 37 e 38 desta Lei tratam especificamente da EJA
(BRASILIA, 2013).
Esta Lei deixa claro o direito do cidadão brasileiro em adquirir educação, não
somente à modalidade EJA, mas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA A EJA
De acordo com os dados do Censo da Educação Superior (2013), atualmente o Brasil
tem 2.391 mil instituições de ensino superior, oferecendo 32.049 mil cursos de graduação. O
curso de Pedagogia é ofertado por 995 instituições, sendo 154 instituições publicas e 841
privadas. Somando os cursos presenciais e a distância, estes totalizam 1.752 mil cursos de
pedagogia. Outro ponto relevante a ser considerado é que de 614.835 mil alunos matriculados,
somente 96.011 mil concluem a graduação.
O Conselho Nacional de Educação aprovou a formação do pedagogo, na sua atual
formulação legal (parecer CNS/CP n. 5, de 13 de dezembro de 2005, e a resolução n. 1, de 15
de maio de 2006), para atuar do primeiro ao quinto ano das séries iniciais do ensino
fundamental, no primeiro e segundo do segmento da educação de jovens e adultos, na
formação docente dos cursos de licenciatura, na educação infantil e na formação de gestores
(CUNHA, SOUZA e SILVA, 2014).
A Resolução do Conselho Nacional de Educação juntamente com a Câmara de
Educação Básica (CNE/CEB) número 1 de 05 de Julho de 2000 estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, onde institui obrigatoriamente a
oferta e estrutura dos componentes curriculares de ensino fundamental e médio nesta
modalidade de ensino, considerar a identidade própria da EJA, os perfis dos estudantes, as
faixas etárias, pautando-se nos princípios de equidade, diferença e proporcionalidade na
apropriação e contextualização das diretrizes curriculares nacionais e na proposição de um
modelo pedagógico próprio.
Bernardino (2008) diz ser a formação do professor um fator importante para um
possível sucesso das políticas de acesso e permanência para essa modalidade de ensino.
Fica instituída pela LDB Art. 62, inciso 1º A União, o Distrito Federal, os estados e
municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a
capacitação dos profissionais do magistério. Sendo que a educação inicial acontece nas
faculdades e centros universitários, no estado de Mato Grosso do Sul a formação continuada
ocorre com os cursos de capacitação fornecidos pela Secretária de Municipal Educação
(SEMED), na capital, Campo Grande e pela Secretária de Estado de Educação de Mato
Grosso de Sul (SED MS), e a especialização se dá através de cursos de Pós Graduação.
De acordo com Paulo Freire (2015), “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem
ensino”. Esclarecendo que o profissional que deseja atuar na área da educação deve dedicar-se
em aprender sempre mais, desmistificando o conceito de que a educação é um mero serviço,
visto que esta modalidade de educação deve ser um privilégio vista e pensada de forma
diferente das outras modalidades educacionais frente a grande diversidade e todos os aspectos
que formam a EJA (BERNARDINO, 2008. FARIAS, ROSSI e FURIANETTI, 2012.).
METODOLOGIA APLICADA
A fim de analisar a formação dos professores que atuam na educação de jovens e
adultos em Campo Grande/MS, levantar os principais problemas e dificuldades vivenciadas
pelos docentes, identificando o impacto da formação inicial do docente no cotidiano; foi
realizada uma carta de apresentação a duas escolas, sendo uma municipal e outra estadual,
elucidando a proposta deste trabalho, constando os objetivos deste e outras informações
importantes para a realização da pesquisa.
Após aprovação, foram realizados três questionários, sendo o primeiro questionário
direcionado ao diretor escolar, o segundo direcionado ao coordenador da EJA e por último o
questionário direcionado aos professores.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Diretor Escolar Coordenador Professor
A pesquisa foi realizada com os profissionais atuantes na EJA da Escola Municipal
Ione Catarina Gianotti Igydio e da Escola Estadual Aracy Eudociak, sendo um total de 12
participantes conforme ilustrado na figura 1.
Para as questões em comum a todos os grupos como o tempo de ocupação no cargo
referido obteve-se como resultado o tempo mínimo de 3 meses e máximo de 26 anos. Já a
formação inicial dos diretores escolares foram educação física e geografia; ambos
coordenadores formados inicialmente em matemática; três professores formados em letras, e
os outros em ciências sociais, matemática, história, educação física e pedagogia.
Após a aplicação do questionário, foi realizada uma análise criteriosa e respeitosa
acerca das respostas em relação às perguntas abertas.
Quando questionados sobre a importância em ofertar e manter a modalidade de ensino
para jovens e adultos, ambos os diretores das unidades escolares refletiram ser uma
oportunidade às pessoas que interromperam os estudos.
Os achados divergem de Meirelles (2014) quando ressalta que gestores públicos
reclamam dos altos índices de evasão e afirmam ser muito custoso manter as turmas, que
atualmente são pequenas.
De acordo com o Censo Escolar em 2015 eram 3,4 milhões de alunos frequentando a
educação de jovens e adultos. Em 2007 esse número era de 4,9 milhões, houve uma redução
de mais de 1,5 milhão de alunos, somados há um número cerca de 3 milhões de pessoas entre
4 a 17 anos que não frequentavam a escola no ano de 2014 (MEC, 2016).
Figura 1: Representação gráfica da composição da população da amostra.
Em relação à alta taxa de evasão evidenciada, os coordenadores foram questionados
sobre a existência de incentivos aos alunos a continuarem seus estudos, sendo que ambos
Há preocupação do Ministério da Educação em relação aos dados alarmantes tomando
iniciativa em buscar os jovens de 15 a 17 anos de idade que abandonaram os estudos. A busca
ativa será iniciada em abril e contará com mobilização interministerial. A intenção é resgatar
1,6 milhão de alunos que deixaram de frequentar a escola durante o andamento do ano letivo.
A novidade foi anunciada pelo ministro Aloizio Mercadante, durante a apresentação do Censo
Escolar 2015.
Vale ressaltar que houve concordância entre todos os entrevistados que a EJA traz
inúmeros benefícios aos seus alunos.
Apesar de os profissionais citarem os benefícios da EJA, é preciso saber ainda que
atualmente os problemas no Brasil não se tratam apenas de garantir o acesso à educação,
mas sim de o acesso à uma educação de qualidade.
Aos professores entrevistados, a qualidade de ensino foi questionada, havendo
variadas opniões.
Uma educação de qualidade engloba um conjunto de fatores tornando este um assunto
complexo, a educação não pode ter boa qualidade se a qualidade do professor, do aluno, e a
participação da comunidade é ruim (GADOTTI, 2013). Pensando nisso, aos diretores
escolares foram questionado se existe algum método seletivo para a escolha do corpo docente,
sendo que ambos relataram ser necessário ao professor que este tenha o perfil para atuar na
EJA.
Ribas e Soares (2012) destacam que em geral, o professor que atua na EJA não tem
formação própria para atuar nesta modalidade de ensino e também não tem recebido atenção
necessária nos cursos de formação dos professores. Sendo assim, aos coordenadores foram
questionados sobre a capacitação para o corpo docente, como são oferecidas e onde são
realizadas também foi questionado aos professores sobre suas opinões a respeito dessas
capacitações.
CONSIDERAÇÔES FINAIS
Ribas e Soares (2012) ressaltam que a educação de jovens e adultos encontra-se
diante de antigos e novos desafios para melhorar a sua qualidade.
Este trabalho evidenciou que um dos principais problemas e dificuldades vivenciadas
pelos docentes, além de sua formação inicial que não os preparam para o cotidiano da prática;
é a oferta de capacitações oferecidas pelo Estado, que não são suficientes para preparar o
corpo docente que atua na EJA, ficando a cargo de cada profissional a busca incessante por
aprimoramentos de conhecimentos.
O ensino da EJA trás consigo uma responsabilidade da qual há transformação de
vidas, vidas estas que foram afetadas ao longo do tempo, vidas que buscam enriquecimento
através do conhecimento e que são dignas de todo respeito.
A colaboração dos profissionais que atuam na EJA pode proporcionar um novo olhar
para essa modalidade de ensino, assumir e fazer valer os direitos garantidos dos educandos,
zelando pela transformação humana no decorrer de sua existência, mesmo que tardia.
Segundo Gadotti (2000, p. 19). “os Educadores de Jovens e Adultos podem ter um
papel decisivo na construção de um novo paradigma civilizatório ao assumirem o papel na
sociedade do conhecimento e educarem para a humanidade”. É nítido que há grandes desafios
a serem enfrentados, os sujeitos da EJA precisam compreender a realidade, contribuindo para
a promoção de mudanças, reconhecendo o aluno como um produtor de conhecimentos, de
cultura e história.
Os depoimentos colhidos ajudam a entender a necessidade de promoção de ações
voltadas à Educação de Jovens e Adultos, que direcionem a caminhos da compreensão da
realidade, deixar claro o motivo real da Educação, que é o de transformar, estruturando a
formação do individuo ao longo de sua vida.
REFERÊNCIAS
DHIEL, A.; TATIM, D. C.. Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas: métodos e técnicas.
São Paulo: Prentice Hall, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa . São Paulo:
Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura)
GADOTTI, M. Qualidade na educação: uma nova abordagem. Florianópolis. Congresso de
Educação Básica: Qualidade na aprendizagem; 2013.
MEIRELLES, Elisa. A cada dia, dez turmas de EJA são fechadas no país. Nova escola, ed
273, Junho/Julho 2014.
Ministério da Educação. Censo Escolar 2015. Notas Estatísticas. Brasília – DF, março de
2016.
SCARAMUSSA, K. R.; ÁLVARO, G. S. A Formação de Professores em EJA: Teoria e
Prática – Unidade em Permanente Construção. VII Semana da Alfabetização, 2006.
TRALDI, M. C. e DIAS, R. Monografia passo a passo. Campinas: Alínea, 1998.
WAZLAWICK, R. S.. Metodologia de Pesquisa para Ciência da Computação. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2008.

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  • 1. FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Adriana Lima Leão de Moura1 Cleide Aparecida de Freitas Meira2 Erika Karla Barros da Costa3 Eixo temático: Formação de Professores: Repensando o currículo e prática pedagógica Categoria: Comunicação Oral RESUMO O presente estudo apresenta uma reflexão sobre a formação de educadores da Educação de Jovens e Adultos, as contribuições partem de professores da EJA, Coordenadores e Diretores escolares de duas escolas de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, sendo uma da rede municipal e a outra da rede estadual. Em um primeiro momento foi realizado um estudo literário sobre o tema. Em um segundo momento, foram criadas diferentes questões apropriadas para cada grupo profissional e aplicado aos mesmos. Depois de coletado o questionário pode-se observar o padrão de ensino de cada rede, podendo então analisar e comparar os dados da pesquisa em conformidade com cada individualidade, contribuindo para o desenvolvimento de nosso estudo com uma rica concepção de saberes para a formação e atuação docente na EJA. Palavras-Chave: EJA, Formação de professores e aprendizagem. 1 Graduanda de Pedagogia do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande /UNAES, email: dricalemoura@hotmail.com 2 Graduanda de Pedagogia do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande/UNAES, email: cleideapmeira@gmail.com 3 Professora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande/UNAES e FUNLEC, email: erika.barroscosta@anhanguera.com
  • 2. INTRODUÇÃO A formação de professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA) vem se tornando uma prioridade nas políticas públicas, visto que Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) coletados em 2012 mostram que a taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais teve leve alta entre 2011 e 2012, passando de 8,6% para 8,7% (VARGAS e FANTINATO, 2011. PNAD, 2012). Os professores que geralmente são preparados para atuar em ensino regular iniciam sua jornada na EJA pelos mais diversos motivos: como conveniência do horário noturno, localidade das escolas – por vezes mais perto de suas residências, e até mesmo acréscimo de percentual ao salário (VARGAS e FANTINATO, 2011). Ressaltamos que da mesma forma que a grande maioria não tem se identificado com o trabalho da EJA, há uma minoria da qual o faz com muitas honras, dedicando-se em fazer a diferença, preocupado e empenhado em retribuir o sacrifício que cada aluno faz, preocupado em mudar as estatísticas de nosso país, empenhado acima de tudo em proporcionar dignidade aos cidadãos. Para tanto, entendemos que é de suma importância que haja Formação continuada para obter qualidade de ensino, reconhecendo a necessidade de se fazer o ensino em prioridade para que tenhamos um País alfabetizado. O objetivo geral do presente estudo é analisar a formação dos professores que atuam na EJA, visto que como já exposto acima, a formação do professor é um fator importante para um possível sucesso das políticas de acesso e permanência para essa modalidade de ensino; levantando os principais problemas e dificuldades vivenciadas pelos docentes na Educação de Jovens e Adultos; identificando o impacto da formação inicial do docente no cotidiano da prática; reconhecendo as particularidades do ensino da EJA; além de verificar o atual método de ensino e investigar a Formação continuada da EJA em Mato Grosso do Sul. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A necessidade de ter uma formação escolar torna-se imprescindível para a participação direta e indireta do homem na vida em sociedade, que envolve vários fatores como: política, economia, cumprimento de direitos e deveres, intimamente associados à cidadania.
  • 3. A sociedade exige que sejamos letrados, pois no cotidiano todas as pessoas se deparam com a necessidade de ler e escrever, estamos cercados pela palavra escrita. A escrita é uma das principais ferramentas utilizadas para a comunicação entre as pessoas. Assim faz-se necessário o estudo para que as pessoas possam ter autonomia, independência e tornar-se um cidadão crítico. A realidade da leitura e da escrita é para todos, sem exceção e, ainda assim, mesmo sabendo o quanto é essencial para todos, continua sendo enorme o número de brasileiros de 15 anos ou mais que não a domina. Para que essa realidade seja transformada, exige esforço de todos, principalmente do governo, na implantação de políticas públicas sociais e algumas ações que promovam uma educação de qualidade, que venha atingir todos os brasileiros, inclusive a classe mais pobre, que são os mais desfavorecidos quando se trata de educação, e então é essencial que essas ações possam combater a pobreza, devido essa ser uma das principais causas do analfabetismo. De acordo com a Lei Federal Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 (LDB) a EJA passa a ser uma modalidade da educação básica, que tem como fundamento no art. 37: “oferecer oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do aluno do, seus interesses, condições de vida e de trabalho”. Freire (1983 apud SCARAMUSSA e ÁLVARO, 2006) salienta que a EJA não se baseia em um processo simples apenas com técnicas mecânicas de ler e escrever, visto que os perfis dos alunos da EJA, segundo Souza (2011), são de pessoas que buscam alternativas de melhorar a condição de emprego, ou aqueles que anseiam conquistar o primeiro emprego, outros possuem como objetivo acelerar a obtenção do diploma escolar. Dessa forma, atualmente os sujeitos da EJA são os trabalhadores experientes e os jovens com outro tipo de experiência no mundo. HISTÓRIA DA EJA NO BRASIL A educação de Jovens e Adultos decorre de várias etapas da educação Brasileira. Observada desde o Brasil colônia, quando se falava em educação para a população não infantil, que precisava ser catequizada para as causas da religiosidade (SOUZA, 2011. COLAVITTO e ARRUDA, 2014).
  • 4. Souza (2011) destaca que no Brasil, a EJA em outra perspectiva era chamada de educação básica de adultos e começou a se estabelecer a partir da década de 1930, onde o crescimento da industrialização passou a exigir mais da população. Todo esse crescimento e mudanças fizeram com que uma grande parte da população se interessasse mais pela educação. A década de 1940 foi um período em que ocorreram muitas mudanças na educação de jovens e adultos, período este que houve grandes iniciativas políticas e pedagógicas (COLAVITTO e ARRUDA, 2014). Segundo Souza (2011), a primeira Campanha de Educação de Adultos (CEA) foi lançada em 1947 com o objetivo de alfabetização. A CEA ficou caracterizada pelo seu aspecto extensivo. Previa a alfabetização em três meses, para depois seguir uma etapa de ação voltada para a capacitação profissional e para o desenvolvimento comunitário. Tendo em vista que os analfabetos não possuíam direitos políticos, econômicos e jurídicos, sem direito ao voto, sujeitos à exploração no trabalho e sem conhecimento e sem cultura. Também observa-se outras campanhas desenvolvidas neste período, como a Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) em 1950; e a criação em 1957 do Sistema de Rádio Educativo Nacional (Sirena) como parte da CEA. A segunda campanha, o Congresso Nacional de Educação de Adultos, acontecia em 1958, com o objetivo de buscar novas diretrizes e perspectivas teóricas para a educação de adultos. No final da década de 1950 foi lançada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA) (SOUZA, 2011). Colavitto e Arruda (2014) ressaltam que ainda neste período, a CEA foi duramente criticada em todos os seus aspectos, contribuindo para uma nova perspectiva de proposta pedagógica para a EJA, sendo Paulo Freire o principal educador. Em 1964 acontecia o golpe militar com consequente ruptura deste trabalho visto como ameaça de “revolução”. O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi lançado em 1967, cujas características eram: a independência financeira e institucional, centralização das orientações do processo educativo e gerencia pedagógica (SOUZA, 2011). Na década de 1970 surgiu o Ensino Supletivo complementando a atuação do MOBRAL que teve seu fim em 1985 dando lugar à Fundação Educar. A fundação era vinculada ao Ministério de Educação (MEC) recebendo apoio municipal, associações e da sociedade civil. Com o governo Collor, em 1990, a Fundação Educar foi extinta, havendo o lançamento do Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania (PNAC) (SOUZA, 2011. COLAVITTO e ARRUDA, 2014).
  • 5. É então na década de 90 que se estabelece uma nova política de Educação de Jovens e Adultos, obtendo novos métodos para trabalhar, oportunizando aos jovens e adultos a inserção na educação, no mercado de trabalho e na sociedade (COLAVITTO e ARRUDA, 2014). Em 1996 é então estabelecido a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394 que dispõe sobre a organização e o funcionamento do sistema escolar brasileiro, as responsabilidades dos entes federados, das escolas, dos pais e dos educadores, os níveis de modalidades do ensino, os requisitos para a formação e a valorização do magistério; o financiamento da educação. Os artigos 37 e 38 desta Lei tratam especificamente da EJA (BRASILIA, 2013). Esta Lei deixa claro o direito do cidadão brasileiro em adquirir educação, não somente à modalidade EJA, mas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA A EJA De acordo com os dados do Censo da Educação Superior (2013), atualmente o Brasil tem 2.391 mil instituições de ensino superior, oferecendo 32.049 mil cursos de graduação. O curso de Pedagogia é ofertado por 995 instituições, sendo 154 instituições publicas e 841 privadas. Somando os cursos presenciais e a distância, estes totalizam 1.752 mil cursos de pedagogia. Outro ponto relevante a ser considerado é que de 614.835 mil alunos matriculados, somente 96.011 mil concluem a graduação. O Conselho Nacional de Educação aprovou a formação do pedagogo, na sua atual formulação legal (parecer CNS/CP n. 5, de 13 de dezembro de 2005, e a resolução n. 1, de 15 de maio de 2006), para atuar do primeiro ao quinto ano das séries iniciais do ensino fundamental, no primeiro e segundo do segmento da educação de jovens e adultos, na formação docente dos cursos de licenciatura, na educação infantil e na formação de gestores (CUNHA, SOUZA e SILVA, 2014). A Resolução do Conselho Nacional de Educação juntamente com a Câmara de Educação Básica (CNE/CEB) número 1 de 05 de Julho de 2000 estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, onde institui obrigatoriamente a oferta e estrutura dos componentes curriculares de ensino fundamental e médio nesta modalidade de ensino, considerar a identidade própria da EJA, os perfis dos estudantes, as faixas etárias, pautando-se nos princípios de equidade, diferença e proporcionalidade na
  • 6. apropriação e contextualização das diretrizes curriculares nacionais e na proposição de um modelo pedagógico próprio. Bernardino (2008) diz ser a formação do professor um fator importante para um possível sucesso das políticas de acesso e permanência para essa modalidade de ensino. Fica instituída pela LDB Art. 62, inciso 1º A União, o Distrito Federal, os estados e municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais do magistério. Sendo que a educação inicial acontece nas faculdades e centros universitários, no estado de Mato Grosso do Sul a formação continuada ocorre com os cursos de capacitação fornecidos pela Secretária de Municipal Educação (SEMED), na capital, Campo Grande e pela Secretária de Estado de Educação de Mato Grosso de Sul (SED MS), e a especialização se dá através de cursos de Pós Graduação. De acordo com Paulo Freire (2015), “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. Esclarecendo que o profissional que deseja atuar na área da educação deve dedicar-se em aprender sempre mais, desmistificando o conceito de que a educação é um mero serviço, visto que esta modalidade de educação deve ser um privilégio vista e pensada de forma diferente das outras modalidades educacionais frente a grande diversidade e todos os aspectos que formam a EJA (BERNARDINO, 2008. FARIAS, ROSSI e FURIANETTI, 2012.). METODOLOGIA APLICADA A fim de analisar a formação dos professores que atuam na educação de jovens e adultos em Campo Grande/MS, levantar os principais problemas e dificuldades vivenciadas pelos docentes, identificando o impacto da formação inicial do docente no cotidiano; foi realizada uma carta de apresentação a duas escolas, sendo uma municipal e outra estadual, elucidando a proposta deste trabalho, constando os objetivos deste e outras informações importantes para a realização da pesquisa. Após aprovação, foram realizados três questionários, sendo o primeiro questionário direcionado ao diretor escolar, o segundo direcionado ao coordenador da EJA e por último o questionário direcionado aos professores. RESULTADOS E DISCUSSÃO
  • 7. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Diretor Escolar Coordenador Professor A pesquisa foi realizada com os profissionais atuantes na EJA da Escola Municipal Ione Catarina Gianotti Igydio e da Escola Estadual Aracy Eudociak, sendo um total de 12 participantes conforme ilustrado na figura 1. Para as questões em comum a todos os grupos como o tempo de ocupação no cargo referido obteve-se como resultado o tempo mínimo de 3 meses e máximo de 26 anos. Já a formação inicial dos diretores escolares foram educação física e geografia; ambos coordenadores formados inicialmente em matemática; três professores formados em letras, e os outros em ciências sociais, matemática, história, educação física e pedagogia. Após a aplicação do questionário, foi realizada uma análise criteriosa e respeitosa acerca das respostas em relação às perguntas abertas. Quando questionados sobre a importância em ofertar e manter a modalidade de ensino para jovens e adultos, ambos os diretores das unidades escolares refletiram ser uma oportunidade às pessoas que interromperam os estudos. Os achados divergem de Meirelles (2014) quando ressalta que gestores públicos reclamam dos altos índices de evasão e afirmam ser muito custoso manter as turmas, que atualmente são pequenas. De acordo com o Censo Escolar em 2015 eram 3,4 milhões de alunos frequentando a educação de jovens e adultos. Em 2007 esse número era de 4,9 milhões, houve uma redução de mais de 1,5 milhão de alunos, somados há um número cerca de 3 milhões de pessoas entre 4 a 17 anos que não frequentavam a escola no ano de 2014 (MEC, 2016). Figura 1: Representação gráfica da composição da população da amostra.
  • 8. Em relação à alta taxa de evasão evidenciada, os coordenadores foram questionados sobre a existência de incentivos aos alunos a continuarem seus estudos, sendo que ambos Há preocupação do Ministério da Educação em relação aos dados alarmantes tomando iniciativa em buscar os jovens de 15 a 17 anos de idade que abandonaram os estudos. A busca ativa será iniciada em abril e contará com mobilização interministerial. A intenção é resgatar 1,6 milhão de alunos que deixaram de frequentar a escola durante o andamento do ano letivo. A novidade foi anunciada pelo ministro Aloizio Mercadante, durante a apresentação do Censo Escolar 2015. Vale ressaltar que houve concordância entre todos os entrevistados que a EJA traz inúmeros benefícios aos seus alunos. Apesar de os profissionais citarem os benefícios da EJA, é preciso saber ainda que atualmente os problemas no Brasil não se tratam apenas de garantir o acesso à educação, mas sim de o acesso à uma educação de qualidade. Aos professores entrevistados, a qualidade de ensino foi questionada, havendo variadas opniões. Uma educação de qualidade engloba um conjunto de fatores tornando este um assunto complexo, a educação não pode ter boa qualidade se a qualidade do professor, do aluno, e a participação da comunidade é ruim (GADOTTI, 2013). Pensando nisso, aos diretores escolares foram questionado se existe algum método seletivo para a escolha do corpo docente, sendo que ambos relataram ser necessário ao professor que este tenha o perfil para atuar na EJA. Ribas e Soares (2012) destacam que em geral, o professor que atua na EJA não tem formação própria para atuar nesta modalidade de ensino e também não tem recebido atenção necessária nos cursos de formação dos professores. Sendo assim, aos coordenadores foram questionados sobre a capacitação para o corpo docente, como são oferecidas e onde são realizadas também foi questionado aos professores sobre suas opinões a respeito dessas capacitações.
  • 9. CONSIDERAÇÔES FINAIS Ribas e Soares (2012) ressaltam que a educação de jovens e adultos encontra-se diante de antigos e novos desafios para melhorar a sua qualidade. Este trabalho evidenciou que um dos principais problemas e dificuldades vivenciadas pelos docentes, além de sua formação inicial que não os preparam para o cotidiano da prática; é a oferta de capacitações oferecidas pelo Estado, que não são suficientes para preparar o corpo docente que atua na EJA, ficando a cargo de cada profissional a busca incessante por aprimoramentos de conhecimentos. O ensino da EJA trás consigo uma responsabilidade da qual há transformação de vidas, vidas estas que foram afetadas ao longo do tempo, vidas que buscam enriquecimento através do conhecimento e que são dignas de todo respeito. A colaboração dos profissionais que atuam na EJA pode proporcionar um novo olhar para essa modalidade de ensino, assumir e fazer valer os direitos garantidos dos educandos, zelando pela transformação humana no decorrer de sua existência, mesmo que tardia. Segundo Gadotti (2000, p. 19). “os Educadores de Jovens e Adultos podem ter um papel decisivo na construção de um novo paradigma civilizatório ao assumirem o papel na sociedade do conhecimento e educarem para a humanidade”. É nítido que há grandes desafios a serem enfrentados, os sujeitos da EJA precisam compreender a realidade, contribuindo para a promoção de mudanças, reconhecendo o aluno como um produtor de conhecimentos, de cultura e história. Os depoimentos colhidos ajudam a entender a necessidade de promoção de ações voltadas à Educação de Jovens e Adultos, que direcionem a caminhos da compreensão da realidade, deixar claro o motivo real da Educação, que é o de transformar, estruturando a formação do individuo ao longo de sua vida.
  • 10. REFERÊNCIAS DHIEL, A.; TATIM, D. C.. Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas: métodos e técnicas. São Paulo: Prentice Hall, 2004. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa . São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura) GADOTTI, M. Qualidade na educação: uma nova abordagem. Florianópolis. Congresso de Educação Básica: Qualidade na aprendizagem; 2013. MEIRELLES, Elisa. A cada dia, dez turmas de EJA são fechadas no país. Nova escola, ed 273, Junho/Julho 2014. Ministério da Educação. Censo Escolar 2015. Notas Estatísticas. Brasília – DF, março de 2016. SCARAMUSSA, K. R.; ÁLVARO, G. S. A Formação de Professores em EJA: Teoria e Prática – Unidade em Permanente Construção. VII Semana da Alfabetização, 2006. TRALDI, M. C. e DIAS, R. Monografia passo a passo. Campinas: Alínea, 1998. WAZLAWICK, R. S.. Metodologia de Pesquisa para Ciência da Computação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.